O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 3ª feira (30), que “não há nada de grave, de anormal” no processo eleitoral da Venezuela. O presidente Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda) foi reeleito e se autoproclamou vencedor, apesar de a oposição acusar fraude e questionar o resultado. Segundo o petista, a Justiça deve decidir. “Então, tem um processo. Não tem nada de grave, não tem nada de assustador. Eu vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a 3ª Guerra Mundial. Não tem nada de anormal. Teve uma eleição, teve uma pessoa que disse que teve 40 e pouco por cento. Um concorda, o outro não. Entra na Justiça e a Justiça faz”, afirmou em entrevista exclusiva a jornalista Eunice Ramos, da afiliada da TV Globo no Mato Grosso.
Conceder entrevistas a rádios e TVs locais antes de visitar uma cidade ou Estado está entre as estratégias de comunicação de Lula. O petista costuma tratar de questões locais e economia nessas ocasiões. O presidente declarou “estar convencido” de que foi um processo “normal”, mas disse que é preciso esperar os dados eleitorais completos e que estes sejam consagrados como verdadeiros para reconhecer o resultado.
“É normal que tenha uma briga. Como resolve essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver dúvida entre a oposição e a situação, a oposição entra com um recurso e vai esperar na Justiça o processo. E vai ter uma decisão, que a gente tem que acatar. Estou convencido que é um processo normal, tranquilo”, afirmou Lula. “Na hora que tiver apresentado as atas, e for consagrado que a ata é verdadeira, todos nós temos a obrigação de reconhecer o resultado eleitoral da Venezuela”, disse. Lula afirmou também que há uma proposta de uma nota conjunta entre Brasil, México e Colômbia sobre o tema.