O Noroeste do Rio apresentou a maior média percentual de motoristas flagrados embriagados durante a Operação Lei Seca nos seis primeiros meses deste ano.
A fiscalização multou, entre janeiro e junho de 2023, mais de três a cada dez motoristas parados nas operações. Ou seja, 31,8% das abordagens.
O destaque foi para o município de Bom Jesus do Itabapoana, que em uma das ações realizada na cidade chegou a atingir 48,5% de motoristas comentendo a infração.
Na Semana Nacional do Trânsito, a Secretaria de Estado de Governo, por meio da Operação Lei Seca, lançou, no dia 18 de setembro, o Dia D de redução dos acidentes nas estradas.
“Estamos intensificando as ações da Lei Seca nos locais que apresentaram as maiores taxas de alcoolemia. A pandemia trouxe uma mudança de comportamento no trânsito e também estamos aperfeiçoando a fiscalização para impedir que motoristas sigam nas estradas depois de beber”, informa o Secretário de Governo, Bernardo Rossi.
Agentes da Operação Lei Seca atuam com campanhas educativas nos principais polos gastronômicos, em áreas de lazer, escolas e nos pontos turísticos. As equipes de fiscalização ficam no chamado mapa de alcoolemia, as áreas com maiores incidências de motoristas flagrados dirigindo sob o efeito do álcool.
O levantamento da Secretaria de Estado de Governo mostra que houve aumento no número de motoristas dirigindo sob o efeito do álcool flagrados na Operação Lei Seca. Cinco das oito regiões do Rio analisadas na pesquisa, realizada no primeiro semestre deste ano, apresentaram alta nas taxas de alcoolemia durante as abordagens, em comparação com a do mesmo período do ano passado.
Só nos seis primeiros meses de 2023, 17.449 motoristas foram multados após testar positivo ou se recusaram a fazer o exame do bafômetro.
Os municípios das regiões dos Lagos, Noroeste, Sul Fluminense, Serrana e Costa Verde, todos do Interior, foram os que apresentaram os maiores aumentos proporcionais.
Na região Metropolitana, área onde se concentra a maior frota de veículos e os motoristas habilitados do Estado, a média praticamente ficou estável, mas algumas cidades apresentaram elevadas taxas de motoristas pegos no bafômetro da Lei Seca. 81,3% dos condutores multados no estado, no primeiro semestre, são do Grande Rio.
“Já ampliamos a fiscalização de 15 para 30 equipes e, agora, vamos massificar o Interior e aumentar as ações nos municípios do Grande Rio que apresentaram os maiores índices de alcoolemia. Vamos decretar tolerância zero com motorista dirigindo sob o efeito álcool. Não somos contra a pessoa beber e se divertir, mas é preciso ter consciência e buscar formas de se locomover sem precisar dirigir “, adverte o secretário de Estado de Governo, Bernardo Rossi.
A Região Metropolitana registrou um boom de flagrantes. A maior taxa de alcoolemia verificada na pesquisa foi alcançada no município de Niterói: numa das ações, mais da metade dos motoristas parados na blitz foram pegos no bafômetro (50,7%). Já no município do Rio de Janeiro, os bairros de Jacarepaguá, Recreio dos Bandeirantes e Madureira também atingiram picos bem alarmantes: 45,5%, 42,1% e 38,4%, respectivamente.
Mas na média geral de todas as ações de fiscalização feitas na cidade do Rio, os líderes do ranking dos bairros com mais motoristas flagrados dirigindo bêbados foram Bento Ribeiro (28,9%), Ricardo de Albuquerque (22,4%) e Vila da Penha (20,8%), todos na Zona Norte.
Ainda na região Metropolitana, uma das ações da Lei Seca realizada na cidade de Nilópolis registrou que 42,1% dos condutores parados na blitz haviam consumido bebida alcoólica antes de dirigir, enquanto que em São Gonçalo o índice verificado chegou a 38,4%.
Os índices cresceram também nas cidades do Interior. Foi o Sul Fluminense que se detectou a maior escalada proporcional na taxa alcoolemia, durante a análise da Segov.
Se em 2022 os municípios da região atingiram 11%, este ano os dados mostram que 30% dos motoristas fiscalizados nas blitze consumiram bebida alcoólica ou se recusaram a fazer o teste do bafômetro. Paty do Alferes, com 42,5% foi a cidade com a maior incidência.
Fonte: g1