
Bonecas, sapatinhos de crochê, pano de prato e toalhinhas. Esses foram alguns dos produtos expostos nesta quinta-feira (4) na 1ª Mostra da Oficina de Artesanato, confeccionados por pacientes do Núcleo de Prevenção e Apoio ao Paciente com Câncer e Familiares (Nuprapac). O projeto de artesanato foi retomado em julho e tem como objetivo oferecer uma fonte de renda e terapia às artesãs.
As aulas de artesanato são ministradas toda terça-feira, às 13h. As atividades acontecem em parceria com a Secretaria Municipal de Trabalho e Desenvolvimento Humano (SMTDH), que cedeu a profissional responsável pelo curso, a professora Marilene Abreu.
— É uma alegria poder colaborar com esse projeto tão bonito. Esse convívio é muito importante porque representa uma troca de experiência e um ponto de apoio. Nos faz muito bem — disse Marilene, que é ex-paciente oncológica.
No projeto há dois anos, Marlene Matos aprendeu a confeccionar bonecas, guirlandas e até um Papai Noel durante as aulas. Segundo ela, o projeto a ajudou muito a enfrentar a doença. “Eu costumo dizer que existe uma mudança muito grande em mim: antes e depois do artesanato. Antes, eu estava triste e sem motivação. Depois, comecei a aceitar as mudanças e me tornei mais forte e feliz. Enquanto esse projeto existir, eu quero fazer parte”.
Na avaliação do secretário municipal de Saúde, Fauazi Cherene, o artesanato tem ajudado bastante. “É uma espécie de terapia que ajuda os pacientes a terem mais autoestima, vontade de lutar e, ainda, dá força para que possam se beneficiar do tratamento oncológico, que muitas vezes traz muito incômodo, mas é necessário. Esse trabalho manual é muito importante para a recuperação”, pontuou.
Segundo a coordenadora do Nuprapac, Elizabeth Uhl, as aulas estão abertas a todos os pacientes oncológicos que quiserem participar. A médica parabenizou as alunas pelos trabalhos confeccionados e pela dedicação ao projeto.
— Esse projeto é de uma grandiosidade enorme, pois as pacientes sempre falam dos benefícios que o artesanato trouxe para suas vidas. Através do artesanato, elas se sentem produtivas e criam peças maravilhosas, que acabam se tornando uma fonte de renda também. Além disso, funciona como uma terapia porque elas trocam experiências, conversam e descobrem que não estão sozinhas no processo de tratamento — explicou Elizabeth.
Quem desejar fazer parte do projeto pode ir até a sede do núleo e fazer a inscrição. Para o ano que vem, a ideia é ampliar o número de participantes e oferecer aulas de crochê e macramé. “Quem desejar, pode vir até o Nuprapac conhecer as peças, o projeto, e ainda colaborar, doando materiais como linha, tecidos e lã. E venham fazer parte do projeto. Faz muito bem”, convida a coordenadora.
Prestigiaram a 1ª Mostra da Oficina de Artesanato a subsecretária municipal de Saúde, Caroline Alves; o coordenador da Atenção Básica, Claudiomar Alves; o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Enaldo Barreto; e a secretária de Comunicação, Josy Alves.







