O primeiro-tenente Gerson Freire de Amorim Neto, de 35 anos, trabalha no 39º BPM (Belford Roxo) e já respondia a um procedimento administrativo disciplinar por outras agressões.
A namorada de Gerson serve na 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (Padre Miguel). Ela sofreu lesões no tórax e na cabeça e foi internada no Hospital Central da corporação, no Estácio. Nesta terça-feira (25), seu estado era grave.
Um mandado de prisão foi expedido, e, ao ser preso nesta terça, Gerson alegou ter tido um surto, sendo internado sob custódia na mesma unidade.
Pedido de socorro
“Esse caso aconteceu no domingo, e desde então toda a estrutura da Polícia Militar vem atuando para fazer a assistência dessa policial”, declarou a tenente-coronel Cláudia Morais, porta-voz da PM.
No domingo, a vítima ligou para o irmão e para o 190 pedindo ajuda, alegando ter tido apanhado de Gerson e estar presa em casa, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O namorado tinha fugido.
PMs a acudiram e providenciaram o socorro. “O irmão da vítima relata outras agressões, como mordidas e queimaduras com cigarro”, detalhou a porta-voz. “Por esses motivos já estava sendo avaliada a possibilidade de exclusão dele dos quadros da corporação”, emendou Cláudia.
Em depoimento, o irmão da vítima disse que as agressões de Gerson começaram ainda no curso de formação de oficiais, entre 2011 e 2014.
Os dois se separaram, tiveram outros relacionamentos e reataram. Em meados de 2023, segundo ela lhe confessou, Gerson a xingou muito na frente de vários convidados, acusando-a de estar se insinuando para um amigo.
“Não passou muito tempo, houve nova agressão de Gerson contra a vítima. Ela pediu socorro ao declarante [irmão], dizendo que estava presa na casa de Gerson e que ele estava dizendo que a mataria”, diz o termo de declaração.
“A vítima contou que Gerson a esganava até ela apagar em, quando acordava, ele jogava álcool no corpo da vítima, dizendo que a mataria queimada”, destaca o texto.
Fonte: G1