Na manhã desta terça-feira (13), a Polícia Civil deflagrou a operação Caballus em Campos dos Goytacazes, como parte de uma investigação da Delegacia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DCC-LD). A ação teve como alvo um grupo suspeito de fraudar contratos de licitação em diversas cidades do estado do Rio, principalmente em Campos.
Ao todo, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão contra seis alvos. Um dos investigados é o empresário W.C.L., apontado como líder da organização criminosa. Ele estaria por trás de três empresas de fachada que venciam licitações para fornecimento de medicamentos e materiais hospitalares nos municípios de Campos, Quissamã, São Fidélis e Niterói.
Durante a operação, os policiais apreenderam 45 cavalos de raça, avaliados em aproximadamente R$ 6 milhões, além de 12 veículos de luxo, entre eles um Porsche (R$ 1,7 milhão), uma Dodge RAM (R$ 370 mil) e uma BMW X1 (R$ 350 mil). Também foram recolhidos sete computadores, cinco celulares e determinado o bloqueio de cerca de R$ 218 milhões em bens e valores.
Segundo as investigações, os recursos públicos desviados pelas empresas fantasmas eram usados para custear o haras do empresário, inclusive com saques fracionados e transações suspeitas. Parte do dinheiro, supostamente, passava por contas de laranjas apenas para encobrir a origem ilícita.
“Encontramos lojas vazias, sem equipamentos ou materiais para prestação de serviços. Está claro que houve fraude nas licitações, mas isso será melhor detalhado na próxima fase da investigação”, afirmou a delegada Ana Carolina Lemos, responsável pelo caso.
A defesa do empresário, representada pelo advogado Jorge Gomes Bastos Júnior, classificou as acusações como “absurdas” e disse confiar na comprovação da inocência de seu cliente. Ele também destacou que ainda não teve acesso ao inquérito, que segue sob segredo de Justiça.
A operação Caballus representa a primeira etapa da apuração. A Polícia Civil informou que o trabalho agora segue para identificar outros envolvidos, quantificar o prejuízo aos cofres públicos e recuperar os ativos desviados.
*Com informações do jornal Extra*