Um jovem, de 19 anos, foi preso suspeito de espancar e provocar lesões no crânio da enteada de um ano e quatro meses. Segundo a Polícia Civil, o caso aconteceu no dia 13 de junho na Serra, na Grande Vitória. A mãe da criança também é investigada.

O padrasto foi preso por tentativa de homicídio e tortura. O nome do agressor não foi divulgado para preservar a identidade da menina que se recupera na casa de parentes.

Segundo a Polícia Civil, o estado de saúde do bebê no dia das agressões era muito grave, ficou em coma, respirou por aparelhos, além de apresentar múltiplas fraturas na cabeça.

Segundo a delegada da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Thais Cruz, a criança foi socorrida pelo primo.

“O primo, que é uma testemunha chave do caso, chegou na casa do investigado e viu a criança agonizando no chão. Ele solicitou um apoio e vinha passando uma viatura. Ele teve a ideia de colocar a criança em um carrinho e ir para a rua pedir ajuda”, relatou a delegada.

Já dentro do carro da Polícia Militar, durante o trajeto até o hospital, o bebê teve uma parada cardiorrespiratória e foi reanimada.

Durante a investigação, a polícia começou a desconfiar da conduta do padrasto depois de dar três versões diferentes sobre o motivo da menina estar tão ferida. Era ele quem ficava com a criança enquanto a mãe trabalhava durante a noite.

Segundo a polícia, primeiro o padrasto contou aos policiais que o bebê havia se engasgado com a mamadeira, depois que tinha caído da cama. E, por fim, chegou a dizer que os dois estavam brincando e a menina se machucou. Mas todas as versões foram descartadas.

“No dia da agressão foi o último episódio que ela deu entrada no hospital com lesão. Mas dia 22 de maio ela tinha dado entrada no hospital com uma lesão na cabeça e na perna. E também estava sob os cuidados do padrasto. Então, isso chamou a nossa atenção para representar pela prisão. Fora o laudo do médico do hospital, que falou que a lesão na cabeça dela era incompatível com a queda de cama, porque ela fraturou em vários pedaços. Só nas costas ela possuía mais de 10 hematomas e também machucados nos olhos, braço e coxa”, disse a delegada.

Um dia depois da criança ser internada, a avó materna procurou a delegacia para contar que a mãe confirmou que a criança tinha sido agredida.

A mãe contou para a polícia que sempre olhava a filha antes de ir trabalhar e que nunca tinha visto nenhum machucado, mas a delegada apontou que o relato da mãe era incompatível com as lesões apresentadas no laudo do Departamento Médico Legal (DML).

A criança já teve alta e se recupera das lesões nas pernas e nos braços na casa de outros familiares.

Fonte: G1