Entramos numa nova década, mas a igualdade para as pessoas LGBTQ em todo o mundo continua não acontecendo. Na verdade, fazer parte da comunidade LGBTQ pode muitas vezes significar uma sentença de prisão ou até mesmo de morte.
É o caso da nação africana de Uganda, país com mais de 45 milhões de habitantes. O presidente Yoweri Museveni assinou uma das leis anti-LGBTQ mais duras do mundo, que prescreve a pena de morte para “homossexualidade agravada”, que é definida como casos de ter relações íntimas enquanto soropositivo, bem como relações com menores e outras categorias de pessoas vulneráveis. O projeto de lei também criminaliza a educação s-xual para a comunidade gay, torna ilegal não denunciar os perpetradores da chamada homossexualidade agravada e pede “reabilitação” – terapia de conversão amplamente desacreditada – para gays, segundo a CNN.
O Parlamento ugandês já havia votado a favor de uma versão anterior do projeto de lei que introduziria prisão perpétua e pena de morte para condenados por se envolver em s-xo homossexual ou “recrutamento, promoção e financiamento” de “atividades” do mesmo gênero, embora a versão do projeto assinada por Museveni não criminalize aqueles que apenas se identificam como LGBTQ+. Ainda assim, líderes mundiais condenaram o projeto de lei e o governo de Uganda.
Embora seja verdade que mais de 30 países ao redor do mundo legalizaram o casamento entre pessoas do mesmo gênero e que muitas permitem a adoção conjunta por casais homossexuais, também é verdade que a atividade íntima entre pessoas do mesmo gênero é ilegal em mais de 60 países.
Vários países têm legislação pendente para livrar seu povo dessas leis arcaicas, mas, infelizmente, outros estão se tornando ainda mais extremos em sua perseguição à comunidade LGBTQ. Para descobrir quais, clique nesta galeria que detalha todos os países onde a homossexualidade é ilegal.
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