Trabalhadores da Petrobras realizam atos em todo o país em defesa do teletrabalho, pressionando a empresa a abrir um canal de negociação com os sindicatos e garantir previsibilidade aos funcionários que atuam remotamente. Em Macaé, a manifestação aconteceu em frente ao edifício-sede da Petrobras.
O movimento, intitulado “Dia Nacional de Luta por Nem um Passo Atrás no Teletrabalho”, foi convocado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), com atos programados nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Rio Grande do Norte, Sergipe, Amazonas, São Paulo e no Distrito Federal.
No Rio de Janeiro, as manifestações ocorrem em diversos locais, incluindo:
– Edifício-sede da Petrobras (Edisen), no Centro do Rio – 12h30
– Edifício Horta Barbosa (Edihb), no Maracanã – 12h30
– Sede da Transpetro, no Centro – 12h30
– Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), na Ilha do Governador – 7h
– Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí – 6h30
A mobilização começou no dia 14 de janeiro, após a Petrobras anunciar que, a partir de abril, o regime híbrido passaria de três para dois dias de home office por semana, obrigando funcionários e gerentes a comparecer presencialmente por três dias.
Negociação
Na última sexta-feira (7), houve uma reunião entre sindicatos, Petrobras e Transpetro. No entanto, o avanço esperado não ocorreu.
“É fundamental que haja uma regra negociada coletivamente para evitar mudanças unilaterais da empresa. A Petrobras pediu três semanas para responder se abrirá uma mesa de negociação sobre teletrabalho”, afirmou Cibele Vieira, diretora da FUP.
Já Tezeu Bezerra, diretor do Sindipetro-NF, criticou a postura da empresa. “Ressaltamos a falta de cuidado com as pessoas. O RH não ter autorização para negociar é uma falta de respeito, assim como a imposição da nova regra. Pedimos que nenhuma decisão fosse tomada até que a negociação seja retomada.”