Teve início à zero hora desta segunda-feira (15) a greve nacional por tempo indeterminado dos trabalhadores do Sistema Petrobrás. A paralisação ocorre em todo o país e foi aprovada após um amplo calendário de assembleias, refletindo a insatisfação da categoria com medidas adotadas pela atual gestão da empresa.
Na base do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), as assembleias foram encerradas na última sexta-feira (12). O resultado apontou 96,10% de aprovação à greve, considerando todas as unidades onshore e offshore, o que demonstra a forte adesão dos trabalhadores ao movimento.
De acordo com o Sindipetro-NF, a mobilização tem como principais reivindicações a construção de um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) robusto, a distribuição da riqueza gerada pela Petrobrás, o fim dos Planos de Equacionamento de Déficit da Petros (PEDs) e o reconhecimento da Pauta pelo Brasil Soberano, com a suspensão imediata dos desimplantes forçados.
Na tarde deste domingo (14), representantes de sindicatos com base offshore se reuniram para definir as estratégias finais antes do início da paralisação, que acontece de forma unificada em todas as regiões do país.
O coordenador-geral do Sindipetro-NF, Sérgio Borges, destacou que a greve é uma resposta direta da categoria aos ataques sofridos durante a campanha reivindicatória. Segundo ele, caso a empresa não recue das medidas adotadas, não apresente solução para os PEDs e não proponha um ACT compatível com o porte da Petrobrás, considerada a empresa mais lucrativa do país, a resposta será uma paralisação forte, com controle e parada de produção.
Ao todo, os 14 sindicatos que integram a Federação Única dos Petroleiros (FUP) participam do movimento e seguem todos os trâmites legais previstos na Lei de Greve (Lei nº 7.783/89). A mobilização é marcada pela unidade e solidariedade entre os trabalhadores, que defendem direitos, soberania nacional e condições dignas de trabalho.
Fonte: Sindipetro-NF

