A Polícia Federal (PF) cumpriu mandado de busca e apreensão e realizou o bloqueio de bens contra uma moradora de Vila Velha, na Grande Vitória, em razão de fraudes realizadas para abertura de contas bancárias com documentos falsificados. Ela faria parte de um grupo criminoso que teria movimentado mais de R$ 8 milhões com contas falsas, empréstimos e saques de FGTS. Apenas na Caixa Econômica Federal, mais de 100 contas falsas foram identificadas.
A ação realizada pela polícia fez parte da Operação Pomar, deflagrada na quarta-feira (5). De acordo com a investigação da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários, os policiais federais identificaram a abertura e movimentação de mais de 100 contas bancárias vinculadas apenas à Caixa Econômica Federal.
O grupo criminoso usava documentos falsos com similaridades nas fotografias, impressões digitais e assinaturas apresentadas em diferentes documentos. Com isso, eles abriam as contas, faziam empréstimos e conseguiam até retirar o dinheiro do FGTS por meio do saque aniversário.
Vinculadas às contas, as contratações de empréstimos eram feitas por meio de aplicativos bancários, especialmente na modalidade de antecipação de Saque Aniversário do FGTS, totalizando mais de R$ 8 milhões em movimentações fraudulentas.
Além disso, contas bancárias intermediadas por terceiros – ‘contas laranjas’ – foram utilizadas na fraude para repasse de valores aos verdadeiros estelionatários, em transferências bancárias indevidas e movimentações financeiras ilícitas, envolvendo contas da Caixa Econômica Federal e outras instituições bancárias.
A mulher alvo da operação de quarta (5), apresentou ao menos 3 documentos de identidade falsos com nomes diferentes e a mesma foto para abertura de ‘contas laranja’.
A PF informou que essa mesma mulher integra um grupo investigado na Operação Ouvido de Mercador, deflagrada em outubro de 2023. Na época, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão na Grande Vitória, e foram apreendidos documentos falsos, cartões bancários e aparelhos de telefonia celular móvel.
A Polícia Federal aprofundará as investigações com auxílio do material apreendido, com o objetivo de recuperar valores e identificar outros eventuais envolvidos nas fraudes. A pena para o crime de estelionato é de 1 a 5 anos de reclusão e multa.
Fonte: G1