Na manhã desta quarta-feira (22), a plataforma P-52, da Petrobras, localizada na Bacia de Campos, interrompeu suas operações após um vazamento de gás. O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) confirmou o incidente, relatado por trabalhadores que perceberam um forte tremor e um “chacoalho absurdo” na unidade por volta das 5h45. Apesar do susto, não houve explosão nem vítimas.
O vazamento teria gerado uma grande nuvem de gás, o que levou à paralisação emergencial dos sistemas da plataforma (ESD3P) e à mobilização de embarcações de apoio na área. Como medida de segurança, todos os trabalhadores foram orientados a permanecer no casario, parte superior da estrutura, enquanto o vazamento era contido.
Inicialmente, o Sindipetro-NF levantou a hipótese de rompimento de um riser, tubulação submarina responsável pelo transporte de fluidos. A suspeita foi confirmada mais tarde em comunicado oficial da Petrobras à Agência Nacional do Petróleo (ANP). Segundo o documento, um ROV (veículo de operação remota) identificou, às 9h47, um dano no riser do anel de gás lift GL-P-52/1-ARO-AGL8-ESDV1, em uma região submersa próxima ao topo da tubulação.
A estatal informou que as causas do incidente estão sendo investigadas e que adotou medidas imediatas, como a parada da produção, o deslocamento dos trabalhadores para áreas seguras e o acionamento de embarcações de apoio e monitoramento.
De acordo com o sindicato, a situação foi controlada e o vazamento de gás cessado, mas a plataforma segue com as operações suspensas até a conclusão das verificações técnicas. O Sindipetro-NF informou ainda que continua em contato com a categoria e acompanha de perto a apuração dos fatos junto à Petrobras.