O programa de Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), vinculado à Secretaria Municipal de saúde (SMS), vem garantindo assistência à saúde dos privados de liberdade ao chegarem em unidades prisionais, seja intensificando a busca ativa através de testagem da tuberculose para um maior controle e acompanhamento da doença, ou na realização de testes rápidos para doenças como HIV, sífilis e hepatite B.
As ações acontecem no Presídio Carlos Tinoco da Fonseca, na Cadeia Pública Dalton Crespo de Castro e no Presídio Feminino Nilza da Silva Santos. O diretor da Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SUBVS), o infectologista Rodrigo Carneiro, destaca que essas unidades são propensas à transmissão de doenças infecciosas, tornando essencial que os detentos sejam avaliados por uma equipe multidisciplinar de saúde, composta por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, psicólogo e assistente social, e submetidos a testes para prevenção e controle de doenças infectocontagiosas.
“A identificação precoce dessas doenças permite iniciar tratamentos e ações como isolamento, ajudando a reduzir a disseminação de microrganismos tanto dentro do sistema prisional, quanto na sociedade após a reintegração dos indivíduos. O ambiente prisional facilita o acesso a cuidados de saúde, garantindo que todos recebam a assistência necessária. Isso permite uma resposta rápida e eficaz na identificação e tratamento de possíveis pacientes transmissores”, salientou.
BALANÇO — Entre os meses de janeiro e novembro deste ano, foram realizados 1.412 exames de BAAR (Bacilos Álcool-Ácido Resistentes), que é o de escarro. Além desses, foram feitos nos três presídios 2.692 testes rápidos entre Hepatites B e C; sífilis e HIV.
PROGRAMA — O município de Campos, por meio da portaria de nº 2.715, publicada em 14 de outubro de 2021 pelo Ministério da Saúde, teve aprovada sua adesão à Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP). O objetivo do programa é garantir à população carcerária o acesso a uma saúde de qualidade. O atendimento médico, psicológico e de enfermagem ocorre dentro das penitenciárias, evitando que os detentos saiam para consultas.