Policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco) e da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) apreenderam armas, um veículo roubado e cadernos de contabilidade da milícia na casa de Paulo David Guimarães, o Naval, apontado como o atual chefe da maior milícia do Rio.
A operação realizada na quinta-feira (27), não conseguiu prender o criminoso. Também foram apreendidos uniformes semelhantes aos das forças de segurança, de acordo com a polícia. O material será analisado pelos investigadores.
Naval assumiu a chefia da maior milícia do Rio após a morte de Rui Gonçalves Estevão, o Pipito, morto durante uma operação no dia 7 de junho.
Segundo informações da Polícia Civil e Ministério Público do Rio, o criminoso é um homem de guerra da milícia, considerado violento e responsável por vários homicídios. O apelido veio por conta de seu passado como fuzileiro naval.
Um dos homicídios que tem suspeita de participação de Naval é o do antigo chefe da milícia Liga da Justiça, Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, em 2022.
As investigações apontaram que Jerominho foi morto porque o então chefe da organização criminosa, Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, descobriu um plano dele para retomar a liderança da quadrilha.
Segundo investigações da Polícia Civil e a denúncia do MPRJ, Paulo foi um dos autores da execução de Jerominho e de seu amigo, Maurício Raul Atallah, em Campo Grande, em plena luz do dia.
As investigações da Polícia Civil do Rio apontam que, antes da morte de Pipito, Naval ajudou a reforçar a região da Carobinha, que chegou a sofrer com investidas de traficantes do Comando Vermelho, além de proteger as comunidades que já comandava, como Barbante e Vilar Carioca, de ataques da mesma facção.
O miliciano também passa a dominar as comunidades de Antares e Rola, consideradas estratégicas para a milícia da Zona Oeste, que eram comandadas por Pipito até sua morte.
Fonte: G1