A Polícia Civil de Campos encerrou as investigações relacionadas ao incidente de agressão envolvendo o fotógrafo campista Igor Gomes, ocorrido em 19 de agosto em um bar próximo à Rua Álvaro Tâmega, nas proximidades da área da Pelinca. As conclusões do caso foram anunciadas em uma coletiva de imprensa conduzida pela delegada titular da 134ª DP, Natália Patrão, na tarde de quinta-feira (21).
De acordo com a delegada Natália Patrão, a investigação não conseguiu esclarecer completamente a verdade dos fatos devido às versões “desarmônicas” e “incongruentes” apresentadas pelas partes envolvidas.
A Polícia Civil apurou que Igor deixou um bar e dirigiu-se a outro estabelecimento, onde ocorreu a agressão, por volta das 4h da manhã. A vítima, Igor, alega que não estava embriagado e que pode ter consumido apenas uma caipirinha, enquanto outras testemunhas afirmam que ele estava embriagado.
Segundo o relato de Igor, ele subiu as escadas do segundo andar do bar para usar o banheiro e, a partir do momento em que começou a conversar com uma mulher, não tem memória dos eventos subsequentes.
Outra testemunha, que presenciou parte dos eventos, mencionou que Igor estava acariciando a região acima do peito da mulher, como se estivessem em uma espécie de “conexão espiritual”. No entanto, essa testemunha não viu a agressão em si.
A mulher, que alega ter tido essa suposta “conexão espiritual” com o fotógrafo, afirmou que Igor a abordou e apertou imediatamente seu pescoço após subir as escadas do bar.
A delegada Natália Patrão informou que o pescoço da mulher apresentava hematomas roxos, de acordo com um laudo pericial, mas não foi possível determinar a origem dessas marcas ou concluir se foram causadas por Igor ou por outra agressão.
O agressor, que é namorado da mulher há três anos, alegou que, ao subir ao local, viu Igor apertando o pescoço da vítima e agiu em legítima defesa de terceiros ao socorrê-la com um soco, o que fez Igor cair desacordado.
Natália também mencionou que Igor, quando questionado sobre algum episódio espiritual, afirmou fazer parte da religião candomblé, mas negou estar sob a influência de algum “espírito” naquele momento, alegando que sua religião teria revelado isso.
A delegada concluiu: “Fizemos um auto de acareação aqui na delegacia, onde participaram a mulher e um dos donos do bar. O suposto agressor, Marcos, não compareceu, embora tenha sido intimado. Portanto, os fatos, a origem da lesão no pescoço da mulher e o posicionamento das partes envolvidas não estão esclarecidos. Encerramos a investigação dessa forma.”
O caso permanece com aspectos não resolvidos, e as circunstâncias exatas da agressão ainda não foram completamente esclarecidas.

