Policiais Civis da Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de Campos prenderam em flagrante, nesta segunda-feira (13), um policial militar que perseguiu e ameaçou a ex-namorada, no bairro Terra Nova, em Campos. Os crimes ocorreram na residência da vítima.
De acordo com a DEAM, o casal teve um breve relacionamento em 2008 e nesse período o policial ameaçou a vítima, ocasião em que foi confeccionado registro de ocorrência e requeridas medidas protetivas de urgência para ela.
Posteriormente, o policial dizendo-se arrependido e transformado pediu para voltar a conversar e a vítima acabou voltando atrás e abriu mão das medidas protetivas, retomando o contato com ele.
Ainda de acordo com a DEAM, em junho de 2022, o casal ficou junto novamente e o policial insistia para que retomassem o namoro de forma definitiva, mas a vítima afirmava que não queria reatar com ele. Foi então que iniciaram inúmeras perseguições e ligações para controlar os passos da vítima.
Quando a vítima disse que registraria o fato na delegacia, o policial a ameaçou novamente dizendo que atiraria no joelho dela e a que a torturaria dia e noite.
Os policiais da DEAM informaram que na tarde desta segunda, o policial fez mais de 30 ligações para o telefone da vítima, exigindo que ela se encontrasse com ele para conversarem. Ao ter a conversa negada, o policial invadiu o condomínio da vítima e bateu na casa dela.
Ao perceber que o policial estava em sua porta, a vítima e o filho dela fugiram apavorados pela porta dos fundos, abrigando-se na casa de uma vizinha, ocasião em que acionaram a Polícia Militar.
Quando a Polícia Militar chegou, o policial já não estava no local, mas ao saber que a vítima havia sido trazida para esta DEAM, dirigiu-se para esta delegacia a fim de intimidar a vítima a não fazer o registro de ocorrência, ocasião em que foi preso em flagrante pela autoridade policial em razão de ter perseguido a vítima reiteradamente, com insistentes ligações a qualquer horário do dia e aparecimento em locais por ela frequentados, ameaçando-lhe a integridade física e psicológica, perturbando assim sua esfera de liberdade ou privacidade, o que configura crime de perseguição e ameça.
Ao final, o policial foi conduzido pela corregedoria a fim de ser custodiado no setor de custódia pertinente, onde permanecerá à disposição da justiça.