Por erro médico, homem convive com fio próximo ao coração, e estado de SP é responsabilizado

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Morador de Itanhaém, no litoral paulista, Vanes de Jesus da Silva, 47, ficou com um fio-guia esquecido entre a veia jugular, no pescoço, e o átrio direito do coração após um procedimento de preparação para hemodiálise. A cirurgia foi realizada em julho de 2022, numa clínica prestadora de serviço ao SUS (Sistema Único de Saúde) na cidade de São Vicente.

 

O estado de São Paulo foi responsabilizado em ação judicial pela demora na concessão da cirurgia de retirada do item, que só aconteceu em março deste ano. Por descumprimento do prazo para realização do procedimento, o estado foi obrigado a pagar R$ 50 mil ao paciente.

Vanes tem diabetes e perdeu a visão em decorrência da doença, em 2021. Um ano depois, precisou realizar o procedimento de inserção de um cateter temporário para que conseguisse fazer a hemodiálise. O cateter em questão foi retirado em abril de 2023 pelo mesmo médico que inseriu.

“Mesmo após a retirada do cateter, meu pai reclamava de muita dor, então marcamos um raio-x e descobrimos que haviam esquecido um fio-guia dentro dele”, diz Jullyana Dionísio, 24, filha de Vanes.

De acordo com ela, quando descobriram o problema chegaram a comunicar ao médico que realizou o procedimento, mas o profissional informou que o erro poderia ser em decorrência de outra cirurgia feita por Vanes. No entanto, o paciente nunca tinha feito nenhuma cirurgia anteriormente.

“O médico ainda tentou remover o fio a sangue frio, numa sala inapropriada na própria clínica de hemodiálise onde o cateter foi inserido. Só piorou a situação do meu pai”, afirma Jullyana.

A cirurgia para remoção do fio-guia só aconteceu em março deste ano, após Vanes e a família recorrerem a atendimento judicial.

Questionada sobre a demora para atendimento ao paciente, a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo afirmou em nota que o Departamento Regional de Saúde (DRS) da Baixada Santista informa que o procedimento de retirada de cateter não é realizado nos hospitais da região, devido ao nível de complexidade da intervenção. Por este motivo, a retirada do cateter do paciente foi realizada no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, localizado em São Paulo, em 20 de março deste ano.

No hospital da capital paulista, entretanto, o item foi parcialmente removido. “Nos disseram que a parte próxima ao pescoço formou uma fibrose, então meu pai continua vivendo com um pedaço de fio de 10 centímetros”, informa Jullyana.

A filha do paciente afirmou ainda que o hospital a informou que a tentativa de retirada do restante do fio poderia culminar no óbito de seu pai e que conviver com aquele item não causaria maiores problemas. “Estamos acompanhando também com médicos particulares para termos uma segunda opinião”, diz.

Hoje, Vanes continua realizando a hemodiálise na clínica Segumed, em São Vicente, mas tentou transferência para um outro hospital da região, a Santa Casa de Santos que, segundo Jullyana, negou atendimento ao pai por conta do erro no procedimento.

Em nota, a Prefeitura de São Vicente informou que a administração municipal mantém um contrato de prestação de serviços médicos de hemodiálise com a empresa Segumed, que atende toda a região da baixada, até 13 de outubro de 2024. Segundo o informe, a prestadora está em dia com as normas fiscalizatórias de funcionamento e o paciente utiliza o serviço por meio de vaga regulada pelo estado.

Já a Santa Casa de Santos, para onde Vanes tentou transferência, diz que as referências de tratamento são dadas pelo sistema SIRESP (Sistema Informatizado de Regulação do Estado de São Paulo), que filtra as informações clínicas para que o paciente seja encaminhado ao serviço mais próximo e, no caso, não foi designada pelo sistema do estado como local para o tratamento do paciente.

O paciente passa por avaliação para transplante no Hospital do Rim, em São Paulo. No entanto, as consultas têm um longo intervalo e, por conta do erro médico, Vanes ainda não pôde fazer um exame no coração necessário para o procedimento, segundo Jullyana.

“É complicado porque meu pai correu e corre o risco o tempo todo por conta deste erro. Acho que uma vida não tem preço, assim como todo o sofrimento, dor e abalo emocional que ele passou”, afirma a jovem.

Os advogados responsáveis pelo caso, Alexandre Massarelli e Digo Quaresma de Oliveira, afirmam que a ação do paciente foi julgada pela Primeira Vara de Itanhaém, na qual foi reconhecida a falha na prestação de serviço hospitalar oferecido pelo hospital conveniado pelo Estado de São Paulo. Ainda de acordo com eles, será ajuizada uma ação reparatória para a indenização por danos morais.

 

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