A recente proibição da circulação de caminhões pesados nas ruas de Campos, tem gerado polêmica entre moradores, autoridades e motoristas. A medida, que restringe veículos com cargas que chegam a até 50 toneladas — muitos vindos do Porto do Açu —, tem como justificativa a preservação da pavimentação urbana, que estaria sendo danificada pelo tráfego intenso e pesado.
Entretanto, uma publicação de 24 de setembro de 2014 no site oficial da Prefeitura de Campos apresenta uma perspectiva distinta. Na ocasião, durante a inauguração da Avenida Arthur Bernardes, a então prefeita Rosinha Garotinho e o secretário de Obras à época, Edilson Peixoto, destacaram que a nova via havia sido planejada justamente para absorver o trânsito de veículos de carga oriundos do Porto do Açu e do Complexo Logístico e Industrial Farol-Barra do Furado.
“A perimetral é importante para retirar o tráfego pesado e intenso dos caminhões que transitam pela Avenida 28 de Março com cargas para o Porto do Açu e para o Complexo Logístico e Industrial Farol-Barra do Furado”, afirmou o então secretário Edilson Peixoto durante o evento, ressaltando a estrutura reforçada da avenida para esse tipo de demanda.
O impasse atual levanta questionamentos sobre o planejamento e manutenção da infraestrutura urbana e sua capacidade real de atender ao crescimento logístico da região, especialmente no que diz respeito ao escoamento da produção do Porto do Açu.
