O Sindipetro-NF segue acompanhando de perto o grave incêndio ocorrido na manhã desta segunda-feira (21) na plataforma PCH-1 (Cherne 1), localizada na Bacia de Campos. Embora as causas oficiais ainda estejam sob investigação, relatos de trabalhadores presentes na unidade no momento do acidente já evidenciam a gravidade da situação e reforçam as denúncias feitas há anos pelo sindicato sobre o sucateamento das plataformas.
De acordo com os relatos colhidos pelo sindicato, o acidente teria começado com um grande vazamento de gás, provavelmente provocado pelo rompimento de um duto que alimentava a plataforma. Em seguida, uma fonte de ignição ainda não identificada causou uma explosão, iniciando o incêndio.
Trabalhadores relataram momentos de pânico e desespero, com o fogo se alastrando rapidamente e atingindo áreas de convivência como camarotes, salas de espera e a área de desembarque. Segundo eles, a tragédia só não foi maior porque os sistemas automáticos de segurança atuaram com rapidez. A própria Petrobras informou que as válvulas de segurança foram acionadas em menos de 30 segundos após o vazamento, e os sistemas automáticos de combate ao incêndio funcionaram adequadamente.
A atuação da brigada de incêndio, composta por trabalhadores a bordo, foi considerada crucial para conter as chamas. “Sem a atuação desses petroleiros, as consequências poderiam ter sido ainda mais graves”, destacou a direção do sindicato.
Estado de saúde dos feridos
A Petrobras informou nesta quarta-feira (23), às 14 horas que, dos trabalhadores feridos no incêndio, três já receberam alta médica. Outros cinco seguem internados, todos em observação, com estado de saúde estável e sem risco até o momento. Apenas um dos feridos permanece na UTI. A empresa declarou que está prestando toda a assistência necessária e acompanha de perto a evolução de cada paciente.
Fonte: Sindipetro-NF