Robert Prevost, 69, é o novo papa Leão 14, primeiro americano da história

(FOLHAPRESS) – Com seu mote “In Illo unum uno” (No único Cristo, somos um), que reflete a visão de uma Igreja unida, o cardeal americano Robert Francis Prevost, 69, é o novo papa Leão 14. Depois de ver a fumaça branca sair da chaminé da Capela Sistina, a multidão que lotou a praça São Pedro ouviu o anúncio do “Habemus Papam” e, por fim, o nome que Prevost escolheu para ser o 267º chefe da Igreja Católica. Em uma decisão surpreendente do conclave, o Vaticano tem seu primeiro pontífice dos Estados Unidos na história. Ele será o líder de 1,4 bilhão de fiéis ao redor do mundo.

 

Em seu discurso na sacada da basílica, o novo papa de perfil progressista agradeceu a Francisco e falou na necessidade de uma Igreja sinodal. “O mal não vai prevalecer, estamos todos nas mãos de Deus”, disse Leão 14. “Vamos em frente, somos discípulos de Cristo. O mundo precisa de sua luz, a humanidade precisa dele. Ajudem também vocês a construir pontes, com o diálogo, para sermos um só povo em paz”, declarou.

Ele também agradeceu a seu antecessor, o papa Francisco, e disse que ser “filho de Santo Agostinho, agostiniano, que disse ‘com vocês sou cristão, para vocês, bispo'”.

Proferiu parte de sua fala em espanhol, idioma do qual é fluente por causa de sua experiência missionária no Peru, aonde chegou nos anos 80 e viveu por duas décadas.

O presidente dos EUA, Donald Trump, comemorou nas redes sociais a decisão do conclave. “Que grande honra para o país”, escreveu.

A ascensão de Leão 14 desfaz a expectativa de que o Vaticano voltasse ao comando de um europeu, após Francisco se tornar o primeiro pontífice latino-americano. Mais especificamente, esperava-se o retorno de um italiano ao poder: o cardeal Pietro Parolin, influente número 2 da Santa Sé, era o favorito.
Nascido em 14 de setembro de 1955, em Chicago, Prevost ingressou no noviciado da Ordem de Santo Agostinho em 1977 e fez os votos perpétuos em 1981.

Formado em Matemática pela Universidade Villanova, tem mestrado em Teologia pelo Catholic Theological Union, em Chicago, e doutorado em Direito Canônico pelo Colégio Pontifício de Santo Tomás de Aquino, em Roma.

Ele é tido como mais progressista do que outros cardeais americanos -considerados conservadores e, em muitos casos, opostos a Francisco.

Em 1998, retornou do Peru aos EUA para chefiar a ordem agostiniana na sua cidade natal. Dois anos depois, envolveu-se em um escândalo por permitir que o padre James Ray, agostiniano como ele, morasse em um priorado em Chicago. Ray havia sido acusado de abuso sexual de crianças, e o priorado ficava próximo a uma escola. Leão 14 não notificou a escola.

No papado de Francisco, Prevost chefiou o Dicastério para os Bispos e a Comissão Pontifícia para a América Latina, um cargo importante que demonstra sua proximidade com o antecessor.

Segundo o canal peruano TV América, o novo papa arquivou denúncias contra dois sacerdotes por abuso sexual a três menores, quando era bispo em Chiclayo, no Peru. Três meninas teriam sido abusadas sexualmente quando eram crianças, numa casa paroquial.

Embora seja um país de maioria protestante, os Estados Unidos têm a quarta maior população católica do mundo, com 85,3 milhões de pessoas. Só ficam atrás do líder Brasil, do México e das Filipinas. Também são a segunda nação mais representada no Colégio Cardinalício, com 10 membros, ante 17 da Itália.

Apesar desse peso relativo, nunca um cardeal americano havia sido colocado entre os nomes realmente mais fortes de um conclave, e os candidatos de agora corriam por fora.

A escolha do conclave fará os olhos se voltarem para a relação do Vaticano com os EUA sob Donald Trump, com diversos atritos ao longo do papado de Francisco. Logo após a morte do pontífice, ao ser questionado por um jornalista sobre quem deveria ser o próximo chefe da Igreja, Trump afirmou: “Eu gostaria de ser papa. Essa seria minha escolha número um.” Em seguida, afirmou que não tinha preferência, mas fez referência ao arcebispo de Nova York. “Devo dizer que temos um cardeal que por acaso é de um lugar chamado Nova York, que é muito bom, então veremos o que acontece.”

O cardeal mencionado era Timothy Dolan, arcebispo de Nova York, que era um dos cotados.

A principal polêmica de Trump com a Igreja viria dias depois, em um caso que gerou irritação de católicos. O presidente publicou, nas redes sociais, uma imagem gerada por inteligência artificial em que aparece vestido como papa, sentado em uma cadeira de estrutura dourada. Após críticas, afirmou que não teve “nada a ver” com a publicação e chamou a imagem de piada.

“Alguém fez uma foto minha vestido como o papa e eles colocaram na internet. Não fui eu quem fiz isso e não faço ideia de onde [a imagem] veio. Talvez fosse inteligência artificial, mas eu não sei nada sobre isso”, afirmou.

Questionado sobre o fato de que a imagem foi divulgada no perfil oficial da Casa Branca, Trump minimizou de forma sarcástica. “Minha esposa achou fofo. Ela disse: ‘não é legal?’ Na verdade eu não poderia me casar. Até onde é do meu conhecimento, papas não podem se casar.”

Curiosamente, um dos últimos compromissos que Francisco teve antes de morrer foi um encontro com o vice-presidente dos EUA, J. D. Vance, que é católico. Eles estiveram juntos no domingo de Páscoa, véspera da morte do papa. A reunião que abordou a situação de refugiados, dois meses após o Francisco ter criticado a posição do governo americano sobre o tema.

Vance se converteu ao catolicismo já adulto, em 2019. Os EUA só tiveram dois presidentes católicos, John F. Kennedy e Joe Biden. O atual vice flertou com o ateísmo antes de aderir à Igreja Católica.

Em 2016, durante a campanha eleitoral nos EUA, Francisco criticou a proposta de Trump de construir um muro na fronteira com o México. Ele disse na época que “buscar salvadores que nos defendam com muros é perigoso”. A frase de “construir pontes, não muros”, em um claro recado ao republicano, foi lembrada pelo decano do Colégio Cardinalício, Giovanni Battista Re, na homilia que fez durante a missa do funeral do papa argentino.

Francisco e Trump se encontrariam na Casa Branca no ano seguinte. Na ocasião, viralizou uma foto da reunião, sobretudo devido ao semblante de Francisco, que parecia estar de cara fechada, sem fazer questão de sorrir ao lado do presidente Donald Trump, a primeira-dama Melania e Ivanka Trump.

A desconfiança entre Washington e Vaticano, porém, vem de antes. Em 2003, o embaixador americano junto à Santa Sé, Jim Nicholson, criticou a oposição da Igreja Católica à guerra no Iraque, dizendo que o Vaticano parecia não ter entendido que derrubar Adolf Hitler na década de 1930 teria sido a melhor maneira de evitar uma tragédia.

EUA e Vaticano ficaram sem relações diplomáticas por 117 anos e só as retomaram em 1984, durante o governo do republicano Ronald Reagan e o papado de João Paulo 2º. Em 1867, o Congresso americano aprovou uma legislação que proibia qualquer financiamento a missões diplomáticas americanas junto à Santa Sé, o que levou à ruptura.

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