Rússia quer outros países em acordo sobre armas nucleares com EUA

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo de Vladimir Putin disse nesta terça (8) que qualquer negociação sobre controle de armas nucleares com os Estados Unidos terá de levar em conta os arsenais de outros países. “Só podemos discutir tudo como um todo”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

 

Isso sinaliza uma mudança total na postura russa até aqui, que era a de considerar apenas o poderio nuclear russo e americano nas conversas sobre o tema. E também serve de lembrete de Moscou acerca de suas capacidades a Washington.

Tal aceno ocorre em meio às dificuldades para negociar um cessar-fogo na Guerra da Ucrânia. Donald Trump promoveu um giro de 180 graus na política americana para o conflito, alinhando-se a Putin na avaliação dos motivos da guerra e abrindo negociações diretas com os russos.

Trouxe Kiev à força para a mesa e tentou fazer com quem Moscou aceitasse uma trégua provisória para daí negociar termos. Putin não topou, exigindo que as conversas começassem com os pontos a serem discutidos definidos -presumivelmente, os seus pontos.

O impasse já dura semanas, e Trump tem sinalizado perda de paciência. Primeiro, ameaçou Moscou com novas tarifas e sanções. Na segunda (7), queixou-se de que os russos estavam “bombardeando como loucos” o vizinho enquanto a novela se desenrola.

Ainda assim, os EUA receberam o primeiro enviado de alto nível russo desde o início da guerra, em 2022, na semana passada. “Czar” dos investimentos da Rússia, Kirill Dmitriev não logrou avanços visíveis, mas as conversas continuam.

As armas nucleares entram na conversa porque ambos os lados concordaram em fazer negociações amplas, incluindo suas divergências, além da questão ucraniana. A carta atômica russa foi usada repetidas vezes nos momentos de disputa mais agudos com o Ocidente na guerra.

O famoso Relógio do Juízo Final, criado para medir o risco do apocalipse atômico e que hoje embute outros fatores como o clima, apontou neste ano que o mundo está no pior nível histórico de perigo de destruição. Fator central são as tensões entre potências nucleares.

Cortesia da rivalidade da Guerra Fria, Rússia e EUA dominam 87% dos estoque total de ogivas nucleares no planeta. Na sequência vêm a China (4,8%), a França (2,3%), o Reino Unido (1,8%), Índia (1,4%), Paquistão (1,4%), Israel (0,7%) e Coreia do Norte (0,4%).

A estimativa é da referencial FAS (Federação dos Cientistas Americanos, na sigla em inglês). O número inclui as ogivas prontas para uso, chamadas operacionais, as em reserva e as aposentadas mas não destruídas.

Logo no começo das negociações, russos e americanos falaram que reativar o acordo Novo Start, de 2009, seria importante. Ele é o último tratado em vigor para a limitação das armas, na forma de teto para ogivas operacionais e meios de lançamento, como mísseis e submarinos.

Em 2023, devido à pressão ocidental decorrente da guerra, Putin congelou a participação russa no arranjo. Diversos mecanismos de inspeção mútua estão paralisados, mas de forma geral ambos os rivais mantiveram seus arsenais no mesmo lugar, com uma ligeira vantagem para a Rússia.

TRUMP USOU MESMO ARGUMENTO NO PRIMEIRO MANDATO

A ironia da mudança da posição russa é que, durante o primeiro governo de Trump, de 2017 a 2021, o americano pressionou Moscou a incluir a aliada China nas negociações acerca da extensão do Novo Start.

A argumentação da Casa Branca era de que Pequim ampliava rapidamente seu arsenal, podendo chegar a níveis próximos daquele das ogivas operacionais russas e americanas na próxima década. A expansão é real: até o começo da década, os chineses tinham aproximadamente o mesmo número de bombas que a França, e agora já operam o dobro do que Paris.

Mas o Kremlin bateu o pé, enquanto Trump desmantelava o arcabouço restante do controle de armas, deixando dois tratados importantes sobre o tema. O republicano por fim tirou o bode chinês da sala, mas as conversas não andaram.

Quando Joe Biden assumiu, topou a extensão do Novo Start nos termos russos, mas tudo desandou devido à invasão da Ucrânia no ano seguinte.

Segundo Peskov, para tais conversas começarem, também é necessário que Putin e Trump “restorem um certo nível de confiança”, algo que ainda não ocorreu. Ele não elaborou, de toda forma, de que forma as outras potências nucleares entrariam no debate.

Em números puros, usando os dados da FAS, os aliados naturais da Rússia num conflito global têm 650 ogivas, enquanto os dos EUA operam 605. A conta não considera os rivais nucleares do sul da Ásia.

A posição indiana é bem mais ambígua, buscando boas relações com Moscou e Washington, mas suas 180 bombas podem ser colocadas no bloco pró-EUA devido a seu antagonismo com Pequim. Já o Paquistão é um aliado mais próximo da China, embora não tanto do Kremlin.

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