A ceia de Natal é uma celebração especial, mas o reaproveitamento das sobras exige cuidados para evitar riscos à saúde. Com isso, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), compartilha orientações essenciais para garantir que os alimentos reaproveitados sejam consumidos com segurança, sem causar problemas digestivos.
É importante observar a aparência, cheiro, textura e sabor dos alimentos antes de consumi-los. “Se houver mudanças na cor, textura, presença de bolor ou odor desagradável, o alimento não deve ser consumido. Além disso, alimentos com textura viscosa ou pegajosa já estão deteriorados, e nunca devemos confiar no sabor quando houver sinais de estrago”, disse a médica gastropediatra, Karina Barbuto. A médica também destaca a importância de respeitar o prazo de validade. “Alimentos perecíveis podem ser consumidos por até 2-3 dias se armazenados corretamente, mas jamais após esse período”, completou.
Se alimentos estragados forem ingeridos, os sintomas mais comuns incluem náuseas, vômitos, diarreia, dores abdominais e febre. “A desidratação também pode ocorrer, com sinais como boca seca, sede intensa e diminuição da urina”, destacou a gastropediatra. Karina alerta que em casos graves, como febre alta persistente, desidratação grave ou presença de sangue nas fezes ou vômito, é fundamental procurar atendimento médico imediato.
Alguns alimentos são mais suscetíveis à deterioração, como carnes, aves, frutos do mar, laticínios, pratos com molhos à base de leite, ovos ou maionese, e sobremesas cremosas. “Esses alimentos devem ser consumidos rapidamente ou armazenados corretamente para evitar riscos de intoxicação alimentar”, explicou Karina.
Para garantir a segurança das sobras, os alimentos devem ser refrigerados imediatamente em recipientes fechados, idealmente divididos em porções menores. “Evite recipientes grandes, pois eles dificultam o resfriamento. Se não forem consumidos em até 2-3 dias, é melhor congelar e rotular os recipientes com a data do preparo para evitar confusões”, orientou a médica.
Karina Barbuto ainda alerta que misturar alimentos novos com sobras pode ser perigoso. “A contaminação cruzada é um risco sério. Alimentos mais antigos podem estragar os mais frescos e aumentar o risco de intoxicação alimentar”, concluiu a médica.