Representantes das prefeituras de São Francisco de Itabapoana (SFI) e de Cambuci se reuniram nesta segunda-feira (23) para debater a implantação da Ronda Maria da Penha no município do Noroeste Fluminense. Em SFI, o projeto atendeu 50 vítimas e realizou duas prisões em flagrante durante os seis primeiros meses de atuação.
O encontro aconteceu na sala de reuniões da sede do Executivo são franciscano, onde o projeto implementado pela prefeita Francimara Barbosa Lemos foi apresentado. A chefe de Gabinete, Francilea Azeredo, acolheu os visitantes.
— Em nome da prefeita Francimara, que neste dia está em uma agenda externa, gostaria de dar boas-vindas à comitiva de Cambuci e nos colocar à disposição para auxiliar na implantação deste importante projeto — disse.
O secretário municipal de Defesa Civil e Segurança Pública de Cambuci, Antônio Salles, agradeceu a oportunidade e a troca de informações e experiências. Ele estava acompanhado da comandante da Guarda Civil Municipal (GCM), Manuela Curvelo, do inspetor Aurenir Moreira e do subinspetor Wesleison Freire.
— Levaremos tudo o que foi debatido aqui para o prefeito Marquinhos da Venda. Foi através dele que conhecemos o projeto e marcamos este encontro, que certamente será crucial para a implantação — afirmou, acrescentando que visitas técnicas devem ser realizadas entre os municípios.
O secretário municipal de Segurança, Ordem Pública e Defesa Civil, Edson Brito, relatou detalhes da execução do projeto e apontou a parceria entre as secretariais municipais, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) e a Polícia Militar como um dos pilares. Junto ao coordenador de Integração de Operações e Segurança Pública, Rodrigo Linhares, ele lembrou que a Ronda Maria da Penha – Guardiã da Mulher São Franciscana também foi tema de reuniões em outras cidades, como Campos dos Goytacazes e Cardoso Moreira, que também se interessaram nos resultados positivos.
A comandante do projeto, guarda civil municipal Roberta Panisset também apresentou informações sobre a operação, além de lembrar que a iniciativa “era um sonho da prefeita Francimara”.
— Estamos lidando com vidas e dados sigilosos. Isso nos exige um trabalho humanizado, sensível e em conjunto. Atuamos também com prevenção, como palestras em escolas, conscientização e para auxiliar que a mulher consiga sair do ciclo de violência — detalhou.
Paralelamente, a gerente de Proteção Social Especial da Secretara Municipal de Trabalho e Desenvolvimento Humano (SMTDH), Eliana Carvalho, explicou que outra frente de trabalho, o acompanhamento das medidas protetivas, é possível a partir de convênio assinado pela prefeita Francimara junto ao TJ-RJ. Ela também colocou à disposição da Prefeitura de Cambuci o material de treinamento elaborado pelo município, que aborda, por exemplo, a Lei Maria da Penha e o fluxo de atendimento.
Já a advogada do Centro de Referência da Assistência Social (Cras), Priscila Corrêa, expos as políticas públicas desenvolvidas pela municipalidade para assistir a vítima de violência.
— Contamos com uma equipe multidisciplinar, que inclui assistente social e psicóloga, responsável por acolher e direcionar a vítima para toda a assistência necessária, como aluguel social e prioridades em ações e iniciativas governamentais — finalizou.