Com o auditório do Cineteatro José Renato Cunha lotado, a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Tecnologia (SMECT) está realizando, nesta terça-feira (15), uma palestra sobre “Ações Culturais Antirracistas em Sala de Aula”, ministrada pela educadora e organizadora do projeto “Educação de Toda Cor”, Loide Regina dos Santos Vicente, em três turnos (manhã, tarde e noite).
O evento foi aberto pela professora da rede municipal Maisa Haddad, que fez intercâmbio na África e desenvolveu um projeto na Educação de Jovens e Adultos (EJA) abordando o tema: “África em nós: Palavra, arte e resistência”.
Já Loide abordou o letramento racial, práticas pedagógicas antirracistas, currículo, racismo estrutural e Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (PNEERQ). Ela também falou sobre as leis 10.639 e 11.645, que tratam sobre a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-brasileiras e Africanas nas escolas públicas e privadas do Ensino Fundamental e Médio e torna obrigatório o estudo da História e Cultura Indígena e Afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino.
De acordo com a coordenadora geral dos Anos Iniciais, Karla Barreto, a PNEERQ tem sido desenvolvida desde o início do ano letivo nas escolas, com ações e projetos culturais para garantir o efetivo ensino da cultura e história afro-brasileira e indígena e destacar a importância do combate ao racismo.
— Nosso município firmou compromisso com as leis de reparação que foram inseridas na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e tem, em seus currículos, todas as etapas do ensino, temas e ações reflexivas e educativas. Além de não ser racista, é preciso ser antirracista. É importante que a escola seja um lugar de fala, transformação e reconhecimento — explicou Karla.