A Escola Municipal Manoel Azeredo, localizada em Deserto Feliz, recebeu, nessa terça-feira (27), a visita do secretário municipal de Educação, Cultura e Tecnologia, Gustavo Terra, da vice-secretária, Quíssila Sobrinho, do coordenador da Educação de Jovens e Adultos (EJA), Rafael Viana, e da defensora pública do 1º Núcleo de Tutela Coletiva, Carolina Gomes. Os motivos da reunião foram a implantação de um núcleo da EJA na unidade e a realização de um estudo técnico para implantação de uma escola quilombola no local.
De acordo com Rafael Viana, a ideia é iniciar a EJA no dia 17 de julho. “Para que possamos cumprir esse cronograma, é necessário que os interessados tragam a documentação, CPF, RG, comprovante de escolaridade e de residência, até o dia 30 de junho”, ressaltou o coordenador.
Para o secretário de Educação, dar continuidade aos estudos na comunidade é uma das prioridades. E tanto a EJA quanto a escola quilombola foram demandas que partiram do anseio da comunidade. “Estamos juntos aqui para somar forças e melhorar as condições para que vocês possam continuar adquirindo conhecimentos e crescerem através do estudo”, disse Gustavo.
A vice-secretária de Educação destacou que a EJA representa uma oportunidade de desenvolvimento e aprendizagem. “Cada um tem um motivo diferente para não ter concluído os estudos e, hoje, a gente traz essa esperança de continuação. Enquanto há tempo, temos que aproveitar. O tempo é um presente, e presente a gente não recusa”, aconselhou Quíssila.
Não perder mais tempo, é o que pretende a moradora da comunidade Jocília Conceição da Silva. “Parei de estudar no 5º ano para casar. Fiquei viúva e agora pretendo recomeçar e não parar mais”, garantiu Jocília.
Escola quilombola
A defensora pública explicou que a implantação da escola quilombola vai trazer benefícios para a unidade, como por exemplo, mais recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).
“Essa escola está dentro de um território quilombola, e faz jus a uma série de investimentos destinados a uma política pública em nível federal. A proposta é pensar oficinas para a preservação da história, com a participação dos mais velhos, contando um pouco a história da comunidade, justamente para garantir que essa história permaneça, se reproduza, que as crianças tenham acesso a essa riqueza”, concluiu Carolina.