Na última segunda-feira (24), o único sobrevivente de um sequestro em Campos, que resultou na morte de dois adolescentes, concedeu uma entrevista exclusiva ao Manchete RJ. Foi a primeira vez que ele falou desde o trágico episódio que ocorreu em 8 de junho. A polícia afirma que cerca de 11 pessoas participaram do crime, mas, até o momento, apenas três menores de idade foram apreendidos.
Os jornalistas Diogo Ferreira e João Balthazar, juntamente com o filmmaker Renato Dutra, foram até o Parque Santa Helena, no subdistrito de Guarus, para conversar com o jovem sobrevivente. Durante a entrevista, ele compartilhou como tudo começou, os detalhes do crime e também falou sobre seu futuro.
Ver essa foto no Instagram
Detalhes do crime
De acordo com o único sobrevivente, ele viu o seu irmão ser assassinado na sua frente. “Eles botaram a arma na minha cabeça e atiraram, mas a arma ‘mascou’. Depois botaram a arma na cabeça do meu irmão e atiraram”.
Ainda segundo ele, a confusão entre os três adolescentes e os criminosos aconteceu fora do Shopping Boulevard. “Um ex-amigo meu soube que eu estava lá e foi lá arrumar problema com a gente. Me viram e ligaram para ele e ele foi até lá. Eram 8 pessoas que estavam lá. Nós estavámos de bicicleta indo embora, e eles vieram e nos seguraram. Seguraram meu irmão, e eu voltei e ficamos lá. Botaram a gente dentro de uma casa, ligaram para mais gente, botaram a gente dentro de um carro e nos levaram para a Ilha do Cunha”
Agressões e mortes
Segundo a vítima, 11 pessoas participaram do sequestro divididos em dois carros. Eles foram levados até a Ilha do Cunha, comunidade que fica próxima ás margens do Rio Paraíba. Ele afirma ter visto o irmão ter sido assassinado, e logo em seguida ele fugiu pulando no Rio Paraíba.
“Pulei no Rio Paraíba, e eles atiraram na minha perna. Fui nadando até perto de uma vila, onde cheguei e era a casa de um policial, pedi socorro e ele ligou para a Polícia e depois veio uma ambulância”, disse o jovem.
Recuperação
O jovem também disse que a recuperação vem acontecendo de maneira positiva. “Não via a hora de sair do Hospital e voltar para casa. Graças a Deus está tudo bem, e agora é seguir em frente, voltar a estudar e começar a trabalhar de carteira assinada”, disse o jovem.