A Polícia Civil chegou a Deivid Nascimento Santana, preso pela morte de Vitória Conceição, de 23 anos, por meio do cruzamento de informações sobre uma identidade falsa que era usada por ele para dar golpes. A busca envolveu uma foto mandada por Whatsapp e até uma viagem feita em um aplicativo de mensagens. O nome era de um amigo com o qual se apresentou na lanchonete onde a vítima tomou um milkshake que estaria envenenado.
O homem contou aos agentes da 82ª DP (Maricá) que não sabia que o nome dele era usado por outra pessoa e colaborou com as investigações. Ele foi conduzido até a delegacia e contou que conhecia Deivid pelo apelido de “Baiano”.
“No curso da investigação, tentamos descobrir se esse nome com o qual ele se apresentava era uma pessoa real ou uma pessoa inventada. E descobrimos que era uma pessoa real, um morador de Maricá. O Deivid usava o nome dele sem saber para aplicar os golpes”, afirmou o delegado Bruno Gilaberte.
Os policiais afirmaram que Deivid chegou a aplicar outros golpes, como a venda ilegal de um terreno para várias pessoas.
Os investigadores o descrevem como sendo uma pessoa simples que teve os documentos levados pelo suspeito para que ele pudesse ser inscrito no CRAS mais próximo em programas sociais.
Localização
O homem que teve a identidade usada afirmou aos policiais que Deivid dormia em um terreno dele, próximo de onde ele mora.
Após a morte de Vitória, Deivid sumiu da região. Depois do crime, o amigo recebeu pelo Whatsapp a foto de um bar com a legenda “malicia”. Os agentes interpretaram que era uma grafia incorreta da palavra “milícia”.
No celular, analisado com a autorização do dono, os policiais encontraram instalado um aplicativo de transporte que tinha apenas uma corrida cujo destino era Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
“Pedimos que ele mostrasse a mensagem, ele autorizou, inclusive por escrito, para mostrar que não tinha nada com a história”, disse o delegado.
A foto do perfil do Whatsapp que enviou a mensagem foi encaminhada para o Instituto Félix Pacheco, que identificou o dono do celular, que realmente vivia em Rio das Pedras.
Policiais fizeram buscas no endereço e encontraram Deivid sozinho no local. Ele foi preso na terça-feira (6), e não manifestou resistência. O amigo que o abrigava na Zona Oeste do Rio será investigado. Em depoimento aos policiais, Deivid ficou calado.
Fonte: G1