Tereza Seiblitz diz que fama a assustou nos anos 1990 e que gosta de ser ‘invisível’ às vezes

LEONARDO VOLPATO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Nos anos 1990, só dava Tereza Seiblitz. A atriz, à época na faixa dos 30 anos, emendou dois dos maiores sucessos na Globo: fez Joana, em “Renascer” (1993), e a cigana Dara, em “Explode Coração” (1995). Foi Bom? Foi. Mas Tereza não esconde que a fama em tão larga escala a deixou um pouco assustada.

“A gente lida com a fama quando escolhe essa área, mas confesso que naquele tempo, eu não sabia direito o que era. Tinha em casa uma mãe professora e um pai médico. E, de repente, o susto de você estar no liquidificador da casa das pessoas”, diz ela à reportagem.

A artista completa 60 anos neste sábado (29), e tem um motivo a mais para comemorar: ela vai interpretar um papel fixo numa novela do canal após mais de 20 anos afastada. O último foi em “Malhação” (2002). Em “Volta por Cima”, próxima trama das 19h como nome que vem bem a calhar, Tereza será Doralice, uma costureira que sofre com a saúde frágil.

O retorno acontece após alguns anos longe do audiovisual, período em que pôde ficar ‘invisível’ e preferiu trocar os holofotes televisivos pelos palcos e pela vida em família. “Foi importante para me tornar a mãe que fui e que continuo sendo. Não existia celular, WhatsApp, Instagram. Eu tinha de ser presente.”
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PERGUNTA – Você comemora 60 anos neste sábado (29). Que balanço faz?
TEREZA SEIBLITZ – Não penso nisso, sou uma pessoa que não marca tempo desde criança. A vida, para mim, é todo dia, de gestos e esforços diários. Não penso nesses marcos, no passar das décadas e dos anos.

P – Atualmente, você pode ser vista em ‘Justiça 2’ (Globoplay). Já se sentiu injustiçada?
TS – Ali na série são histórias e já faz um ano que gravamos. Quando penso em justiça não penso em mim, mas, por exemplo, nas populações ribeirinhas retiradas de suas casas, na subsistência, no planeta perdendo qualidade de vida. Tenho me movido nessas direções.

P – A Globo exibe o remake de ‘Renascer’, 30 anos após você atuar como Joana. Tem gostado?
TS – Acho lindo a personagem sendo refeita agora [pela atriz Alice Carvalho]. Percebo um jeito diferente de conduzir, uma linguagem diferente e isso é bom. Não teria sentido fazer da mesma forma como já foi feito.

P – Considera que seu grande momento tenha sido na pele da cigana Dara em “Explode Coração” (1995)?
TS – Sou sortuda por ter feito novelas tão fortes. A cigana Dara me traz coisas boas, mesmo 28 anos depois. Esse ano, fui a uma festa de 40 anos de um grupo de ciganos e o carinho deles por mim foi muito grande. De pessoas que vivem a dança e a cultura, que assistiram à novela. Muitos vieram falar comigo de forma especial.

P – O que essas pessoas te falaram?
TS – Eram meninas que tinham cabelo enrolado como o meu e viram uma protagonista de cabelo assim naquela época, o que era difícil. Se sentiam representadas por mim. Eu era uma criança que queria ter cabelo liso, pois não tinha ninguém de referência com cabelo enrolado, então é bonito ver isso. Gratificante fazer personagem que liberta as pessoas, a vontade delas de dançar.

P – Era a primeira novela do ator Ricardo Macchi. A atuação dele como cigano Igor ficou marcada de forma pejorativa. Isso te chateia?
TS – Não sei como responder. Todo mundo ajudava ele, todo o elenco, mas… Não me chateia, mas é uma pena que falem isso.

P – Nos anos 1990 e 2000 você fez muita na TV. Sente falta?
TS – Sou uma mulher que anda para frente. Não penso no sucesso, vivo o presente e o que me interessa são os personagens bons, não importa em qual plataforma. Depois da Dara, fiquei seis meses na França fazendo teatro, me formei em mímica, entrei na maternidade. Não foquei no fato de estar fora das novelas, mas no que eu ainda queria realizar. Sou movida assim, não olho para trás.

P – Como lidou com a fama naquela época?
TS – A gente lida com a fama quando escolhe essa área, mas confesso que naquele tempo, eu não sabia direito o que era fama. Tinha em casa uma mãe professora e um pai médico, ninguém famoso. E, de repente, tem aquele o susto de você ser reconhecida aonde quer que vá.

P – Já teve problemas por ser famosa?
TS – A fama pode ser super invasiva. Meu pai estava para operar uma safena e uma pessoa no hospital me pedia autógrafo. E eu a entendo, eu era importante para ela na ocasião. Fui aprendendo. Agora, acho interessante que às vezes consigo ficar invisível durante minha vida. Anos atrás, fui entrar na ala das baianas da Mangueira e a chefe dessa ala não me reconheceu de cara e achei isso incrível.

P – É bom poder circular como uma pessoa ‘comum’, não?
TS – É o princípio básico do ator, mudar, ficar invisível, por vezes desaparecer. De alguma maneira, eu consigo ir à feira, à praia. A fama é uma coisa para você lidar. Nos meus momentos de recolhimento, tinha horas que não queria ouvir ninguém me chamar de Dara.

P – Imagino que esta pausa tenha tido um lado positivo para você.
TS – Sim, foi muito importante para me tornar a mãe que eu fui e que continuo sendo. Não existia celular, WhatsApp, Instagram. Eu tinha de ser presente. Como fui feliz na maternidade das crianças, no puerpério, porque não tinha essa demanda toda de trabalho e pude me dedicar a eles. A mãe estar presente, ouvindo, criando com prazer, é fundamental. O trabalho no teatro é um pouco mais contínuo nessa energia. Com TV o nível de exposição e expansão é muito grande. Deu para ter uma vida mais orgânica. O mais novo está com 18 anos (Juliano). [Além dele, Tereza tem Vittório, 23, e Manuela, 25]

P – Como tem sido a preparação para a próxima novela das 19h, ‘Volta por Cima’?
TS – Tenho tido essa preparação com workshops com costureiras, e olha que sou péssima em trabalhos manuais. Mas tenho achado incrível esse trabalho especial e delicado da personagem, que é uma costureira. Metade da renda dela vem dessa forma. É a Doralice, uma mulher que tem uma doença no coração e algumas fragilidades.

P – O que mais você pode falar sobre a personagem?
TS – Ela tem um irmão vivido pelo Milhem Cortaz que é o esteio dela. É casada com um motorista de ônibus e tem uma filha batalhadora que teve de parar os estudos para vender as roupas que ela faz em casa. É uma família bem brasileira, bem carioca. Tudo é retratado num universo localizado em Madureira (Zona Norte do Rio).

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