O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recém-empossado como o 47º líder do país, fez sua primeira convocação oficial ao presidente russo, Vladimir Putin, pedindo um acordo de paz com a Ucrânia. Trump alertou que, sem negociações, a Rússia corre o risco de enfrentar uma crise ainda mais profunda.
Em seu discurso na Sala Oval, Trump reafirmou que está empenhado em organizar uma cúpula com Putin para encerrar o conflito que teve início com a invasão russa à Ucrânia em fevereiro de 2022. O presidente norte-americano declarou: “Zelensky quer um acordo. Não sei se Putin quer, mas ele deveria. Está destruindo a Rússia ao não buscar a paz”.
Durante sua campanha presidencial, Trump frequentemente criticou os gastos de sua antecessora, a administração Biden, que destinou bilhões de dólares em ajuda militar e econômica à Ucrânia. Agora, como presidente, Trump ressaltou que Moscou enfrenta sérios problemas econômicos e afirmou que a guerra “que deveria durar uma semana, já se arrasta por três anos”.
Por outro lado, Putin respondeu às declarações de Trump afirmando que está “aberto ao diálogo com a nova administração norte-americana” e que busca uma “paz duradoura” com Kiev, em oposição a meras tréguas temporárias.
Desde o início da invasão russa, o Kremlin tem mantido exigências rígidas, incluindo que a Ucrânia renuncie à adesão à OTAN e reconheça as anexações de territórios realizadas pela Rússia no leste ucraniano. Por sua vez, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reforçou seu compromisso com um acordo justo, ao felicitar Trump e sua “política de paz pela força”.
Um compromisso de campanha
Trump reiterou uma de suas principais promessas de campanha: acabar com o conflito em um curto período. Durante a corrida presidencial, o republicano afirmou que poderia encerrar a guerra “em 24 horas” e defendeu negociações imediatas. No entanto, em declarações mais recentes, reconheceu que o processo pode levar meses.
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