A paranaense Maressa Nunes, foi espancada dentro de um apartamento durante um assalto no dia 24 de junho, em Santiago, capital do Chile. A investigação aponta que a agressão foi cometida por três homens.
Maressa estava acompanhada de uma amiga. A amiga disse que no dia do crime, elas pediram o jantar em um aplicativo. Um homem bateu na porta, e as vítimas pensaram que era o entregador. Foi aí que o suspeito disse que era um assalto.
Depois, outros dois homens também foram ao local. Os suspeitos levaram joias e pertences pessoais das vítimas.
As agressões só pararam depois que vizinhos do apartamento escutaram os gritos de socorro e chamaram a polícia.
Até a quarta-feira (3), ninguém havia sido preso. De acordo com a autoridades chilenas, existe a suspeita de que o principal responsável pelo crime tem envolvimento com outras ações violentas semelhantes.
Na manhã da quarta-feira (3), a família de Maressa confirmou que a jovem recebeu alta hospitalar.
A assessoria de imprensa da polícia chilena disse à RPC que Maressa deve prestar depoimento nesta quarta antes de embarcar para o Brasil.
“Em relação ao momento que estou vivenciando, eu não consigo nem explicar, porque é um misto de muitas emoções e, infelizmente, todas elas negativas”, falou a jovem.
Maressa contou ainda que teve o nariz e um dos ossos abaixo do olho fraturados.
“Tinha uma suspeita [de fratura] do maxilar, mas levei pontos”, disse.
A amiga de Maressa também foi ferida. Ela conversou com a RPC e pediu para não ser identificada. Ela contou que Maressa lutou com os três suspeitos para evitar o estupro e que eles conseguiram fugir.
“Eu tenho certeza que o que ela fez ali foi para nos proteger porque a gente ia ser estuprada. Eu não sei explicar como está a minha cabeça agora, eu estou muito aflita. Eu deixei um pouco minhas dores de lado para socorrer minha amiga porque ela precisava bem mais”.
A irmã de Maressa, Larissa Nunes, reclamou da falta de apoio do consulado brasileiro no Chile.
“Eles têm conversado comigo, mas em nenhum momento deram apoio necessário do que a gente precisa realmente. Não foram no hospital, nenhum dia deram suporte, assistente social”, disse.
O caso está sendo acompanhado pelo Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) e pelo Ministério das Mulheres.
Fonte: G1