BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – O Parlamento da Turquia aprovou nesta quinta-feira (30) um projeto de lei para permitir que a Finlândia se torne o mais novo país membro da Otan, aliança militar ocidental liderada pelos EUA.
Como os demais países ratificaram a filiação -inclusive a Hungria, que aprovou projeto semelhante no início da semana- o caminho está livre para que o país do norte da Europa se junte ao clube ocidental.
“A associação à Otan fortalecerá a segurança da Finlândia e melhorará a estabilidade e a segurança na região do Mar Báltico e no norte da Europa”, disse o governo finlandês em comunicado após a votação no Parlamento turco.
No início de março, o presidente Recep Tayyip Erdogan disse que a Finlândia garantiu a bênção da Turquia após tomar medidas concretas para liberar exportações de defesa e reprimir grupos vistos por Ancara como terroristas -em geral, opositores e críticos do próprio Erdogan.
O mesmo ainda não aconteceu com a Suécia, que pediu pela filiação junto à Finlândia no ano passado, temendo ataques russos em seus territórios após a invasão da Ucrânia. O processo continua retido pela Turquia e pela Hungria, por motivos semelhantes. Parlamentos de todos os países-membros devem ratificar os recém-chegados.
Após a votação turca, a primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, disse que está com a Suécia “agora e no futuro”, reforçando que apoia sua adesão à Otan. Jens Stoltenberg, secretário-geral da aliança, afirmou ter pedido à Turquia e à Hungria que ratifiquem ambos os pedidos. A votação da proposta da Suécia ainda não foi agendada no país de Viktor Orbán.
O último país a ingressar na Otan foi a Macedônia do Norte, por meio de um processo concluído em 2020. Como a Finlândia já completou o processo de ratificação legal de sua parte, o presidente Sauli Niinistö agora precisa assinar a lei que estabelece a adesão após a publicação da decisão turca em Diário Oficial.
Os EUA e demais membros da aliança esperam que os dois países nórdicos se tornem membros da Otan em uma cúpula marcada para 11 de julho na capital da Lituânia, Vilnius. Num momento em que a Guerra da Ucrânia se arrasta em solo europeu, a adesão dos dois países significaria um apoio concreto em situações de defesa contra uma possível expansão dos ataques russos.