USP descumpre promessa e fará só banca virtual para candidatos a cotas no vestibular 2025

(FOLHAPRESS) – A USP (Universidade de São Paulo) decidiu acabar com a entrevista presencial para a banca de heteroidentificação dos candidatos convocados para matrícula em vagas reservadas para pretos e pardos.

 

Nesta quinta-feira (18), a Prip (Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento) definiu os procedimentos que serão adotados para o vestibular 2025. Após análise das fotografias feitas na primeira etapa de averiguação, todos os candidatos não aprovados serão convocados para uma uma entrevista virtual.

Até este ano, havia dois modelos de entrevista: presencial para inscritos na Fuvest, o vestibular da USP; e online para os que concorrem a vagas via Enem e ou Provão Paulista, seleção do governo estadual.

“É nossa meta implementar políticas que busquem garantir a diversidade na USP, dialogando sempre com a sociedade e fazendo os ajustes necessários. A partir da experiência adquirida, considerando as experiências de comissões de heteroidentificação de outras universidades e instituições, a Universidade concluiu que o modelo não presencial de entrevista é o ideal”, afirma o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior, em nota.

Em entrevista à Folha de S.Paulo em março, porém, Carlotti havia prometido que todas as entrevistas ocorreriam de forma presencial a partir de 2025. Segundo declarou à época USP, inclusive, estaria disposta a pagar as passagens dos estudantes que moram longe da universidade.

“É mais barato arcar com o custo das viagens do que deixar qualquer dúvida no ar e expor a instituição”, disse o reitor após casos consecutivos de contestação na Justiça do processo conduzido na instituição.

A ideia de Carlotti foi barrada na Prip, em votação no conselho da repartição. Lá, também foi decidido como seria novo modelo.

A discussão em torno da forma de confirmação pela universidade das informações sobre raça que os candidatos a cotas declaram ocorreu após reportagem da Folha de S.Paulo mostrar que candidatos recorreram à Justiça após perderem as vagas em cursos disputados por não serem considerados pardos, depois da avaliação virtual.

Decisões em favor dos estudantes, que concorriam por Enem ou Provão Paulista, apontaram que houve quebra de isonomia, já que os candidatos não tiveram o direito de serem avaliados presencialmente, como acontecia com os aprovados pela Fuvest.

Uma das últimas universidades públicas do país a adotar cotas raciais, a USP reserva 50% das vagas dos cursos de graduação para alunos que estudaram na rede pública. Dessas vagas, 37,5% são destinadas para candidatos autodeclarados PPI (pretos, pardos e indígenas).

Ela também foi uma das últimas instituições a criar uma comissão de heteroidentificação, formada por um grupo de pessoas que afere a autenticidade da autodeclaração racial dada pelos alunos que ingressam na universidade por meio do sistema de cotas.

A análise é estritamente fenotípica, ou seja, considera apenas as características físicas do candidato, como a cor da pele, os cabelos e a forma da boca e do nariz.

COMO SERÁ A AVALIAÇÃO

Foi estabelecido que a primeira avaliação da autodeclaração é feita apenas por uma fotografia do rosto. Se essa primeira análise for rejeitada, os candidatos são convocados para uma oitiva presencial ou virtual.

Como a avaliação leva em consideração apenas os aspectos físicos, alguns candidatos alegam que foram prejudicados por não terem sido analisados de forma presencial.

Glauco Dalalio do Livramento, 17, foi aprovado na primeira chamada para a Faculdade de Direito, uma das mais tradicionais e concorridas do país. Ex-aluno de escola pública, ele se autodeclarou pardo e disputou pelas vagas reservadas às cotas raciais.
A comissão, no entanto, decidiu que ele não é considerado pardo.

Após a análise da fotografia e de uma avaliação virtual, a banca emitiu um parecer afirmando que “o candidato tem pele clara, boca e lábios afilados, cabelos lisos, não apresentando o conjunto de características fenotípicas de pessoa negra.”

O mesmo ocorreu com Alison dos Santos Rodrigues, 18, aprovado em medicina, curso mais concorrido na USP.

Ambos entraram com ações judiciais e tiveram suas vagas asseguradas.

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