Vance prega versão trumpista de sonho americano em 1º discurso como vice de chapa

MILWAUKEE, EUA, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRES) – Em seu primeiro discurso como candidato a vice-presidente, J.D. Vance usou sua história de vida cinematográfica como epítome do sonho americano -um sonho que o retorno de Donald Trump à Casa Branca tornará acessível novamente aos americanos, defendeu.

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O senador, que vem de uma família pobre de Ohio e conseguiu se formar em direito pela prestigiosa Yale, nomeou as barreiras a esse progresso: políticas falidas de Washington, em referência à classe política, que destruíram empregos industriais em favor da China, abriram as fronteiras do país a imigrantes e ao fentanil, e sabotaram a produção de energia nos EUA.

“Joe Biden é um político em Washington há mais tempo do que eu tenho de vida. Eu tenho 39 anos. Por meio século, ele defendeu toda grande iniciativa política que tornou a América mais fraca e pobre”, afirmou.

“Em apenas quatro anos, Trump rompeu com tudo isso e favoreceu os trabalhadores. Chega de paparicar o mercado, vamos atuar pelo trabalhador”, disse, ecoando a nova cara populista do partido, que até há pouco tempo era identificado como o representante do grande empresariado.

“Trump é a última esperança de cumprirmos a promessa de que até um menino pobre como eu pode chegar a esse palco e se tornar o próximo vice-presidente dos EUA”, disse.

Em um apelo emotivo, ele apontou para a mãe, Beverly Vance, sentada na plateia próxima à Trump, “que lutou contra o vício e está sóbria há dez anos”. O público reagiu entoando o canto “mãe do J.D.! Mãe do J.D.!”.

Escolhido por Trump como seu herdeiro político, ele pregou a união do Partido Republicano, cada vez mais distante do que era há poucos anos, conforme foi sendo dominado pelo empresário. Segundo ele, embora a agremiação tenha hoje muitas ideias diferentes, o mais importante é que esteja “unida para vencer”.

Vance foi ovacionado ao comentar a tentativa de assassinato contra Trump no último sábado (13), e ao atacar críticos que consideram Trump uma ameaça à democracia, em uma referência ao partido de Biden.

“Disseram que ele [Trump] é um tirano, que deveria ser impedido. E como ele respondeu? Ele pediu calma e união nacional literalmente momentos depois que um assassino tentou tirar sua vida. E, aí, ele veio a Milwaukee e voltou ao trabalho.”

Ele também atacou o presidente Biden, colocando na conta do democrata os efeitos da globalização que levaram ao fechamento de fábricas, à deterioração de antigos centros industriais e ao aumento da pobreza entre pessoas que dependiam desses empregos.

No geral, o discurso não teve tom agressivo. Em diversos momentos, Vance fez piadas, e, em retorno, o público, formado por delegados republicanos, brincou de volta -em certo momento, a plateia começou a entoar “sim, nós somos”, em resposta a um comentário do senador de que eles seriam os melhores.

Ele contou também anedotas de sua avó, dizendo que, à medida que ela foi envelhecendo e perdendo mobilidade, espalhou pela casa 19 revólveres, “para que sempre pudesse ter ao seu alcance um meio de proteger sua família”.

Apesar do clima leve, Vance foi duro em termos de conteúdo, e disparou ataques a imigrantes, países aliados “que não cumprem sua parte” na defesa do Ocidente, e a China. Uma senhora em uma cadeira de rodas em frente à reportagem, por exemplo, erguia um cartaz pedindo “deportações em massa” a cada rodada de aplauso.

Autor do best-seller “Era Uma Vez Um Sonho”, livro adaptado para o cinema em 2020 que narra sua juventude pobre em Ohio, Vance representa a aposta de Trump na base que o levou à Casa Branca pela primeira vez: o eleitorado branco sem diploma das regiões empobrecidas do país.

A escolha de Vance também significa um aprofundamento do extremismo do Partido Republicano dominado por Trump. O senador repete a narrativa falsa de que houve fraude nas eleições de 2020 vencidas por Biden e afirma que, se fosse vice-presidente na época, teria obedecido Trump e se recusado a certificar o resultado do pleito no Congresso.

Antes do discurso do candidato a vice, a neta do ex-presidente Kai Trump foi ao palco. O discurso teve o objetivo de humanizar o empresário, descrevendo um avô que dá aos netos “doces e refrigerante quando nossos pais não estão vendo” e se importa com a família.

Uma delegada da Virgínia Ocidental que acompanhava o discurso de Kai próxima à reportagem da Folha começou a chorar, chamando o discurso de “muito emocionante”. “Ele mostra o que os EUA realmente são.”

Donald Trump Jr., falando depois de Kai, mostrou a foto icônica do seu pai após o atentado. O público de mais de 2.000 pessoas reagiu em massa: “lute! Lute! Lute!”, imitando a reação do ex-presidente imediatamente após a tentativa de assassinato -alguns dos apoiadores do republicano na plateia estavam com um curativo na orelha, em alusão ao ferimento sofrido pelo ex-presidente no último sábado.

O discurso de Vance encerrou o terceiro dia da convenção republicana, que teve como tema “faça a América forte de novo”, uma variação voltada à política externa do slogan “faça a América grande de novo” que virou sinônimo da base mais fiel de Trump.

A lista de palestrantes contou com uma série de ex-militares de variadas patentes que repetiram a mensagem dos republicanos para o eleitorado americano nessa seara: a de que Joe Biden enfraqueceu a posição dos EUA no mundo, com inimigos como Rússia, Irã e China fortalecidos, e deixou o planeta mais inseguro, com duas guerras envolvendo Washington, a da Ucrânia e a da Faixa de Gaza, e com desastres militares no meio do caminho, como a retirada das tropas americanas do Afeganistão.

Os discursos seguiram uma linha mais isolacionista em termos de política externa. Vance, por exemplo, defendeu que os países aliados dos EUA cumpram sua parte na defesa, acusando-os de se aproveitaram dos investimentos em proteção de Washington. A posição é compartilhada pela ala mais à direita do Partido Republicano (e mais identificada com Trump), responsável por barrar no Congresso o envio de mais armas para a Ucrânia por meses, assustando especialmente aliados europeus, receosos do significado dessa postura para a relação do continente com Moscou.

O evento que oficializou a nomeação de Trump como candidato do partido também confirmou o domínio do ex-presidente sobre a agremiação, refletindo o culto à sua figura: a imagem do ex-presidente era onipresente no evento, com camisetas, canecas e bonecos vendidos em lojas no Fórum Fiserv e no Centro Baird, em Milwaukee, no estado de Wisconsin.

O rol de produtos que fazem referência ao empresário é amplo: ursinhos, brincos, broches, bonés, velas, adesivos. Muitos estampam a foto de Trump após ser fichado na Geórgia, parte do processo criminal em que é acusado de tentar reverter a derrota na eleição de 2020. Há itens ligados apenas ao partido, como o elefante que o simboliza, mas em quantidade muito menor.

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