O transporte alternativo do Setor C, em Campos, voltou a ser interrompido nesta quarta-feira (21). Segundo os permissionários, o motivo da paralisação é a ausência de repasses tarifários desde janeiro, o que, segundo eles, tornou a operação “financeiramente insustentável”.
De acordo com Jefferson Henrique, representante dos permissionários, os motoristas vêm tentando resolver a situação com o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) e a empresa RioCard desde o início das inconsistências nos relatórios de bilhetagem.
“As alegações do IMTT são de que os relatórios apresentam inconsistências nas transações, mas todos os dados e documentos solicitados já foram entregues. A RioCard, inclusive, afirmou que não pode mais ajudar, pois entende que a operação em Campos é a única no estado com esse tipo de falha no sistema”, afirmou Jefferson.
Em nota divulgada nesta quarta-feira, o IMTT informou que os permissionários que abandonaram as linhas irão responder a processos administrativos. “Montamos um Gabinete de Crise com os setores de transporte, fiscalização e jurídico. Quem abandona o serviço comete um atentado à coletividade”, destacou o presidente do IMTT, Álvaro Oliveira. Ele informou ainda que ônibus foram colocados imediatamente para cobrir as rotas afetadas.
Entre as linhas paralisadas estão Morro do Coco, Divisa/Mutuca, Santo Eduardo, Santa Maria, Vila Nova, Murundu, Palmares e Mata da Cruz. Segundo o IMTT, todas estão sendo atendidas por ônibus para evitar prejuízo à população.
Apesar da crítica do órgão municipal, os permissionários pediram desculpas à população e reforçaram que a paralisação foi a única forma de chamar atenção para o problema. Eles dizem que, sem os repasses, muitos motoristas sequer têm condições de sair de casa para trabalhar.
Sem avanço nas negociações com o IMTT, os permissionários tentam agora uma reunião direta com o prefeito de Campos para buscar uma solução definitiva.