As atividades da plataforma P-40, instalada no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos, foram completamente interrompidas nesta quinta-feira (18) após um grave vazamento de gás. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF).
Segundo o sindicato, a unidade entrou em shutdown, procedimento de paralisação total de emergência, em razão do rompimento de uma linha de alta pressão utilizada na exportação. No momento do incidente, a plataforma operava com uma equipe de contingência da Petrobras, formada por profissionais escalados para substituir trabalhadores em greve.
De acordo com o coordenador-geral do Sindipetro-NF, Sérgio Borges, todos os trabalhadores foram direcionados para áreas seguras da plataforma e permanecem aguardando a dissipação do gás. A entidade sindical atribui o ocorrido à forma como a estatal vem conduzindo a gestão das unidades.
Para Alexandre Vieira, coordenador do Departamento de Saúde do sindicato, o episódio evidencia falhas graves nos procedimentos de segurança. “É mais uma comprovação da irresponsabilidade da Petrobras em manter plataformas operando com equipes de contingência sem a devida garantia de capacidade técnica. A própria empresa descumpre normas de segurança”, afirmou.
Ainda não há informações oficiais sobre a quantidade de gás liberada no meio ambiente. No entanto, o impacto operacional é significativo: a plataforma P-40 permanece totalmente inoperante e grande parte das unidades da Bacia de Campos também teve suas atividades afetadas, devido à interligação das linhas de exportação. Até o momento, apenas o Campo de Marlim segue funcionando normalmente.
O Sindipetro-NF informou que segue reunindo dados técnicos e que irá encaminhar denúncias aos órgãos de fiscalização e controle ambiental para apuração das responsabilidades e dos possíveis danos causados pelo incidente.

