Portugal enfrenta uma onda destrutiva de incêndios florestais, especialmente na região Norte, que se intensificou nos últimos dias. Na segunda-feira (16/09), a situação se agravou na região de Aveiro, onde vários focos continuam ativos. Um brasileiro de 28 anos perdeu a vida de forma trágica, após ser carbonizado em um incêndio na localidade de Sobreiro, em Albergaria-a-Velha. Segundo a Guarda Nacional Republicana (GNR), o corpo foi encontrado por volta das 15h30, mas sua identidade ainda não foi divulgada.
As imagens que chegam de todo o país mostram o céu encoberto pela fumaça, grandes labaredas e o caos nas áreas afetadas. Desde domingo (15), o número de mortos subiu para quatro. Além do brasileiro, uma idosa faleceu devido a uma doença súbita enquanto sua casa estava cercada pelas chamas em Almeidinha, Mangualde. Houve também o registro de uma morte por ataque cardíaco relacionado aos incêndios, além da perda de um bombeiro que, na noite de domingo, faleceu após sofrer uma doença súbita enquanto combatia o fogo em Oliveira de Azeméis.
De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, no balanço das 1h30 desta terça-feira, 33 bombeiros ficaram feridos durante o combate às chamas, além de civis que sofreram queimaduras ou foram afetados pela inalação de fumaça.
Até a madrugada, pelo menos 27 focos de incêndio ainda permaneciam ativos em Portugal continental. A estimativa é de que mais de 10 mil hectares já tenham sido destruídos, principalmente na Área Metropolitana do Porto e na região de Aveiro. As chamas avançaram significativamente sobre os distritos do Porto (Gondomar), Braga (Cabeceiras de Basto), Viseu (Penalva do Castelo e Nelas) e Castelo Branco (Louriçal do Campo), com os maiores focos localizados em Aveiro, nas áreas de Oliveira de Azeméis, Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha e Águeda.
Diante da gravidade da situação e das previsões meteorológicas desfavoráveis, o governo estendeu o estado de alerta até quinta-feira (19) e anunciou a criação de uma equipe multidisciplinar para gerenciar os impactos dos incêndios. A equipe, coordenada pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, terá sede em Aveiro.
O país segue em alerta máximo, enquanto bombeiros e autoridades trabalham incansavelmente para conter as chamas.
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