BAURU, SP (FOLHAPRESS) – Cinco policiais de Memphis, nos Estados Unidos, foram formalmente acusados de assassinato na quinta-feira (26) devido à morte de Tyre Nichols, um homem negro de 29 anos, que faleceu em decorrência de uma abordagem dos cinco agentes -todos negros- que vem sendo descrita como repugnante.
A abordagem com resultado de morte ocorreu no dia 7 de janeiro, e Nichols faleceu três dias depois. Ainda não há, no entanto, detalhes sobre o que de fato ocorreu na ação policial, em parte porque as autoridades de Memphis estão agindo com cautela e algum grau de preocupação com a divulgação das imagens das câmeras atreladas às fardas dos agentes. A expectativa é de que os vídeos sejam publicados nesta sexta-feira (27).
“Estamos aqui hoje por causa de uma tragédia que fere profundamente uma família, mas também fere a todos nós”, disse Steve Mulroy, o promotor distrital que apresentou as acusações.
Sem revelar detalhes, Mulroy disse que Nichols foi parado pelos policiais e que houve “uma altercação” na qual os agentes dispararam spray de pimenta na vítima. Nichols então tentou fugir a pé -e a descrição do promotor sobre o que se seguiu foi ainda mais imprecisa. “Houve outra altercação em um local próximo em que os ferimentos graves foram sofridos pelo sr. Nichols.”
Os cinco policiais foram identificados como Tadarrius Bean, Demetrius Haley, Emitt Martin 3º, Desmond Mills Jr. e Justin Smith. Suas idades variam de 24 a 32 anos e seus tempos de serviço em Memphis vão de dois anos e meio a cinco anos. Além das acusações de homicídio, os cinco responderão por agressão agravada, sequestro agravado, má conduta oficial e opressão oficial.
Todos foram demitidos no último sábado (21) depois que uma investigação interna no departamento concluiu que eles violaram os protocolos, usaram força excessiva, falharam na abordagem e não prestaram socorro à vítima. Os cinco também foram detidos na manhã de quinta, e seus advogados disseram que ainda estão montando suas defesas.