A Secretaria Municipal de Saúde, através da Subsecretaria de Vigilância Epidemiológica, recebeu representantes da Secretaria Estadual de Saúde (SES-RJ), nesta quarta-feira (5), na Faculdade de Medicina de Campos (FMC). O encontro teve como objetivo atualizar as equipes locais sobre as ações de combate ao vetor das arboviroses e alinhar estratégias para enfrentar possíveis surtos de doenças como dengue, febre de Oropouche, chikungunya e zika.
O subsecretário de Vigilância em Saúde, Charbell Kury, explicou que o encontro envolveu profissionais da vigilância epidemiológica, combate ao vetor e laboratórios. “A ideia era fazer um chamamento para atualizar essas equipes em relação ao combate ao vetor, à febre de Oropouche, que é a nova doença, e ao sorotipo 3 da dengue, que entrou no estado do Rio de Janeiro. Também discutimos questões práticas, como o envio de inseticidas, larvecidas e o fluxo de notificações, especialmente para doenças como Oropouche, que têm um processo específico”, destacou Kury.
O subsecretário estadual de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, Mário Sergio Ribeiro, ressaltou a importância da colaboração contínua. “Desde o início do ano, nossa equipe tem visitado as nove regiões do estado para conversar com as equipes municipais sobre arboviroses como a dengue. Nesta semana, estivemos em Itaperuna, na região noroeste, e em Campos, no norte, com o objetivo de apoiar os municípios na preparação para uma resposta coordenada, caso haja uma epidemia”, afirmou Ribeiro.
Embora o subsecretário Charbell Kury acredite que não haverá uma grande epidemia de dengue neste ano, ele apontou que a situação poderá se agravar em 2026. “Não acredito que teremos uma grande epidemia agora, mas teremos casos e problemas. No entanto, 2026 pode ser um ano muito grave”, alertou Kury. Ele também destacou que, para fortalecer a resposta, o Estado enviou kits de testes de dengue aos municípios. “Muitos municípios ainda não têm o know-how para utilizar esses insumos, por isso é essencial esse trabalho de instrução estadual”, explicou o subsecretário.
Em Campos, a vigilância epidemiológica está preparada para uma resposta rápida. O subsecretário local, também Charbell Kury, informou que a cidade está em constante contato com o Centro de Referência da Dengue (CRD) e finalizando o plano de resposta à assistência. “Estamos com todo o time escalado para a resposta rápida às notificações. O plano está sendo ajustado, principalmente no que diz respeito às Unidades Pré-Hospitalares (UPHs), como as de Travessão e São José, que atenderão inicialmente os pacientes suspeitos”, disse Charbell.
Até o dia 5 de fevereiro de 2025, Campos notificou 271 casos de dengue e 33 de chikungunya. Não há registros de zika. A Secretaria Municipal de Saúde segue atenta à evolução das arboviroses e preparada para implementar as estratégias discutidas na reunião.
