SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Christine Dawood, que perdeu o marido e e um filho no acidente do submarino Titan, foi às redes sociais escrever sobre a saudade que sente de seus familiares.
“Sinto falta deles todos os dias, todas as horas, todos os minutos”, diz viúva. Christine perdeu o marido, Shahzada Dawood, de 48 anos, e seu filho, Suleman Dawood, de 19 anos. “Quando as pessoas passam, levam consigo um pedaço de você. Eles nunca serão substituídos”, escreveu Christine em sua página no Facebook.
Aniversário de um ano da implosão do submarino Titan é esta semana. Em 22 de junho de 2023, a Guarda Costeira dos EUA encontrou os destroços do submarino da OceanGate, que carregava 5 milionários que tentaram visitar os destroços do Titanic, no fundo do Oceano Atlântico. Segundo a própria empresa, a passagem custou 250.000 dólares (cerca de R$ 1,35 milhão) por pessoa.
Esposo morto em submarino era bilionário e filantropo. Shahzada Dawood era vice-presidente da Engro Corporation, conglomerado de empresas paquistanês, e curador da Dawood Foundation. Ele tinha fortuna estimada de 350 milhões de dólares (cerca de R$ 1,9 bilhão).
Filho de Christine levou cubo mágico para “bater recorde”. Segundo ela, Suleman “queria bater o recorde de resolução do cubo mágico a bordo do submarino”. O jovem era fã do cubo de Rubik e conseguia resolvê-lo em 12 segundos. A família da vítima não deixou claro qual recorde exatamente Suleman pretendia quebrar na profundidade.
O submersível, da empresa OceanGate, desapareceu no dia 18 de junho. A embarcação se dirigia aos destroços do Titanic, que ficam a cerca de 4.000 metros de profundidade no Oceano Atlântico.
O Titan perdeu contato 1 hora e 45 minutos depois de começar a descer. Um ex-consultor da OceanGate afirmou que o Titan teria tentado voltar à superfície momentos antes de perder contato com o navio-mãe, o Polar Prince.
No dia 22 de junho, a Guarda Costeira dos EUA anunciou que encontrou destroços do submersível. Segundo as autoridades, houve perda de pressão da cabine, o que gerou uma “implosão catastrófica” a cerca de 3.800 metros de profundidade.
A implosão ocorreu porque a pressão externa do oceano superou a de dentro da embarcação. O Titan era feito de fibra de carbono e de titânio.
O CEO da OceanGate, Stockton Rush, ignorou diversos alertas de um especialista sobre a segurança do submersível. A embarcação nunca havia sido certificada por um órgão independente.
O Titan era guiado por meio de um aparelho que lembra um controle de videogame. A embarcação já havia passado por falhas de comunicação e chegou a ficar perdida em outra ocasião.