Warner Bros. faz cem anos com dívida de US$ 50 bi e tesouros em ‘museu secreto’

LOS ANGELES, EUA (FOLHAPRESS) – Albert, Sam, Harry e Jack Warner emigraram com a mãe para os Estados Unidos ainda pequenos, no fim do século 19. Em 1903, eles começaram na indústria cinematográfica como exibidores ambulantes, mostrando filmes em comunidades de mineradores. Quatro anos depois, já operavam um cinema em família.

Em 4 de abril de 1923, os irmãos fundaram oficialmente a Warner Bros. Pictures, que faz aniversário em meio a uma das suas maiores crises: com uma dívida em torno de US$ 50 bilhões, o estúdio foi separado da empresa de telefonia AT&T, se fundiu ao grupo de mídia Discovery e foi rebatizado de Warner Bros. Discovery, em 2022.

No comando da nova empresa, David Zaslav, judeu com raízes polonesas, assim como os irmãos Warner, chegou com bom currículo à frente da Discovery, mas com a desconfiança do lado criativo.

A percepção piorou no ano passado, quando séries foram “apagadas” dos seus streamings e filmes em estágio final de produção foram cancelados sem o menor pudor para evitar gastos em centenas de milhões de dólares com impostos.

Passada a pior turbulência, Zaslav começou a revelar seus planos de recuperação da Warner Bros. Discovery a partir do investimento em grandes franquias cinematográficas, como “O Senhor dos Anéis”, “Harry Potter” e os super-heróis da editora DC Comics, propriedade do estúdio.

Outro bom sinal para os funcionários da Warner foi a visita de David Zaslav ao arquivo do estúdio. “Ele se virou para todos e disse: ‘isso aqui é a história do cinema’. Foi um grande alívio”, conta George Feltenstein, veterano executivo de Hollywood e historiador da Warner Bros. Discovery.

O arquivo do estúdio é um prédio com acesso proibido ao público, em Los Angeles. Seu endereço é mantido em segredo. A princípio, a razão não fica clara. Paredes beges adornadas por alguns pôsteres de clássicos da Warner, uma sala com máquinas de fliperama baseadas em licenças do estúdio e peças de arte subvertendo uniformes do Batman. Nada muito diferente de outros escritórios em Hollywood.

Mas, aos poucos, o lugar revela sua verdadeira importância. Na sala seguinte, Feltenstein apresenta à reportagem um chapéu de caubói autografado por toda a equipe e elenco de “Caravana do Ouro”, de 1940, inclusive Errol Flynn e Humphrey Bogart, que logo se tornaria astro incontestável com “Relíquia Macabra” e “Casablanca”, ambos da Warner.

Apoiado ao lado da primeira minuta original de uma reunião da diretoria da Warner, de 6 abril de 1923, um pôster raro de “O Cantor de Jazz”, de 1927, primeiro filme falado da história do cinema, ainda usando o revolucionário sistema de sincronização de som e imagens chamado Vitaphone.

“Sam [Warner] morreu na véspera da estreia do filme”, diz Feltenstein. “Ele literalmente se matou para fazer ‘O Cantor de Jazz’, porque ele tinha uma mastoidite [infecção bacteriana] e não ia para o médico porque tinha de terminar o filme. Quando finalmente visitou o hospital, era tarde demais.”

Entre a cadeira de diretor de Clint Eastwood em “Os Imperdoáveis”, de 1992, e um manequim com o casaco vermelho usado por James Dean em “Juventude Transviada”, de 1955, uma porta dupla de ferro é aberta para a parte principal do “arquivo secreto da Warner”: um armazém gigantesco com prateleiras do chão ao teto com milhares objetos cinematográficos.

Para os mais cinéfilos, parece o local da cena final de “Os Caçadores da Arca Perdida”, porém abrigando raridades como a luva original de Freddy Krueger, de “A Hora do Pesadelo”, os sentinelas de “Matrix”, a estátua do demônio Pazuzu de “O Exorcista” e até a máquina utilizada pela equipe de Richard Donner para simular o voo de Christopher Reeve em “Superman II”.

Para os amantes do cinema antigo, um setor no fundo do armazém traz figurinos de centenas de filmes, dos vestidos usados por Lucille Ball em “Mame”, de 1974, aos ternos de Cary Grant em “A Canção Inesquecível”, de 1946. Em uma caixa, os sapatos calçados por Betty Davis em “A Estranha Passageira”.

Já quem gosta de um cinema mais moderno e pop, o museu secreto da Warner exibe maquetes dos helicópteros de “Tenet”, filme de ação de Christopher Nolan de 2020. Em uma prateleira próxima, peças de “As Loucas Aventuras de James West”, de 1999, um dos grandes fracassos de Will Smith, e a armadura de metal vestida por Tom Cruise na ficção científica “No Limite do Amanhã”, de 2014.

Nas centenas de caixas, amostras do cuidado de certos cineastas com seus filmes. Fotos com o personagem de Leonardo DiCaprio em “Os Infiltrados”, de Martin Scorsese, o arquivo completo criado pelas irmãs Wachowski para Thomas Anderson, vivido por Keanu Reeves em “Matrix”, com direto a documentos falsos, biografia, cartões de crédito e textos que o espectador nunca viu na tela.

Há áreas especiais dentro do local que exigem cuidados específicos por causa das peças expostas. Os “atores” de “A Noiva Cadáver”, animação em stop-motion de Tim Burton, precisam ficar em uma sala refrigerada e escura para não derreterem. O mesmo vale para os monstrengos de “Gremlins”, de 1984.

A grande atração do arquivo, porém, é o setor dedicado aos super-heróis do estúdio. Junto ao 2001 Jaguar XK8 de “”Austin Powers: 000, um Agente Nada Discreto”, de 1997, o local abriga quase todos os batmóveis do cinema, do veículo lindo, mas impossível de dirigir de “Batman” (1989), de Tim Burton, ao Tumbler da trilogia dirigida por Christopher Nolan.

Os fãs dos personagens poderiam passar horas no local vendo objetos cinematográficos, como “patomóvel” usado pelo Pinguim de Danny DeVito em “Batman: O Retorno”, de 1992, a cadeira e o sofá do Charada de Jim Carrey em “Batman Eternamente”, de 1995, e o bat-sinal de “Batman vs Superman: A Origem da Justiça”, de 2016.

Em uma ala separada, ficam os uniformes utilizados pelos filmes da DC, de “Watchmen”, de 2009, ao inédito “Besouro Azul”, passando por “Aquaman” e “Mulher-Maravilha”. No centro da sala, o pequeno colante de náilon de Christopher Reeve em “Superman – O Filme”, de 1978, fica com a estufada roupa de Henry Cavill em “O Homem de Aço”, de 2013.

Separado de tudo isso, no que a Warner chama de “o recinto mais seguro do planeta”, estão os uniformes e as máscaras de todos os filmes do Batman, a franquia mais importante do estúdio. As dezenas de máscaras sofreram com o tempo e com as filmagens, mas um material coletado dos produtos originais fica ao lado para ser utilizado numa possível restauração.

O arquivo da Warner é basicamente o melhor museu do cinema que ninguém pode entrar. Não há nenhum plano para transformar isso no momento, pois o investimento seria mais um fardo na dívida do estúdio, que fechou o último trimestre de 2022 com prejuízo de US$ 2,1 bilhões.

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