Zelensky acusa Trump de tirar Putin do isolamento global

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – No mais duro ataque contra a Casa Branca desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 2022, o presidente Volodymyr Zelensky acusou Donald Trump de ajudar Valdimir Putin a espalhar mentiras sobre o conflito e sair de seu isolamento internacional.

 

“Eu não posso vender meu país”, disse, sobre a proposta do americano de cobrar US$ 500 bilhões em minerais pelo seu apoio.

A fala do ucraniano, em entrevista coletiva nesta quarta (19), veio após o americano dizer na véspera que Kiev era basicamente culpada pela agressão de Putin e, por isso, não merecia lugar à mesa em que Rússia e EUA começaram a traçar um plano para acabar com a guerra e reatar relações, na Arábia Saudita.

“Vocês nunca deveriam ter começado [a guerra]. Vocês poderiam ter feito um acordo. Vocês têm uma liderança agora que permitiu uma guerra que nunca deveria ter ocorrido continuar”, disse Trump, falando retoricamente ao povo da Ucrânia.

Segundo Zelensky, os EUA assim “ajudaram Putin a sair do isolamento”. Para o líder, não é possível “lavar a responsabilidade da Rússia” pela guerra “como se lava dinheiro”. Ressaltando que ele segue grato pela ajuda americana até aqui no conflito, o presidente pediu que “o time de Trump tenha acesso a fatos verdadeiros”.

Na fala em Mar-a-Lago, na Flórida, Trump havia dito que o ucraniano era impopular, tendo só 4% de aprovação. Embora ele esteja em baixa como eventual candidato a reeleição, quando e se a lei marcial for levantada, a pesquisa mais recente da Escola de Economia de Kiev dá 58% de apoio a suas ações.

“Infelizmente, o presidente Trump, por todo o respeito devido que tenho a ele como líder de uma nação que nós respeitamos muito, está vivendo numa bolha desinformativa”, disse. Um porta-voz do governo francês expressou o pasmo europeu, dizendo que “não entende o que Trump quer dizer”.

O ucraniano disse que Moscou agora “posa de vítima, o que é uma novidade”. “Os russos estão felizes porque a discussão está focada neles”, completou.

Na visão russa do conflito, a invasão é uma reação final à expansão da Otan, a aliança militar ocidental, que desde o fim da União Soviética em 1991 abocanhou países que eram satélites de Moscou. Em 2008, quando o clube convidou a Geórgia e a Ucrânia, Putin reagiu.

O pequeno país do Cáucaso foi demovido por uma curta guerra, mas com a mais importante parceira dos tempos soviéticos foi diferente. Governada alternadamente por amigos e desafetos do Kremlin, em 2014 a Ucrânia viu seu presidente pró-Putin ser derrubado. O russo respondeu anexando a Crimeia e fomentando a guerra civil no leste do país.

Para o Kremlin, a falta de uma solução para a situação em seus termos, que reestruturasse a arquitetura de segurança no Leste Europeu, obrigou a invasão. Já Kiev, Otan e os EUA até Trump apontam a violação de soberania e a agressão -julgamento de motivos à parte, o primeiro tiro partiu de Moscou.

As conversas da terça (18) em Riad não envolveram nem os ucranianos, nem os europeus que também apoiam Kiev. Elas foram convocadas por iniciativa de Trump, rompendo com o arcabouço que norteia a política externa americana desde o fim da Segunda Guerra Mundial, que preconiza parceria com aliados ante rivais estratégicos.

O ucraniano também disse que rechaçou a proposta de Trump de trocar o apoio dado até aqui e o futuro por metade das reservas minerais estratégicas do país, estimadas em US$ 500 bilhões (R$ 2,8 trilhões). Disse que aceitou discutir o tema porque esperava garantias de segurança americanas contra agressões russas.

Nada foi oferecido, segundo ele. “Eu estou protegendo a Ucrânia. Não posso vender nosso país”, disse, acrescentando mais um item na pauta de azedume entre os até aqui aliados. Ela será discutida em Kiev por Zelensky e Keith Kellogg, o enviado de Trump para o conflito.

O ucraniano disse que “vai levar Kellogg para um passeio” no qual ele verá “20%, 30% da capital destruída e poderá perguntar em quem os ucranianos confiam mais, se em mim ou em Putin”. Não promete ser uma conversa fácil.
Sem muita alternativa, Zelenski em sua entrevista buscou apostar nos parceiros continentais, dado que está claro que sob Trump os termos de qualquer acordo serão favoráveis a Kiev. Ele disse ter “uma mensagem forte foi dada pela Ucrânia para a Europa” em conversas com líderes que continuarão.

Nesta quarta, o presidente francês, Emmanuel Macron, deverá fazer uma segunda rodada de conversas com países do continente sobre a crise. A primeira, na segunda (17), produziu alguma luz e nenhum calor, no sentido de medidas práticas.

Somando assistência financeira e militar, a União Europeia e países do continente foram os maiores doadores de ajuda a Kiev, nas contas do Instituto para Economia Internacional de Kiel (Alemanha). Até 31 de dezembro, doaram o equivalente a R$ 783,7 bilhões aos ucranianos.

O valor é quase alcançado pelos EUA, com R$ 676,5 bilhões. Mas os americanos são líderes incontestáveis no quesito ajuda militar, tendo fornecido R$ 379,1 bilhões a Zelenski, que Trump já insinuou que podem ter sido desviados. Em segundo lugar no item está a Alemanha, que doou cinco vezes menos.

Na véspera, o presidente esteve com o turco Recep Tayyip Erdogan, e na entrevista sugeriu que o país, que é próximo da Rússia e membro da Otan, poderia ser uma solução para o fornecimento de garantia de segurança, talvez na forma de uma força de paz segundo observadores.

Zelensky disse querer saber “se a Europa está preparada para ajudar a Ucrânia se houver uma redução na assistência dos EUA ou algo assim”. Dado que os europeus dobraram seu gasto militar nos dez anos desde a anexação da Crimeia, os limites orçamentários e o risco de partidos de extrema-direita apoiados por Trump começarem a ganhar eleições coloca uma interrogação sobre o raciocínio.

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