Delegada Madeleine diz que violência doméstica atinge pobres e ricos

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A delegada Madeleine Dykeman afirmou neste sábado (27), que “o machismo é o ponto nodal da violência doméstica” no Brasil e defendeu a adoção de políticas públicas para efetivar na prática a legislação que garante a proteção às mulheres.

Ela também destacou que o combate não deve concentrar-se apenas na agressão física, mas também em outras formas de violência que seguem uma espécie de escala, atingindo tanto vítimas pobres quanto ricas.

“Tem o assédio, a violência psicológica, a violência patrimonial, que subjuga a vítima, e outros estágios até chegar a violência física. É crime. É o tipo de violência que atinge mulheres pobres e também mulheres com bom padrão econômico. Essas vítimas, muitas vezes, não procuram ajuda temendo exposição”, disse.

A delegacia salientou que a legislação que garante proteção às mulheres são normas recentes no Brasil.

“A legislação sobre o tema surge em 1962, ganha mais ênfase com a Constituição de 1988 e tem uma nova dinâmica com a Lei Maria da Penha, que completou 18 anos. São leis que não podem ficar engessadas no papel ”, enfatizou.

A delegada Madeleine falou como convidada do evento Mulheres Empreendedoras, promovido pelo evento Renova Brasil, na cidade de São Fidélis. O evento reuniu dezenas de pessoas na manhã deste sábado. Até recentemente, a delegada comandou a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), que abrange os municípios do Norte e Noroeste Fluminense. Atualmente está licenciada do cargo.

Sobre a violência doméstica
De acordo com o relatório Rede de Observatórios da Segurança, no ano de 2023 ao menos oito mulheres foram vítimas de violência doméstica a cada 24 horas. Os dados são referentes a oito dos nove estados monitorados pela pelo levantamento: Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco e Piauí.

Os dados foram divulgados no boletim Elas Vivem: Liberdade de Ser e Viver. Ao todo, foram registradas 3.181 mulheres vítimas de violência, representando um aumento de 22,04% em relação a 2022, quando Pará e Amazonas ainda não faziam parte deste monitoramento.

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