SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) sairia vitorioso de uma campanha pela reeleição se a disputa fosse hoje, segundo pesquisa Datafolha em São Paulo. O instituto testou dois cenários eleitorais com o governador e, em ambos, ele teria vantagem confortável diante dos rivais.
Tarcísio tem 41% das intenções de voto em uma eventual disputa com o ex-governador e atual vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que marca 25%. Nesse caso, ficaria em terceiro lugar, com 15%, o influenciador Pablo Marçal (PRTB), seguido pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), com 6%, e pelo deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP), com 4%.
O Datafolha ouviu 1.500 eleitores com 16 anos ou mais em 81 cidades de São Paulo, de 1 a 3 de abril. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Embora apareça bem colocado, Marçal foi declarado inelegível pela Justiça Eleitoral até 2032, em uma decisão da qual cabe recurso. O influenciador foi condenado em fevereiro sob acusação de abuso de poder político e econômico, por se oferecer para gravar vídeos de apoio a outros candidatos em troca de dinheiro, o que ele nega ter feito.
No cenário com Márcio França (PSB), ministro do Empreendedorismo e também ex-governador, no lugar de Alckmin, Tarcísio chega a 47% das intenções de voto. Já Marçal ficaria com 16%, França, com 11%, e Padilha e Salles manteriam 6% e 4%, respectivamente.
Tarcísio afirma trabalhar por sua candidatura à reeleição no ano que vem. Contudo, ele é cotado para disputar a Presidência no lugar de Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030.
Já na oposição, lideranças do PT paulista cogitam apoiar uma candidatura de Alckmin diante da falta de nomes próprios da legenda no estado. Contudo, o vice-presidente não teria interesse na disputa, segundo aliados, o que abriria espaço para França.
No cenário com Alckmin e sem Tarcísio, o atual vice-presidente lidera com 29% das intenções de voto, seguido por Marçal, com 20%. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), aparece em terceiro, com 12%.
Outros seis nomes ficariam em empate técnico.
O prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), alvo de operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (10), e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), têm 5%, das intenções de voto nesse cenário ; o deputado federal Ricardo Salles (Novo), 4%; os secretários estaduais da Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL), e de governo, Gilberto Kassab (PSD), obtêm 3% cada. Presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), André do Prado (PL), tem 1%.
Dizem que votariam em branco, nulo ou nenhum 15% dos entrevistados, e 3% não sabem.
Sem o atual governador e com França no lugar de Alckmin, Marçal passaria para a ponta, com 21% das intenções de voto. Nunes viria em seguida, com 15%, empatado tecnicamente com o ministro do Empreendedorismo, com 11%.
Empatado com o colega de Esplanada vem Padilha (7%) e, em seguida, Manga, Salles e Kassab, com 5%, Derrite, com 4%, e André do Prado, com 1%.
As articulações de Kassab, Derrite, André do Prado e Nunes para se viabilizarem como candidatos ao governo têm desagradado Tarcísio, segundo auxiliares, por anteciparem uma disputa que ele não quer ver na agenda.
SEGUNDO TURNO
Tarcísio venceria também em todos os cenários testados de um eventual segundo turno para o Governo de São Paulo.
Contra Alckmin, tem 53% das intenções de voto, ante 39% do vice-presidente. Outros 8% dizem que votariam em branco, nulo ou nenhum, e 1%, que não sabe.
Em uma disputa contra França, o governador marca 62%, e o ministro, 24%. Outros 12% afirmam que votariam em branco, nulo ou nenhum, e 1%, que não sabe.
O atual governador atinge seu maior percentual de intenções de voto no cenário em que enfrenta Padilha no segundo turno. Nesse caso, teria 64% dos votos, contra 20% do petista. Outros 14% dizem que votariam em branco, nulo ou nenhum, e 2%, que não sabem.
ESPONTÂNEA E REJEIÇÃO
Tarcísio lidera também na pesquisa espontânea, aquela em que o entrevistado é questionado sobre quem é seu candidato sem a apresentação de um cartão com opções.
Nesse levantamento, ele tem 16% das intenções de voto, além de 5% que disseram votar hoje “no atual governador”. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), têm 2% cada. Alckmin, Marçal e Nunes obtêm 1% cada, mesmo índice de “o PT” ou “o candidato do PT”.
Segundo a pesquisa, Marçal é o mais rejeitado entre os eleitores paulistas. Dizem que não votariam de jeito nenhum no influenciador 45% dos entrevistados.
Kassab, presidente do PSD e secretário de Tarcísio, e Alckmin vêm em segundo lugar nesse índice, com 31% e 30%, respectivamente.
Em um terceiro bloco aparecem Nunes, com 22% de rejeição, Tarcísio, com 21%, Padilha, com 20%, França e Salles, com 19%, Manga, com 18%, Derrite, com 17%, e André do Prado, com 16%.