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Dentes de adolescente de 1,8 milhão de anos mostram pistas de evolução do crescimento humano

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REINALDO JOSÉ LOPES
SÃO CARLOS, SP (FOLHAPRESS) – Os dentes de um adolescente que morreu há quase 2 milhões de anos estão revelando pistas importantes sobre como os ancestrais dos seres humanos mudaram seu padrão de crescimento, passando a ter uma infância bem mais comprida e segura que a dos demais primatas.

 

Análises detalhadas dos fósseis do jovem, feitas por meio de microtomografias, indicam que seus dentes se formavam num ritmo intermediário entre o das crianças modernas, muito lento e gradual, e o de chimpanzés e outros grandes símios, que já ganham boa parte de sua dentição definitiva nos primeiros anos de vida. Os detalhes do processo podem não parecer muito significativos, mas eles trazem uma série de possíveis implicações para a compreensão do desenvolvimento cognitivo e social dos ancestrais da humanidade.

Originário da atual Geórgia, perto da fronteira com a Armênia, o indivíduo era um membro muito arcaico do gênero Homo, o mesmo ao qual pertencem os seres humanos modernos –a espécie exata na qual ele se classifica ainda é objeto de debate.

Tudo indica que o adolescente e os demais indivíduos achados perto da cidade georgiana de Dmanisi estão entre os primeiros hominínios (membro do grupo de primatas mais próximo do Homo sapiens) a deixar a África e se espalhar por outras regiões do planeta. Os fósseis têm 1,8 milhão de anos, idade um pouco superior à de outros Homo primitivos encontrados na Indonésia.

No novo estudo, publicado na quarta-feira (13) na revista científica Nature, a equipe de Christoph Zollikofer e Marcia Ponce de León, da Universidade de Zurique, reconstruiu todo o desenvolvimento dentário de um hominínio sabidamente “subadulto” cujo crânio é designado pela sigla D2700.

Um dos indícios de que não se trata de um adulto é justamente o fato de que seus terceiros molares (também conhecidos como dentes do siso) não estão totalmente formados -as raízes dos dentes já tinham se desenvolvido bastante, mas ainda não tinham terminado de crescer.

Com a ajuda de uma das formas mais sofisticadas de tomografia disponíveis para a ciência, conduzida num acelerador de partículas em Grenoble, na França, Zollikofer, Ponce de León e seus colegas conseguiram enxergar as camadas de formação do dente ao longo da vida do adolescente.

O que acontece é que, num ritmo diário, os dentes que estão crescendo recebem novas camadas de dentina (mais funda) e esmalte (mais superficial), até adquirir seu formato “pronto”. Isso corresponde a linhas de crescimento que a microtomografia é capaz de divisar. E, a partir disso, os pesquisadores estimam qual teria sido o ritmo de formação dos dentes, o que corresponde, indiretamente, à idade do indivíduo.

Resultado da análise: o “subadulto” teria morrido com pouco mais de 11 anos de idade (a margem de erro é de seis meses para mais ou para menos). Ainda faltava cerca de um ano e meio para ele alcançar a maturidade dentária “completa”. Ou seja, em termos humanos modernos, ele seria mais ou menos equivalente a alguém nos anos finais da adolescência, já que a nossa maturidade dentária costuma chegar entre os 18 anos e os 22 anos.

Além disso, o ritmo geral do desenvolvimento dos dentes se revelou bastante significativo. Os chimpanzés, nossos parentes vivos mais próximos, têm um pico de formação dos dentes muito cedo, com dois anos de vida. Nos humanos modernos, o pico vem apenas aos sete anos de idade, depois de começar muito devagar e de perder velocidade depois. Já o padrão do jovem georgiano também começa lento, só que alcança um pico antes, aos cinco anos, e também termina antes, num momento não muito diferente do visto entre os chimpanzés.

Os impactos de tudo isso ainda não estão claros. Algo que certamente vale no caso do Homo sapiens é o fato de que o desenvolvimento infantil, nos primeiros anos de vida, é muito mais lento em vários aspectos porque há uma priorização do desenvolvimento cerebral –o cérebro das crianças é muito imaturo no começo e cresce um bocado nessa primeira fase. A dentição de desenvolvimento mais lento seria um aspecto dessas tendências mais tardias, o que inclui longos anos de infância e adolescência.

A questão, porém, é que os indivíduos da Geórgia ainda tinham cérebros de tamanho modesto, embora já maiores que os dos grandes símios de hoje. Ou seja, o grande crescimento cerebral na primeira infância não explicaria o que acontecia com eles.

A equipe de Zurique propõe, porém, que um elemento importante poderia ter sido o uso, já corrente naquela época, de ferramentas de pedra para processar a comida antes da ingestão. Isso permitiria que as crianças mais novas não precisassem lidar com alimentos tão abrasivos e difíceis de mastigar. Segundo esse modelo, as mudanças na dentição poderiam ter vindo antes das mudanças cerebrais, e o maior cuidado dos pais para com os filhos, preparando os alimentos, estaria incluído no pacote.

Debbie Guatelli-Steinberg, especialista em evolução humana da Universidade do Estado de Ohio (EUA) que comentou o estudo a pedido da Nature, diz que pode ser prematuro, porém, tirar conclusões com base no adolescente de Dmanisi. É preciso considerar, por exemplo, que os pesquisadores ainda não contam com dados sobre vários indivíduos da mesma espécie para ter uma ideia da variabilidade do desenvolvimento. Infelizmente, esse problema é comum em estudos com hominínios, cujos fósseis costumam ser raros.

“Esse é um dos desafios clássicos da paleoantropologia: como podemos aproveitar ao máximo as parcas evidências que existem, as quais, em geral, correspondem a fósseis isolados?”, disse Zollikofer à Folha.

Embora a mesma técnica pudesse ser aplicada aos adultos de Dmanisi, ela teria duas limitações. “Primeiro, não teríamos como determinar a idade exata do indivíduo na hora de morte. Em segundo lugar, as coroas dentárias [a parte superior dos dentes] de hominínios adultos normalmente mostram um desgaste substancial, de modo que a informação sobre as fases iniciais do desenvolvimento dos dentes acaba se perdendo.”

 

Inundações no Saara: Qual a explicação para o raro fenômeno das chuvas intensas no deserto?

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Chuvas pesadas incomuns atingiram recentemente o Deserto do Saara, com cenas de inundações repentinas transformando sua típica paisagem arenosa. Cientistas associam essas condições às alterações climáticas, impactando como comunidades locais e a vida selvagem são capazes de lidar com esses raros eventos climáticos e extremos. De fato, há uma necessidade crescente de lugares como o Saara se adaptarem a um clima em mudança. Mas como?

 

Curioso para saber a explicação da ciência para as fortes tempestades no deserto? Fique por dentro sobre a surpreendente inundação do Saara clicando nesta galeria.

Leia Também: Mpox: EUA identificam primeiro caso de nova cepa em viajante

Corinthians mira manutenção do elenco e idas pontuais ao mercado em 2025

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ALEXANDRE ARAÚJO
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O Corinthians já começa a traçar o planejamento para 2025, e indica iniciar a próxima temporada de forma diferente. Após a reformulação no elenco para este ano, a diretoria pretende levar a base do grupo e ir ao mercado com menos necessidades.

 

O time pretende ir ao mercado para contratações mais pontuais. A diretoria, que assumiu em janeiro, já admitiu em oportunidades anteriores que cometeu erros na janela de janeiro e teve de corrigir a rota no meio do ano.

O Corinthians avança no trâmite para a compra de Hugo Souza. O goleiro está emprestado pelo Flamengo e a diretoria trabalha para concluir o trâmite antes do prazo final, que é 30 deste mês. Hugo chegou ao Parque São Jorge no meio do ano e se tornou um dos destaques da arrancada do time no Brasileiro.

O Timão também tem no radar segurar Yuri Alberto. Em boa fase -com 10 gols no Brasileiro-, o atacante despertou o interesse de clubes do exterior, mas, no momento, a cúpula corintiana não demonstra intenção em uma negociação. O contrato vai até o fim de 2027.

Garro já teve o contrato renovado. O argentino, que também vem se destacando, tinha vínculo até 2027 e, em agosto, o prazo foi estendido até o fim de 2028.

O futuro do técnico Ramón Díaz, porém, ainda é uma incógnita. A atual comissão tem vínculo até o fim do ano que vem, mas a cúpula vai avaliar a permanência após o fim da temporada.

Romero também não teve os próximos passos definidos. O paraguaio tem contrato até o fim do ano, e as conversas para uma renovação ainda não avançaram -um dos motivos é o cenário do Corinthians ainda na luta para fugir totalmente das chances de rebaixamento no Brasileiro.

Três homens colocaram fogo em caixa eletrônico do Banco Itaú, em Campos

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134ª DP/Foto: ClickCampos
134ª DP/Foto: ClickCampos
No final da manhã de domingo (17), três homens incendiaram um caixa eletrônico da agência do Banco Itaú, localizada na Avenida Rui Barbosa, no bairro da Lapa, em Campos. Equipes do Corpo de Bombeiros chegaram rapidamente ao local, que fica a cerca de 250 metros do 5º Grupamento de Incêndio (5º GI/Campos).

O gerente do banco informou que as imagens das câmeras de segurança serão fornecidas à Polícia Militar nos próximos dias para auxiliar na investigação.

O caso foi registrado na 134ª DP/Centro, onde será investigado para identificação dos autores.

Polícia Militar prende 2 traficantes e apreende 2 menores com ligações a facção criminosa em Guarus

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146ª DP/Foto: ClickCampos
146ª DP/Foto: ClickCampos

Na manhã desse domingo (17), guarnições do PATAMO II, PATAMO PPC e GAT II realizaram uma operação na Rua Nova Esperança, Parque Ceasa, em Guarus, que resultou na apreensão de armas, drogas e dinheiro, além da prisão de quatro suspeitos de tráfico ligados à facção TCP.

Com base em informações de inteligência, os policiais localizaram um sobrado ocupado pelos criminosos. Durante a abordagem, um suspeito tentou fugir para outro cômodo ao avistar a viatura. Apesar das dificuldades devido à escada danificada, os agentes conseguiram acessar o local e realizar as apreensões. 4 criminosos foram presos, além disso, foram encontrados 2 revólveres calibre .38, 20 munições, 40 buchas de maconha, 26 pinos de cocaína, R$ 156,50 em espécie, 3 celulares e 1 cordão de prata.

Os suspeitos foram presos e encaminhados à 146ª DP/Guarus. Eles foram autuados com base nos artigos 33, 35 e 16 da legislação penal, permanecendo à disposição da Justiça.

Três pessoas são presas após sinalizadores atingirem casa de Netanyahu

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Três pessoas foram presas após dispararem sinalizadores perto da residência do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na noite deste sábado (16).

 

Os artefatos caíram na área externa da residência de Benjamin Netanyahu por volta das 19h30 (14h30 de Brasília), mas não causaram danos. Ele e sua família não estavam no local, segundo o jornal israelense Times of Israel. A investigação está sendo conduzida pela unidade Lahav 433 e pelo Shin Bet.

Líderes de diferentes partidos políticos em Israel condenaram o incidente. Isaac Herzog, presidente do país, enfatizou a gravidade do caso e pediu punições rápidas. Líderes de oposição, como Benny Gantz, presidente do partido Unidade Nacional, e Yair Lapid, do partido Yesh Atid, reforçaram a necessidade de responsabilizar os autores do ataque.

Os detidos foram identificados como ativistas anti-governo. Um deles seria oficial da reserva militar israelense, segundo o jornal israelense. Os três foram inicialmente impedidos de acessar advogados, o que gerou críticas sobre possíveis violações de direitos civis.

Vídeos com imagens de câmeras de segurança da residência do ministro se espalharam nas redes sociais. Eles mostram o momento em que os artefatos caem nas proximidades da casa.

Ministros do governo classificaram o ato como parte de uma escalada perigosa. Yariv Levin, ministro da Justiça, chamou o incidente de “tentativa de golpe violento” contra o governo. Ele aproveitou para reiterar a necessidade de reformas judiciais, enquanto outros ministros, como Bezalel Smotrich, alertaram sobre os riscos à democracia.

A incitação política foi apontada como fator agravante. O Times of Israel destacou discursos acalorados em protestos e nas redes sociais, incluindo comparações de Netanyahu a Hitler e ataques que o chamavam de “traidor” e “Satanás”. Esses elementos foram citados como alimentadores do clima de violência.

ATAQUE ANTERIOR
Esta não é a primeira vez que a residência do primeiro-ministro é alvo de ataques. O Hezbollah reivindicou um ataque em outubro, quando um drone do grupo causou danos leves na propriedade em Cesareia. Segundo Mohamad Afif, porta-voz do grupo, “o Hezbollah declarou total, completa e única responsabilidade pela operação de Cesareia […] contra o criminoso de guerra Netanyahu”.

Israel realizou uma ofensiva no Líbano para neutralizar o Hezbollah. Em setembro, forças israelenses lançaram uma operação nas regiões fronteiriças do sul do Líbano, permitindo o retorno de cerca de 60.000 habitantes ao norte de Israel, após mais de um ano de confrontos intensos na fronteira.

O aumento da violência está ligado às tensões na região. O grupo libanês Hezbollah começou um novo conflito com Israel para apoiar o Hamas, que iniciou uma guerra na Faixa de Gaza em 7 de outubro de 2023, após realizar um ataque em território israelense.

Como os EUA se tornaram uma superpotência: A jornada de uma ex-colônia

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Os Estados Unidos detêm um poder militar inigualável, com mais de 800 bases militares em todo o mundo e sendo responsáveis ​​por cerca de 37% dos gastos militares globais. No entanto, o país é virtualmente irreconhecível quando comparado à forma como começou há dois séculos. O expansionismo tem sido a força vital da nação americana, e a disseminação do idealismo dos EUA atingiu o mundo todo, com consequências profundas.

 

Mas como a América deixou de ser uma colônia restrita ao continente para se tornar uma potência global de influência e poder militar? Clique nesta galeria para conhecer o caminho surpreendente que o país percorreu para se tornar um líder militar e econômico no mundo.

Leia Também: Ucrânia acusa Rússia de ‘ataque massivo’ contra sistema elétrico

Murillo celebra contato com ídolos na seleção: ‘Quero saber a história deles e contar a minha’

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Calouro na seleção brasileira, o zagueiro Murillo, do Nottingham Forest, disse sua primeira convocação foi a oportunidade de conviver com alguns jogadores que costuma utilizar no videogame, como o atacante Vinicius Jr., do Real Madrid, e o goleiro Ederson, do Manchester City.

“Todos os jogadores me trataram muito bem. Espero ter contato para conhecer mais da história deles e contar um pouco da minha”, afirmou o jogador de 22 anos revelado pelo Corinthians e que está na Inglaterra desde agosto de 2023.

Murillo contou que estava dormindo quando o técnico Dorival Jr. fez a convocação para os jogos contra Venezuela e Uruguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. “Eu tinha acabado de chegar do treino, estava descansando e pedi pra minha esposa me avisar, me acordar, porque eu queria ver a convocação”, afirmou ele, acrescentado que ela caiu no sono também. “Mas ela acordou primeiro e me falou: ‘Você foi convocado, parabéns’. Fiquei muito feliz.”

Titular no Nottingham Forest, time pequeno da Inglaterra e faz um início de temporada surpreendente com o mesmo número de pontos de gigantes como Chelsea e Arsenal (19) no Campeonato Inglês, Murillo faz planos ambiciosos na seleção. “(Quero) me firmar aqui e mostrar porque eu mereci estar aqui. E continuar fazendo um excelente trabalho para, se Deus permitir, disputar uma Copa do Mundo pela seleção”, disse ele, que ficou no banco contra a Venezuela.

No time de Dorival Júnior, Murillo disputa neste momento um lugar com Marquinhos, Gabriel Magalhães e Léo Ortiz. Marquinhos e Gabriel Magalhães formaram a dupla titular no empate com a Venezuela e devem permanecer no time contra o Uruguai, na terça-feira, em Salvador. Léo Ortiz já foi convocado outras vezes, mas ainda não jogou pela seleção.

Murillo também falou sobre atuar na Inglaterra, que tem o campeonato nacional mais badalado do mundo. “É um sonho. É um baita campeonato e para mim, hoje, é o melhor do mundo. Todos os jogos têm disputa, têm sua dificuldade, nenhum é fácil, às vezes o último ganha do primeiro. É muito disputado, o campeonato tem grandes jogadores”, afirmou ele, que esteve em campo em todos os minutos possíveis nos 11 jogos do Nottingham Forest e marcou um gol.

Além disso, o Nottingham Forest é o time com a segunda melhor defesa do Inglês, com 10 sofridos, atrás apenas do líder Liverpool, que foi vazado apenas 6 vezes.

Polícia localiza cocaína e maconha após denúncia de tráfico em SJB

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145ª DP/Foto: Reprodução
145ª DP/Foto: Reprodução

Na noite desse sábado, a equipe D/23 realizou uma operação, que resultou na apreensão de drogas, na Rua Ubaldo Sena, em Atafona, em São João da Barra, após receber denúncias sobre a prática de tráfico de drogas no local.

Durante a ação, os policiais localizaram e conseguiram apreender 31 pinos de cocaína, pesando aproximadamente 124 gramas, e 7 mariolas de maconha, com peso aproximado de 35 gramas. As drogas foram encontradas no endereço indicado pelas denúncias.

O material apreendido foi encaminhado para a 145ª DP/São João da Barra, onde o caso foi registrado e segue para investigação.

Polícia Militar realiza apreensão de drogas em São Francisco de Itabapoana

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Drogas apreendidas pela polícia em operação na Rua São Paulo, Barra Seca
Drogas apreendidas pela polícia em operação na Rua São Paulo, Barra Seca

Na noite desse sábado (16), a polícia realizou uma operação, que resultou na apreensão de drogas na Rua São Paulo, em Barra Seca, em São Francisco de Itabapoana, após receber denúncias sobre tráfico de drogas na região.

Durante a ação, a equipe avistou um homem, que fugiu para uma área de manguezal ao identificar a polícia, impossibilitando sua captura. Em seguida, os policiais realizaram buscas no local, encontrando 40 buchas de maconha (aproximadamente 120 gramas), 13 sacolés de cocaína (39 gramas) e 8 pinos de cocaína (24 gramas).Todo o material apreendido foi encaminhado para a 147ª DP/São Francisco de Itabapoana, onde o caso foi registrado para as providências cabíveis.

 

Polícia Militar apreende drogas em casa abandonada na Pelinca

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Drogas apreendidas pela polícia em operação na comunidade Tamarino, Pelinca
Drogas apreendidas pela polícia em operação na comunidade Tamarino, Pelinca

Na noite dessa sexta-feira (15), equipes policiais realizaram uma operação, que resultou na apreensão de drogas, na Rua Tenente Coronel Cardoso, ena Pelinca, em Campos, após receberem denúncia sobre armazenamento de drogas em uma laje de residência abandonada, na comunidade Tamarino.

As equipes do GAT I, com apoio do PAT I sob comando do subtenente França, da supervisão do oficial Tenente Melo e da P/2 CPA, foram ao local para verificar a denúncia. Após buscas na área, não foi possível localizar o suspeito indicado, mas, durante revista na laje e nos entulhos próximos, foram encontrados 25 buchas de maconha, 39 pinos de cocaína e 24 pedras de crack.

O material apreendido foi encaminhado para a 134ª DP/Centro onde a ocorrência foi registrada e está em andamento.

Polícia apreende grande quantidade de drogas do tráfico de Ururaí

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Material apreendido pela polícia em Ururaí
Material apreendido pela polícia em Ururaí

Na manhã dessa sexta-feira (15), equipes policiais realizaram uma operação, que resultou na apreensão de grande quantidade de drogas, na Rua da Estação, em Ururai, em Campos, região conhecida por atividades ligadas ao tráfico de drogas.

As equipes do GAT I, PATAMO I, P2 6° CPA e DELTA 3, após receberem informações sobre a atuação de traficantes ligados à facção TCP, se deslocaram ao local. Dois suspeitos foram avistados, mas fugiram para uma área de mata próxima aos trilhos de trem, impossibilitando sua captura. Durante buscas no local, os policiais localizaram uma sacola plástica contendo 225 pinos de cocaína, 50 pedras de crack e 19 buchas de maconha, abandonados sobre os dormentes dos trilhos.

O material apreendido foi encaminhado para a 134ª DP/Centro, onde o caso foi registrado para investigação.

Proibições de livros nos EUA mostram censura velada e refletem eleição de Trump

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EDUARDO MOURA
MIAMI, EUA, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Primeiro, ele ficou radiante quando ouviu a notícia. “Fiquei tipo ‘uau'”, diz o escritor nova-iorquino Robert Jones Jr. O motivo? Grupos conservadores americanos queriam que o seu livro de estreia, “Os Profetas”, que foi lançado no Brasil pela editora Companhia das Letras, fosse banido de uma biblioteca pública nos Estados Unidos. “Isso me pôs na mesma categoria que Toni Morrison e James Baldwin”, ele afirma.

 

Nos últimos dois anos, “O Olho Mais Azul”, de Morrison, ganhadora do Nobel de Literatura de 1993, sofreu pelo menos 116 proibições em bibliotecas americanas, de acordo com um relatório da PEN America, organização que defende a liberdade de expressão na literatura.

Segundo a Associação Americana de Bibliotecas, a ALA, na sigla em inglês, o livro foi o sexto que mais sofreu tentativas de proibição no primeiro semestre deste ano. Baldwin, do celebrado “O Quarto de Giovanni”, outro medalhão da literatura do país, também é habitué das listas de livros proibidos. “Essas pessoas escreveram algo tão revolucionário que as autoridades determinaram que não deveriam ser lidos”, diz Jones Jr.

O deslumbre do autor estreante, porém, logo virou tristeza e raiva. Ele chegou à conclusão de que era “nojento, um absurdo, impensável, que autores como Baldwin e Morrison fossem proibidos em certos lugares”. “Percebi que poderia haver um garoto no Texas ou na Flórida que talvez precisasse ler este livro para saber que não está sozinho, que não há nada de errado com ele -e ele não terá acesso a isso.”

“Os Profetas” conta a história de dois jovens escravizados numa plantação no sul dos Estados Unidos, na década de 1830, que se apaixonam. O livro toca diretamente em questões como raça, sexualidade, gênero e religião. Hoje, em alguns estados americanos, essa é a receita perfeita para chamar a atenção de quem gosta de censurar livros.

De acordo com a ALA, “Os Profetas” foi um dos 63 títulos alvos de um pedido em massa de censura, no estado do Tennessee. A queixa coletiva contra eles era devido à representação de personagens LGBTQIA+. Na obra de Jones Jr, há sexo. Nada escandaloso, principalmente para brasileiros que leem nas escolas obras como “Menino de Engenho” ou “Gabriela, Cravo e Canela”.

“Isaiah deslizou a língua, devagar e gentil, sobre o mamilo de Samuel, que ganhou vida em sua boca. Os dois gemeram”, escreve o autor, por exemplo, num trecho da obra que entrou na mira da censura.

Segundo a PEN, houve ao todo, nos Estados Unidos, 10.046 casos de banimento de livros, o que afetou 4.231 títulos diferentes neste último ano letivo.

O estado da Flórida foi o que mais registrou proibições de livros, com 4.561 casos. Iowa vem em segundo lugar, com 3.671. Os banimentos são feitos pelos distritos escolares de forma autônoma, mas, a exemplo do caso da Flórida, há agora uma grande chancela presente na legislação estadual.

A organização analisou o conteúdo das obras banidas em dois ou mais distritos. Esse grupo contou com 1.091 títulos, cerca de um quarto do total. Destes, 57% tinham conteúdos relacionados a sexo, 44% incluíam personagens não brancos, enquanto 39% apresentavam personagens LGBTQIA+.

Os livros não chegam a ser proibidos de serem vendidos nas livrarias, mas são retirados de prateleiras de bibliotecas públicas ou de escolas. Os opositores argumentam que isso é uma forma de censura, já que dificulta o acesso a obras literárias, principalmente no caso de jovens de baixa renda e em situação de vulnerabilidade.

SER OU NÃO SER (CENSURADO)
Além de Toni Morrison e James Baldwin, muitos outros nomes de peso da literatura mundial tiveram alguns de seus títulos contestados por distritos escolares nos Estados Unidos. É o caso de Margaret Atwood, com “O Conto da Aia”, “Os Testamentos” e outros que, ao todo, foram alvo de 125 proibições.

Stephen King teve pelo menos 74 títulos censurados em bibliotecas. George Orwell teve o clássico “1984” banido em uma dezena de distritos escolares em Iowa e na Flórida. “A Revolução dos Bichos” foi banido em dois. Maya Angelou foi alvo de pelo menos 43 pedidos de censura, quase todos visando “Eu Sei por que o Pássaro Canta na Gaiola”.

Na seara das histórias em quadrinhos, foram proibidos em determinados distritos “Maus”, de Art Spiegelman, “Persépolis”, de Marjane Satrapi, e “Watchmen”, de Alan Moore, além de uma graphic novel feita a partir de “O Estrangeiro”, de Albert Camus, e outra a partir dos diários de Anne Frank.

Entre as publicações mais recentes, fizeram barulho as proibições de “Gênero Queer”, de Maia Kobabe, “Este Livro É Gay”, de Juno Dawson, “Flamer”, de Mike Curato, e “Nem Todos os Meninos São Azuis”, de George M. Johnson.

“Dezenove Minutos”, de Jodi Picoult, foi o livro que mais sofreu proibições -em 98 distritos-, seguido por “Quem É Você, Alasca?”, de John Green, em 97. Em seguida, vem “Os Treze Porquês”, de Jay Asher, que deu origem à série “13 Reasons Why”. Depois, “As Vantagens de Ser Invisível”, de Stephen Chbosky.

Completam a lista a já lembrada Atwood com “O Conto da Aia”, o afegão Khaled Hosseini com “O Caçador de Pipas”, a canadense Sara Gruen com “Água para Elefantes” e a americana Ellen Hopkins com três títulos. Esta última encabeça a lista de autores com maior número de casos de proibições.
E a lista se estende para obras publicadas há mais tempo. Harper Lee teve “O Sol É para Todos” proibido. Gabriel García Márquez teve “O Amor nos Tempos do Cólera” e “Cem Anos de Solidão”. Há ainda “A Casa dos Espíritos”, de Isabel Allende, “Madame Bovary”, de Gustave Flaubert, “O Retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde, “Por Quem os Sinos Dobram”, de Ernest Hemingway, “Os Miseráveis”, de Victor Hugo, “Ulisses”, de James Joyce. Liev Tolstói teve “Anna Karenina”.

Entre as biografias, a de Malcolm X, Malala Yousafzai e Lady Gaga. Entre os livros para crianças pequenas, “Três com Tango”, livro baseado no caso real de dois pinguins machos do zoológico de Nova York que resolveram chocar um ovo juntos e criar o filhote como um casal. Em maio do ano passado, o Miami Herald mostrou que o livro “The ABCs of Black History”, o ABC da história negra, de Rio Cortez, foi banido de escolas do ensino fundamental do condado Miami-Dade.

A escritora pop Rupi Kaur e a sensação nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie tiveram obras banidas. George R. R. Martin, da série de livros “As Crônicas de Gelo e Fogo”, que deu origem ao seriado “Game of Thrones”, assim como Suzanne Collins, da trilogia “Jogos Vorazes”, também sofreram proibições.
E o Brasil também fez parte da festa. “Pedagogia do Oprimido”, do educador Paulo Freire, foi banido das salas de aula de um distrito da Pensilvânia.

Até William Shakespeare foi retirado de prateleiras na Flórida e no Texas. O dicionário Merriam-Webster foi banido num distrito da Flórida, por conteúdo sexual, segundo o Washington Post. Outro título que foi banido foi a Bíblia Sagrada, por “vulgaridade e violência”.

Segundo a Associação Americana de Bibliotecas, a ALA, o número de títulos que foram alvo de censura em bibliotecas públicas no ano passado cresceu 92% em relação ao ano anterior. Já as tentativas de censura em bibliotecas escolares cresceram 11% no mesmo período.

Para entender o motivo disso, é preciso olhar para 2020, quando 350 mil americanos morreram de Covid-19, mas foi a morte de um cidadão em específico que gerou revolta no país inteiro e encheu as ruas das cidades em quarentena -George Floyd, homem negro que morreu asfixiado por um policial.

“Tudo o que acontece nos Estados Unidos é resultado dos nossos pecados originais -genocídio e escravidão”, diz Katie Blankenship, advogada e diretora do escritório da PEN America na Flórida. “E hoje em dia nós ainda lidamos com isso de maneiras muito reais.”

O assassinato de Floyd não foi o primeiro do tipo nem é uma exceção -e talvez seja por isso que aquela morte representou a gota d’água para muitos americanos, afirma Blankenship. Para uma parte da população, aquilo fez aflorar a urgência nacional de vestir de vez a camisa do antirracismo. “Desencadeou uma resposta massiva, principalmente de membros extremistas da direita, que querem manter a estrutura de poder patriarcal branco, dominada por homens”, afirma a advogada.

A pandemia, que persistia em não ir embora, também teve papel importante nesse processo. Em julho de 2021, o governador da Flórida, Ron DeSantis, assinou um decreto que desobrigava os alunos de usar máscaras nas escolas.
“Isso ocorreu porque havia uma grande base de apoio de um movimento pelos direitos dos pais que estava crescendo, com muito financiamento. E esse movimento de direitos dos pais, que era contra as restrições da Covid, é exatamente o mesmo grupo que está banindo livros”, afirma Blankenship.
Um dos mais conhecidos desses grupos é o Moms for Liberty, ou mães pela liberdade, que hoje tem como principal bandeira a contestação de livros em bibliotecas públicas e escolares. O grupo tem apoio de DeSantis e de Donald Trump, que já participaram de seus eventos.

O Moms for Liberty, não por acaso, nasceu na Flórida, combatendo justamente o uso obrigatório de máscaras nas escolas durante a pandemia. “A Flórida é, em muitos aspectos, um modelo para uma onda de censura e políticas antidemocráticas”, diz Blankenship.

Em 2021, quando estavam a todo o vapor os protestos do Black Lives Matter, ou vidas negras importam, logo após a morte de Floyd, o Senado estadual da Flórida aprovou a primeira lei que deu início à guerra do governador do estado contra o que a direita chama de “woke”. É a chamada HB 1, que recebeu a alcunha oficial de “combate à desordem pública”.

“Essa é uma lei antiprotestos, que é direcionada diretamente aos manifestantes do Black Lives Matter”, afirma Blankenship. O intuito era “silenciar os manifestantes e começar a criminalizar os protestos”, ela acrescenta.

Daí em diante, começaram a surgir uma série de outras leis que foram dando mais lastro para a onda de censura de livros que estava se formando.
Entre os destaques, o Stop Woke Act, a HB 7 de 2022 . Seu texto versa sobre assuntos ligados a preconceito de raça, nacionalidade e gênero e proíbe, de forma pouco específica, o ensino de ideias ligadas a racismo estrutural, interseccionalidade ou de qualquer tipo de insinuação que as discriminações racial, de gênero e de nacionalidade ocorrem para além da esfera individual.

O segundo destaque é o que a esquerda apelidou de lei “Don’t Say Gay”, ou não diga gay, a HB 1557 de 2022. “O nome já diz. Não vamos discutir ou ensinar sobre nada que tenha a ver com orientação sexual ou identidade de gênero”, afirma a advogada.

“Essas leis são amplas e vagas. A intenção é confundir e fazer com que você não entenda o que é proibido exatamente”, diz Blankenship. “Se você não entende exatamente o que é proibido, e a consequência de violar a lei é perder seu registro profissional, sua carreira, podendo até ser ameaçado com processos criminais, o que uma pessoa normal faria? Ela vai se censurar.”

À medida que essas leis foram aprovadas, o número de pedidos de censura explodiu no país. Em 2020, 223 obras foram contestadas nas bibliotecas dos Estados Unidos, segundo a ALA. No ano seguinte, o número saltou para 1.858 obras. Em 2022, foram 2.571 e, no ano passado, chegou a 4.240.

“Sempre existiu o que chamamos nos Estados Unidos de cláusula de ‘opt-out’ nas bibliotecas escolares”, diz a advogada. Isso significa que pais de alunos podem assinar um formulário dizendo que não querem que seus filhos tenham acesso a determinado livro. “Mas essas pessoas querem tirar o acesso de todo mundo”, ela acrescenta.

Em março deste ano, houve um acordo que decidiu que a HB 1557, a “Don’t Say Gay”, não poderia ter efeito sobre livros. Em julho, um juiz federal considerou inconstitucional partes do Stop Woke Act que restringiam o ensino e o treinamento de assuntos relacionados a raça, gênero, sexualidade e origem nacional no ambiente de trabalho. A decisão também bloqueou partes que limitavam como essas questões poderiam ser abordadas em universidades.

“Muitos escritores ganham boa parte de seu dinheiro fazendo aparições em escolas e bibliotecas”, diz Mitchell Kaplan, cofundador da Feira do Livro de Miami e dono da rede de livrarias Books & Books. “Se seus livros são proibidos, as bibliotecas e escolas param de os convidar. Estou ouvindo de muitos escritores, exceto os mais famosos, que estão tendo dificuldades, e é assustador o impacto que isso tem em sua escrita. Eles estão começando a censurar o próprio trabalho, o que é terrível.”

Ele diz que a situação é muito diferente do que acontecia nas décadas passadas. “Quando eu era um estudante no sistema de ensino público aqui, podia ler qualquer coisa. Nunca houve problema. E, se você olhar para o que eu lia naquela época, provavelmente todos esses livros hoje não seriam permitidos no currículo”, afirma Kaplan.

Isso não quer dizer que a censura seja algo novo para o setor cultural dos Estados Unidos.

Há 65 anos, um livro infantil com dois coelhinhos fofinhos desenhados na capa causou um debate de proporções nacionais. O problema: um coelho preto se casava com uma coelha branca. O Conselho dos Cidadão Brancos de Montgomery, no Alabama, não gostou do matrimônio interracial na obra “O Casamento dos Coelhos”. Junto a um senador do estado, disseram que aquilo se tratava de propaganda pró-integração e que o livro deveria ser retirado das prateleiras e queimado.

A autora de livros infantojuvenis Judy Blume é uma veterana nessa discussão. Seus livros, que tratam de assuntos como puberdade e iniciação sexual, vêm sendo contestados desde os anos 1970. Seu livro “Ei, Deus, Está Aí? Sou Eu, a Margaret”, por exemplo, chegou a ser proibido na escola em que seus próprios filhos estudavam.

Em reportagem de 1981, o New York Times contou que o número de protestos em frente a bibliotecas, que pediam o fim da circulação de certos livros, havia triplicado em relação ao ano anterior. As obras de Blume estavam entre os alvos mais frequentes.

“[Censura] não é recente, mas há uma grande diferença”, diz Kaplan. “Quando Judy estava tendo seus livros banidos, não era o governo que estava fazendo isso. Não havia leis específicas. Quando é o governo que faz isso, então, de uma perspectiva legal, é realmente censura.”

Segundo Kaplan, políticos estão usando essas proibições como uma forma de fazer barulho, arrebanhar apoiadores conservadores e construir uma plataforma política -tática comum nas recentes guerras culturais ao redor do mundo.

“Infelizmente, livros estão sendo usados por nossos políticos para tentar criar uma fissura entre o eleitorado. Estamos começando a ver ataques sérios a livros e escritores, aos currículos escolares, coisas que me levam a acreditar que muitas dessas figuras políticas têm medo de um eleitorado informado”, ele afirma.

Segundo ele, os políticos da ala mais conservadora estão usando essas proibições como uma forma de fazer barulho, arrebanhar apoiadores conservadores e construir uma plataforma política.

O caso dos livros nos Estados Unidos é um dos exemplos mais cristalinos das guerras culturais que vêm acontecendo em democracias ocidentais. De um lado, estão políticos que não raro usam crianças como escudo moral contra as chamadas pautas de costumes. Do outro, um inimigo invisível –um livro, uma peça ou um filme capazes de destruir lares. A partir de denúncias espetacularizadas contra ameaças irreais, criam medo e revolta em uma população calejada pelas sucessivas crises econômicas. O resultado costuma ser a criação de um público cativo, em constante estado de excitação, que se engaja sempre nas polêmicas nas redes, mas também nas urnas. O show não pode parar

A primeira vez que Lisette Fernandez teve contato com a recente onda de censura foi em 2022. Após o pedido de uma mãe de origem cubana, foi banido da uma escola primária “O Monte que Escalamos”, de Amanda Gorman, que ganhou fama ao declamar seus versos durante a cerimônia de posse de Joe Biden, além de dois fotolivros infantis que retratam fotos alegres de criança em Cuba. A mãe que fez o pedido, em entrevista ao Miami Herald, deu a justificativa de que os estudantes deveriam “saber a verdade” sobre Cuba.

Junto a uma amiga, ela decidiu fundar o Moms for Libros, grupo que luta pela liberdade literária nas escolas. “Basicamente, o que tentamos fazer é educar as pessoas sobre o que está acontecendo. Eu acompanho as políticas públicas, o que está acontecendo e o que está por vir”, diz Lisette. “Também tentamos fazer com que os pais se envolvam mais com o que está acontecendo no conselho escolar.”

Ele explica como funciona o processo de proibição de livros em bibliotecas escolares. Um pai ou mãe pode fazer uma reclamação formal, preenchendo um formulário em que explica por que não querem determinado livro na biblioteca. Então, um comitê faz um processo de revisão. Esse grupo costuma envolver representantes pais, professores, bibliotecários e administradores escolares. Dali, sairá a decisão se a escola mantém, restringe ou remove o título. Depois de 2021, esse processo ganhou um lastro legislativo com as bills de DeSantis.

O nome Moms for Libros é um trocadilho à esquerda com Moms for Liberty. A reportagem tentou contato com o grupo conservador, mas não obteve resposta deles, que negam que estejam promovendo censura e discordam do termo “book ban”.

“O que eles estão proibindo são os livros que estão na escola. Não estão proibindo livros para compra, e esse é todo o argumento deles, de que você pode ir na Amazon e comprar o livro”, diz Lisette. Segundo ela, esse pensamento ignora famílias de baixa renda, que nem sempre têm dinheiro para comprar livros na internet ou mesmo um veículo para irem a uma biblioteca mais distante.

“Estão retirando os livros da biblioteca escolar, onde elas poderiam acessá-los muito mais facilmente”, diz. “E depois dizem que não estão banindo [livros]. Eu argumentaria que estão, porque agora estão tirando a acessibilidade delas.”
No horizonte, Lisette vê uma série de desafios -desvalorização dos professores, crenças religiosas se esgueirando cada vez mais em direção ao Estado, autocensura por parte de escritores e desrespeito a minorias. Mas seu medo maior reside em outro lugar.

“Minha preocupação está mais no sentido da representação”, ela afirma. “Se uma criança não se vê representada nos livros, o que isso faz com a confiança dela, com sua saúde mental?”

Dentro da Cientologia: Como Hollywood se envolveu

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Estabelecida em 1952 por L. Ron Hubbard, a Cientologia permanece como um movimento religioso marcado por controvérsias. Ao longo de sua existência, enfrentou questionamentos intensos, com críticos levantando preocupações sobre práticas, finanças e tratamento de membros. Alegações de táticas legais agressivas, controle rigoroso e comportamento abusivo dentro da organização alimentaram controvérsias, inclusive debates sobre seu status de isenção de impostos.

 

Apesar das polêmicas, a Cientologia continua sendo uma organização poderosa e influente, provocando fascínio e preocupação no público. Para descobrir os famosos associados à essa entidade e aqueles que denunciam seus abusos, clique na galeria. A lista vai te surpreender!

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Suspeito de lançar bomba que atingiu fotojornalista em final da Copa do Brasil é preso

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BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – O homem suspeito de ter atirado uma bomba que atingiu um fotógrafo no jogo entre Atlético-MG e Flamengo, na partida de volta da final da Copa do Brasil, em Belo Horizonte, foi preso neste domingo.

 

A informação foi confirmada pelo vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), que ocupa a chefia do Executivo mineiro na ausência de Romeu Zema (Novo), que está em viagem. A identidade do preso não foi divulgada.

O fotojornalista atingido é Nuremberg José Maria, 67, que teve alta hospitalar na última sexta (15). Ele fraturou três dedos e três ossos no peito do pé. Nas redes sociais, ele agradeceu às mensagens de apoio após o episódio.

“Graças a Deus estou de alta. Obrigado a todos pela força, pelo carinho e pelas mensagens de conforto. Deus abençoe a todos”, disse o profissional autônomo após ter recebido alta.

Por causa dos incidentes, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) determinou na terça (12) a interdição da Arena MRV, estádio do Atlético-MG. O clube anunciou que vai recorrer da decisão, alegando que não teve direito de defesa.

A decisão exige que o Atlético-MG realize seus jogos como mandante em outro estádio e com portões fechados. Segundo o STJD, o clube deve comprovar a implementação de medidas de segurança para o estádio ser liberado.

O jogo da próxima quarta (20), contra o Botafogo, será na Arena Independência, estádio do América-MG, com portões fechados.

Em nota, o Atlético-MG lamentou o episódio e disse que vai trabalhar para a situação não se repetir. “Não vamos nos isentar de culpa, erramos e vamos assumir. Vamos implementar novas medidas, mais duras, para que isso não se repita dentro da nossa casa”, afirmou Bruno Muzzi, CEO do clube.

Na quinta, o clube afirmou que identificou 21 torcedores envolvidos no episódio de violência do domingo passado, enquanto o nome de outros nove estava em “processo avançado de identificação”. O nome dos suspeitos não foi divulgado.

Na súmula da partida, o árbitro Raphael Claus aponta arremessos de copos e objetos no gramado, além de lasers nos olhos do goleiro. O jogo ficou interrompido por sete minutos. Após o fim da partida, um torcedor invadiu o campo, e outros tentaram invadir, levando à intervenção da Polícia Militar.

Alemanha cobra imposto sobre cães e tem arrecadação recorde

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JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
BERLIM, ALEMANHA (FOLHAPRESS) – Ter um cachorro para chamar de seu na Alemanha custa dinheiro não apenas pelas despesas inerentes à criação, como comida e veterinário, mas também porque implica pagar imposto. Em Berlim, EUR 120 anuais (R$ 740). Se forem dois cachorros, outros EUR 180 (R$ 1.100). Se o peludo for de uma raça considerada perigosa, mais ainda.

 

Soa como curiosidade apenas até as contas serem feitas. Com uma população canina estimada em 10 milhões de animais, a Alemanha obteve uma tributação recorde com o sistema em 2023, EUR 421 milhões (R$ 2,6 bilhões), e caminha para meio bilhão neste exercício se a tendência dos últimos anos for seguida. Segundo o jornal econômico Les Échos, um invejável meio de arrecadação, que nos últimos dez anos cresceu mais de 40%.

O dado fez um conhecido comentarista de finanças da França sugerir ao primeiro-ministro Michel Barnier adotar o sistema como forma de aplacar seu complicado Orçamento para 2025. A França deve fechar o ano com um déficit de 6% do PIB, acima das previsões, e tem a dívida mais alta da Europa depois de Grécia e Itália.

Não seria exatamente uma novidade. A estratégia teria começado há séculos justamente na França, com Napoleão, em uma tentativa de controlar um surto de raiva. Outros países, como Luxemburgo, Holanda e Suíça, também taxam a posse de alguns animais, mas não na proporção e organização alemãs.

Saúde pública é o principal argumento para a tributação. O imposto, segundo a prefeitura de Berlim, sustenta um abrangente controle de cachorros e proprietários (por razões fiscais ou não, na Alemanha tem-se um cachorro, diferentemente do Brasil em que o termo tutor virou norma). É uma taxação municipal, e a de Berlim, ainda que não seja a mais alta do país, tem um dos sistemas mais completos.

Todo animal nascido na cidade ou trazido para ela precisa obrigatoriamente ser identificado por um chip ou transponder. Só com ele é possível fazer um registro online do animal, que custa EUR 17,50 (R$ 108). Depois de três ou quatro semanas, o Fisco manda o resto da conta. O intuito, segundo a prefeitura, é seguir a “Lei Fiscal sobre Cães”, de 2001, que basicamente determina a necessidade de “identificá-los, para determinar o dono de um cão e, no caso de cães vadios, para determinar o último dono”.

A multa para quem não fizer o registro pode chegar a EUR 10 mil (R$ 62 mil).
O resultado prático da medida é que não há animal abandonado ou vadio na cidade, pelo menos não em número perceptível. O sistema também facilita a fiscalização sobre o porte dos cães, igualmente abrangente. O cidadão pode ser multado, por exemplo, se não recolher as fezes de seu cachorro no passeio público e também se não tiver saquinhos consigo para recolhê-las. O esquecimento pode custar de EUR 35 a EUR 250 (de R$ 216 a R$ 1.500).

Costume arraigado entre os alemães, andar com o cachorro sem guia só é permitido para quem faz uma espécie de curso de treinamento e demonstra, em prova prática, que tem controle sobre seu bicho. Algumas cidades inclusive dão desconto no imposto, que é de caráter municipal na Alemanha, para quem busca a formação.

Há também uma lista de raças perigosas, como bull terrier, mastim napolitano e fila brasileiro, que exige ainda mais do bolso. Em Hamburgo, em que a taxa básica é de EUR 90 (R$ 550), nesses casos dispara para -EUR 600 (R$ 3.700). Também o seguro para acidentes fica mais caro -contratar uma apólice que cubra danos ou ataques provocados pelos cães também está previsto em lei.

“Já fui multada por estar com ela solta. Existe uma espécie de polícia municipal por aqui [Ordnungsamt] que sempre aparece do nada. Paguei EUR 50”, conta a professora universitária Babbete T., que concorda com a cobrança de impostos, ao lado da vira-lata Luca. “Existe uma estrutura na cidade para usufruirmos com os animais, latas de lixo, limpeza, fiscalização. Isso tudo tem custo, parece justo dividi-lo.”

Luca veio da Itália, de um centro de acolhimento de animais abandonados. “É a história de muitos cachorros aqui. Boa parte vem do Leste Europeu.” Para olhos brasileiros, porém, o que chama a atenção é a a quantidade e variedade de animais de raça.

Com ou sem pedigree, cachorros parecem estar por toda a parte em Berlim, não apenas em parques, mas também em shoppings, cafés, restaurantes e no transporte público, em que pagam passagem. Vários estabelecimentos se esforçam na recepção, ofertando água e petiscos.
E, como o mundo é dividido entre os que gostam de cachorros e os que preferem gatos, vale a informação: os últimos não são tributados.

Fatos pouco conhecidos sobre carros de luxo

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Um carro de luxo é um veículo que oferece todo o conforto, velocidade e recursos que o dinheiro pode comprar. Pode ser preciso uma carteira gorda para comprar um desses bad boys, mas sonhar nunca fez mal a ninguém, certo?

Conheça alguns fatos surpreendentes sobre algumas das maiores marcas de carros de luxo do mundo!

Jovem que perdeu 500 mil em apostas revela abstinência: ‘tremedeira’

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Aos 21 anos, Rafaela Silva enfrentou um intenso desafio com seu vício em jogos de cassino online, especialmente o “Aviator”, popularmente conhecido como “jogo do aviãozinho”.

 

De acordo com informações publicadas pela Marie Claire, tudo começou em 2021, quando ela, recém-chegada à maioridade, deixou o interior de São Paulo e se mudou para Minas Gerais. Na nova cidade, Rafaela começou a trabalhar com conteúdo adulto na plataforma Privacy, conquistando uma renda considerável. No entanto, o dinheiro fácil alimentou a curiosidade pelo jogo, que inicialmente trouxe ganhos, mas logo se transformou em um ciclo de perdas e frustrações. O vício afetou sua saúde física e mental, além de suas relações familiares, levando-a a situações extremas de desespero.

A jovem viu sua vida desmoronar enquanto alternava entre perdas financeiras e tentativas frustradas de recuperar o controle. Rafaela chegou a acumular R$500 mil em um fim de semana, mas o valor foi retido pela plataforma de apostas, agravando seu estado psicológico. Em novembro de 2023, com a saúde debilitada e comportamentos compulsivos cada vez mais perigosos, sua mãe a resgatou e iniciou um esforço conjunto para ajudá-la a buscar tratamento psiquiátrico e psicológico. Durante esse processo, Rafaela enfrentou crises graves, incluindo um surto que culminou em uma tentativa de agredir os próprios pais.

Hoje, após quase um ano de abstinência e tratamento, Rafaela relata uma recuperação gradual, ainda que desafiadora. Ela reconhece os sintomas físicos da abstinência, como tremores e dores, como parte do processo de adaptação do corpo à ausência do jogo. 

“Tenho muita abstinência pelo jogo. Parece brincadeira, mas não é. Às vezes meu corpo ‘formiga’, chega a tremer. É uma sensação horrível. Quando eu comecei a perder o dinheiro, tive problema nos nervos da tremedeira. Durante a abstinência também já tive dor de barriga, de cabeça, queimação no estômago, entre outras coisas horríveis”. relata.

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Famosos com o mesmo nome e sobrenome: Descubra os dois xarás brasileiros

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Imagina andar por aí e se deparar com o seu homônimo? É surpreendente, embora seja mais comum do que se imagina. As celebridades também não escapam dessas coincidências e possuem xarás até mesmo no meio do entretenimento. Algumas estrelas até inventaram um nome artístico para se diferenciar, enquanto outras não se importaram e até se divertem com essas casualidades.

 

Na galeria, veja os famosos que possuem o mesmo nome e sobrenome!

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Famosas revivem looks icônicos do passado

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Enquanto muitas celebridades apostam nas últimas tendências da temporada para o tapete vermelho, outras gostam de resgatar looks clássicos de coleções antigas que merecem ser vistos (revistos e admirados) por novos públicos e holofotes! Não só é mais sustentável reutilizar roupas vintage, mas também mostra a criatividade dos designers na atualização dos modelos de arquivo para os dias atuais. E o mais incrível é ver como algumas peças “envelheceram” bem ao longo dos anos.

 

Inclusive, Kaia Gerber homenageou sua mãe, Cindy Crawford, de forma especial. A modelo e atriz de 23 anos fez uma aparição marcante na estreia do filme ‘Shell’ no Festival de Cinema de Toronto, usando um vestido “antigo” que muitos reconheceriam… De acordo com a Vogue, o look branco Hervé Leger body-con é uma recriação da peça icônica usada por Crawford no Oscar de 1993, estilizado por Molly Dickinson. A supermodelo Cindy Crawford, 58, usou o belo traje no Oscar de 1993, acompanhada do ator Richard Gere, seu marido na época,

Do vestido vintage de Sabrina Carpenter no VMA de 2024 a Zendaya em um visual icônico Mugler dos anos 90, clique na galeria para relembrar looks “velhinhos” e fashionistas que foram revisitados pelas famosas!

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