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‘Vídeo repugnante’ de ação policial que matou negro preocupa autoridades nos EUA

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BAURU, SP (FOLHAPRESS) – Cinco policiais de Memphis, nos Estados Unidos, foram formalmente acusados de assassinato na quinta-feira (26) devido à morte de Tyre Nichols, um homem negro de 29 anos, que faleceu em decorrência de uma abordagem dos cinco agentes -todos negros- que vem sendo descrita como repugnante.

A abordagem com resultado de morte ocorreu no dia 7 de janeiro, e Nichols faleceu três dias depois. Ainda não há, no entanto, detalhes sobre o que de fato ocorreu na ação policial, em parte porque as autoridades de Memphis estão agindo com cautela e algum grau de preocupação com a divulgação das imagens das câmeras atreladas às fardas dos agentes. A expectativa é de que os vídeos sejam publicados nesta sexta-feira (27).

“Estamos aqui hoje por causa de uma tragédia que fere profundamente uma família, mas também fere a todos nós”, disse Steve Mulroy, o promotor distrital que apresentou as acusações.

Sem revelar detalhes, Mulroy disse que Nichols foi parado pelos policiais e que houve “uma altercação” na qual os agentes dispararam spray de pimenta na vítima. Nichols então tentou fugir a pé -e a descrição do promotor sobre o que se seguiu foi ainda mais imprecisa. “Houve outra altercação em um local próximo em que os ferimentos graves foram sofridos pelo sr. Nichols.”

Os cinco policiais foram identificados como Tadarrius Bean, Demetrius Haley, Emitt Martin 3º, Desmond Mills Jr. e Justin Smith. Suas idades variam de 24 a 32 anos e seus tempos de serviço em Memphis vão de dois anos e meio a cinco anos. Além das acusações de homicídio, os cinco responderão por agressão agravada, sequestro agravado, má conduta oficial e opressão oficial.

Todos foram demitidos no último sábado (21) depois que uma investigação interna no departamento concluiu que eles violaram os protocolos, usaram força excessiva, falharam na abordagem e não prestaram socorro à vítima. Os cinco também foram detidos na manhã de quinta, e seus advogados disseram que ainda estão montando suas defesas.

Homem com mandado de prisão por tráfico de drogas é preso pela PM em Guarus

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146ª DP/Foto: ClickCampos
146ª DP/Foto: ClickCampos

Homem foragido da justiça é preso pela Polícia Militar, nesta quinta-feira (26) na Rua 3, no Sapo II, no Parque Eldorado, em Guarus.

Durante patrulhamento pela região, os policiais se depararam com um homem reforçando barricadas em um local de tráfico. Uma abordagem foi realizada e durante a revista pessoal, nada de ilícito foi encontrado, porém, ao verificarem o sistema, foi constatado um mandado de prisão preventiva pelo crime de tráfico, expedido pela vara de Italva/Cardoso Moreira.

Diante dos fatos, o homem foi encaminhado para a 146ª Delegacia de Polícia de Guarus, onde ficou preso à disposição da justiça.

Em menos de 24 horas, dois homens foram assassinados em Itaperuna

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Foto: Blog do Adilson Ribeiro

Em menos de 24 horas, dois homens foram assassinados, em lugares distintos do município de Itaperuna, nessa quinta-feira (26).

Manoel Marinho Freitas, de 31 anos, foi morto no interior de uma oficina, na Avenida Santo Antônio, no bairro Niterói. Já o outro caso ocorreu na Rua Alberto Torres, no bairro Aeroporto. O homem identificado como Mateus Lopes de Souza Boucard, de 24 anos também foi morto a tiros.

A Polícia Civil investiga se há relação entre os crimes. Os dois casos foram registradas e estão sendo investigados na 143ª Delegacia de Polícia de Itaperuna. Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) da cidade.

MPF reitera pedido de retirada de invasores de terras indígenas

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O Ministério Público Federal (MPF) reiterou hoje (26) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido para desintrusão de sete terras indígenas, entre elas, a Terra Indígena Yanomami, em Roraima. 

O pedido de reiteração foi protocolado na ação na qual o ministro Luís Roberto Barroso determinou em 2021 a retirada de invasores dos territórios, como garimpeiros e madeireiros que atuam ilegalmente nas regiões. 

No documento, a subprocuradora Eliana Peres Torelly afirma que a divulgação de imagens da desnutrição dos yanomami somam-se à situação de descumprimento de decisões do STF que determinaram a retirada de invasores dos territórios Karipuna, Uru-Eu-Wau-Wau, Kayapó, Araribóia, Mundurucu, Trincheira Bacajá e Yanomami. 

De acordo com a subprocuradora, laudos mostram que a retirada dos invasores não foi cumprida. 

“Os documentos reforçam o não cumprimento integral das desintrusão nas terras indígenas”, diz Torelly. 

Mais cedo, o Supremo informou que foram detectados indícios de descumprimento de determinações da Corte e do envio de informações falsas envolvendo a situação da população indígena yanomami no mesmo processo. 

A crise que afeta as comunidades da Terra Indígena Yanomami levou o governo federal a decretar Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional  para combate à desassistência sanitária dos povos que vivem na região. A portaria foi publicada na noite da última sexta-feira (20) em edição extra do Diário Oficial da União. No sábado (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros de Estado visitaram Roraima para acompanhar a situação dos indígenas.

Jovem é detido com drogas e materiais do tráfico em Guarus

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Foto: Divulgação Polícia Militar

Um jovem foi detido com drogas, dinheiro e materiais do tráfico, na noite desta quinta-feira (26) na Rua Gladstone Melo, no Parque Prazeres, em Guarus.

Durante patrulhamento pelo local, os agentes abordaram um jovem de 17 anos. Durante a revista pessoal, os agentes apreenderam um celular, R$ 308, 46 pinos de cocaína, 8 pedras de crack e uma balança de precisão.

Diante dos fatos, todo o material foi apreendido e o jovem foi detido, sendo encaminhado para a 146ª Delegacia de Polícia de Guarus, onde foi autuado e permaneceu detido.

Adolescente morre após bater de moto contra caçamba de entulhos

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Foto: Andréia Freitas/g1

Um jovem, identificado como Rennan Matheus da Costa Machado, de 17 anos, morreu após bater de moto em uma caçamba de entulhos em Macaé.

Segundo a Polícia Militar, ele era natural de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, e havia pegado a moto de um amigo.

A vítima estava sem capacete quando se envolveu no acidente, ocorrido por volta das 4h desta quinta-feira (26), na Av. Evaldo Costa, uma das avenidas mais movimentadas de Macaé.

A moto, que estava sem placa, só foi identificada por meio do chassi. Segundo o boletim de ocorrência, o condutor estava em alta velocidade, quando perdeu o controle da direção e bateu contra a caçamba.

O corpo foi encaminhado pela Defesa Civil para o Instituto Médico Legal.

A Delegacia deve investigar se o motociclista realmente causou o acidente sozinho. As imagens do comércio local podem ajudar a esclarecer o acidente. A moto foi levada para a 123ª DP.

Fonte: g1

Brasil registra 86 mortes e 13,7 mil casos de Covid

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Brasil registrou 86 mortes e 13.782 casos de Covid-19 nesta quinta-feira (26). Com isso, desde o início da pandemia, o país somou 696.731 vidas perdidas e 36.794.650 casos da doença.

A média móvel de óbitos agora é de 83 por dia, alta de 14% em relação ao dado de duas semanas atrás. A média de casos é de 11.663, queda de 40% se comparada ao mesmo período.
Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Ao todo, 182.704.885 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil. Somadas as doses únicas da vacina da Janssen, são 173.061.759 pessoas com as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen.

Assim, o país já tem 85,05% da população com a primeira dose e 80,56% dos brasileiros com as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen.

Até o momento, 108.522.371 pessoas já tomaram a terceira dose, e 40.479.895, a quarta.

Em relação às crianças, foram aplicadas 15.897.122 primeiras doses (60,16%) na faixa etária de 3 a 11 anos e 11.123.266 segundas doses (42,10%).

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes.

10 anos de Boate Kiss: pais e amigos fazem vigília para lembrar data

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Familiares e amigos de vítimas do incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, fizeram uma vigília em frente à casa noturna na madrugada desta sexta-feira (17). A caminhada começou na Praça Saldanha Marinho e seguiu em silêncio até a boate, a uma quadra de distância. Foi apresentada uma coreografia de dança retratando os eventos da tragédia e uma colagem de mensagens e imagens na fachada da Kiss. Uma maneira de extravasar a saudade e o sofrimento impostos pela tragédia que deixou 242 jovens mortos e mais de 600 feridos. O caso completa dez anos nesta sexta-feira.

O presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, Gabriel Rovadoschi, agradeceu os participantes. “É muito importante ver tanta gente compartilhando desse momento, estando junto, caminhando junto, trilhando junto e registrando a história junto. E tendo a coragem de enfrentar o que a gente tem enfrentado de lembranças, de memórias. Sabemos que juntos a gente consegue muito mais”.

Para quem perdeu alguém naquele 27 de janeiro de 2013, essa história não pode ser esquecida nem silenciada.

Parte da programação para resgatar a memória após os 10 anos do incêndio ocorreu hoje na Praça Saldanha Marinho em Santa Maria é uma exposição que traz fotos de jovens que morreram na tragédia com a simulação de como estariam hoje. Umas das homenageadas é a Andrielle, filha de Ligiane Righi.

“Eu sinto que a gente tem que falar e eu prometi para a minha filha que eu não ia deixar cair no esquecimento o que aconteceu com ela e com as amigas, então todo esse movimento que está aqui é uma ajuda para não deixar cair no esquecimento. Tem que ser lembrado, tem que ser falado. As pessoas esquecem muito rápido, tem que ter memória. Os jovens têm o direito de sair e se divertir e voltar com segurança para casa, porque a preocupação com minha filha era na rua, o ir e vir. Para mim ela estava segura ali dentro [da Boate Kiss]. Foi provado o contrário. E nada mudou, infelizmente. Em dez anos não aprenderam com o que aconteceu. Mas a gente segue, a gente está lutando pela filha que ficou e para que nenhum pai e nenhuma mãe passe pelo que a gente passa até hoje”, disse Ligiane 

Após 10 anos, o caso continua sem que ninguém tenha sido responsabilizado. O júri que havia condenado 4 pessoas em 2021 foi anulado por questões processuais. Ainda não há data para novo julgamento.

“É uma vergonha do Judiciário. Pegar firulas, detalhes processuais que não prejudicaram em nada o julgamento”, disse Paulo Carvalho, 72 anos, pai do Rafael Carvalho, outra das vítimas no incêndio na boate.

A psicóloga Ariadna de Andrade disse que há pessoas que criticam as ações que mantém viva a discussão em torno do caso da Boate Kiss.

“Uma coisa muito importante de pensar é que esse pedido de esquecer também tem a ver com o sentimento de impunidade. A gente sempre conversa também que quando acontece um crime como este e isso passa impune, a sensação que fica é de que se a gente não honra os mortos como que cuidamos da vida. Poderia ter sido nós, os nossos parentes. Se a gente não honra os nossos mortos, é como se de que valeu a vida deles ou de que vale a nossa vida se não tem algo que dê segurança e garantia de que a nossa passagem por aqui está segura”, disse Ariadna.

Outras ações continuam nesta sexta para relembrar uma das piores tragédias da história do Brasil, com culto ecumênico e diversos eventos, entre debates e lançamentos de livro e de campanha. As homenagens e atividades vão até dia 28.

Idosa receberá pensão após passar 72 anos em condição análoga à escravidão

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Justiça do Trabalho determinou, em caráter liminar, o pagamento de uma pensão mensal no valor de um salário mínimo (R$ 1.302) para a idosa que passou 72 anos em situação análoga à escravidão no Rio de Janeiro. A mulher negra, de 86 anos, que teve a identidade preservada, foi resgatada após uma denúncia anônima, em março de 2022.

A reportagem não localizou os acusados e o MPT-RJ (Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro) também não informou o nome do advogado que representa a família. Mas, segundo o auditor fiscal do trabalho Alexandre Lyra, a família justificou que os serviços domésticos não eram trabalho, mas uma colaboração voluntária no âmbito familiar.

Esse é o caso mais longo de exploração registrado no Brasil, desde o início do registro histórico em 1995, segundo o órgão. Nos últimos 27 anos, foram feitos mais de 58 mil resgates.

Segundo o MPT, a idosa trabalhou para a mesma família, por três gerações, sem receber qualquer salário ou direitos trabalhistas -férias, 13º, FGTS, PIS.

A investigação apurou ainda que o empregador detinha os documentos pessoais da trabalhadora e sacava sua aposentadoria.

Além da pensão, a Justiça também determinou a apreensão judicial dos imóveis e veículos do empregador e a imediata devolução dos documentos e da quantia que ele confessou que era da trabalhadora.

O MPT-RJ informou que, por se tratar de decisão provisória, eventual recurso cabe somente quando houver a sentença definitiva. “Por enquanto a decisão é liminar, isto é, pode ser revertida a qualquer momento”, disse em nota.

Após o resgate, em 15 de março de 2022, a idosa ficou aos cuidados da Prefeitura do Rio. Mas, segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social, já deixou o abrigo para o qual foi levada.

Ela não se casou, não teve filhos e tinha perdido o contato com parentes. A reportagem apurou, no entanto, que a idosa conseguiu reencontrar os familiares após a repercussão do caso.

RELEMBRE O CASO

A idosa, que nasceu em Vassouras (RJ), em 12 de outubro de 1936, foi resgatada após denúncia realizada por um vizinho da casa onde ela trabalhava.

A ação foi realizada pela Auditoria Fiscal do Trabalho no Rio, com a participação do Ministério Público do Trabalho e do programa Ação Integrada, que garante atendimento psicossocial.

A fiscalização informou que os pais da idosa trabalhavam em uma fazenda no interior do estado, que pertencia a Geraldo e Yvone Mattos Maia. Ela se mudou para a residência do casal, aos 12 anos de idade, onde ficou até eles morrerem. Depois, foi para a casa da filha deles, e passou a cuidar também das crianças.

Na casa onde viveu a maior parte da vida, no bairro do Cachambi, na zona norte da capital fluminense, a mulher dormia em um sofá estreito pouco confortável.

Já no abrigo da prefeitura, ela relatou à reportagem um pouco da relação que mantinha com as pessoas que vivia.

“Eles eram muito bons comigo, eu comia pizza, participava das festas. Fui até madrinha de um casamento na Candelária. Eles viajam muito para fora, traziam presentes”, contou à época, referindo-se à “família”.

A Assistência Social do município informou que, além de consultas médicas regulares e de atendimento psicológico, a rotina no abrigo temporário incluía atividades ocupacionais em oficinas de desenho, caminhadas e horário de lazer.

Homem é assassinado em zona rural de SFI

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147ª DP/Foto: Reprodução
147ª DP/Foto: Reprodução

Na manhã desta sexta-feira (27) um homem identificado como Vinícius Francisco Tavares, de 29 anos, foi assassinado na Zona Rural de Bom Jardim, em São Francisco de Itabapoana. A vítima era natural de Morro do Coco, de Campos dos Goytacazes.

De acordo com a Polícia Militar, os criminosos estavam em um carro de cor preta e ao avistar a vítima, desceram do automóvel e efetuaram diversos disparos contra a vítima. Vinícius não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Campos e o caso foi registrado na 147ª Delegacia de Polícia de SFI. Ainda não há informações sobre a motivação e a autoria do crime.

Brasil é o país que mais mata transexuais e travestis pelo 14º ano seguido

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Eram 4h30 do dia 30 de julho do último ano quando Isabella Yanka, 20, foi assassinada a facadas em Ceilândia, no Distrito Federal. Isabella, que saira de uma festa minutos antes, estava embriagada e indefesa, segundo a investigação.

Levaram quatro dias até que a Polícia Civil prendesse um homem de 27 anos, que logo se declarou culpado. A identidade do assassino foi protegida pelos investigadores, mas a história da qual ele foi agente entrou para as estatísticas.

A morte da jovem é uma das dezenas computadas pela Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) em seu relatório anual.

O levantamento aponta ser o Brasil, pelo 14º ano consecutivo, o país com maior número total de homicídios de pessoas travestis e transexuais. Segundo ele, 131 indivíduos foram mortos no país em 2022.

A maioria das vítimas tinha entre 18 e 29 anos, próximo à expectativa de vida de uma pessoa trans no Brasil, 35 anos.

Apesar disso, a taxa é 6% menor comparada se comparada ao registrado em 2021, quando houve 140 homicídios.

Por estado, Pernambuco, com 13, foi o campeão de assassinatos. São Paulo, historicamente o estado que reúne o maior número de vítimas, ficou em segundo lugar, com 11, empatado com o Ceará.

Na toada de Pernambuco e Ceará, o Nordeste é a região brasileira em que mais se assassinam trans e travestis. No último ano, 40,5% dos casos foram computados na região.

Os dados foram divulgados na tarde desta quinta-feira (26), quando o dossiê foi entregue ao ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Durante esta semana, o ministro recebe várias personalidades trans. O Dia da Visibilidade Trans é comemorado no próximo domingo (29).

O dossiê também ressalta que a maioria dos crimes aconteceu durante a noite, com pessoas que se prostituem para sobreviver.
Para traçar o mapa da violência, a pesquisa da Antra levou em conta fontes primárias de informação, como entidades responsáveis pela segurança pública, Poder Judiciário e imprensa. Também foram usadas fontes secundárias, como redes sociais, relatos testemunhais e instituições de direitos humanos.

Logo após os brasileiros, mexicanos e norte-americanos são responsáveis pela maior quantidade de assassinatos de travestis e trans.

No México, 56 pessoas foram mortas em 2022; nos Estados Unidos, 51.

Segundo o projeto Trans Murder Monitoring (Monitoramento de Assassinatos de Trans, em português), do total de 4.639 homicídios catalogados entre janeiro de 2008 e setembro de 2022, 1.741 ocorreram no Brasil. Ou seja, sozinho, o país acumulou 37,5% das mortes mundiais.

Americanos e mexicanos têm 649 (14%) e 375 (8%) no mesmo período.

Por região, América Latina e Caribe concentram 68% dos assassinados catalogados desde 2008.

A análise do projeto mostra ainda que, em 2022, 95% dos assassinados em todo o mundo eram pessoas transfemininas. Além disso, pessoas pretas ou pardas representavam 65% das vítimas.

Bruna Benevides, secretária de articulação política da Antra e responsável pela formulação do dossiê, diz que os dados chamam atenção por continuarem extremamente altos. “Houve uma pequena variação, claro, mas nós não acreditamos que isso seja positivo. Não há um programa de governo para atacar esse problema, precisamos de ações conjuntas e estruturadas para ver uma diminuição contínua no número de mortos.”

Benevides afirma que durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ações para a população trans foram escanteadas.
No início deste mês, governo Lula (PT) criou uma secretaria especial LGBTQIA+. A titular da pasta é uma travesti, Symmy Larrat, ex-presidente da ABLGT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transexuais).

Junto ao Ministério da Justiça, a secretaria LGBT+ articula projetos para proteção da população trans, inclusive com participação da Antra e as deputadas Erika Hilton (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG), as primeiras parlamentares transgênero da história do Congresso Nacional.

“A realidade de pessoas trans no Brasil é preocupante e não há como não se estarrecer com esses dados que hoje são mensurados apenas pelos movimentos sociais. Nos últimos anos, houve conquistas importantes, via Judiciário, que garantem maior segurança e direitos a esta população, mas o governo anterior não promoveu as ferramentas necessárias para sua execução”, declarou Larrat à reportagem.

“Nosso maior desafio emergencial é promover as pontes na política pública para que as normativas legais, que assegurem o acolhimento e justiça em caso de transfobia, sejam criadas e implementadas, ampliando a produção de dados e, sobretudo, a proteção das pessoas”, completou.

O modelo de inclusão da população utilizado pela cidade de São Paulo é um que agrada a membros da articulação trans em Brasília. A cidade possui um programa, ligado à secretaria de assistência social, chamado transcidadania, que promove a reintegração social para travestis, mulheres e homens trans em situação de vulnerabilidade.

O programa oferece auxílio financeiro e suporte para que essas pessoas voltem à escola.

A psicóloga Fe Maidel, mulher trans e assessora de coordenação de políticas para a população LGBTI+ de São Paulo, diz a população trans merece um tratamento mais humanizado.

“Somos uma minoria em vulnerabilidade com necessidades extremas e diversas. Há uma tendência de jogar nossas mortes para baixo do tapete. De muitas formas, tentam nos invisibilizar. Não há nem dados nacionais confiáveis sobre essa população”, diz ela.

Maidel também culpa o governo anterior por elevar o tom contra minorias, assim inflando o ódio.

“As pessoas têm medo do desconhecido. O discurso do governo passado era de que éramos pecadores. É claro que não é isso. Somos pessoas como quaisquer outras. Se tivermos acesso à escola, condições mínimas de vida e dignidade, teremos um futuro melhor”, afirma a assessora.

Menino de 10 anos morre após ser atropelado por caminhão em Campos

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Foto: Divulgação Câmera de Segurança

Na tarde desta quinta-feira (26) um menino de 10 anos morreu após ter sido atropelado por um caminhão próximo à Igreja Santa Terezinha, no bairro da Pecuária, em Campos.

A câmera de segurança de um estabelecimento comercial registrou o atropelamento. A vítima estava na garupa de uma bicicleta sendo conduzido pela irmã, quando o motorista do caminhão atinge a bicicleta e segue sem prestar socorro.

As vítimas foram socorridas para o Hospital Ferreira Machado (HFM), mas o menino não resistiu e veio a óbito. A irmã teve apenas escoriações pelo corpo.

PM e GCM apreendem 32 motos durante nova operação em Campos

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Foto: Divulgação Polícia Militar

Nesta quinta-feira (26) uma operação conjunta da Polícia Militar com a Guarda Municipal resultou na apreensão de 32 motocicletas e aplicação de 51 multas, em Campos. 10 policiais militares e 10 guardas participaram da ação.

A operação tem como objetivo fiscalizar, autuar e apreender motos irregularidades, que na sua maioria, de acordo a PM, são utilizadas para a prática de crimes. A ação aconteceu em vários pontos da cidade, como as ruas Dr. Beda com Avenida Nossa Senhora do Carmo, rua Artur Nogueira com praça do Parque Nova Brasília e Estrada do Santa Rosa.

Dentro das infrações, estão a falta de capacete, falta de CNH e placa de identificação.

Foto: Divulgação Polícia Militar

Funcionário esquece de desligar sistema e gera caos na Bolsa de Nova York

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Um erro cometido por um funcionário que esqueceu de desligar um sistema afetou as ações de mais de 250 empresas e levou ao cancelamento de milhares de negociações na Bolsa de Nova York (NYSE, na sigla em inglês), na última terça-feira, 24. O problema, curiosamente, ocorreu no sistema de recuperação de desastres.

O centro de backup de dados da Bolsa de Nova York fica em Chicago, a mais de 1.100 km da sede física, e realiza uma rotina que inclui ligar e desligar os sistemas assim que os mercados fecham, para garantir que tudo funcione.

Na segunda-feira, 23, porém, um funcionário esqueceu de desligar adequadamente o sistema de recuperação de desastres, o que levou os computadores da Bolsa a tratar erroneamente a abertura das 9h30 de terça-feira como uma continuação das negociações do dia anterior.

Com isso, os computadores pularam os leilões de abertura do dia que estabelecem os preços iniciais. Sem a etapa, as ofertaram chegaram com os preços mais variados.

Os mecanismos projetados para evitar oscilações violentas do mercado acabaram acionados e dispararam alarmes nas telas das mesas de operações. Os papéis de empresas como AT&T, Verizon e Morgan Stanley foram afetados. Em alguns casos, houve oscilações de 25 pontos percentuais em questão de minutos.

As negociações de várias ações tiveram de ser temporariamente paralisadas logo após a abertura do pregão e posteriormente foram anuladas.

Em comunicado, a NYSE informou que não realizou o leilão de abertura para algumas ações por um “problema de sistema”. Um conjunto de negociações ocorreu antes do estabelecimento dos limites de preços. Pelas regras vigentes, esses negócios estão sujeitos à revisão da operadora da Bolsa, que pode classificá-los como “claramente errôneos”.

Nesse cenário, a NYSE decidiu anular operações ocorridas após a abertura às 11h30 (de Brasília), mas antes da determinação dos limites superiores e inferiores. Também avalia classificar os negócios como anômalos. “Esta ação eliminará essas execuções do cálculo do preço máximo ou mínimo do dia”, ressalta a nota.

O custo do caos gerado ainda está sendo calculado. Profissionais do mercado e operadores amadores estão abalados, e esperam que a Bolsa explique melhor o que chamou publicamente de “erro manual” envolvendo sua “configuração de recuperação de desastre”.

Procurada, a Securities and Exchange Comission (SEC, a Comissão de Valores Mobiliários americana) afirmou ao Estadão/Broadcast que a equipe técnica do regulador está revisando as atividades e está em contato direto com a Bolsa. O funcionário que teria cometido o erro ainda não foi identificado.

Gêmeas siamesas são separadas após operação que durou 11 horas nos EUA

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Duas gêmeas siamesas foram separadas numa operação que decorreu num hospital da cidade de Fort Worth, no estado norte-americano do Texas.

De acordo com um comunicado emitido pelo Centro Médico de Crianças Cook, a operação foi bem sucedida e teve a duração de 11 horas. Na intervenção cirúrgica estiveram envolvidos 25 médicos.

“A cirurgia de separação [deu] a AmieLynn e JamieLynn mais oportunidades de melhorar sua saúde e desenvolvimento, e de crescer como as meninas únicas e individuais que são desde o nascimento, independentemente de sua conexão física como gêmeas siamesas”, explicou um dos médicos na nota, citada pelas publicações internacionais.

A cirurgia das gêmeas, que têm quase quatro meses, foi a primeira feita pela unidade hospitalar.
 
As irmãs, que continuam internadas, “estavam unidades desde a parte inferior do esterno até o umbigo”. “Este era o momento certo na fase de desenvolvimento Npara AmieLynn e JamieLyn fazerem a cirurgia”, destacou uma outra especialista.

? Emotional day at Cook Children’s as the North Texas hospital celebrates its first-ever separation surgery for conjoined twins AmieLynn & JamieLynn Finley of Fort Worth.

After 11-hour surgery both girls are recovering well. @cbsaustin pic.twitter.com/gJxmaGKfKv

— John-Carlos Estrada (@Mr_JCE) January 26, 2023

As crianças estão bem passados apenas alguns dias da operação. Já a mãe, Amanda Arciniega  contou que foi um choque. “Nunca teria pensado num milhão de anos que poderia ter gêmeos”, disse, acrescentando: “E, para além disso, nem gêmeas siamesas”.

“We really love your girls.”

Emotional day at @CookChildrens as hospital celebrates its first-ever separation surgery for conjoined twins AmieLynn & JamieLynn Finley of Fort Worth.

After 11-hour surgery both girls are recovering well. @NBCDFWhttps://t.co/bzEdfGFuhC pic.twitter.com/pgG37LmoAP

— Katy Blakey (@KatyBlakeyNBC5) January 25, 2023

 

Polícia do Haiti e manifestantes invadem aeroporto e ataca casa do premiê

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em meio ao grave recrudescimento da violência causada por gangues no Haiti, policiais se juntaram a manifestantes em grandes atos nesta quinta-feira (26). Em protesto contra o assassinato de ao menos seis agentes em uma delegacia de Liancourt atacada por criminosos, os grupos levaram a um dia de caos na capital do país.

Vias importantes de Porto Príncipe foram bloqueadas com barricadas, o aeroporto Toussaint Louverture, o principal do país, teve a pista invadida, interrompendo o tráfego de aviões. Manifestantes à paisana, que se identificaram como policiais, chegaram ao terminal depois de terem atacado a residência oficial do primeiro-ministro, segundo uma testemunha relatou à agência de notícias Reuters.

Ariel Henry não estava no local, mas voltou nesta quinta ao Haiti, após uma viagem à Argentina, na qual participou da cúpula da Celac. O político ficou temporariamente sem conseguir sair do aeroporto, mas ao fim pôde retornar para casa -não sem ser seguido por manifestantes. Uma pessoa presente no momento disse à Reuters ter ouvido uma série de disparos perto da residência oficial.

A Polícia Nacional do Haiti e o gabinete do primeiro-ministro não responderam a pedidos de comentários.

Um vídeo filmado pela imprensa local mostrou um grupo de homens, alguns deles vestindo camisas com a inscrição “polícia”, discutindo acaloradamente com agentes uniformizados no aeroporto. Na sequência das imagens, eles parecem passar sem qualquer resistência.

Estradas ao redor de Porto Príncipe e em várias cidades do país, especialmente na região norte, também sofreram bloqueios.

O grupo haitiano de direitos humanos RNDDH disse em comunicado que 78 policiais foram mortos desde que Henry chegou ao poder, em julho de 2021 -o premiê assumiu após o assassinato do então presidente, Jovenel Moïse. Para a ONG, o político e o chefe da Polícia Nacional, Frantz Elbe, são “responsáveis por cada uma das vidas perdidas”, na média de cinco por mês.

“A história vai lembrar que eles não fizeram nada para proteger e preservar a vida desses agentes que escolheram servir ao seu país”, diz o texto, que pede à polícia que se lembre de seu dever de proteger o povo haitiano, “apesar de suas frustrações”.

Desde o começo do ano, 14 agentes foram mortos por membros de gangues, segundo o sindicato das forças de segurança. Só na semana passada houve dois casos de repercussão. Em um, o grupo Vitelhomme assassinou quatro policiais. Outro foi o da delegacia de Liancourt, onde criminosos do grupo Savien mataram dois agentes e renderam outros quatro, depois levados para um campo e executados, de acordo com o relato do delegado Jean-Bruce Myrtil.

O Haiti, país mais pobre das Américas, vive uma espiral de crises ininterruptas, que se acumulam em camadas sociais, políticas, econômicas e humanitárias. A ação de gangues, que na prática detêm o controle de boa parte do território, está ligada a boa parte dessas questões.

Em 2022, a ONU registrou 1.359 sequestros no país -ações usadas por esses criminosos como forma de financiamento- e mais de 2.000 assassinatos. A entidade avalia o envio de uma força colegiada estrangeira para enfrentar as gangues, mas até aqui nenhum país se ofereceu para liderar a missão, e mesmo no Haiti houve manifestações de oposição à ideia -em parte devido à experiência, mal sucedida em muitos pontos, da chamada Minustah.

STF investiga envio de informações falsas sobre situação dos yanomami

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O Supremo Tribunal Federal (STF) informou hoje (26) que foram detectados indícios de descumprimento de determinações da Corte e do envio de informações falsas envolvendo a situação da população indígena yanomami. Segundo o tribunal, após a identificação dos responsáveis, haverá processo para punição.

A situação dos yanomami é acompanhada pela Corte desde 2020. Durante o governo de Jair Bolsonaro, foram abertos dois processos que tratam da proteção dos indígenas contra a covid-19 e a determinação de um plano de expulsão de garimpeiros e madeireiros de sete terras indígenas, entre elas, a Terra Indígena Yanomami, em Roraima.

As determinações do STF envolveram o envio de alimentos, medicamentos, combustíveis e o uso de força policial para proteger as comunidades.

De acordo com a Corte, as medidas adotadas pelo governo anterior não seguiram o planejamento aprovado pelo STF e “ocorreram com deficiências”. Conforme os dados dos processos, o governo teria realizado “ciclos de operações de repressão ao garimpo ilegal na terra yanomami”. 

A crise que afeta as comunidades da Terra Indígena Yanomami levou o governo federal a decretar Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional  para combate à desassistência sanitária dos povos que vivem na região. A portaria foi publicada na noite da última sexta-feira (20) em edição extra do Diário Oficial da União. No sábado (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros de Estado visitaram Roraima para acompanhar a situação dos indígenas.

Motivado pelas denúncias de que a atividade ilegal de garimpeiros está contaminando os rios que abastecem as comunidades locais, o governo federal enviou para a Terra Indígena Yanomami, no início da semana passada, técnicos do Ministério da Saúde que se depararam com crianças e idosos desnutridos, muitos pesando bem abaixo do mínimo recomendável, além de pessoas com malária, infecção respiratória aguda e outras doenças sem receber qualquer tipo de assistência médica.

Coronavírus: Brasil apresenta nível ‘significativamente baixo’ de casos de covid

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Grande parte dos Estados brasileiros mostraram uma diminuição de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). De acordo com o boletim da instituição, o Brasil apresenta um nível “significativamente baixo” de covid-19, se comparado com histórico anterior do vírus no território e relata uma interrupção no aumento de casos de Sars-CoV-2.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou a atualização epidemiológica semanal sobre a covid. Globalmente, foram relatados quase 1,9 milhão de novos casos e mais de 12 mil mortes na semana de 16 a 22 de janeiro de 2023. No total, são mais de 664 milhões de casos confirmados e mais de 6,7 milhões de mortes no mundo.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos ainda estão analisando um possível vínculo entre o aumento de Ataque Vascular Cardíaco (AVC) em adultos mais velhos e a vacina bivalente da covid da Pfizer/BioNTech. As autoridades de saúde dos EUA disseram que o sinal é mais fraco do que aquele divulgado pelas autoridades no início de janeiro e não representa um verdadeiro risco clínico.

E no Reino Unido, foi revelado que o Departamento de Saúde desperdiçou um total de 15 bilhões de libras em equipamentos de proteção não utilizados, testes e vacinas da covid. O departamento gastou 6 bilhões de libras em 2022 em suprimentos, incluindo uniformes e máscaras para funcionários do Serviço Nacional de Saúde (NHS), que não foram utilizados e, agora, estão sendo queimados.

Fachin dá mais 30 dias para União entregar plano para indígenas isolados

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O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, deu mais 30 dias para que o governo federal apresente um plano de ação para a regularização e a proteção das terras indígenas com povos isolados e de recente contato – entre elas a TI Tanaru, onde, em novembro, morreu o ‘Índio do Buraco’.

A decisão atende pedido da Fundação Nacional do Índio e foi proferida no bojo da ação em que Fachin deu 60 dias para que o governo federal apresentasse um Plano de Ação para regularização e proteção das terras indígenas com presença de povos indígenas isolados e de recente contato.

O despacho de Fachin, assinado no dia 21 de novembro, chegou a ser submetido a referendo do Plenário, mas a discussão foi suspensa após pedido de destaque do ministro Kassio Nunes Marques. O caso deve ser agora analisado no Plenário físico do Supremo, mas ainda não há data para que isso ocorra.

Ao Supremo, a Advocacia-Geral da União pediu mais prazo para apresentar o plano de ação, conforme a ordem de Fachin, sob alegação de que o prazo inicialmente concedido pelo ministro o prazo concedido ‘atravessa não apenas o exercício fiscal, mas também um período de transição governamental’.

Fachin viu ‘razoabilidade’ nos argumentos apresentados pela AGU, sobre a necessidade de dilação do prazo para apresentação do Plano de Ação para regularização e proteção das terras indígenas com presença de povos indígenas isolados e de recente contato.

O prazo estendido vai valer não só para a elaboração do plano de ação, ponto central da decisão de Fachin, mas também para outras duas determinações feitas pelo ministro ainda em novembro.

A primeira trata da demonstração, pela União, da existência dos recursos necessários à execução do plano de ação, promovendo aporte financeiro de novos recursos à Funai, se necessário, para que ela execute as ações previstas, ‘incluindo rubricas específicas para a reestruturação física, abertura de novas unidades de proteção e contratação de pessoal para atuar nas Frentes de Proteção Etnoambientais (FPEs) e Bases de Proteção Etnoambientais (BAPEs)’.

Outra determinação abarcada pela dilação de prazo é para que o governo federal emita Portarias de Restrição de Uso para as referências de povos indígenas isolados que se encontram fora ou parcialmente fora de terras indígenas, bem como planos de proteção das referidas áreas, ‘sob pena de, em não se cumprindo o prazo, que o STF determine a Restrição de Uso por decisão judicial dessas áreas’.

Saúde repassará R$ 600 mi a Estados e municípios para reduzir filas de cirurgias

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O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira, 26, um primeiro aporte emergencial de R$ 600 milhões para Estados e municípios ampliarem a oferta de procedimentos médicos e reduzirem as filas do Sistema Único de Saúde (SUS), prioridade definida pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva para seus primeiros cem dias de mandato. A informação foi adiantada pelo Estadão.

Segundo portaria apresentada e aprovada na manhã desta quinta em reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), com representantes do ministério e secretários municipais e estaduais da Saúde, esse primeiro aporte será focado na ampliação do número de cirurgias eletivas realizadas nos próximos 90 dias.

“Vamos começar pela cirurgias porque a fila cresceu muito na pandemia. É um esforço significativo do governo federal. O maior valor já investido em um ano para esse tipo de demanda havia sido de R$ 300 milhões. Vamos oferecer o dobro”, afirmou o secretário de Atenção Especializada do ministério, Helvécio Magalhães.

O secretário disse que a pasta não tem um levantamento preciso do número de pessoas na fila de espera por algum procedimento na rede pública porque as listas são descentralizadas e fragmentadas nos Estados, municípios e hospitais. Ele disse, porém, que a estimativa é de que 1 a 2 milhões de pessoas estejam na lista de espera por cirurgia eletiva (não urgente) no SUS. “A fila é muita diversa, nunca teve uma unificação nacional e houve piora desses dois anos mais graves da pandemia”, afirmou.

Magalhães disse ainda que, com o programa para redução de filas, o objetivo do governo federal é levantar os números locais e dar mais transparência aos dados. “Vamos desenvolver novos dispositivos para que o cidadão possa interagir com a fila”, disse.

O secretário afirmou que o ministério não definirá uma lista de tipos de cirurgia prioritárias porque a demanda é diferente de acordo com a localidade. “Sabemos que cirurgias ortopédicas, para câncer, abdominais e oftalmológicas devem aparecer como prioridade em todos os Estados. Mas isso ficará a cargo de cada Estado.”

De acordo com Magalhães, os Estados terão de entregar um plano estadual em até 30 dias após a publicação da portaria para ter direito ao recebimento dos recursos extras.

Nesse plano, as secretarias estaduais da Saúde terão de apresentar, entre outras informações, o tamanho estimado da sua fila por tipo de procedimento, a relação dos serviços de saúde que realizarão os procedimentos com o aporte extra federal, a meta de redução de filas para 2023 e um cronograma de execução dos recursos. O secretário disse que os Estados ficarão livres para usar o recurso em suas próprias redes ou fazendo convênio com unidades privadas e filantrópicas para a oferta dos procedimentos.

Para agilizar a oferta de cirurgias, o ministério excepcionalmente repassará um terço do montante previsto (R$ 200 milhões) já quando receber os planos estaduais, ou seja, antes mesmo da realização dos procedimentos. “É uma novidade histórica do SUS, que é transferir uma parte dos recursos de forma adiantada e monitorar o tamanho das filas apresentadas em cada Estado para podermos avaliar essa redução”, disse Magalhães.

De acordo com o secretário, após a primeira fase do plano, focado nas cirurgias, será anunciado novo aporte para a redução de filas de exames diagnósticos. Isso deve acontecer a partir de junho. Em uma terceira fase do programa, ainda sem data divulgada, o foco serão as consultas especializadas.