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Medo, rede social e até religião causam hesitação em vacinar

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Medo de efeitos colaterais e de agulha, crença em informações duvidosas de redes sociais e até conselhos de líderes religiosos são algumas das principais razões que fazem os brasileiros resistirem à vacinação, mostra estudo realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com o apoio do Conselho Nacional de Secretários Municipais da Saúde (Conasems).

A pesquisa, divulgada na terça-feira, 24, para gestores municipais e obtida com exclusividade pelo Estadão, entrevistou 2.235 pessoas entre setembro e outubro de 2021 em todas as regiões do País. O objetivo era entender o nível de confiança nas vacinas e quais são os fatores que vêm causando a crescente hesitação vacinal no País. Nos três últimos anos, o País não atingiu as metas de imunização das principais vacinas do calendário infantil.

De acordo com o estudo, 72,8% dos entrevistados afirmaram se preocupar com os possíveis efeitos colaterais das vacinas. Esse foi o principal fator de hesitação vacinal encontrado pelos pesquisadores. Cerca de 37,6% dos participantes disseram que também consideram a forma de aplicação do imunizante (via oral, injeção etc.) para decidir se tomam ou não um imunizante – de forma geral, o medo de agulhas faz com que algumas pessoas resistam aos imunizantes aplicados por meio de injeções. Um em cada quatro entrevistados (24%) disse levar em consideração informações de redes sociais na decisão de se vacinar e um em cada quatro entrevistados (18,2%) afirmou que é influenciado também pela orientação de líderes religiosos. Por outro lado, a pesquisa mostra que mais de 98% dos entrevistados reconhecem a importância das vacinas para a própria saúde e 92% consideram todas as vacinas recomendadas pelo SUS benéficas.

Segundo pesquisadores e gestores municipais, os dados mostram que não há um grande movimento de recusa vacinal no País, mas, sim, de hesitação. São poucos os que integram ativamente movimentos antivacina. Mas há um grupo em crescimento que, influenciado por informações enganosas ou por desconhecimento, têm dúvidas ou inseguranças sobre as vacinas, embora saiba de sua importância.

Para Hisham Hamida, diretor do Conasems e secretário municipal da Saúde de Pirenópolis (GO), o alto índice de pessoas com medo de efeitos colaterais deve-se principalmente à disseminação de informações falsas pelas redes sociais. “O índice de 72% surpreende porque é uma hesitação causada pela desinformação, pela desconstrução de uma confiança que tínhamos no programa de vacinação.”

Visão positiva

Segundo Daisy Maria Xavier de Abreu, pesquisadora do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da UFMG e integrante da equipe responsável pelo estudo, apesar da crescente hesitação vacinal e desinformação, a percepção geral sobre vacinas ainda é positiva no Brasil, condição que, segundo ela, precisa ser aproveitada para que movimentos antivacina não prosperem no País. “A pesquisa mostra que a gente não está num momento tão assustador porque os pontos de vista favoráveis às vacinas ainda estão muito presentes e o grau de confiança ainda é alto”, afirma.

Dados preliminares da pesquisa mostram que a hesitação relacionada ao medo de efeitos colaterais é maior entre pessoas de menor renda e menor nível de instrução. “É a população que tem menos acesso a meios de comunicação confiáveis, que se informa por informações que chegam pelo WhatsApp e tem menos condições de diferenciar se aquela informação é correta”, afirma Hamida.

Sobre a influência de líderes religiosos, Daisy afirma que a pesquisa não permite afirmar se essa influência é majoritariamente contrária ou favorável à vacinação, mas destaca a importância de capacitar e conscientizar essas lideranças sobre o tema. “Não sabemos de que forma se dá essa influência, mas sabemos que ela existe porque eles são formadores de opinião em suas comunidades. Então é preciso que haja diálogo e capacitação dessas pessoas também”, defende a pesquisadora.

A percepção de baixo risco de doenças controladas ou eliminadas também foi um dos fatores encontrados pelos pesquisadores para a hesitação vacinal. Quase 20% dos participantes disseram acreditar que não precisam de vacinas para doenças que não são mais comuns. Isso é particularmente preocupante no caso das vacinas infantis que protegem contra doenças como poliomielite e sarampo, controladas justamente graças às campanhas de vacinação, mas que têm alto risco de ressurgimento se as coberturas vacinais seguirem baixas. “As gerações mais jovens não viram as sequelas de uma poliomielite ou quadros graves de sarampo. Então elas focam mais no medo de possíveis efeitos colaterais das vacinas. As campanhas de educação têm de mostrar essas sequelas para mudar essa percepção de risco”, afirma Daisy.

Falta de vacinas e dificuldade de acesso a posto influenciam

A pesquisa mostra ainda que dificuldade no acesso ao serviço de vacinação e falta de doses também atrasam a aplicação das doses. Pouco mais de 22% dos entrevistados relataram ter deixado de se vacinar ou atrasado a vacinação devido a dificuldades de deslocamento para chegar até os locais de imunização. Gestores municipais culpam desabastecimento e embalagens multidose.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Homem acusado de tentativa de homicídio é preso em Itaperuna

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143ª DP

Policias civis da 143ª DP (Itaperuna) e militares prenderam, nesta quarta-feira (25/01), um homem acusado de tentativa de homicídio. O crime foi cometido no dia 9 de janeiro deste ano.

Após registro do caso, os agentes realizaram diligências, monitoramento e uma trabalho de inteligência e capturaram o autor no Loteamento João Bedim, em Itaperuna, Região Noroeste do estado.

Contra ele foi cumprido um mandado de prisão preventiva. Segundo os policiais, o acusado integra o tráfico de drogas na região.

Homem mais rico da Ásia perde bilhões após acusações de fraude em empresas

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(FOLHAPRESS) – O bilionário indiano Gautam Adani, considerado o quarto homem mais rico do mundo pela Forbes, viu suas empresas perderem quase US$ 11 bilhões em valor de mercado, depois que elas foram acusadas de fraude nesta quarta-feira (25). Com US$ 119 bilhões de patrimônio, ele é o homem mais rico da Ásia.

A acusação foi feita pela americana Hindenburg Research, que disse que as empresas do Adani Group fizeram uso inapropriado de paraísos fiscais e possuem endividamento excessivo, o que colocaria os negócios do grupo indiano em “situação financeira precária”.

Segundo a Hindenburg, a investigação foi feita ao longo de dois anos e ouviu dezenas de pessoas, incluindo ex-executivos do Adani Group. A Hindenburg Research atua com vendas a descoberto e é especializada em investigar fraudes corporativas que possam afetar investimentos.

O relatório diz que cinco empresas do grupo possuem alto risco de falta de liquidez no curto prazo e que sete delas possuem mais dívidas do que valor de patrimônio. Em uma delas, de energia, os débitos superam o patrimônio em mais de 2.000%. Também fez um alerta de que uma grande fatia das posses das empresas está sendo usada como garantias em empréstimos.

Em 31 de março de 2022, o Adani Group reportou ter dívida bruta de 2,2 trilhões de rúpias (R$ 14 bilhões), alta de 40% em relação ao ano anterior.

Jugeshinder Singh, diretor financeiro do Adani Group, disse que a companhia ficou chocada com o relatório, que chamou de “combinação maliciosa de desinformação seletiva e alegações sem base e desacreditadas”. Também disse que não foi procurada pela Hindeburg para mostrar dados que refutam as acusações.

O Adani Group também afirmou que a Hindeburg faz um ataque de forma calculada, pouco antes de um movimento importante. Na sexta (27), a Adani Enterprises, parte do conglomerado, lançará uma oferta secundária de ações, que tem como objetivo captar US$ 2,5 bilhões.

As revelações derrubaram o valor das ações do grupo. Juntas, as sete empresas listadas perderam US$ 10,73 bilhões em valor de mercado nesta quarta.

Adani, 61, é o homem mais rico da Índia e tem fortuna estimada em US$ 119 bilhões. Ele enriqueceu com negócios de energia elétrica e distribuição de gás, e vem expandindo sua atuação para as áreas de cimento e mídia. Ele é próximo do premiê Narendra Modi: os dois nasceram na mesma cidade.

Suas empresas tiveram forte crescimento nos últimos três anos, e atingiram cerca de US$ 179 bilhões. A fortuna de Adani só é superada por Bernard Arnault, do grupo de marcas de luxo LVMH, Elon Musk, dono da Tesla e Twitter, e Jeff Bezos, da Amazon.

Homem acusado de matar amigo é preso pela Polícia Civil em Guarus

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146ª DP/Foto: ClickCampos
146ª DP/Foto: ClickCampos

Policiais civis da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), com o apoio de agentes da 146ª DP (Guarus), prenderam, nesta quarta-feira (25/01), um homem acusado de atirar e matar um amigo. Contra ele foi cumprido mandado de prisão temporária, expedida pelo juízo de Plantão Judiciário. Ele foi localizado em Guarus, no município de Campos dos Goytacazes.

O crime foi praticado em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, no dia 14 de janeiro desta anos. De acordo com as investigações, o autor e a vítima, Douglas Muniz da Silva, que se conheciam há anos, tiveram uma discussão fútil. O acusado, então, se ausentou do local, retornou armado e atirou no amigo. O crime foi cometido na presença de muitas testemunhas, que conviviam com ambos. Douglas chegou a ser socorrido com vida para o Hospital Geral de Nova Iguaçu, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Após os procedimentos de praxe, o preso foi encaminhado à audiência de custódia.

Mpox ainda é problema de saúde pública, dizem especialistas da Fiocruz

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O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) da Fundação Oswaldo Cruz (/Fiocruz) e a revista científica The Lancet Regional Health Americas lançaram hoje (25) edição especial do encarte Mpox multinacional nas Américas: Lições do Brasil e do México, com artigos sobre a monkeypox ou “varíola dos macacos”, como é popularmente conhecida. A Mpox é uma doença viral e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas.

A editora-chefe da revista, Taissa Vila, destacou que embora esteja caminhando para resolução em alguns países, a Mpox ainda é um problema de saúde pública em vários lugares do mundo, como as Américas. Na avaliação da infectologista Beatriz Grinsztejn, chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em HIV/Aids (LapClin Aids) e presidente eleita da International Aids Society (IAS), é importante remeter ao fato de que a Mpox “é uma doença negligenciada em termos de pesquisa e de recursos e tratamentos efetivos”, que poderiam ser disponibilizados, evitando ocorrência elevada e mortes nos países pobres da África. Beatriz lembrou que somente quando chegou à Europa, em meados do ano passado, é que a doença chamou a atenção do mundo, e isso causa vergonha por se ver quantas pessoas lidam com essa doença na África, há décadas.

Segundo a infectologista, a característica de lesões genitais já estava descrita na epidemia na Nigéria, onde a diversidade de opção sexual das pessoas não é aceita. Beatriz Grinsztejn afirmou que a Mpox tem sintonia com as infecções sexualmente transmissíveis (IST), o que leva à possibilidade de agravamento da doença nessas pessoas. E defendeu o combate ao estigma e à discriminação sempre. A Mpox é mais observada entre homens gays e bissexuais.

Para a professora titular do Departamento de Psicologia Social da Universidade de São Paulo (USP), Vera Paiva, cinco áreas não podem ser ignoradas na pandemia da covid-19 e nas pandemias que virão, sem tampouco ignorar a Mpox. A primeira é que estejam associadas a pessoas de segmentos mais vulneráveis. É necessário diferenciar também as estruturas do sistema de saúde; combater mensagens enganosas e imprecisas, a exemplo das fake news (notícias falsas); reduzir a dependência a vacinas e tratamentos estrangeiros e solucionar crise de governança em que se desenrola a luta contra as epidemias. “Ficou claro que desde a Aids e a covid-19 que esses não são eventos apenas virais”, observou Vera.

Segundo a professora da USP, entre as lições que não se pode esquecer da covid-19 e outras epidemias é que o número de mortes e adoecimentos depende da política de enfrentamento, que as mortes e adoecimentos ocorrem mais em territórios periféricos empobrecidos, que têm raça, cor, gênero, que crescem mais onde os governos são negligentes em proteger os direitos humanos ou violam o direito à vida e à saúde integral. O crescimento das epidemias confirma marcadores de desigualdade e violação de diretos humanos, indicou.

Conforme reiterou Vera Paiva, será fundamental, diante de qualquer epidemia, que haja combate ao estigma em um primeiro momento, associado à infecção e às pessoas de segmentos mais vulneráveis; combate à infodemia (grande fluxo de informações que se espalham pela internet sobre um assunto específico) imprecisa e enganosa, não só em relação à Mpox, mas a outras epidemias; necessidade de financiamento para o Sistema Único de Saúde (SUS); retomada da ideia de quebra de patentes e produção de vacinas, acabando com a dependência de vacinas e tratamentos estrangeiros. A prevenção deve ser integral para todas as epidemias, pensando nos princípios de direitos humanos. “Esse é o grande desafio”, manifestou.

A infectologista do INI, Mayara Secco, informou que até o dia 24 de janeiro de 2023, foram confirmados no Brasil 10.711 casos de Mpox, com 11 óbitos. Os estados mais afetados foram São Paulo e Rio de Janeiro. Em 2022, o INI atendeu 416 casos confirmados no Rio de Janeiro e 402 casos descartados. Neste mês de janeiro, foram atendidos 32 casos, dos quais 22 foram confirmados, 5 descartados e 5 se encontram em investigação.

Para a especialista, a emergência de saúde ainda representa um desafio para o setor da saúde e os 22 casos confirmados em janeiro de 2023 significam uma taxa de positividade alta. A análise dos casos confirmados desde o aparecimento do primeiro paciente revela que os homens cis constituem a maior parcela dos afetados, com 87%, contra 5,5% de mulheres cis. A maior parcela dos afetados está na faixa etária de 30 a 39 anos. Dos confirmados, 97% tiveram relação sexual 30 dias antes do aparecimento dos primeiros sintomas de Mpox. Entre aos pacientes que confirmaram a Mpox no INI/Fiocruz, 51% conviviam com HIV e 30% só tinham uma região do corpo acometida.

A mudança de nomenclatura de monkeypox para Mpox foi anunciada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 28 de novembro de 2022, após denúncias de discriminação e racismo e de notícia de assassinato de macacos no Brasil. O prazo para que o mundo adote a nova nomenclatura é de um ano.

A chefe do Laboratório de Biologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Clarissa Damaso, esclareceu que o monkeypox não é uma doença de macacos, nem se trata de uma doença nova ou um vírus novo, tendo sido descrita em 1958. “O macaco é tão vítima como os humanos”.

Clarissa defendeu que a troca de nome para Mpox tem de ser gradual, “porque há uma história de pesquisas por trás”, de testes clínicos em andamento, inclusive, e de tratamentos e vacinas aprovados. Para a virologista da UFRJ, o que precisa ser debatido e combatido é o comportamento humano e não o nome da doença em si, porque acredita que não se conseguirá alterar a questão do preconceito da sociedade só mudando o nome da doença.

Ela citou, por outro lado, trocas de nomes com sucesso, entre as quais a Síndrome de Down, ou mongolismo, por Trissomia de 21, e a lepra por hanseníase.

Crianças yanomamis são intubadas em UTI de Boa Vista com desnutrição grave e longe dos pais

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(FOLHAPRESS) – Cansadas e sem força para respirar, crianças yanomamis com desnutrição grave chegam ao Hospital da Criança Santo Antônio, em Boa Vista, e precisam de um leito de UTI.

A falta de comida altera o organismo desses meninos e meninas desnutridos, muitos deles com poucos meses ou anos de vida. Eles estão magérrimos, têm um olhar triste e distante quando despertos, estão exaustos do quadro de diarreia e pneumonia associados à desnutrição.

Na UTI, as crianças precisam ser intubadas, uma estratégia necessária diante da impossibilidade de respiração. Infecções são tratadas, e um protocolo para realimentação é iniciado.

Na tarde desta quarta-feira (25), cinco leitos da UTI do Hospital da Criança são ocupados por yanomamis.

As crianças da maior terra indígena do Brasil, que vive uma crise sanitária e de saúde pública, estão presentes em praticamente todos os setores da unidade de saúde, sendo maioria em boa parte dessas alas.

A reportagem esteve na unidade e percorreu seus diferentes setores, o que permitiu constatar o tamanho da gravidade da crise de desassistência em saúde, com explosão de casos de desnutrição grave e de doenças evitáveis como verminoses e malária.

Os yanomamis estão em grande número na UTI, em enfermarias -onde redes são dispostas ou improvisadas para uma adaptação a seus costumes- e principalmente na ala de emergência dedicada a casos de infecção respiratória.

Os quadros de desnutrição grave são visíveis. As crianças estão muito magras, desidratadas e doentes.

Muitas delas não têm as mães como acompanhantes, pois as mulheres também estão desnutridas e internadas em outros hospitais da rede pública. Braços e mãos carregam esparadrapos por causa de perfurações para hidratação por soro ou injeção de nutrientes por via endovenosa.

O Hospital da Criança Santo Antônio integra a rede municipal de saúde e é referência no atendimento infantil. Não há em Boa Vista outra unidade de saúde da rede pública dedicada a crianças.

O hospital é fundamental para a crise de saúde envolvendo os yanomamis, e vem recebendo cada vez mais pacientes, em linha com a desassistência em saúde na terra indígena durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

Desde a declaração do estado de emergência em saúde pública pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no último dia 20, o Santo Antônio passou a acolher ainda mais pacientes, resgatados nas aldeias.

Em 2022, houve 703 internações de crianças yanomamis, o que significa quase duas por dia. Pela UTI, passaram 65 indígenas, ou cinco por mês. Vinte e nove crianças yanomamis morreram no Hospital da Criança em 2022.

A situação foi pior do que a verificada nos anos anteriores, segundo gestoras da unidade de saúde. Os dados de 2021 não foram sistematizados.

Somente neste mês, 96 crianças yanomamis foram internadas na unidade. Quase metade permanece no hospital.

O deslocamento da terra indígena a Boa Vista não é fácil, em razão das longas distâncias e da necessidade de transporte aéreo -houve apagões nesse transporte, a cargo da Sesai (Secretaria de Saúde Indígena) do Ministério da Saúde, ao longo de 2022.

Os diagnósticos preponderantes no hospital são de desnutrição grave, infecção respiratória, diarreia e malária. Quando as crianças chegam à unidade, estão desnutridas e desidratadas.

As equipes de saúde constatam que os yanomamis e os indígenas de outras etnias que vivem no território são os que estão em pior condição de saúde, em comparação com outros indígenas -como os de Raposa Serra do Sol-, com outros brasileiros e com venezuelanos que também buscam o Hospital da Criança.

As famílias estão precisando de coisas básicas nas comunidades: peixe, farinha, água potável. O acesso a esses mantimentos, antes corriqueiros na rotina yanomami, se perdeu em razão da invasão de 20 mil garimpeiros no território, estimulados pelo governo Bolsonaro. O mercúrio contamina a água e a atividade de exploração de ouro foi frenética ao longo dos quatro anos da gestão passada.

“Existe um descaso na área indígena”, afirma Regiane Matos, secretária de Saúde do município de Boa Vista.

Ela conta que, num único dia, 13 de janeiro, chegaram 23 crianças yanomamis de uma vez só. O descaso e o abandono são tão marcantes que já houve transporte de crianças com malária até a unidade de saúde por parte de garimpeiros ilegais.

“Esse quadro de desnutrição grave, infecção respiratória, diarreia, malária é muito arriscado, pois as crianças podem ir a óbito muito rapidamente”, diz Francinete Rodrigues, diretora-geral do Hospital da Criança.

Com a ajuda do tradutor Richard Duque, que tem contato com a terra yanomami desde 1993 e que trabalha no Hospital da Criança desempenhando esse papel, a reportagem conversou com pais e acompanhantes de crianças internadas na unidade.

Um indígena de nome Marcelo acompanhava as duas filhas -Marina, a mais velha, e a caçula, ainda sem nome- internadas por desnutrição grave. A mais nova ainda não conseguiu ganhar peso, e está magérrima.

A mãe também tem desnutrição grave, e foi encaminhada para internação em outro hospital da rede pública.
“É a época da fome”, disse Marcelo, conforme a tradução de Duque.

Segundo o indígena, um tratamento prolongado para tuberculose o impediu de trabalhar para dar assistência à família. As visitas de agentes de saúde em sua comunidade -Oroxofi, na região de Kataroa, perto da fronteira com a Venezuela- são esporádicas.

A filha de Livaldo, Kraciene, também está desnutrida, e vem recuperando peso, timidamente, no Hospital da Criança.

A família de Livaldo mora nas proximidades de Surucucu, uma das regiões mais afetadas pela desassistência em saúde, cuja consequência foi a proliferação de casos de desnutrição grave -muitos indígenas resgatados após a declaração de emergência são de lá.

Segundo a coordenação das ações de emergência, cinco pólos-base de saúde na região foram desativados em razão da presença dos garimpeiros.

Livaldo diz que sua comunidade expulsou garimpeiros da região, por terem “levado doença” para o lugar. Ele afirma que existe uma mobilização dos indígenas para deixarem o local, e pede ajuda do poder público para conseguir se distanciar mais do garimpo ilegal.

Segundo o indígena, dois filhos morreram de malária. Outros oito adultos da comunidade morreram com a doença. Ele atribui o surto ao avanço dos garimpeiros na área.

Drogas são apreendidas pela Polícia Militar em Poço Gordo

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Foto: Divulgação Polícia Militar

Na tarde desta quarta-feira (25) a Polícia Militar apreendeu drogas na estrada de Poço Gordo, em Poço Gordo, em Campos. Ninguém foi preso durante a ação.

Apos informações sobre o chefe do tráfico de Poço Gordo, que estaria distribuindo entorpecentes para venda e escondendo o material em um terreno baldio na rua 3, os policiais foram até o endereço citado e conseguiram localizar no interior do terreno baldio, 52 pinos de cocaína e 47 buchas de maconha.

Diante dos fatos, todo o material foi apreendido e encaminhado para a 134ª Delegacia de Polícia do Centro, onde o caso foi registrado.

Cartórios de Campos já emitem CNHs

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Foto: Divulgação

Chegou a 33 o número de cartórios de Registro Civil e de Notas do Estado do Rio que estão emitindo a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) sem necessidade de prévio agendamento (veja a lista abaixo). A emissão de CNHs em cartórios é fruto de convênios entre o Detran.RJ e as entidades que representam os cartórios. Além da emissão da CNH, esses cartórios também estão habilitados para a emissão da segunda via da carteira de identidade.

Os serviços de habilitação disponíveis para o público nos 33 cartórios são: emissão de primeira e segunda vias da carteira, renovação, alteração de dados e de categoria. Para ser atendido, o usuário deve levar ao cartório os seguintes documentos: carteira de identidade original, CPF e comprovante de residência.

O Duda (Documento Único de Arrecadação) deverá ser pago previamente no Bradesco. Pelo serviço de emissão de CNH, os cartórios cobram uma taxa de conveniência de até R$ 44,30. O convênio entre Detran.RJ e as entidades é respaldado pela Corregedoria do Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJ/RJ).

O objetivo é ampliar o atendimento aos usuários. “O Detran.RJ quer facilitar, cada vez mais, a vida dos cidadãos fluminenses, seja em serviços digitais ou presenciais. Para ampliar o acesso dos usuários aos serviços, com o respaldo da Corregedoria do Tribunal de Justiça do Estado, estamos possibilitando a emissão de CNHs em cartórios de Registro Civil e de Notas, o que amplia a nossa capacidade de oferta, com a vantagem de não ser necessário agendar previamente o serviço”, afirma o presidente do Detran.RJ, Adolfo Konder.

SERVIÇO

Cartórios que emitem CNH (e também RG):

Rio de Janeiro
– 1º Registro Civil de Pessoas Naturais – Ilha do Governador
Endereço: Praia da Olaria, nº 155 – Cocotá – Ilha do Governador – Tel: 21 3386-1504

– 1º Registro Civil das Pessoas Naturais da Capital do Rio de Janeiro – Centro –Endereço: Rua da Assembleia, nº 10 – Sala 1506 – Centro – Rio de Janeiro- Tel: (21) 3386-1504

– Ofício do 3º Registro Civil de Pessoas Naturais – Centro – Endereço: Avenida Graça Aranha, 416, Sala 601 a 607, Centro – Rio de Janeiro- Tel: (21) 2533-2033 (21) 2215-5109

– 4º Registro Civil de Pessoas Naturais – Catete – Endereço: Rua Correia Dutra, 75, 2º e 3º andares, Catete – Rio de Janeiro
Tel: (21) 2556-5113 (21) 2556-6917

– Cartório do 5º Registro Civil de Pessoas Naturais – Botafogo – Rua São João Batista, 28 – Botafogo – Rio de Janeiro – Tel: 21 2522-1740

– Ofício do 12º Registro Civil de Pessoas Naturais – Barra da Tijuca
Endereço: Avenida das Américas, 3939, bloco 1, loja T Bloco 1, Loja T, Barra da TijucaRio de Janeiro – Tel: (21) 3495-1361 (21) 3576-1269

– Ofício do 9º Registro Civil de Pessoas Naturais – São Cristóvão
Endereço: Rua São Cristóvão, 489, loja A, São Cristóvão – Rio de Janeiro Tel: (21) 3295-0140 (21) 3295-0972

– Ofício do 2º Registro Civil de Pessoas Naturais – Santa Cruz
Endereço: Rua do Prado nº 41 Sala 201, Santa Cruz – Rio de Janeiro
Tel: (21) 3563-2864

– 15º Ofício de Notas – Rua do Ouvidor, 89 – Centro – Rio de Janeiro –
Tel (21) 3233-2600 e Avenida das Américas, 500, Bloco 11, Lojas 104 e 106, Barra da Tijuca – Rio de Janeiro – Tel: (21) 3154-7161

Niterói
– Ofício do Registro Civil de Pessoas Naturais -1º Distrito 1ª Zona Judiciária – Niterói
Avenida Ernani do Amaral Peixoto, 286, Sala 604 a 606, Centro – Niterói – Tel: (21) 2717-1764/ (21) 2622-2860/(21) 2613-6335

– Ofício do Registro Civil de Pessoas Naturais – 1º Distrito 2ª Zona Judiciária – Niterói
Endereço: Rua Presidente Backer, 229-A, Salas 101 e 202 sala 201, Icaraí – Niterói – Tel: (21) 2610-8844

– Ofício do Registro Civil de Pessoas Naturais 1º Distrito – 3ª Zona Judiciária – Niterói
Endereço: Rua da Conceição, 188, 1708 sala 1707 A e B, Centro – Niterói – Tel: (21) 2629-7727 (21) 2629-7727

São Gonçalo
– Ofício do RCPN 04 Distrito 02 Circunscrição – Rua Comandante Ari Parreiras, 2.179 – Paraíso – São Gonçalo – Tel (21) 3706-2178

Nova Iguaçu
– Ofício do Registro Civil de Pessoas Naturais – 1º Distrito – 2ª Circunscrição – Nova Iguaçu – Endereço: Rua Dr. Frutuoso Rangel, 127, Centro – Nova Iguaçu
Tel: (21) 2765-3915/ (21) 98899-3916

Duque de Caxias
– Ofício do Registro Civil de Pessoas Naturais do 3º Distrito – Duque de Caxias
Endereço: Avenida Automóvel Clube, 48, Lojas 121/122 – Santa Cruz da Serra – Duque de Caxias – Tel: (21) 2775-3962 (21) 2675-7002

São João de Meriti
– Ofício do RCPN 01 Distrito – Avenida Comendador Teles, 2416, sobrelojas 14, 15, 21 e 22 – Vilar dos Teles – São João de Meriti – Tel (21) 3005-9556 – Ofício do RCPN 02 Distrito – Praça Roberto Silveira, 32 – São Mateus – São João de Meriti – Tel: (21) 3754-3724

Petrópolis
– Ofício do Registro Civil de Pessoas Naturais – 1º Distrito – 1ª Circunscrição – Petrópolis – Endereço: Avenida Koeller, 43 – Centro – Petrópolis – Tel: (24) 2245-6164 (24) 2245-8038

Teresópolis
– Ofício do RCPN 01 Distrito – Rua Prefeito Sebastião Teixeira, 20, Lojas 123 e 124 – Várzea – Teresópolis – (21) 2743-1890

Nova Friburgo
– Ofício do Registro de Pessoas Naturais – 6º Distrito – Nova Friburgo Endereço: Rua José de Queiroz, nº 85 – lojas 6, 7 e 8, Conselheiro Paulino – Nova Friburgo – Tel: (22) 2527-1955/(22) 2527-1955

Maricá
– Ofício do Registro Civil de Pessoas Naturais do 1º Distrito – Maricá – Rua Expedicionário Luiz Manoel Ferreira, 34 – Centro – Maricá  – Tel: (21) 2637-2813 – Ofício do Registro Civil de Pessoas Naturais do 3º Distrito

Maricá
Endereço: Rodovia Amaral Peixoto km 14,5, nº 5 – Inoã – Maricá – Tel: (21) 2636-3910 e (21) 2636-4287

Araruama
– Ofício do RCPN 01 Distrito – Avenida John Kennedy, 82, loja 24 – Centro – Araruama – Tel: (22) 2673-2117

Cabo Frio
– Ofício do RCPN 01 Distrito – Rua Florisbela Rosa da Penha, 105 – Braga – Cabo Frio – Tel (22) 2647-6089

Angra dos Reis
– Ofício do RCPN 01 Distrito – Rua da Conceição, 231 – 1º andar – Centro – Angra dos Reis – Tel (24) 3365-4979

Bom Jesus do Itabapoana
– 1º Ofício de Justiça – Avenida Governador Roberto Silveira, 20, loja 105 – Centro – Bom Jesus do Itabapoana – Tel (22) 3831-1177

Campos dos Goytacazes
– Ofício do RCPN 01 Distrito 01 Subdistrito – Rua Salvador Correa, 102 – Centro – Campos dos Goytacazes – Tel (22) 2726-9176

– Ofício do RCPN 01 Distrito 03 Subdistrito – Rua Francisco Lamego, 23 – Parque Vicente Dias – Campos dos Goytacazes – Tel (22) 2733-1632

Itaguaí
– Ofício do RCPN 01 Distrito – Rua Nilo Peçanha, 43 – Centro – Itaguaí – Tel (21) 2687-0830

Itaperuna
– Ofício do RCPN 01 Distrito – Rua São José, 87 – Centro – Itaperuna – Tel (22) 3822-8139

Magé
– Ofício do RCPN 06 Distrito – Rua Arthur Rodrigues Loivos, 330 Lojas 08, 10, 11, 13 e 18 – Piabetá – Magé – Tel (21) 3655-9483

Rio Bonito
– Ofício do RCPN 01 Distrito – Rua Desembargador Itabaiana de Oliveira, 76, Sala 07 – Centro – Rio Bonito – Tel (21) 2734-4012

Areal
– Ofício Único – Estrada União e Indústria, 305 – Vila de Casas da Cerj – Areal – Tel: (24) 2257-3277
Obs – Os dias e horários de funcionamento para emissão da CNH variam de acordo com cada cartório. O usuário deve ligar antes para se informar.

Fonte: Detran

Moto furtada é recuperada por agentes da Operação Segurança Presente em Campos

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Foto: Divulgação Operação Segurança Presente

Na tarde desta quarta-feira (25) uma moto que havia sido furtada, foi recuperada por Policiais da Operação Segurança Presente na Rua Cornélio Bastos, na Pelinca, em Campos.

Os agentes receberam informações que a motocicleta furtada estava abandonada no endereço citado. Rapidamente as equipes foram até o local e encontraram o veículo. Durante a ação, os militares também encontraram quatro relógios e um aparelho de televisão a cabo, possivelmente produtos de furto.

Todo o material foi apreendido e encaminhado para a 134ª Delegacia de Polícia do Centro, onde o caso foi registrado. O proprietário da moto compareceu a delegacia e recuperou o veículo.

Alpinista de 75 anos encontrado na montanha onde Julian Sands desapareceu

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O serviços de emergência do estado norte-americano da Califórnia encontraram um alpinista de 75 anos, nesta quarta-feira, na mesma montanha onde o ator Julian Sands, de 65 anos, está desaparecido, desde o dia 13 de janeiro.

Jin Chung, que estava desaparecido desde domingo, sofreu um ferimento na perna, mas foi capaz de caminhar com a ajuda dos operacionais mobilizados no Mount Baldy, segundo adianta um comunicado do Departamento do Xerife do Condado de San Bernardino.

Chung, de North Hollywood, estaria na trilha com duas outras pessoas. O homem não apareceu à hora combinada junto do veículo, motivando a procura pelo alpinista.

De acordo com as autoridades, prosseguem as buscas pelo ator Julian Sands, desaparecido há quase duas semanas no mesmo local, apesar da dificuldade criada pela neve, gelo e ventos fortes.

De notar que Sands tornou-se conhecido em séries como ’24’ e ‘Smallville’, ou filmes como ‘A Room With A View’.

 

Homem mata sacristão e fere 4 com facão ao invadir igrejas na Espanha

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(FOLHAPRESS) – Um homem armado com um facão invadiu três igrejas, matou um sacristão, feriu outro e machucou mais três pessoas no início da noite desta quarta (25) em Algeciras, no sul da Espanha.

O caso está sendo tratado pela polícia como um ataque terrorista, enquanto a imprensa espanhola fala de um atentando jihadista -proferido por militantes islâmicos. Algeciras é uma cidade portuária de 120 mil habitantes localizada no estreito de Gibraltar, que separa a Espanha do Marrocos.

O suspeito, que foi preso pela polícia, usa barba e teria ascendência da região do Magreb (que abrange países no noroeste da África). Segundo os relatos, ele vestia uma chilaba, túnica tradicional do Marrocos que cobre o corpo desde o pescoço até o tornozelo, e portava uma masbaha, espécie de rosário muçulmano.

A arma usada nos crimes foi um facão de estilo oriental, adornado por cordas, e que trazia uma espécie de caveira desenhada próximo à ponta.

O ataque aconteceu por volta das 19h (15h no horário de Brasília) e começou quando o agressor entrou na capela de San Isidro, no centro da cidade, portando e exibindo a machete.

As tentativas do padre Antonio Rodríguez de fazê-lo sair do templo levaram o agressor a se voltar contra ele, atingindo-o no pescoço. O padre, que está internado em estado estável, chegou a conversar com o agressor antes de ser levado de ambulância ao hospital Punta de Europa.

Em seguida, o homem andou quatro quarteirões e entrou gritando na igreja de Nossa Senhora de La Palma, onde um serviço estava sendo celebrando. Com o facão, ele derrubou cruzes e velas que encontrava pelo caminho e foi em direção ao altar.

O sacristão Diego Valencia tentou fazer com que ele fosse embora, mas, com a aproximação do homem armado, correu e acabou caindo no chão. O agressor, então, baixou violentamente a arma em sua cabeça. Valencia morreu no local.

A terceira igreja envolvida é a capela da Europa, que fica em frente à de La Palma. Não está claro se houve feridos ali, mas agentes falam em três outras pessoas que precisaram ser atendidas. A polícia federal espanhola afirmou que, até o momento, as motivações para o crime são desconhecidas. As autoridades isolaram a praça Alta, no centro da cidade.

Pouco após a ação, políticos e entidades se manifestaram em repúdio a ela. O primeiro-ministro, Pedro Sánchez, ofereceu condolências aos familiares do sacristão morto no que chamou de “terrível ataque”. O líder da oposição, Alberto Núñez Feijóo, do Partido Popular (PP), se disse consternado.
Definindo o caso como terrível e devastador, o presidente do governo regional da Andaluzia, Juan Manuel Moreno, pediu que se evite conclusões precipitadas sobre a motivação.

A Igreja Católica da Espanha, por meio do secretário-geral da Conferência Episcopal, Francisco César García Magán, também lamentou os fatos. “Pedimos ao Deus da vida e da paz a pronta recuperação dos feridos.”

Os últimos atentados jihadistas na Espanha remontam a agosto de 2017 e ocorreram em Barcelona e no balneário de Cambrils, ambos na Catalunha. Os ataques, reivindicados pelo grupo Estado Islâmico, deixaram 16 mortos e 140 feridos. Três sobreviventes da célula terrorista foram condenados a 8, 46 e 53 anos de prisão.

Trabalho escravo: 2.575 pessoas foram resgatadas em 2022

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No ano passado, 2.575 trabalhadores foram resgatados de condições análogas às de escravo, um terço a mais que em 2021. Do total de resgates em 2022, 35 eram crianças e adolescentes. Os dados são da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.

Ao todo, foram realizadas 462 fiscalizações que resultaram em mais de R$ 8 milhões em verbas salariais e rescisórias. Como algumas ações ainda estão em andamento, esse valor pode ser corrigido.

O Grupo Especial de Fiscalização Móvel realizou um terço das ações e encontrou práticas de trabalho análogo ao de escravo em 17 estados. Entre os 20 estados fiscalizados, apenas Alagoas, Amazonas e Amapá não registraram casos de escravidão contemporânea.

Minas Gerais foi o estado com mais ações, tendo mais de mil trabalhadores resgatados. A maior delas ocorreu no município Varjão de Minas, onde 273 trabalhadores foram encontrados em condições degradantes na atividade de corte de cana-de-açúcar.

Dados do seguro-desemprego mostram que nove em cada dez vítimas eram homens, quase um terço tinha entre 30 e 39 anos, e mais da metade eram nordestinos. Cerca de 80% do total de resgatados eram negros ou pardos.

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, 148 vítimas eram migrantes de outros países, sendo dois terços do Paraguai. Ao todo, o número de estrangeiros resgatados dobrou em relação a 2021.

Entre as principais atividades econômicas fiscalizadas usando mão de obra análoga à de escravo, estão: cultivo de cana-de-açúcar; produção de carvão vegetal; cultivo de alho, café, maçã e soja; extração de pedras e madeira; criação de bovinos; construção civil; em restaurantes e confecção de roupas.

As denúncias de trabalho análogo ao de escravo podem ser enviadas pela internet, ao site do Sistema Ipê.

Monique Medeiros é afastada por decreto da prefeitura do Rio

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A mãe do menino Henry Borel, Monique Medeiros, foi afastada de suas funções da Secretaria Municipal de Educação do Rio, onde é funcionária concursada, por suspeita de irregularidades no preenchimento do ponto.

Ela também é alvo de uma sindicância aberta pela prefeitura do Rio depois de uma reunião na noite de ontem (24), conforme consta de um decreto do prefeito Eduardo Paes publicado no Diário Oficial desta quarta-feira (25).

O texto cita um artigo do Estatuto dos Funcionários Públicos do Poder Executivo do Município do Rio de Janeiro que trata da suspensão preventiva por 30 dias, podendo se estender até 90 dias. Mas Monique continua a ter direito ao salário e contar tempo de serviço para aposentadoria. A medida tem o objetivo de evitar que ela influencie no resultado de um processo administrativo em andamento desde 2021.

Foram encontrados indícios de que a folha de ponto de Monique Medeiros foi preenchida irregularmente até o fim de janeiro, como se a servidora tivesse dado expediente todos os dias, mas bem antes de o mês acabar.

“Nós estamos no dia 25 de janeiro. E há indícios de preenchimento irregular do ponto para todo o mês de janeiro. Por isso, abrimos uma sindicância para que se possa ser averiguado com todo o rigor necessário”, explicou o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha.

Monique voltou a trabalhar na secretaria municipal em uma função administrativa, no almoxarifado, com remuneração bruta de R$ 3,1 mil, em dezembro de 2022. Pouco mais de um mês depois de retomar às atividades, ela apresentou atestado médico com solicitação de afastamento por 60 dias, que foi negado após perícia médica feita pela prefeitura nessa  terça-feira (24).

Ela estava afastada desde abril de 2021, quando foi presa acusada de matar Henry Borel, então com 4 anos. Ré no processo junto com seu ex-namorado e ex-vereador Jairo de Souza, conhecido Dr. Jairinho, aguarda o julgamento em liberdade desde agosto de 2022. Os dois serão julgados pelo 2º Tribunal do Júri.

Monique foi solta após decisão monocrática do relator do caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, após o pedido ter sido negado no Supremo Tribunal Federal, pelo ministro Gilmar Mendes.

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Covid-19 matou mais enfermeiros no Norte que no Sudeste, diz pesquisa

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Um estudo divulgado na terça-feira (24) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) traçou um perfil dos profissionais de saúde mortos no primeiro ano da pandemia de covid-19 e mostrou que mais enfermeiros foram vítimas da doença na Região Norte que na Região Sudeste. O trabalho foi publicado na revista científica Ciência & Saúde Coletiva.

A autora principal do artigo, Maria Helena Machado, diz que os dados regionais de mortalidade dos profissionais de saúde por covid-19 entre março de 2020 e março de 2021 são “uma fotografia real, crua e dura da desigualdade social que impera no país e no Sistema Único de Saúde [SUS]”.

A pesquisa mostra que, dos 582 mil enfermeiros que existem no país, apenas 7,6% estão na Região Norte, e 45,1%, na Região Sudeste. Mesmo assim, dos 200 enfermeiros mortos por covid-19 e contabilizados pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) no primeiro ano da pandemia, 29,5% eram do Norte e 26,5%, do Sudeste. Em números absolutos, foram 59 vítimas no Norte, e 53, no Sudeste. 

“É lá [Região Norte] que se vê com clareza onde o genocídio dos profissionais se deu forma mais aguda. É onde tem piores condições de trabalho e maior aglomeração da população desesperada por atendimento. O Amazonas foi um exemplo vivo do descaso com que a Amazônia Legal vem sendo tratada no país. Ela ficou muito descoberta e desprotegida”, disse a pesquisadora, em texto publicado pela Agência Fiocruz de Notícias. 

O Amazonas foi o estado brasileiro em que houve mais mortes de enfermeiros no primeiro ano da pandemia, com 12,5% do total. São Paulo teve 10,5%, e Rio de Janeiro, 9,5%.

Outro alerta trazido pela pesquisa é a possível subnotificação nos dados de profissionais de saúde vítimas da pandemia. O estudo cita números da Organização Mundial da Saúde (OMS) que estima pelo menos 115 mil profissionais da saúde vítimas da covid-19 até maio de 2021, em todo o mundo, mas considera que o total pode ser ainda maior.

Para o estudo da Fiocruz, foram usados os bancos de dados do Cofen e do Conselho Federal de Medicina (CFM), mas a pesquisa chama a atenção para o fato de não haver no país sistematização dos números de contaminados e de mortes entre os trabalhadores da saúde.

“É importante assinalar que a escassez e, por vezes, a ausência sistemática de dados sobre óbitos de profissionais de saúde em geral durante a pandemia é um fato grave. Isso implica um apagão de fatos que aconteceram e estão acontecendo com esses trabalhadores, gerando um cenário de incertezas na pandemia e no pós-pandemia”, diz um trecho do artigo.

A disparidade entre a proporção de profissionais e a proporção de mortes também aparece entre médicos e auxiliares de enfermagem. Com apenas 4,5% dos médicos do país, mas teve 16,1% dos óbitos entre esses profissionais. Entre os auxiliares de enfermagem, 8,7% estão no Norte, enquanto 23,2% das vítimas dessa categoria profissional se concentram nesses estados.

A pesquisa mostra ainda que 75% dos médicos mortos estavam acima dos 60 anos, enquanto 80% dos técnicos ou auxiliares de enfermagem mortos estavam abaixo dessa faixa etária.

“A enfermagem tem uma inserção mais institucional, assalariada e com tempo de trabalho predeterminado. Boa parte da enfermagem no Brasil tem assegurado o direito formal à aposentadoria. Na medicina, é exatamente o contrário, pois infelizmente os médicos estão cada vez mais de forma autônoma no mercado profissional. A outra questão é que as categorias da enfermagem têm inserção no mercado de trabalho em fases da vida bastante distintas. Os técnicos podem iniciar a jornada por volta dos 18 anos, por exemplo. Os enfermeiros, assim como os médicos, precisam primeiro se formar na universidade, mas o curso de medicina é mais longo, fazendo que com que esses profissionais entrem mais tarde no mercado, o que também contribui para o prolongamento de suas carreiras”, analisa a pesquisadora.

O perfil dos profissionais da enfermagem mortos por covid-19 foi principalmente de mulheres negras. Entre os enfermeiros vitimados, 59,5% eram mulheres, enquanto, entre os auxiliares de enfermagem, elas eram 69,1%. Já em relação à raça, 31% dos enfermeiros que morreram por Covid-19 eram brancos, e 51%, pretos e pardos. Já entre os auxiliares e técnicos, 29,6% eram brancos e 47,6% pretos e pardos. 

Entre os médicos, 87,6% das vítimas são homens, e 12,4%, mulheres. A pesquisa informou que dados sobre cor e/ou raça não estão disponíveis no caso dos médicos.

Dina diz que Peru sangra por culpa de Castillo e pede trégua em protestos

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A presidente do Peru, Dina Boluarte, culpou seu antecessor pela crise que chegou ao paroxismo no país e pediu uma trégua nacional nos protestos que pedem por sua renúncia e pela dissolução do Parlamento. Mais de 50 pessoas já morreram nos atos, convocados por apoiadores de Pedro Castillo, preso após ser destituído em uma tentativa de golpe no começo de dezembro.

“Convoco a minha querida pátria para uma trégua nacional para poder estabelecer mesas de diálogo, poder fixar a agenda de cada região e desenvolver nossos povos. Não me cansarei de chamar por diálogo, paz e unidade”, disse Dina, em entrevista para a imprensa estrangeira no Palácio de Governo, em Lima.

Ela também fez um chamado ao Legislativo, para que se acelere a tramitação do projeto, apresentado pelo Executivo, que antecipa as eleições gerais no país de 2026 para o ano que vem. Como fez em pronunciamento recente ao país, a presidente chamou parte dos manifestantes de radicais, afirmando que eles têm “uma agenda política bem desenhada”.

Segundo ela, os atos já custaram ao Peru mais de R$ 6,7 bilhões, sendo R$ 2,7 bilhões na forma de impactos na produção econômica -o turismo tem sido uma das atividades mais comprometidas- e R$ 4 bilhões em danos diretos à infraestrutura do país.

Dina ainda dirigiu parte da entrevista para fazer críticas diretas ao antecessor, citando estar no poder apenas pelo fato de ele ter tentado empreender um golpe de Estado. “Aqui não há vítima, senhor Castillo. Aqui há um país que está sangrando como resultado de sua irresponsabilidade.”

No dia 7 de dezembro, Dina foi um dos primeiros atores políticos de peso no Peru a dizer que o movimento de Castillo configurava uma tentativa de golpe. Antes vice-presidente, ela é chamada de “traidora” pelos manifestantes contrários ao seu governo.

A presidente afirmou que não tem interesse em ficar no poder, mas realçou que não vai renunciar ao cargo. “Minha renúncia resolveria a crise e a violência? Quem assumiria a Presidência?”, questionou. “Eu saio quando convocarmos eleições gerais. Não tenho intenção de ficar no poder.”

Dina também se manifestou sobre a detenção aproximadamente 200 pessoas em atos na Universidade San Marcos, na capital peruana. No sábado (21), a polícia entrou no campus derrubando o portão com um veículo blindado e usou bombas de gás lacrimogêneo e um helicóptero para desocupar a instituição, onde se abrigavam centenas de pessoas de regiões do sul do país que foram a Lima para se juntar aos protestos.

O caso elevou a pressão sobre o governo. “Talvez a forma [como a polícia agiu] não tenha sido adequada, e por isso peço desculpas”, disse Dina, acrescentando que nenhuma pessoa ficou ferida na operação. “[Os manifestantes] foram identificados, levados para a delegacia e liberados. A polícia interveio para proteger a vida dos alunos que estavam dentro da universidade porque não sabíamos quem tinha entrado”.

Ao menos 193 pessoas foram presas, das quais 192 foram indiciadas por crimes como danos contra o patrimônio e roubo qualificado. Quase todos os detidos foram libertados até a noite de domingo (22) para responder pelas acusações em liberdade; a exceção foi uma pessoa que teria um mandado de prisão prévio emitido contra si.

No último dia 10, a Procuradoria-Geral peruana anunciou a abertura de investigação preliminar tendo como alvo diversas autoridades, incluindo a presidente e o premiê, Alberto Otárola, suspeitos de terem cometido os crimes de genocídio, homicídio qualificado e lesões graves na repressão aos protestos.

Ao menos 56 pessoas já morreram nos protestos, entre elas um policial. Vídeos que se tornaram virais nas redes sociais mostram agentes de segurança disparando com armas de fogo contra manifestantes.

Apoiadores de Castillo têm atacado à infraestrutura do país como estratégia para desgastar o governo Dina. Na semana passada, as instalações de uma mina de cobre e de uma delegacia foram incendiadas. No último sábado, o Peru anunciou o fechamento por tempo indefinido da entrada para a cidade inca de Machu Picchu, joia turística do país, alegando motivos de segurança.

Segundo Dina, o governo peruano recebeu nos últimos dias uma delegação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que monitora a situação no país. “Todos nós queremos saber a verdade”, disse a presidente.

Temporal causa alagamentos em SJB

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Foto: Reprodução Secom

São João da Barra realizou 30 atendimentos após o temporal desta terça-feira, 24, que causou alagamentos de ruas e afetou três casas, duas em Roças Velhas e uma na Sede. As famílias foram removidas para casas de parentes e encaminhadas ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras), que vai cadastrá-las nos programas Aluguel Social e Cartão Cidadão. Em uma hora e meia choveu 80 milímetros no município.

O trabalho da Defesa Civil Municipal continua nesta quarta-feira, 25, com o esgotamento de ruas em Barcelos. Há também ações em ruas da Chatuba, Nova São João da Barra e Atafona. Estão sendo utilizados uma motobomba de sucção e dois caminhões sugadores. Entre as medidas adotadas estão esgotamento de ruas e casas, abertura de valas de escoamento, limpeza de ruas e remoção de moradores e móveis.

Além da Secretaria Municipal de Segurança Pública, participam das ações as secretarias municipais de Meio Ambiente e Serviços Públicos, Obras e Serviços e Assistência social e Direitos Humanos.

A previsão é que continue chovendo até esta quinta-feira, 26. Em casos de emergência os moradores devem entrar em contato com a Defesa Civil e o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) pelos telefones: (22) 2741-1190 e (22) 99915-3153 (ligação e whatsapp).

Fonte: Secom

Homem tenta dispensar rádio comunicador, mas é preso pela Polícia Militar em Campos

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Foto: Divulgação Polícia Militar

Na tarde desta quarta-feira (25) um homem foi preso com um rádio comunicador na Travessa Augusta Oliveira, na Linha do Limão, em Campos.

Durante patrulhamento pela região, os agentes avistaram um homem em atitude suspeita saindo do local, ao avistar a guarnição, o suspeito jogou por cima do muro de um terreno, um objeto que estava nas mãos.

Apos buscas, os Policiais Militares conseguiram localizar e apreender o rádio de comunicação e o homem foi detido. Diante dos fatos, o material e o suspeito foram encaminhados para a 134ª Delegacia de Polícia do Centro, onde o acusado foi autuado e permaneceu preso.

Ataque a faca em trem na Alemanha deixa 2 mortos e vários feridos

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Duas pessoas morreram e outras cinco ficaram feridas em um ataque a faca em um trem na Alemanha nesta quarta-feira (25). A informação é de um porta-voz da polícia federal alemã, segundo o qual o suposto agressor foi capturado pelas forças de segurança.

O incidente ocorreu por volta das 15h do horário local (11h no horário de Brasília), quando o comboio que ia de Hamburgo a Kiel se aproximava da estação ferroviária de Brokstedt, cidadezinha com cerca de 2.000 habitantes. O suspeito foi detido quando o veículo chegou à estação, que foi fechada pela polícia.

As autoridades afirmam que as motivações do suspeito ainda não estão claras a essa altura. A condição dos feridos também é incerta.

Caixa Loterias confirma destituição de Anderson Torres de Conselho Fiscal

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O ex-ministro da Justiça e ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, teve confirmada a sua destituição como membro titular do Conselho Fiscal da Caixa Loterias. Depois dos atos radicais do dia 8 de janeiro que culminaram na invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, Torres acabou tendo a prisão preventiva decretada quando ainda estava nos Estados Unidos, sob suspeita de se omitir ou facilitar a ação dos golpistas.

A determinação para a exoneração do ex-ministro do cargo no conselho fiscal já tinha sido dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi confirmada em assembleia geral extraordinária da Caixa Loterias, realizada no dia 10 de janeiro. A ata da reunião foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 25, confirmando a destituição de Torres do cargo.