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Ciclista fica gravemente ferido após ser atropelado por carreta na BR-101, em Campos

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Foto: Reprodução Redes Sociais

Na manhã desta sexta-feira (20) um ciclista ficou gravemente ferido após ser atropelado por uma carreta, no km 64 da BR-101, no Parque Rodoviário, em Campos.

De acordo com a concessionária que administra a rodovia, a Arteris Fluminense, a vítima foi socorrida por equipes do Corpo de Bombeiros para o Hospital Ferreira Machado, em estado grave.

Segundo apuração da Redação ClickCampos, a vítima identificada pelas iniciais M.M.da.S de 59 anos fraturou a bacia, teve anemia aguda e também teve fratura exposta nas duas pernas. A vítima passou por uma cirurgia de 9 horas, onde foram realizados 5 procedimentos. O mesmo foi encaminhado para o CTI, onde permanece em estado gravíssimo.

Por conta do acidente, o trânsito no local registrou lentidão e a rodovia foi interditada no momento do atendimento à vítima.

Elogiada no exterior, Jacinda sai do poder em baixa na Nova Zelândia

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O anúncio da primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, de que renunciará até 7 de fevereiro, deixando de buscar um terceiro mandato, pegou muita gente de surpresa -no país e fora dele.

Reações vieram de políticos como o presidente americano, Joe Biden, e o premiê australiano, Anthony Albanese, da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, mas também de figuras como a cantora pop americana P!nk. “Nunca haverá outra como ela”, escreveu no Twitter. “Você tem minha admiração, respeito e votos de felicidades para você e sua linda família”.

Mensagens como esta são um sinal de como, em pouco mais de cinco anos de mandato, Jacinda conseguiu construir e consolidar uma imagem para além da política -mas que não refletem de todo a situação interna, na qual a primeira-ministra vinha enfrentando uma série de desgastes, que derrubaram sua popularidade aos índices mais baixos desde que assumiu o poder.

Um dos principais motivos é a alta no custo de vida. Nesta quinta (19), a imprensa local informou que o preço dos alimentos em dezembro subiu 11,3% no acumulado de 12 meses, a maior taxa em 32 anos, obrigando famílias a cortar gastos.

O cenário se repete em outras grandes economias, que também veem abalos políticos. No Reino Unido, por exemplo, a inflação acumulada em 12 meses até outubro chegou a 11,1%, maior nível desde 1981. Nos EUA, chegou a 9,1% em junho passado, um recorde em 40 anos. Os números refletem o abalo nas cadeias produtivas causado pela pandemia e pela Guerra da Ucrânia, que paralisaram a economia por meses e encareceram muitos itens e etapas produtivas.

“O indivíduo que viveu durante a globalização em um país desenvolvido não está acostumado com esse aumento de preços”, afirma Vinícius Rodrigues Vieira, professor de relações internacionais da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado). “Há 40 anos a inflação não passava de dois dígitos no mundo desenvolvido.”

Mas, na Nova Zelândia, a relação entre economia e popularidade dos políticos de turno, comum a todos os países, ganha mais peso e camadas. Primeiro por seu isolamento geográfico -o território é composto de duas grandes ilhas principais no oceano Pacífico.

Nações desenvolvidas, lembra Vieira, terceirizaram ao longo dos anos a produção de industrializados para países com mão de obra mais barata, aumentando a dependência logística. “E o país mais próximo ali é a Austrália, que também tem dificuldades de abastecimento.”

Ao lado do vizinho e do Canadá, a nação se desenvolveu mantendo uma economia ligada a agropecuária, alcançando alto nível de produtividade no setor, e importou o modelo político do Reino Unido, com partidos trabalhistas fortes e organizados em torno de sindicatos. “A soma de produtividade e organização para demandar direitos culminou na formação de um modelo de bem-estar social mesmo com uma industrialização abaixo da média da Europa e dos EUA”, diz Vieira.

Há, ainda, um aumento marginal da violência no país. “E ela acaba sendo culpada por isso. Não está claro que ela adotou políticas que elevaram esse número, que tem mais a ver com a crise econômica; mas a violência sempre aumenta quando a economia vai mal”, afirma Eduardo Mello, professor de relações internacionais na FGV (Fundação Getulio Vargas).

Assim, a situação atingiu Jacinda diretamente. Ao anunciar o plano de renunciar, nesta quinta-feira, ainda noite de quarta (18) no Brasil, ela se disse sem energia para continuar no cargo. “Eu sei o que esse trabalho exige. E sei que não tenho mais a energia necessária para fazê-lo da melhor forma. É simples.”

Quando chegou ao poder, em 2017, ela ganhou destaque por ser a chefe de Executivo mais jovem do mundo à época. No segundo ano de mandato, deu à luz e não abriu mão de tirar seis semanas de licença-maternidade, deixando o país na mão do vice. Durante a pandemia, em 2020, teve posições duras nas medidas de combate ao coronavírus que colocaram o país em destaque.

A consolidação de sua imagem como um ícone progressista se deu em 2019, quando transmitiu sentimentos de conciliação e união nacional após o massacre de 51 pessoas por um extremista em duas mesquitas na cidade de Christchurch. Após a matança, armas semiautomáticas foram banidas no país.

Mas desgastes com a manutenção por longo período da estratégia de Covid zero, agravados pela situação econômica atual, derrubaram a sua popularidade. Sondagem divulgada em dezembro pela Kantar One News Polling apontou que só 29% da população escolheria Ardern para ocupar o cargo mais uma vez –dias antes do pleito de outubro de 2020, quando foi reeleita com uma margem histórica, esse índice era de 55%.

Embora ainda estivesse seis pontos à frente de seu principal opositor, Christopher Luxon, um levantamento paralelo indicou que a aprovação de seu Partido Trabalhista já estava abaixo da do Partido Nacional -agremiação de centro-direita que governava o país antes de sua vitória. Esses resultados dispararam os rumores de que ela poderia renunciar, por mais que ao longo do último mandato não tivesse ajudado a construir um sucessor viável.

“Os dados refletem a migração de eleitores centristas, que estavam com os trabalhistas e passaram para o Partido Nacional”, diz Vieira. A política neozelandesa, no entanto, não repete a polarização de outros países, já que a troca de preferência partidária se dá entre duas siglas do mainstream.

O ACT, mais à direita, e o Partido Verde, mais à esquerda, não tiveram grandes abalos de popularidade, e a ultradireita não tem expressão partidária forte –ainda que reverbere em alguma medida na sociedade civil e nas redes sociais, nas quais a renúncia de Jacinda foi citada como uma “vitória da liberdade”.

Em junho do ano passado, o jornal britânico The Guardian noticiou que ameaças contra a primeira-ministra haviam quase triplicado em três anos, em uma reação às campanhas de vacinação.

A renúncia dá ao Partido Trabalhista a oportunidade de construir uma narrativa de mudança antes das eleições de 14 de outubro. “Ela está olhando as pesquisas e sabe que deve perder. Então, dá ao sucessor uma chance de governar por um tempo e construir popularidade para tentar salvar a legenda”, diz Mello. “Ao mesmo tempo, saindo com a popularidade relativamente alta, tem um futuro político –talvez fora do país.”

Em seu pronunciamento, Jacinda disse que acredita na vitória trabalhista. O vice-premiê e ministro das Finanças, Grant Robertson, já disse em comunicado que não deve ser o candidato da legenda.

Homem foragido da justiça é preso pela PM em Guarus

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146ª DP/Foto: ClickCampos
146ª DP/Foto: ClickCampos

Nesta quinta-feira (19) um homem foragido da justiça foi preso pela Polícia Militar na Travessa Natanael, no Parque Santa Helena, em Guarus.

Durante patrulhamento pelo local com o intuito de coibir o tráfico de drogas, os agentes observaram um homem é efetuaram a abordagem. Após consulta no sistema, foi verificado um mandado de busca e apreensão.

Diante dos fatos, o homem foi encaminhado para a 146ª Delegacia de Polícia de Guarus, onde o caso foi registrado e o acusado permaneceu preso.

O ranking dos países mais impopulares e odiados do mundo

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Você sabe o que são trolls? São pessoas que se escondem por trás de seus computadores para despejar todo o seu ódio na internet. E eles não mostram misericórdia quando se trata de compartilhar suas opiniões online. Os eleitores do The Top Ten compartilharam seus pensamentos sobre seus países favoritos e os que mais odeiam. As razões dadas variam de graves violações dos direitos humanos ao suposto comportamento rude dos moradores locais em relação aos turistas.

Será que seu destino de viagem dos sonhos é, na verdade, um dos países mais impopulares do mundo? Clique na galeria e veja se você concorda com esse ranking ou não.

Ônibus Lilás começa a circular em Campos nesta sexta-feira

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Ônibus Lilás/Foto: Reprodução Ascom

Ônibus Lilás – É Delas Para Elas, começa a circular nesta sexta-feira (20), na linha Penha-Centro, com itinerário das 15h às 19h. Outros bairros e localidades serão atendidos.

O Ônibus Lilás irá atender mulheres de todas as idades, pessoas que se identifiquem no gênero feminino e crianças de até 10 anos acompanhadas de pessoas do gênero feminino. De acordo com o presidente do IMTT, Nelson Godá, os cargos de cobrador e motorista serão exercidos por profissionais femininas. O ônibus, com ar condicionado e carregador de celular, foi destinado pelo Consórcio União, com projeção de inserção de mais dois carros.

“Em virtude de crimes contra a dignidade sexual praticados por homens que se aproveitam da grande aglomeração de pessoas dentro dos transportes públicos, a criação do Ônibus Lilás é um destes mecanismos necessários ao enfrentamento da violência em nosso município. E ele não será o único equipamento. Já temos uma rede completa de apoio às mulheres: Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM), Casa Abrigo da Mulher Benta Pereira, Delegacia Especializada Atendimento à Mulher (DEAM), Subsecretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Patrulha Maria da Penha, Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres (COMDIM), Ministério Público e Judiciário”, pontuou a subsecretária de Políticas para Mulheres, Josiane Viana.

Fonte: Ascom

Nova operação da PM e GCM culmina na apreensão de 34 motos em Campos

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Foto: Divulgação Polícia Militar

Agentes da Polícia Militar, em ação conjunta com a Guarda Civil Municipal, realizaram na tarde dessa quinta-feira (19) mais uma operação de trânsito que busca fiscalizar, autuar e apreender motos irregularidades, que na sua maioria, são utilizadas para a prática de crimes.

A ação foi realizada em vários pontos da cidade, contando com 6 Policiais Militares e 16 Guardas Municipais. No total foram apreendidas 34 motos e 84 autuações, sendo 6 motocicletas apreendidas na Rua Cidade Lima – Parque Santa Rosa, e 28 motocicletas na AvEneida 28 de Março com a Praça 5 de Julho .

Dentro das infrações estão a falta de capacete, falta de CNH e placa de identificação.

Duas pessoas também foram conduzidas para 134º Delegacia de Polícia do Centro, após tentarem quebrar o próprio veículo, sendo autuados no art. 330 do CP.

Advogado pró-armas baleado em ressonância estava com pistola e 30 munições

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O advogado Leandro Mathias de Novaes, de 40 anos, atingido por um disparo da própria arma de fogo enquanto acompanhava a mãe no procedimento de ressonância magnética, portava uma pistola calibre 9 milímetros, um pente extra carregado e cerca de 30 munições, segundo apurou a reportagem. O homem, que está em estado grave, teria guardado o pente extra e as munições após orientação, mas deixou a pistola na cintura durante o procedimento.

De acordo com um representante do laboratório ao SP1, da TV Globo, Leandro estava com a arma na cintura e se aproximou para ajudar a posicionar a mãe, que estava deitada na maca que entraria na máquina de ressonância magnética. O advogado teria ficado a um metro de distância da máquina quando a arma foi atraída como um imã e disparou na direção do abdômen após bater na parede do aparelho médico.

Dois funcionários também estavam na sala durante o disparo, mas não ficaram feridos. A SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública de São Paulo) informou à reportagem que foi constatado, pela numeração, que a arma estava registrada e que o advogado tem autorização para o porte. Ele divulga conteúdos pró-armas no TikTok.

“Tanto a paciente, quanto o acompanhante neste caso foram aplicados questionários de consentimento e orientações sobre o campo magnético. Então, o senhor Leandro foi verbalmente orientado e também assinou um protocolo onde todas as orientações estavam escritas e esclarecidas para ele. Tanto é que ele guardou os objetos no armário e, infelizmente, o único objeto que ele não guardou foi a arma de fogo que ele portava”, constatou César penteado, diretor-médico do laboratório

ESTADO GRAVE

Um funcionário do escritório de advocacia de Leandro confirmou nesta quarta-feira (18) à reportagem que o advogado sofreu um “acidente” e está hospitalizado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

“Ele [Leandro] passou por um procedimento cirúrgico ontem [18] e passará por uma nova cirurgia amanhã [quinta-feira] cedo, mas ele se encontra na UTI e o quadro clínico é grave.”

O Hospital São Luiz Itaim informou que “tem por política não divulgar informações clínicas sem autorização do paciente ou familiares”.

LABORATÓRIO DIZ QUE ORIENTOU ACOMPANHANTE

À reportagem, o Laboratório Cura lamentou o ocorrido com o disparo acidental e confirmou que apenas a pessoa portadora da arma se feriu.

A empresa informou que a paciente e o acompanhante ferido estão “recebendo toda a assessoria e acompanhamento do CURA grupo”, bem como está colaborando com as apurações das autoridades.

“Reforçamos que todos os protocolos de prevenção de acidentes foram seguidos pelo time do CURA, como é de praxe em todas as unidades. Tanto a paciente como o acompanhante foram devidamente orientados quanto aos procedimentos para acesso à sala de exame e alertados sobre a retirada de todo e qualquer objeto metálico. Ambos assinaram termo de ciência com relação a essa orientação”, declarou em nota o Laboratório Cura.

O laboratório ainda ressaltou que “mesmo diante dessas orientações, a arma de fogo não foi mencionada pelo acompanhante, que entrou com o objeto na sala de exame por sua decisão”.

Adolescente cai de altura de seis metros em tirolesa no Mineirão; veja

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Uma adolescente de 14 anos teve de receber tratamento hospitalar após sofrer uma queda de cerca de seis metros de uma tirolesa no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.

O caso foi revelado nesta semana pelo pai da jovem, que partilhou um vídeo do momento nas redes sociais (que pode ver na galeria acima) – para denunciar a “irresponsabilidade, impunidade” e “falta de cuidado com a vida do próximo”.

No vídeo, é possível ver o momento da queda, cerca de 10 segundos após a menina começar a descer a tirolesa. Nas imagens, a adolescente está pendurada para dar início ao percurso, que atravessa o estádio, quando o equipamento de segurança se desprende e ela cai sobre as bancadas superiores. 

“Imagino o tempo todo o que teria acontecido se ela tivesse caído só um pouco mais à frente”, afirmou o pai, o comentarista esportivo Ale Oliveira. 

A jovem foi transportada para um hospital com algumas escoriações na perna, tórax e abdômen, mas acabou por ter alta hospitalar pouco tempo depois.

Nas redes sociais, o estádio e a empresa responsável pela tirolesa lamentaram o incidente, mas garantiram que a jovem “recebeu prontamente atendimento médico” e foi encaminhada para o hospital, onde foram diagnosticadas “escoriações leves sem fraturas”.

 

Biden chega à metade do mandato ofuscado por caso de papéis sigilosos

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WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – Não é exatamente pela sequência de vitórias políticas que conseguiu amealhar nos últimos meses, que incluem o recorde de empregos e o controle da inflação, que o presidente Joe Biden tem sido lembrado nos Estados Unidos no momento em que completa dois anos de governo.

Nas últimas semanas, o que tem ocupado as páginas do noticiário político, as entrevistas coletivas da Casa Branca e o bombardeio nos corredores republicanos do Congresso são os documentos confidenciais do período em que o democrata foi vice-presidente, na gestão Barack Obama (2009-2016), encontrados em um escritório ligado a ele e em sua casa.

Biden chega à metade de seu mandato em meio a mais uma crise, tendo que tentar explicar como papéis sigilosos do governo americano, de cujo conteúdo ainda não são conhecidos detalhes, foram parar em imóveis particulares, quando deveriam estar na posse dos Arquivos Nacionais. Como agravante, o caso veio à tona meses depois de seu maior adversário político, Donald Trump, virar alvo de uma investigação federal e acelerar um processo de fritura por fazer basicamente a mesma coisa –ainda que em escala maior e com diferenças importantes.

Não se pode dizer, porém, que o democrata não entende de crises. Ele assumiu como presidente há exatos dois anos, em 20 de janeiro de 2021, em meio à maior turbulência política da história recente do país. No período que antecedeu a posse, Trump contestou a derrota sem base na realidade, incentivou apoiadores a invadirem o Capitólio para evitar a certificação do resultado e viajou para a Flórida antes de transmitir o cargo, mantendo os ânimos de uma base radicalizada.

O período também era de pico da Covid-19, quando a doença matava mais de 3.000 pessoas por dia no país. Depois, Biden promoveu a saída das tropas do Afeganistão após 20 anos de guerra, em um movimento considerado desastroso, que lhe custou a popularidade de forma quase definitiva; viu a Rússia invadir a Ucrânia e liderou a ajuda ocidental a Kiev; enfrentou inflação recorde; e assistiu à Suprema Corte reverter um entendimento de décadas de que o direito ao aborto era constitucional, o que foi de encontro à sua agenda.

Nos últimos dez dias, após uma fase de vitórias políticas, o foco voltou para o democrata, quando o canal CBS revelou que advogados encontraram documentos confidenciais em um escritório -que, segundo a Casa Branca, ficava trancado- em uma unidade da Universidade da Pensilvânia que leva seu nome, o Centro Penn Biden para Diplomacia e Engajamento Global.

Na sequência, mais arquivos foram encontrados na casa do presidente, em Delaware, e o total de papéis armazenados indevidamente pode chegar a 20, de acordo com a CBS.

O governo tem sido acusado de responder ao caso de forma errática e questionado sobre por que não divulgou a existência dos arquivos quando eles foram descobertos, ainda no começo de novembro. Até a revelação pela imprensa, o caso ficou restrito à Casa Branca, ao Arquivo Nacional e ao Departamento de Justiça, que conduzia uma investigação preliminar.

Isso ocorreu menos de dois meses depois da operação de busca e apreensão que o FBI promoveu na casa de Trump na Flórida, na qual foram encontrados milhares de páginas, algumas delas marcadas como ultrassecretas. Na ocasião, Biden chamou o episódio envolvendo o antecessor de “totalmente irresponsável” –agora oferecendo um prato cheio para republicanos e o próprio Trump o acusarem de hipocrisia.

“O caso envergonha e remove uma vantagem que Biden tinha contra Trump”, diz o cientista político Jonathan Hanson, professor da Universidade de Michigan. “Mesmo que a magnitude do que estamos falando seja substancialmente diferente, no número de documentos que o ex-presidente tinha e no grau de cooperação, isso prejudica a capacidade de fazer comentários críticos.”

O democrata chega à metade do governo com 43,4% de aprovação, segundo o agregador de pesquisas do portal FiveThirthyEight. A cifra é pouco acima da que Trump tinha na mesma altura do mandato (40%), mas abaixo das de Barack Obama (49,6%) e George W. Bush (57,5%) –este, ainda gozando da popularidade que alcançou após a resposta aos ataques de 11 de Setembro de 2001. A taxa de desaprovação do atual presidente é de 51,3%.

Era tudo o que a nova Câmara, controlada pelos republicanos, precisava. Não à toa, Kevin McCarthy chegou à presidência da Casa prometendo ter o governo na mira de apurações legislativas.

James Comer, novo presidente do Comitê de Supervisão, maior órgão de investigação da Casa, já pediu à administração federal a lista de visitantes da residência do presidente em Wilmington e todos os documentos e comunicações envolvendo as buscas dos papéis. Segundo ele, há “sérias implicações à segurança nacional” no caso.

Em termos políticos, a principal vitória recente de Biden foi ter mantido para sua legenda o controle do Senado nas eleições legislativas de novembro, as midterms, e conservado um número expressivo de assentos na Câmara –mesmo que a maioria tenha ido para o Partido Republicano.

Os democratas perderam nove deputados e ganharam um senador. Para efeitos de comparação, nas primeiras midterms em gestões passadas, os republicanos na era Trump perderam 40 deputados (ainda que tenham ganhado 2 senadores) e os democratas na era Obama perderam 63 deputados e 6 senadores.

George W. Bush, em meio à alta popularidade após os ataques às Torres Gêmeas, conseguiu ganhar assentos nas duas casas, mas, antes dele, Bill Clinton perdeu 52 deputados e 8 senadores nas primeiras midterms de seus dois mandatos.

O resultado não pode ser creditado totalmente ao atual presidente, já que outros fatores entraram na conta, como a resistência a candidatos radicais apoiados por Trump e a defesa do direito ao aborto. Mas os números não deixam de ser uma vitória e um alívio para o atual mandatário.

Outro grande alívio para Biden até agora vem da economia. O país tem conseguido controlar a inflação recorde. O aumento de preços acumulado em 12 meses passou de 9% em junho, antes de recrudescer para 6,5% em dezembro.

Polícia Federal deflagra Operação Lesa Pátria para identificar participantes dos ataques no dia 8/1

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Foto: Divulgação

A Polícia Federal deflagra, na manhã desta sexta-feira (20/1), a primeira fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os fatos ocorridos em 8/1, em Brasília/DF, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por grupo que promoveu violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas instituições.

Ao todo estão sendo cumpridos oito mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.

Fonte: Polícia Federal

Venezuela é país onde pessoas passam mais fome ne América do Sul, diz ONU

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“Na América do Sul, a República Bolivariana da Venezuela teve a maior prevalência de subnutrição (22,9%), equivalente em números absolutos a 6,5 milhões de pessoas, seguida pelo Equador com 15,4% (2,7 milhões) e a Bolívia com 13,9% (1,6 milhões)”, mostrou o documento “Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional da América Latina e Caraíbas – 2022”, divulgado na quarta-feira pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

Além da FAO, elaboraram o relatório a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA).

“Na Colômbia, Paraguai, Peru e Suriname, a prevalência (de desnutrição) excedeu 8%. É válido destacar que o Brasil, um país altamente povoado, teve uma das taxas mais baixas da região (4,1%), mas o maior número de pessoas subnutridas (8,6 milhões)”, referiu o relatório.

O documento precisou que o indicador sobre prevalência da desnutrição “deriva de dados nacionais sobre o abastecimento alimentar, consumo de alimentos e as necessidades energéticas da população, tendo em conta características demográficas como a idade, sexo e níveis de atividade física”.

“Este indicador foi desenhado para captar um estado de privação de energia com duração superior a um ano, sem refletir os efeitos efémeros das crises temporárias ou a ingestão inadequada de nutrientes essenciais”, sublinhou.

Segundo o relatório, “a prevalência de insegurança alimentar moderada ou grave com base na Escala de Experiência de Insegurança Alimentar (FIES, sigla em inglês) é uma estimativa da proporção da população que enfrenta limitações moderadas ou severas na obtenção de alimentos suficientes ao longo de um ano”.

“Uma análise das tendências da fome nos países da região mostra que a fome aumentou significativamente na República Bolivariana da Venezuela, em 18,4 pontos percentuais, ou seja, (houve) mais cinco milhões de pessoas com fome entre os períodos 2013-2015 e 2019-2021”, explicou.

Nesses períodos, “a fome aumentou 6,7% no Equador (1,3 milhões de pessoas), 4,6% no Haiti (900 mil) e 1,6% no Brasil (mais 3,4 milhões de pessoas)”.

O relatório salientou que ao comparar os últimos dados sobre a fome (período 2019-2021), com o triénio anterior à pandemia da covid-19 (2017-2019), “se observa que os países onde a subalimentação mais cresceu foram o Equador (3,8%), Honduras (2,2%), São Vicente e Granadinas (2,1%)” e na Colômbia (2%), país onde há mais 1,1 milhões de pessoas a passar fome.

Segundo o documento, na América Latina e Caribe 56,5 milhões de pessoas passaram fome em 2021, 13,2 milhões mais que em 2019, antes da pandemia da covid-19.

Do número total dessas duas regiões, 34 milhões de pessoas vivam na América do Sul, acrescentou.

Dados da FAO dão conta que em 2021, a nível global, 768 milhões de pessoas passaram fome em todo o mundo, um aumento de 24% com relação a 2019, com mais 150 milhões de pessoas a passar fome nos últimos dois anos.

Na América Latina, o número quase duplicou desde 2015, passando de 17,2 milhões para 34 milhões de pessoas.

 

Incêndio atinge prédio no Peru em meio a protestos contra presidente

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um incêndio de grandes proporções atinge um prédio no centro histórico de Lima, no Peru, enquanto manifestantes protestam contra a presidente do país, Dina Boluarte.

Ainda não se sabe se um evento tem relação com outro.
Segundo o site La República, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Luis Ponce La Jara, informou que se trata de um prédio desabitado, porém, de uma infraestrutura histórica, por isso o material seria menos resistente.

A rede de TV peruana ATV disse que os moradores dos prédios nas redondezas evacuaram do local em tempo hábil. Quatro unidades do Corpo de Bombeiros estão no local. Ainda não se sabe a causa do acidente.

Uma grande manifestação com a participação majoritária de pessoas procedentes dos Andes ocorreu nesta quinta-feira (19) em Lima.

Eles exigiam a renúncia da presidente Dina Boluarte, o que gerou confrontos em meio a uma operação de segurança em massa organizada pelas autoridades para evitar distúrbios e vandalismo.

A polícia tentou evitar com gás lacrimogêneo a chegada de um grupo ao Congresso, com confrontos na avenida Abancay, no centro da cidade, quando os manifestantes lançaram pedras de pavimentação arrancadas da calçada contra os agentes, conforme informou a agência de notícias AFP.

Em Lima, as autoridades mobilizaram “11.800 efetivos nas ruas para controlar os distúrbios, além de veículos militares e da participação das Forças Armadas”, segundo o chefe da Região Policial Lima, general Víctor Zanabría.

Diversos comércios na rota da marcha foram fechando as portas conforme os manifestantes avançavam e alguns cobriram com pedaços de madeira suas vitrines para evitar ataques.

Nesta quinta-feira, foi anunciada a morte de um segundo manifestante que, horas antes, levou um tiro no tórax quando protestava em Macusani, região de Puno, informou a Defensoria do Povo à AFP.

Brasil registra 480 mortes e 15,9 mil casos de Covid

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Brasil registrou 480 mortes e 15.922 casos de Covid-19 nesta quinta-feira (19). Com isso, desde o início da pandemia, o país somou 696.148 vidas perdidas e 36.713.006 casos da doença.

O número expressivo de óbitos por Covid-19 se deve ao fato de o estado de São Paulo ter ficado 11 dias sem divulgar essa informação; a Secretaria da Saúde alegou problemas com o sistema do Ministério da Saúde.

A média móvel de óbitos agora é de 128 por dia, queda de 3% em relação ao dado de duas semanas atrás. A média de casos é de 15.762, queda de 23% se comparada ao mesmo período.

Acre, Amazonas, Espírito Santo, Santa Catarina não registraram mortes pela doença nas últimas 24 horas.

Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Ao todo, 182.593.872 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil. Somadas as doses únicas da vacina da Janssen, são 172.854.767 pessoas com as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen.

Assim, o país já tem 85% da população com a primeira dose e 80,46% dos brasileiros com as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen.

Até o momento, 108.109.512 pessoas já tomaram a terceira dose, e 39.987.842, a quarta.

Em relação às crianças, foram aplicadas 15.890.503 primeiras doses (60,14%) na faixa etária de 3 a 11 anos e 11.065.982 segundas doses (41,88%).

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes.

Cerimonialista finge a própria morte e velório falso acaba em confusão

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CURITIBA, PR (UOL/FOLHAPRESS) – Um cerimonialista, de 60 anos, fingiu estar morto e organizou o próprio velório em Curitiba (PR) na noite desta quarta-feira (18). Horas antes da cerimônia, em um salão funerário, o caso foi descoberto e gerou revolta e confusão entre as pessoas que foram até o local.

Na última terça-feira (10), o cerimonialista Baltazar Lemos postou uma foto em sua rede social e escreveu: “No início desta triste tarde, o comendador Baltazar Lemos nos deixou. Em breve mais informações”. Isso aconteceu um dia após ele publicar outra foto na frente do hospital Albert Einstein, em São Paulo.

O sobrinho chegou a procurar informações sobre o tio na unidade hospitalar, mas descobriu que ele não havia dado entrada no local. O rapaz não havia falado com parentes antes, o que gerou preocupação.

“A equipe me informou que não teve a entrada de nenhum paciente com o nome de Antônio Baltazar Lemos. O atendente informou que já ocorreram outros casos em que hackers invadiram contas para de alguma forma realizaram golpes em familiares e amigos. Não consegui ainda falar com minha mãe, mas tudo leva a crer que não passa de um mal-entendido”, relatou Pedro Oliveira em uma rede social.

Na mesma página, dezenas de pessoas lamentaram a morte do cerimonialista de forma inesperada. Em outra rede social, as pessoas procuravam saber a causa da morte, mas nenhuma informação havia sido divulgada, a não ser do local do velório e o horário que começaria a cerimônia.

Em um salão decorado com coroas de flores e uma mesa com vários arranjos, uma voz semelhante à de Baltazar começou a relatar a vida do homem. Muitos acharam que era uma gravação e começaram a chorar. Em determinado momento, as portas do altar se abriram e o cerimonialista apareceu com uma roupa de capuz prata justificando o que fez.

Amigos e familiares que estavam ali, ouviram o discurso, mas não entenderam o porquê de tamanha armação que gerou dor e tristeza. Outros acharam engraçada a atuação e não julgaram. Ao final, houve bate-boca entre alguns participantes e confusão.

MORTO-VIVO QUERIA SABER QUEM IRIA AO VELÓRIO

Em entrevista à reportagem, o cerimonialista disse que resolveu promover esse episódio na tentativa de descobrir quem era os “amigos de verdade” que iriam no seu velório. Dias antes ele disparou um convite de aniversário para comemorar os seus 60 anos e já esperava “causar” na data.

“Eu tive a ideia há cinco meses. Fiz os convites, enviei e antes da data resolvi fazer esse episódio. Eu queria dar a entender que realmente morri. As pessoas interpretaram da forma delas. A verdade é que eu queria saber quem de verdade iria no meu velório e não só no meu aniversário”, contou Baltazar Lemos à reportagem.

O homem ainda contou que foi atacado, ofendido, mas não teve a intenção de fazer mal a ninguém. “Eu não contei pra ninguém, porque esperava que desse certo. Não tinha a intenção de magoar, ofender, causar algum mal a ninguém. Peço perdão a essas pessoas, de verdade”, disse o cerimonialista.

‘BRINCADEIRA RIDÍCULA’, DIZ FOTÓGRAFO

Nas redes sociais a “falsa morte” gerou revolta em que se sensibilizou com o suposto óbito. Muitos profissionais da área de eventos se indignaram com a postura do cerimonialista em promover um episódio sério com cunho “sarcástico”. Houve relatos de que quando souberam da morte, algumas pessoas chegaram a passar mal.

“Você conseguiu o que queria Baltazar, chamar a atenção. Em todos os grupos de fotógrafos falando da sua ‘morte’. Todos lamentando. Que brincadeira ridícula. Acho que você deveria se retratar com cada um que lamentou sua suposta morte. Não te conheço pessoalmente e espero nem te conhecer”, disse Michele Camillo em um comentário.

À reportagem, o fotógrafo Marcelo Ceccon contou que antes de promover toda essa situação, ele descobriu que Baltazar deixou uma carta em alguns veículos de imprensa, que foi ignorada. Na carta, ele relatou o que iria fazer como uma forma de comemorar o aniversário. O intuito era saber quem iria comparecer ao local.

“Então essa carta foi lida e conseguimos resolver o caso, isso ontem [18] mesmo. Na própria carta ele diz que nem a família sabia o que faria. Divulguei nos grupos para alertar a todos, pois várias pessoas estavam tristes e passaram mal. Isso é muito cruel, tanto com os colegas quanto com a família. Ele tem mãe idosa, cadeirante. Essa senhora poderia sofrer ao ponto de não aguentar”, lamentou Marcelo.

A empresária do ramo de evento, Regina Moraes, lamentou o episódio e deixou claro que não tem interesse mais na amizade deles. “Conhece ele desde 2001. Eu achei a história horrível. Passei um dia triste e outro muito indignada. Pra mim ele faleceu dia 17, quando eu descobri tudo. Foi muito de mau gosto. Não compactuo, não acho interessante. Não trabalharemos mais juntos”, contou à reportagem.

Com 1 milhão nas ruas, greve contra reforma da Previdência põe Macron sob pressão

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TOULOUSE (FRANÇA (FOLHAPRESS) – Enquanto o presidente Emmanuel Macron cumpria uma agenda em Barcelona, assinando um tratado de cooperação e amizade com o premiê espanhol, Pedro Sánchez, milhares de manifestantes tomavam as ruas de mais de 200 cidades da França nesta quinta (19), em uma greve geral convocada contra sua proposta de reforma da Previdência.

Anunciada no último dia 10 pela primeira-ministra Elisabeth Borne, a reestruturação quer aumentar a idade mínima para a aposentadoria, de 62 para 64 anos, até 2030 e prolongar os anos de contribuição, de 42 para 43 anos, já em 2027 para ter acesso à pensão integral.

Articulada pelas oito maiores centrais sindicais do país, unidas pela primeira vez em 12 anos, a greve geral obteve grandes mobilizações mesmo fora da capital. Somando Paris a cidades como Lyon, Toulouse, Marselha, Rennes e Bordeaux, saíram às ruas um total de 1,1 milhão de pessoas, segundo o Ministério do Interior.

Para a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), no entanto, a adesão foi de cerca de 2 milhões de pessoas –o que faria o movimento superar a paralisação de dezembro de 2019, quando Macron, em seu primeiro mandato, apresentou pela primeira vez um projeto de reforma.

Em Paris, onde a CGT estimou 400 mil manifestantes, a passeata foi encerrada em meio a confrontos com a polícia, que lançou bombas de gás lacrimogêneo e deteve cerca de 30 pessoas.

Um novo dia de mobilização foi marcado pelo grupo intersindical para 31 de janeiro, prolongando a pressão sobre o presidente, reeleito em 2022 e já desgastado pela alta da inflação e pela perda da maioria no Parlamento. Apostando em uma estratégia de ampliar a tensão e o desgaste político de Macron, o partido de ultraesquerda França Insubmissa convocou um ato já para este sábado (21), em Paris.

“É bom e legítimo que todas as opiniões possam se expressar”, declarou Macron na Espanha. “Tenho confiança nos organizadores das manifestações para que essa expressão legítima de desacordo possa se fazer sem criar muitos inconvenientes para o conjunto de nossos compatriotas, sem exageros, sem violência e sem degradação.”

A reforma, segundo o líder centrista, foi “democraticamente apresentada e validada” durante a campanha eleitoral que lhe deu um segundo mandato. Apesar das manifestações, disse, “é preciso levar a reforma a cabo”, insistindo que o texto é “justo e responsável” e que o processo se dará “com respeito e espírito de diálogo, mas com determinação e espírito de responsabilidade”.

Borne elogiou no Twitter “o empenho das forças policiais, bem como dos sindicatos” nos protestos desta quinta. “Permitir que as opiniões sejam expressas é essencial para a democracia. Vamos continuar a debater e convencer.” Outros membros do gabinete, incluindo Gérald Darmanin (Interior), repetiram o discurso de defesa da liberdade de manifestação.

“É normal que o tema das aposentadorias suscite inquietudes às quais é preciso responder”, disse Olivier Dussopt (Trabalho).

No lado da oposição, Jean-Luc Mélenchon, da França Insubmissa, afirmou em Marselha que a tarefa de “convencer as pessoas [sobre a reforma] já é uma batalha perdida” do governo. Segundo ele, “a reforma não tem sentido”.

Num dia que prometia ser de caos, os setores de educação, transportes e energia foram os mais afetados pela greve desta quinta. Numa batalha de dados, os sindicatos apresentaram números superlativos da adesão à paralisação dos trabalhadores da educação (65%), quando comparados aos apresentados pelo ministério (não mais que 42%).

Nos transportes, a greve forçou o cancelamento da maior parte das viagens de trem no país, incluindo conexões internacionais, segundo a SNCF, a companhia nacional ferroviária. O fluxo de metrôs e ônibus das grandes cidades também sofreu reduções expressivas, gerando turbulência em Paris, onde o transporte aéreo, menos afetado, teve cerca de 20% dos voos cancelados no aeroporto de Orly.

Os grevistas do setor de energia ameaçaram cortar o fornecimento de eletricidade a algumas regiões, mas recuaram, segundo Philippe Martinez, secretário-geral da CGT. O líder dos Republicados (LR) no Senado, Bruno Retailleau, denunciou o caso como de uso de “métodos ilegais, que vão para além do Estado de direito”, e apelou a sanções.

A proposta de reforma da Previdência da dupla Macron-Borne deve ser apresentada formalmente ao conselho de ministros no próximo dia 23, para então seguir à Assembleia Nacional, onde o presidente francês espera obter o apoio dos Republicanos para aprovar o texto ainda no primeiro trimestre.

Lula minimiza calote no Fies e diz que país só tem tolerância com dívida de ricos

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) minimizou a inadimplência no Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), que chega a 2 milhões de pessoas. O petista indicou que o programa será retomado e ampliado.

O Fies passou por grande expansão nos governos da petistas, mas com descontrole de gastos. Além disso, desde 2017 mais da metade dos beneficiados estão com pagamentos do financiamento atrasados.
Ainda em 2015, no governo Dilma Rousseff (PT), o programa passou a ser enxugado. O que foi aprofundado com Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

No Fies, o governo paga mensalidades de estudantes em instituições privadas de ensino superior. A dívida do estudante fica para depois da formatura.

“Não adianta me dizer que o Fies estava custando R$ 5 bilhões, que já tinha dívida de R$ 5 bilhões, não tem problema”, disse. “Ah, mas [o estudante] vai dar o cano, não vai pagar? É muito pouco a gente achar que não vai pagar, ele não teve nem chance de provar se vai pagar, ele não arrumou emprego.”

Lula falou em encontro com reitores das instituições federais de ensino superior na manhã desta quinta-feira (19). A reunião contou com a participação de cerca de cem reitores de universidades e institutos federais de educação. Também participaram os ministros Rui Costa (Casa Civil), Márcio Macedo (Secretaria-geral da Presidência), Camilo Santana (Educação) e Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação).

A reunião foi fechada, mas a fala de Lula foi transmitida pela TV Brasil.

Em sua fala, Lula sugeriu que não vai se incomodar com a dívida de estudantes enquanto há tolerância com os devedores que são ricos. “Mas se a gente tem tanta tolerância com os ricos que devem neste país, por que a a gente não tem a compreensão que um jovem que se formou pode pagar sua dívida? O Brasil tem quase 2 trilhões [de reais] de dívidas que as pessoas não pagam, pessoas que não pagam imposto de renda.”

O presidente ressaltou que, antes de governos petistas, o financiamento já existia, mas jovens sem fiador não conseguiam ter acesso. Foi a partir de 2010 que o governo passou a relaxar as regras do programa, com iniciativas como o fim da obrigação de fiador e juros abaixo da inflação -o que significou subsídio federal aos beneficiados.

“Aqui foi uma briga quando decidimos que quem vai financiar é o Estado brasileiro”, disse ele aos reitores, lembrando que nem todos foram favoráveis ao Fies. “Nossa disposição é voltar a fazer isso, não só aumentar a quantidade, mas aumentar a qualidade.”

A ausência de estudos sobre inadimplência na formulação do programa e de acompanhamento desses indicadores foi uma das falhas apontadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) em 2017.

Dos 2,6 milhões de contratos ativos do Fies formalizados até 2017, mais de 2 milhões têm saldo devedor -de R$ 87,2 bilhões. Desses, mais de um milhão de estudantes estão inadimplentes, ou seja, com mais de 90 dias de atraso no pagamento. Isso representa uma taxa 51,7% de inadimplência e R$ 9 bilhões em prestações não pagas.

No ano passado, o governo Bolsonaro lançou programa para renegociar dívidas. Também sancionou lei que perdoou parte das dívidas.

No auge, o Fies chegou a ter 732 mil novos contratos em apenas um ano, isso em 2014. Além de enormes facilidades de regras de acesso ao programa, eram as próprias instituições privadas quem decidiam quem entrava no financiamento -a própria presidente Dilma disse que esse foi um erro de seu governo.

Assim, o Fies representou altos lucros para as empresas: com repasses federais garantidos, as faculdades privadas passaram a aumentar as mensalidades e alunos já matriculados, que pagavam mensalidades, foram incluídos no programa.

Em 2015, para conter os gastos, que chegaram a R$ 13,7 bilhões naquele ano, o governo promoveu várias alterações. O acesso aos contratos foi restringido e comandado pelo MEC, os juros subiram e a pasta passou a exigir nota mínima no Enem. O controle de renda dos beneficiados também foi alterado –té 2014, praticamente qualquer pessoa podia ter o financiamento.

China amplia censura a publicações sobre Covid em meio de novo surto de casos

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Administração do Ciberespaço da China (CAC), órgão responsável pela estratégia cibernética do regime de Xi Jinping, anunciou na quarta-feira (18) uma operação que deve intensificar o controle sobre a circulação de informações sobre vários temas durante o festival ligado ao Ano-Novo Chinês -em especial acerca da pandemia de coronavírus.

De acordo com o comunicado da CAC, os objetivos do programa são, entre outros, a “retificação aprofundada de informações falsas para evitar sentimentos sombrios” e “evitar enganar a população e provocar pânico social”.

Entram na lista, por exemplo, o que o órgão chama de “rumores na internet relacionados à epidemia”, bem como a “invenção de experiências de pacientes”, o compartilhamento de receitas caseiras contra o vírus e comentários negativos sobre a nova “política de prevenção de epidemias” -uma referência ao conjunto de medidas que, na prática, substitui a Covid zero, encerrada no mês passado.

As festividades do Ano-Novo Chinês são um dos feriados mais importantes da China e marcadas pelo deslocamento de milhões de pessoas pelo país. Oficialmente, vão do próximo domingo (22) a 5 de fevereiro, mas, na prática, podem durar até 40 dias. Neste ano, seu significado é ainda mais importante porque as restrições sanitárias mais rigorosas impostas pelo regime estão suspensas pela primeira vez desde o início da pandemia.

Ao mesmo tempo, a intensa circulação de pessoas, notadamente das grandes metrópoles para as áreas rurais, é fator de preocupação para Pequim. De acordo com a agência estatal Xinhua, o dirigente Xi Jinping entrou em contato com autoridades provinciais pedindo mais esforços para conter o impacto da doença.

“A prevenção e o controle da epidemia entraram em nova fase, e ainda estamos em um período que requer grandes esforços para suprir as lacunas nas áreas rurais”, afirmou Xi, segundo a agência. “As instalações médicas são relativamente fracas nas áreas rurais, portanto a prevenção é difícil, e a tarefa é árdua.”

No último sábado (14), Pequim admitiu quase 60 mil mortes por Covid em pouco mais de um mês. O balanço contabilizou os óbitos entre 8 de dezembro e 12 de janeiro, abrangendo, portanto, o período que se seguiu ao fim da Covid zero.

Embora a cifra seja mais de dez vezes maior que o total oficial de mortes registradas até então, há indícios de que também esteja subnotificada. O número não inclui, por exemplo, chineses que tenham morrido em casa ou fora dos hospitais -e há relatos de médicos e outros profissionais de saúde que teriam sido pressionados a não incluir o diagnóstico de Covid em atestados de óbito.

A Airfinity, empresa britânica de análise e consultoria em biotecnologia, divulgou levantamento nesta semana apontando estimativa de 608 mil mortes por coronavírus desde dezembro -a estimativa anterior era de 437 mil.

A previsão da Airfinity é que as duas semanas de feriado gerem mais de 62 milhões de novos casos, no que a empresa chamou de uma onda de infeções “maior e mais severa” do que se estimava anteriormente, o que deve aumentar a pressão sobre hospitais e crematórios e potencialmente aumentar a taxa de letalidade.

Segundo autoridades chinesas, o número de casos críticos de Covid, que demandam hospitalização prolongada e que podem levar a óbito, alcançou o pico em 5 de janeiro e começou a cair -40% a menos na terça-feira (17).

Em 30 de janeiro, Hong Kong também deve abolir a principal restrição contra a Covid. A cidade não vai mais exigir o isolamento de pessoas infectadas com o vírus. “Este é um dos passos importantes em direção à normalidade”, disse John Lee, chefe-executivo da ex-colônia britânica.

O uso de máscaras durante a prática de exercícios físicos, porém, continua sendo obrigatório. Na semana passada, as linhas ferroviárias de alta velocidade entre Hong Kong e a China continental foram retomados pela primeira vez desde o início da pandemia.

Filho de brasileiros eleito nos EUA mentiu que mãe morreu no 11 de setembro

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SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) – O deputado norte-americano George Santos, que é filho de brasileiros, divulgou informações controversas e mentirosas de que sua mãe, Fátima Devolder, teria presenciado o atentado terrorista às Torres Gêmeas, em Nova York, em 11 de setembro de 2001.

Segundo informações do New York Times, em seu site oficial o republicano alega que Fátima estava trabalhando em seu escritório na Torre Sul do World Trade Center no dia do atentado, mas teria “sobrevivido à tragédia e falecido anos depois, em decorrência de um câncer”.

Entretanto, conforme o NYT, em julho de 2021 Santos teria publicado em seu perfil no Twitter que o episódio do 11 de setembro teria “custado a vida” de sua genitora.

Agora, documentos oficiais de imigração dos Estados Unidos, analisados pelo jornal, mostram que a mãe de George sequer estava em solo norte-americano no dia 11 de setembro de 2001.

Os documentos mostram que Fátima solicitou entrada no país norte-americano em 2003. Na ocasião, ela disse que havia deixado o país em 1999 e não havia retornado desde então.
Até o momento, George Santos não se manifestou sobre as acusações.

Outras mentiras, segundo a imprensa norte-americana. Homossexual assumido, Santos também já mentiu ao dizer que “perdeu quatro funcionários” no atentado terrorista à boate gay Pulse, em Orlando, em junho de 2016.

Segundo o The Times, documentos oficiais analisados não mostraram nenhuma evidência de que a alegação de George seja verdadeira.

Santos também teria mentido sobre seus avós maternos terem sido judeus que fugiram do regime nazista e “sobreviveram ao holocausto”. Segundo a CNN Internacional, não há qualquer evidência de que essa informação seja verdadeira.

Pressão para renunciar. George Santos se tornou alvo de polêmica nos Estados Unidos após se eleger para deputado como representante de Nova York pelo partido Republicano, e ser pego em uma série de mentiras contadas aos eleitores, que vão desde questões financeiras ao seu currículo profissional.

Inicialmente, ele negou que tenha mentido. Depois, admitiu as inverdades e disse que “seus pecados são florear meu currículo”. Desde então, tem sido pressionado tanto por democratas quanto por republicanos para que renuncie ao cargo.

Governo vai respeitar 1º da lista para reitor de universidades, diz Lula

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que vai nomear para reitor os docentes escolhidos pelas universidades federais. A postura vai representar uma inflexão com relação ao governo de Jair Bolsonaro (PL), que adotou política aberta de nomear dirigentes alinhados ideologicamente.

O presidente participou na manhã desta quinta-feira (19) de encontro com reitores de instituições federais de ensino superior no Palácio do Planalto.

“Não pensem que o Lula vai escolher o reitor que ele gosta. Quem tem de gostar do reitor são os professores da universidade, são os funcionários das universidades, é a comunidade universitária que tem de saber quem pode administrar a universidade”, disse Lula, que garantiu o respeito da vontade da comunidade e prometeu encontro anual com reitores.

A reunião no Planalto contou com a participação de cerca de 100 reitores de universidades e institutos federais de educação. Participaram ainda os ministros Rui Costa (Casa Civil), Márcio Macedo (Secretaria-geral da Presidência), Camilo Santana (Educação) e Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação).

Camilo também disse que “o governo vai respeitar e nomear todos os reitores que foram escolhidos pela comunidade em sua consulta”.

Bolsonaro quebrou, em sua gestão, uma tradição de nomear o primeiro colocado de uma lista tríplice produzida pelas universidades após consulta à comunidade. O ex-presidente desconsiderou o mais votado em ao menos 40% das nomeações para reitor, segundo balanço feito até 2021.

A quantidade de vezes que Bolsonaro desconsiderou o mais votado e as motivações políticas e ideológicas por trás dessas escolhas levaram docentes a apontar um ataque ao princípio constitucional da autonomia universitária. Na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), por exemplo, a escolha de Carlos Bulhões, o 3º colocado, foi anunciada com antecedência pelo deputado bolsonarista Bibo Nunes (PSL-RS), explicitando a interferência política.

Na abertura do encontro, Lula disse que a reunião com os reitores era um “encontro com a civilização” e cutucou Bolsonaro por não ter recebido os dirigentes.

“Vocês precisam saber que encontro com vocês é encontro da civilização. Eu nunca consegui compreender qual era a dificuldade que o presidente da República tinha para se encontrar com reitores uma vez por ano. Não conheço na história presidente que [não] tenha recebido conjunto de reitores e a única explicação era medo que vocês iriam fazer reivindicações”, afirmou.

Lula também atacou Bolsonaro ao falar que os reitores viveram quatro anos de “obscurantismo”. E ressaltou que se trata de um novo tempo para a educação superior brasileira.

“Não existe na história da humanidade nenhum país que conseguiu se desenvolver sem que antes tivesse conseguido resolver o problema da formação de seu povo. Então estamos começando um novo momento. Eu sei do obscurantismo que vocês viveram nos últimos quatro anos. Quero dizer que estamos saindo das trevas para voltar à luminosidade de um novo tempo”, afirmou.

Lula defendeu o respeito da autonomia universitária. Camilo, por sua vez, prometeu retomar as obras paradas. Segundo ministro, há obras abandonadas em 259 campi de instituições federais.

Ele prometeu retomar investimentos em políticas de inclusão voltadas para o ensino superior privado, como o Fies (Financiamento Estudantil) e ProUni (Programa Universidade para Todos).

Em quatro anos, Bolsonaro não fez um encontro conjunto com os reitores das instituições federais de ensino superior. Além disso, seu governo manteve uma tônica de ataque às universidades.

As instituições federais passaram por reduções sistemáticas de orçamento. Algumas, como a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), ameaçaram interromper as atividades por falta de recursos.

Um dos ministros da Educação de Bolsonaro, Abraham Weintraub manteve fortes críticas às universidades federais, que seriam, segundo ele, locais de uso de drogas, desperdício de dinheiro e palco de ideologização de esquerda.

Cinco pessoas roubam avião e morrem após aeronave cair na Argentina

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Cinco pessoas morreram na queda de um avião na província de Chaco, na Argentina. Segundo as autoridades locais, o grupo invadiu um hangar na manhã desta quarta-feira (18) e roubou a aeronave, um Cessna 206, derrubando o monomotor pouco depois de decolar. Em meio aos destroços foram encontrados uma arma e notas de guaranis paraguaios.

A origem do dinheiro e um gorro do time Cerro Porteño levaram a polícia argentina a conectar os invasores ao Paraguai. Até o momento, os corpos não foram identificados. O avião caiu a 7 km de Villa Angela, que faz fronteira com o país vizinho.

“Se (o Cessna) caísse na cidade, seria uma tragédia”, afirmou o delegado Sergio Ríos, responsável pela investigação do caso, à rádio local LT7. “Temos conversado com a Junta de Investigação de Acidentes de Aviação Civil (JIAAC) e trabalhamos para preservar o local da queda para a perícia, retirando apenas os corpos”, detalhou.

Ainda segundo a autoridade, a identificação dos corpos será “difícil”, já que o avião foi totalmente consumido pelo fogo após a queda. Apesar da ausência de nomes, ele garantiu que os tripulantes responsáveis pelo roubo “não são de lá”.

A polícia e os bombeiros da província argentina foram notificados do acidente por dois trabalhadores rurais que acompanharam o avião perdendo altura.

Nos destroços, as equipes de resgate encontraram também um telefone satelital, que permitia aos tripulantes continuar conectados com as pessoas em terra durante o voo. O aparelho seria um sinal de “certa organização logística” do grupo que roubou a aeronave, que ainda teve que burlar uma série de alarmes “muito sofisticados” para invadir o hangar em que ela estava guardada.

Apesar do plano sofisticado, uma das teorias levadas em consideração pela polícia, de acordo com a AFP, é de que os ladrões teriam esquecido de ativar o sistema de combustível do Cessna, que é complexo para viajantes sem experiência com o modelo, sofrendo uma pane seca logo após sair do chão.

O Cessna 206 conta com cinco assentos e pertencia a um empresário do agronegócio, que adquiriu o monomotor recentemente. O valor de mercado do modelo é estimado em cerca de US$ 1,5 milhão de dólares (aproximadamente R$ 7,7 milhões, na cotação atual).

Uma ocorrência semelhante foi registrada a menos de um mês, em 25 de dezembro, na mesma província, quando um grupo de cinco pessoas roubou um avião do aeroclube de Resistência, capital de Chaco, levando-o até a Bolívia.