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Mais Médicos será retomado com incentivo a profissionais do Brasil, diz ministra

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A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que é “prioridade” dos primeiros cem dias do novo governo retomar o programa Mais Médicos. A gestão, no entanto, pretende oferecer incentivos para participação maior de profissionais brasileiros.

“Estamos trabalhando visão de incentivo para que médicos brasileiros possam ter participação maior nesse programa. Vamos seguir legislação já definida em relação a prioridade para médicos brasileiros”, disse Nísia em entrevista coletiva nesta terça-feira, 10. A titular da Saúde não detalhou, entretanto, que incentivos seriam esses.

A ministra afirmou ainda que o programa continuará contratando médicos de outros países, caso seja preciso preencher vagas faltantes.

Lançado no governo Dilma Rousseff (PT), o programa causou polêmica em parte da comunidade médica brasileira pela alta contratação de profissionais cubanos. A iniciativa, no entanto, foi desmontada pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que acusava o PT de dar dinheiro a Cuba, classificada por ele de ditadura comunista. Na gestão anterior, o programa deu lugar ao Médicos pelo Brasil.

Governo quer retomar obras paralisadas na Educação, diz ministro

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O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou hoje (10), em coletiva à imprensa, que a pasta fará um levantamento criterioso da situação das quase 3,7 mil obras que se encontram inacabadas ou paralisadas. Segundo ele, é determinação do presidente Lula retomar todas, com critérios, e em conjunto com a área econômica.

“O que está definido, de antemão, é que as obras paralisadas serão retomadas de imediato”. Já as obras inacabadas exigirão estudo mais detalhado. “Todo esse levantamento é uma determinação do presidente”.

Segundo o ministro, o presidente quer anunciar essas ações na próxima reunião com os governadores, no próximo dia 27. As obras que precisam ser retomadas incluem desde creches, escolas de tempo integral, de ensino fundamental e médio, até campi de universidades e institutos federais, “que estão paralisadas ou que precisam de recursos para serem retomadas”. O levantamento será efetuado em parceria com estados e municípios.

Sobre merenda escolar, Camilo Santana disse que Lula autorizou a realização de estudo relativo a verba para este fim, que está sem repasse há seis anos. Segundo o ministro, a ideia do presidente é anunciar aumento desses recursos antes do início do ano letivo, em fevereiro.

O ministro também falou sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo dados citados por Camilo Santana, o exame atingiu um pico de participação em 2014, com quase 6 milhões de jovens. No ano passado, o número de participantes do exame foi 1,9 milhão de alunos. A ideia da pasta é promover campanhas para estimular os alunos a voltarem a participar do exame.

Neste sentido, ele disse que se reunirá amanhã com Manuel Palácios, novo presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), para analisar os rumos do Enem 2023.

Nos próximos 90 dias, o ministro da Educação pretende entregar ao presidente a programação da pasta para os quatro anos de governo. Terá destaque, um programa de regime colaborativo entre União, estados e municípios.

O primeiro foco será a educação básica e o programa Alfabetização na Idade Certa, baseado no sucesso registrado no Ceará, estado que Camilo Santana governou. Ele lembrou que a experiência cearense mostrou que o programa deu resultados positivos, sendo inclusive replicado em outros estados.

Outros focos envolvem a escola em tempo integral e a conectividade com banda larga na rede escolar. No que se refere à escola em tempo integral, o ministro adiantou que o presidente Lula está determinado a implementar essa política em todo o país, tanto no ensino fundamental, como no médio. Ele lembrou que a política tem reflexos, inclusive, na prevenção da violência entre os jovens.

Já o plano de conectividade das escolas será apresentado ao presidente nos próximos meses. A meta é conectar todas as escolas com banda larga e dar acesso aos alunos e professores. O ministro admitiu, por outro lado, que a educação não transforma uma sociedade a curto prazo, mas “é um processo”.

Já o Financiamento Estudantil (FIES) e o programa Universidade para Todos (ProUni) devem ser revistos de modo que estudantes não tenham seus nomes sujos na praça. “O presidente quer fortalecer o Fies e o ProUni”, assegurou Santana.

Camilo Santana disse que solicitou à Controladoria Geral da União (CGU) uma auditoria dos últimos quatro anos do Ministério da Educação. “Houve um desmonte, muitas políticas foram desmontadas, muitas denúncias foram feitas e eu solicitei oficialmente à CGU”.

Santana disse que essa auditoria permitirá “que a nova equipe possa se sentir mais segura com as recomendações importantes da CGU e do Tribunal de Contas da União (TCU), que nós vamos seguir todas”.

Munições são apreendidas em Barra do Itabapoana

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Foto: Divulgação Polícia Militar

Na tarde desta terça-feira (10) a Polícia Militar apreendeu mais de 20 munições em uma residência localizada na Rua 2, nas Casinhas de Barra, em Barra do Itabapoana, em São Francisco de Itabapaona. Ninguém foi preso durante a ação.

Durante patrulhamento pela região, os policiais receberam uma denúncia sobre uma residência que estaria sendo utilizada pelo tráfico de drogas, mesmo local onde 11 pessoas foram presas na segunda-feira.

Buscas foram realizadas na casa e os militares conseguiram apreender uma sacola com 25 munições calibre 38.

Diante dos fatos, todo o material foi apreendido e o caso foi registrado na 147ª Delegacia de Polícia de SFI.

Mega-Sena acumula e próximo concurso deve pagar R$ 16 milhões

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O concurso 2.553 da Mega-Sena, realizado nesta terça-feira (10) no Espaço Loterias Caixa, em São Paulo, não teve acertadores das seis dezenas. Os números sorteados foram: 13 – 15 – 53 – 54 – 55- 58.

O próximo concurso (2.554), na quinta-feira (12), deve pagar prêmio de R$ 16 milhões.

A quina teve 31 ganhadores e cada um vai receber R$ 61.501,75. Os 2.575 acertadores da quadra receberão o prêmio individual de R$ 1.057,72.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal.

A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 4,50.

O sorteio é realizado às 20h, no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo.

Mulher é presa após furtar produtos higiênicos em supermercado de Campos

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134ª DP/Foto: ClickCampos
134ª DP/Foto: ClickCampos

Na noite desta terça-feira (10) uma mulher foi presa após furtar produtos higiênicos em um supermercado situado na Rua 13 de Maio, no Centro de Campos. Ela foi localizada na Rua dos Goytacazes, na área central da cidade.

De acordo com informações dos agentes da Operação Segurança Presente, os policiais foram acionados pelo segurança do estabelecimento, informando que uma mulher havia furtado alguns produtos no local. Já com as características, os agentes iniciaram as buscas e localizaram a acusada.

Com ela foi encontrada uma mochila com os produtos furtados, sendo eles: três pacotes de lenços umedecidos e dois desodorantes, avaliados no total de R$ 91,95. Ainda de acordo com a polícia, a mulher já possui diversas passagens pela polícia, pelo crime de furto.

Diante dos fatos, todo o material foi recuperado e A.A., de 35 anos, foi encaminhada para a 134ª Delegacia de Polícia do Centro, onde foi autuada e permaneceu presa.

Obras de recapeamento na 28 de Março sentido Alberto Torres-Jockey são iniciadas nesta quarta-feira

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Foto: Divulgação

As obras de asfaltamento de 103 ruas na área central de Campos chegam à Avenida 28 de Março nesta quarta-feira (11), quando terá início recapeamento no sentido Alberto Torres-Jockey. Os trabalhos serão realizados em apenas uma faixa de rolamento para que o trânsito não seja interrompido e serão realizadas no período de férias escolares para aproveitar o número menor de pessoas circulando na cidade.

– Essa é uma iniciativa importante que está sendo realizada por meio de parceria entre a Prefeitura e o Governo do Estado. Depois da Avenida XV de Novembro, agora será a vez da Avenida 28 de Março, outro importante corredor viário da cidade – destacou o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Fábio Ribeiro.

Na tarde desta terça-feira (10), o início dos trabalhos na 28 de Março foi tema de reunião envolvendo as Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, a Subsecretaria de Mobilidade, a Guarda Civil e o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT).

“A intervenção deixará uma faixa liberada para o trânsito. O projeto beneficia diversos bairros da cidade, como Turfe, Jockey, Flamboyant, Parque Califórnia e Pecuária, e trará muitos benefícios para a população”, completou o subsecretário de Mobilidade, Sérgio Mansur. Na próxima semana, terão início as ações no sentido Jockey-Centro.

Fonte: Ascom

Inea inicia abertura da barra na foz do Paraíba em SJB

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Foto: Divulgação

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) inicia na manhã desta quarta-feira, 11, a abertura da barra na foz do Rio Paraíba do Sul. A medida visa aumentar o escoamento da água para o mar e, em consequência, diminuir a pressão nos diques e o volume ao longo do leito em decorrência da cheia. A viabilidade técnica da intervenção, com a definição do ponto onde será feita e sem que haja efeitos relacionados à assoreamento e avanço do mar no Pontal de Atafona, foi discutida em reunião na noite desta terça-feira, 10, na Prefeitura de São João da Barra.

Participaram a prefeita Carla Caputi e integrantes de diversas secretarias municipais, do Inea, Defesa Civil Estadual, Comitê de Bacia Hidrográfica do Baixo Paraíba do Sul, Colônia de Pescadores Z-2, Ministério Público Estadual, municípios de São Francisco de Itabapoana e Cardoso Moreira, comissão da comunidade pesqueira de Atafona e vereadores.

A abertura da barra atende uma solicitação do Comitê de Bacia Hidrográfica do Baixo Paraíba do Sul em caráter emergencial na tentativa de conter os danos causados nos municípios cortados pelo Paraíba do Sul. Em São João da Barra, a atenção maior está voltada ao dique ao longo da margem do rio, que apresenta até o momento nove pontos com risco iminente de rompimento. Entre eles está o de Barcelos, que em janeiro de 2022 rompeu com a força da água, causando alagamento na localidade e interdição da BR-356.

A Defesa Civil Municipal de São João da Barra confirma uma estabilização durante o dia em 6,50 metros. A cota de transbordo no município é 8 metros. “Porém, a previsão é que esse o nível aumente entre quarta e sexta-feira, com a chegada das águas oriundas do aumento da vazão na hidrelétrica da Ilha dos Pombos, a 180 quilômetros da foz. Continuamos realizando o monitoramento 24h e a expectativa é que, coma conclusão da abertura da barra, a situação não se agrave”, explica o coordenador municipal de Defesa Civil, Marco Antônio Ribeiro.

O município de São João da Barra mantém, segundo a Secretaria Municipal e Meio Ambiente e Serviços Públicos, uma preocupação permanente relacionada ao dique e vem mantendo diálogo para ações visando solucionar o problema junto ao estado.

“Um relatório com o mapeamento dos danos e procedimentos para recuperação foi apresentado por nós em janeiro de 2022, após o rompimento do dique em Barcelos, ao Inea, à Fundação Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ), Ministério Público Estadual e Secretaria Estadual de Infraestrutura e Obras. Constantemente estamos reiterando essa necessidade. O estudo mostra 21 pontos vulneráveis ao longo do dique, que compreende o trecho entre o distrito de Barcelos e a sede do município”, destacou a secretária municipal de Meio Ambiente e Serviços Públicos, Marcela Toledo.

A prefeita Carla Caputi ressaltou a importância do diálogo com participação das autoridades envolvidas envolvidas na busca pela solução emergencial. “É preciso, portanto, manter essa mobilização para que possamos encontrar uma solução definitiva para o problema do efeito das cheias. Estaremos à disposição para que isso aconteça”, disse.

Fonte: Ascom SJB

Motociclista fica ferido após colidir em poste na 28 de Março, em Campos

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Foto: Reprodução Redes Sociais

Na manhã desta quarta-feira (11) um motociclista identificado pelas iniciais L.H.V.M, ficou ferido após colidir em um poste, no cruzamento entre a Rua Doutor Felipe Uebe com Avenida 28 de Março, no Parque California, em Campos.

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, o homem perdeu o controle da direção da moto e atingiu o poste. A vítima foi socorrida com fraturas para o Hospital Ferreira Machado (HFM).

Segundo apuração da Redação ClickCampos, a vítima de 22 anos, teve escoriações pelo corpo, possível fratura na bacia e na perna direita. Fez exames de raio-x e tomografia e em seguida foi encaminhado para o repouso do politrauma, onde segue em observação.

O caso chamou atenção por quem passava pelo local e o trânsito registrou lentidão, mas logo foi normalizado.

Defesa Civil de Campos veda galeria para evitar que Muriaé alague Três Vendas

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Foto: Reprodução Ascom

Equipes da Secretaria de Defesa Civil atuaram em Três Vendas nesta terça-feira (10), fazendo a vedação da galeria celular sob a BR-356 (Campos-Itaperuna), em função do aumento do nível do Rio Muriaé. A medida é emergencial e preventiva, diante o risco do rio, que já transbordou em Cardoso Moreira, alagar a localidade de Campos. A ação foi iniciada na última quarta-feira (4), quando a Defesa Civil fez a medição da “boca” da galeria celular construída no local pelo governo federal e iniciou a aquisição de chapa de aço para a vedação e pedras para a contenção das águas do Muriaé.

“O rio Muriaé já transbordou em Cardoso Moreira, município mais próximo de Campos, e água vem direto para Três Vendas, podendo atingir as casas de cerca de quatro mil pessoas. O ideal seria termos, no local, uma comporta Flap, que poderia ser fechada em casos de elevação do nível do rio em Três Vendas. Isso, inclusive, vem sendo solicitado há anos pela Prefeitura. Como medida emergencial e com o apoio da Coagro, que cedeu a chapa de aço, e da Secretaria de Obras, com as máquinas, realizamos o trabalho e seguimos acompanhando a situação do Muriaé”, explicou o subsecretário de Defesa Civil, Edison Pessanha.

Fonte: Ascom

Peru impõe toque de recolher em região onde protestos provocaram 18 mortes

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo do Peru decretou nesta terça-feira (10) um toque de recolher noturno na cidade de Puno, novo epicentro dos protestos contra a presidente Dina Boluarte. Grandes manifestações voltaram a ganhar corpo nos últimos dias, agravando a crise estrutural do país, em convulsão social desde a destituição de Pedro Castillo da Presidência, há pouco mais de um mês.

A medida foi anunciada horas após o dia mais letal desde o início dos protestos. Na segunda-feira (9), 18 pessoas morreram em confrontos entre manifestantes e policiais na região de Juliaca, a 60 km de Puno. A conta não inclui um bebê recém-nascido que também morreu depois de não ter podido chegar a um hospital devido a bloqueios nas rodovias.
A maior parte dos óbitos foi registrada em um embate na região do aeroporto de Juliaca, que os manifestantes tentavam tomar -14 pessoas teriam morrido no local, segundo a Defensoria do Peru. Numa tentativa de enfraquecer o governo Dina, apoiadores de Castillo têm bloqueado estradas e infraestruturas importantes para o país.
Outras três pessoas morreram em um shopping center. Segundo as autoridades, elas teriam atacado o estabelecimento. O corpo de um policial foi encontrado carbonizado em um veículo. Jorge Angulo, porta-voz do Ministério do Interior, afirmou que o agente foi “vítima de criminosos” ainda não identificados. A autópsia deverá esclarecer as circunstâncias da morte.
Em tentativa de frear os atos, o primeiro-ministro peruano, Alberto Otárola, anunciou o toque de recolher em Puno, que deveria entrar em vigor ainda nesta terça, às 20h pelo horário local (22h de Brasília), e perdurar até as 4h. A medida, a princípio válida por três dias, pode ser prorrogada.
O premiê ainda apresentou ao Parlamento o pedido de voto de confiança de investidura, um requisito constitucional para que o gabinete se mantenha no cargo.
Ao menos 40 pessoas morreram desde o início das manifestações em dezembro, mas os casos de violência não têm coibido a organização de novos atos. Ao menos 53 trechos de rodovias foram bloqueados nesta terça, segundo as autoridades peruanas. Piquetes que impedem a circulação de veículos foram registrados nas regiões de Puno, Cusco, Apurímac, Arequipa, Madre de Dios e Amazonas.
Em Puno, onde os protestos se concentram, autoridades relataram novos ataques contra estabelecimentos comerciais e veículos da polícia.
Os protestos voltaram a ganhar adesão depois de uma trégua de duas semanas durante as festas de fim de ano. Os manifestantes exigem a renúncia da atual chefe do Executivo, a dissolução do Congresso, mudanças na Constituição e a libertação de Castillo -preso em dezembro depois de ser destituído após uma tentativa fracassada de golpe de Estado.
Antes vice de Castillo, Dina é chamada de traidora pelos manifestantes contrários ao seu governo. No mês passado ela declarou estado de emergência e assinou decreto para que as Forças Armadas se juntem à polícia na repressão dos atos.
A forte repressão contra os manifestantes, contudo, tem aumentado a pressão sobre a presidente. Nesta terça, o governo regional de Puno decretou três dias de luto devido às mortes nas últimas horas e pediu a renúncia da presidente. O arcebispo de Huancayo, Pedro Barreto, afirmou que a crise no Peru se assemelha a uma zona de guerra. “A verdade é que estamos nas mãos da barbárie”, disse à rádio RPP.
Outras lideranças e organizações pedem a investigação das mortes. Nesta quarta, o Peru deve receber uma missão da CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos), que pretende monitorar o cenário dos direitos humanos no país.
O premiê Otárola afirmou nesta terça que criminosos financiados por “dinheiro obscuro” foram responsáveis pelas mortes ocorridas nesta segunda. Ele acrescentou que ao menos 143 pessoas -68 manifestantes e 75 policiais ficaram feridos só na segunda-feira.
Em meio à crise, o Peru proibiu, nesta segunda, a entrada do ex-presidente boliviano Evo Morales em seu território. Ele é acusado pela gestão de Dina de interferir nos assuntos da política interna.
Presidente da Bolívia de 2006 a 2019, Evo tem expressado apoio aos manifestantes contrários ao governo Dina. O líder teve presença ativa na política peruana desde que Castillo assumiu a Presidência, em julho de 2021, até sua destituição, no início de dezembro.
Na semana passada, Dina pediu ao líder da Bolívia que parasse de interferir em assuntos peruanos. Já o ministro da Defesa, Jorge Chávez, afirmou que cinco bolivianos que estariam incentivando os protestos no país foram identificados.
O ex-presidente Castillo está cumprindo 18 meses de prisão preventiva enquanto é investigado pelos crimes de rebelião e conspiração depois de tentar fechar o Congresso ilegalmente -ele nega as acusações.

Peru impõe toque de recolher em região onde protestos provocaram 18 mortes em um dia

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo do Peru decretou nesta terça-feira (10) um toque de recolher noturno na cidade de Puno, novo epicentro dos protestos contra a presidente Dina Boluarte. Grandes manifestações voltaram a ganhar corpo nos últimos dias, agravando a crise estrutural do país, em convulsão social desde a destituição de Pedro Castillo da Presidência, há pouco mais de um mês.

A medida foi anunciada horas após o dia mais letal desde o início dos protestos. Na segunda-feira (9), 18 pessoas morreram em confrontos entre manifestantes e policiais na região de Juliaca, a 60 km de Puno. A conta não inclui um bebê recém-nascido que também morreu depois de não ter podido chegar a um hospital devido a bloqueios nas rodovias.
A maior parte dos óbitos foi registrada em um embate na região do aeroporto de Juliaca, que os manifestantes tentavam tomar -14 pessoas teriam morrido no local, segundo a Defensoria do Peru. Numa tentativa de enfraquecer o governo Dina, apoiadores de Castillo têm bloqueado estradas e infraestruturas importantes para o país.
Outras três pessoas morreram em um shopping center. Segundo as autoridades, elas teriam atacado o estabelecimento. O corpo de um policial foi encontrado carbonizado em um veículo. Jorge Angulo, porta-voz do Ministério do Interior, afirmou que o agente foi “vítima de criminosos” ainda não identificados. A autópsia deverá esclarecer as circunstâncias da morte.
Em tentativa de frear os atos, o primeiro-ministro peruano, Alberto Otárola, anunciou o toque de recolher em Puno, que deveria entrar em vigor ainda nesta terça, às 20h pelo horário local (22h de Brasília), e perdurar até as 4h. A medida, a princípio válida por três dias, pode ser prorrogada.
O premiê ainda apresentou ao Parlamento o pedido de voto de confiança de investidura, um requisito constitucional para que o gabinete se mantenha no cargo.
Ao menos 40 pessoas morreram desde o início das manifestações em dezembro, mas os casos de violência não têm coibido a organização de novos atos. Ao menos 53 trechos de rodovias foram bloqueados nesta terça, segundo as autoridades peruanas. Piquetes que impedem a circulação de veículos foram registrados nas regiões de Puno, Cusco, Apurímac, Arequipa, Madre de Dios e Amazonas.
Em Puno, onde os protestos se concentram, autoridades relataram novos ataques contra estabelecimentos comerciais e veículos da polícia.
Os protestos voltaram a ganhar adesão depois de uma trégua de duas semanas durante as festas de fim de ano. Os manifestantes exigem a renúncia da atual chefe do Executivo, a dissolução do Congresso, mudanças na Constituição e a libertação de Castillo -preso em dezembro depois de ser destituído após uma tentativa fracassada de golpe de Estado.
Antes vice de Castillo, Dina é chamada de traidora pelos manifestantes contrários ao seu governo. No mês passado ela declarou estado de emergência e assinou decreto para que as Forças Armadas se juntem à polícia na repressão dos atos.
A forte repressão contra os manifestantes, contudo, tem aumentado a pressão sobre a presidente. Nesta terça, o governo regional de Puno decretou três dias de luto devido às mortes nas últimas horas e pediu a renúncia da presidente. O arcebispo de Huancayo, Pedro Barreto, afirmou que a crise no Peru se assemelha a uma zona de guerra. “A verdade é que estamos nas mãos da barbárie”, disse à rádio RPP.
Outras lideranças e organizações pedem a investigação das mortes. Nesta quarta, o Peru deve receber uma missão da CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos), que pretende monitorar o cenário dos direitos humanos no país.
O premiê Otárola afirmou nesta terça que criminosos financiados por “dinheiro obscuro” foram responsáveis pelas mortes ocorridas nesta segunda. Ele acrescentou que ao menos 143 pessoas -68 manifestantes e 75 policiais ficaram feridos só na segunda-feira.
Em meio à crise, o Peru proibiu, nesta segunda, a entrada do ex-presidente boliviano Evo Morales em seu território. Ele é acusado pela gestão de Dina de interferir nos assuntos da política interna.
Presidente da Bolívia de 2006 a 2019, Evo tem expressado apoio aos manifestantes contrários ao governo Dina. O líder teve presença ativa na política peruana desde que Castillo assumiu a Presidência, em julho de 2021, até sua destituição, no início de dezembro.
Na semana passada, Dina pediu ao líder da Bolívia que parasse de interferir em assuntos peruanos. Já o ministro da Defesa, Jorge Chávez, afirmou que cinco bolivianos que estariam incentivando os protestos no país foram identificados.
O ex-presidente Castillo está cumprindo 18 meses de prisão preventiva enquanto é investigado pelos crimes de rebelião e conspiração depois de tentar fechar o Congresso ilegalmente -ele nega as acusações.

Rússia avança no leste da Ucrânia após meses de impasse

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após meses de impasse em torno da estratégica cidade de Bakhmut, em Donetsk, no leste da Ucrânia, forças russas mudaram sua tática e conseguiram avançar para uma posição que pode lhes permitir romper as defesas ucranianas na região.

De acordo com blogueiros militares russos e avaliação do Ministério da Defesa do Reino Unido, tropas do grupo mercenário russo Wagner controlam quase toda Soledar, uma cidadezinha de 10 mil habitantes famosa por sua mina de sal, que fica 15 km a nordeste de Bakhmut.

Desde outubro, russos e ucranianos transformam a região numa terra arrasada, um moedor de carne humana na definição das Forças Armadas de Kiev. Bakhmut é hoje mais ruína, ao estilo do que ocorreu em Mariupol, tomada pelos russos no mais sangrento cerco da guerra iniciada em fevereiro de 2022.

As linhas de suprimento para as forças da Ucrânia em Bakhmut foram interrompidas. Na segunda (9), o presidente Volodimir Zelenski disse que, “graças à resistência em Soledar, ganhamos tempo”, sem especificar para quê. Donetsk é, das quatro regiões anexadas por Vladimir Putin em setembro, a menos controlada pelos russos -talvez algo mais do que 50% dela esteja em mãos de Moscou. Há ações ofensivas também em Liman, cidade de onde os russos se retiraram em outubro, e Adviika.

A situação difícil consolida o fim da onda de otimismo exagerado acerca do momento pró-Kiev da guerra, que se mostrava evidente pela sequência de boas notícias para Zelenski: a retomada de territórios em Kharkiv, no nordeste do país e a retirada de forças russas da margem oeste do rio Dnieper em Kherson, abandonando a capital regional homônima, maior cidade que haviam conquistado.

Houve lances mais simbólicos, como os ataques com drones a bases aéreas no interior da Rússia e um ataque mortífero contra uma base com recrutas em Donetsk, mas o fato é que do fim do ano para cá o impasse voltou a dominar a cena -com um viés favorável aos russos, que têm tido tempo para se reorganizar e empregar os 320 mil reservistas que mobilizaram para os moedores de carne a oeste.

“Os soldados são feridos e morrem de frio ou de perda de sangue, sem que ninguém os colete”, afirmou o analista militar ucraniano Oleh Jdanov no YouTube, pintando um quadro mais cruel do lado do adversário.

No sul do país, os ucranianos não conseguiram avançar além das linhas defensivas mais elaboradas dos russos na margem leste do Dnieper, e Moscou segue impondo uma campanha punitiva contra civis, mirando com mísseis e drones suicidas a infraestrutura energética do país em pleno inverno.

Na semana passada, após grande protelação, países ocidentais anunciaram o envio de blindados para a Ucrânia, exatamente o tipo de armamento necessário para a campanha no leste -que pressupõe seu emprego para romper linhas, no que de resto é uma grande batalha de artilharia.

Os números, contudo, ainda são modestos, e não há sinais de tanques de guerra, uma demanda de Kiev. Os EUA enviarão 50 blindados de combate de infantaria Bradley, a Alemanha, 40 similares Marder e a França, um número incerto de tanques leves AMX.

Se ficar nisso, não deve ser suficiente para mudar o rumo da guerra, assim como as complexas baterias antiaéreas Patriot americanas, que serão cedidas por países da Otan, a aliança militar liderada pelos EUA, como a Alemanha -representantes do Pentágono confirmaram à imprensa americana nesta terça que receberão em breve soldados ucranianos para treiná-los a operar o sistema. Se o influxo aumentar, como no caso dos lançadores de foguetes Himars, o impacto pode ser significativo.

Zelenski quer ao menos 300 novos tanques ocidentais. Da sua frota de 987 veículos pré-guerra, acrescida de 230 modelos soviéticos T-72 da Polônia, ao menos 444 foram destruídos, de acordo com o site de monitoramento militar holandês Oryx. O Reino Unido, segundo a imprensa local, estuda enviar alguns modelos pesados Challenger-2, buscando assim incentivar a Alemanha a fazer o mesmo movimento com seus modernos Leopard-2. Um ex-comandante da Otan, o general britânico Richard Shirreff, disse à rádio londrina LBC que “o Ocidente deveria ter enviado tanques muito antes”.

Putin já sinalizou que, ao menos neste momento, estaria satisfeito em negociar uma paz que o deixasse com os nacos que anexou da Ucrânia, cerca de 20% dos territórios do país, incluindo a Crimeia, que absorveu em 2014. Kiev não aceita, por óbvio, tal posição.

No Ocidente, o momento russo não passou despercebido. Após semanas falando sobre o que considerava derrota certa de Moscou, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou nesta terça (10) que “não se deve subestimar a Rússia”. Assim, além de fazer um “hedge” acerca da situação em campo, abre espaço para o aumento no envio de armas para Kiev, algo que tem sido ajustado ao longo do conflito pelo temor de que os russos considerassem o fornecimento de caças, por exemplo, um envolvimento direto demais da aliança no conflito -arriscando uma Terceira Guerra Mundial.

Chuva em Minas: Mortes no Estado chegam a 20

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A chuva que castiga Minas Gerais nas últimas semanas provocou novas mortes no Estado. Na madrugada desta terça-feira, um casal de idosos foi soterrado em Caldas. Um barranco desabou sobre a casa em que moravam, na zona rural do município que fica no sul de Minas, e parte da residência cedeu com o volume de terra.

Identificados como Antônio Messias do Amaral, de 70 anos, e Maria de Lourdes Amaral, de 66, eles foram retirados dos escombros por vizinhos. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, um jovem que seria neto do casal também estava no imóvel e conseguiu escapar da tragédia com ferimentos leves. O local foi interditado, pois há riscos de novos deslizamentos.

Os dois óbitos aumentam a triste estatística do período chuvoso em Minas, iniciado em setembro. Desde então, 20 pessoas já perderam vida – 6 apenas nos últimos quatro dias.

A Defesa Civil de Minas Gerais alerta que, diante das previsões de que as chuvas devem seguir intensas no Estado, podem ocorrer deslizamentos de encostas, aumento gradativo e/ou repentino do nível de rios, cachoeiras e reservatórios, levando perigo à população.

Imunização contra covid entrará no calendário regular de vacinação, diz ministra

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A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta terça-feira, 10, que a imunização contra covid-19 vai entrar no calendário regular de vacinações do Brasil, algo que não ocorre atualmente. A medida faz parte de um plano do governo federal de iniciar, em fevereiro, uma campanha nacional de reforço nacional de imunização contra diversas doenças, principalmente de crianças.

“Já adquirimos vacinas do Instituto Butantan, estamos trabalhando com a Pfizer, garantindo que haja vacina. Além da vacina, tem que ter toda estratégia da vacinação, como a comunicação. Estamos falando não só de vacinação contra covid. Temos tarefa de recuperar altas coberturas vacinais no Brasil”, disse a ministra em entrevista coletiva no período da tarde desta terça-feira.

Ainda segundo Nísia, o governo fará um plano emergencial para reduzir filas de cirurgias e consultas em todo o País, além de trabalhar na recuperação do programa Farmácia Popular.

Why you ought to Use a VPN

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A VPN, or virtual private network, is an online protection tool that encrypts all visitors and from the device. It has the used for various purposes, which include accessing clogged sites and evading censorship.

The main aim of a VPN is to defend your privacy. Your Internet service provider (ISP) may snoop on your internet activities promote your data to third parties. But , with the use of a VPN, you can reroute your computer data through a VPN server with your own Internet protocol address. This makes it harder for ISPs to track you and helps prevent your bandwidth out of being throttled.

Some VPNs also enable you to bypass geo-restricted streaming content material, such as the available on Netflix. However , even a good VPN won’t assurance total anonymity. For example , the BBC iPlayer top 5 minecraft errors and ways to fix them comes with invested in technology to detect VPN users. If that they catch you utilizing it, you could be blocked from enjoying the program.

Another reason to use a VPN is to hide your Internet protocol address. Your ISP also can monitor your location.

Many websites can also use your IP address to target advertisements. If you need to avoid this kind of, you should change your IP address. You can do this with a VPN or having a simple proxy.

A good VPN should provide a no-logs insurance plan. This means that the provider won’t store any information about your actions. In addition , it might be wise to opt for a hosting company that offers superb support.

NordVPN is one of the the majority of popular VPNs around. It is also one of the most protect.

Avast Antivirus Assessment

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China reage a restrições de viagens de vizinhos na Ásia em meio a surto de Covid

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PETRÓPOLIS, RJ (FOLHAPRESS) – A China interrompeu parcialmente a emissão de vistos para cidadãos da Coreia do Sul nesta terça-feira (10) –dias depois de reabrir suas fronteiras após três anos de isolamento. A ação é vista como uma resposta ao anúncio de Seul de que passaria a exigir testes negativos de Covid-19 de viajantes de Pequim em meio ao surto de coronavírus vivido pela ditadura desde que ela relaxou sua política de Covid zero, no final do ano passado.

Embora a China tenha imposto a recém-chegados exigências de testagem similares àquelas agora requisitadas pela Coreia do Sul, o porta-voz da chancelaria chinesa, Wang Wenbin, afirmou que a medida sul-coreana é discriminatória e que seu país agiria de maneira recíproca. O primeiro destes atos foi implementado já nesta terça, quando a embaixada chinesa em Seul suspendeu a emissão de vistos sul-coreanos para viagens de curta duração à China.

Algo semelhante ocorreu no Japão depois que este estabeleceu restrições à entrada de chineses. De acordo com a agência de notícias Kyodo, a China teria alertado uma série de agências de viagem locais que pararia de emitir novos vistos para japoneses. Questionada pela Reuters, a embaixada chinesa em Tóquio não confirmou nem desmentiu a informação.

Coreia do Sul e Japão não foram as únicas nações a impor restrições à passageiros vindos da China desde que ela comunicou a retomada de viagens internacionais. A lista inclui mais de dez outros países, entre eles Estados Unidos, Reino Unido e Itália, que expressaram preocupação com a chance de que a alta transmissão de Covid observada no gigante asiático agora dê origem a novas variantes, capazes de escapar às vacinas atuais. Sanitaristas afirmam que a medida adotada por esses países –exigir testes negativos antes de embarcar ou na chegada ao aeroporto– não é o suficiente para conter novas infecções.

O cenário é agravado pelo fato de que o regime deixou de publicar números oficiais sobre infecções e mortes em decorrência do coronavírus. O apagão foi criticado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que afirmou que os números atuais sub-representam o impacto real da doença –a empresa de dados britânica Airfinity Daily estima que hoje o país registre, diariamente, cerca de 3 milhões de casos e 18,900 mortes.

As autoridades chinesas negam que a decisão de deixar de publicar dados tenha motivação política. “Desde o surto, a China tem tem tido uma atitude aberta e transparente”, afirmou Wang. A mídia estatal também tem afirmado que o pico da Covid já passou, com infecções diminuindo na capital e em várias províncias pelo país.

O princípio de reciprocidade já tinha sido evocado pela China quando os primeiros países anunciaram restrições a viajantes oriundos do país. Na ocasião, um porta-voz da diplomacia afirmou que a nação estava disposta a melhorar a comunicação com o mundo, mas se opunha firmemente a tentativas de “manipular as medidas de prevenção e controle da epidemia para fins políticos” e que tomaria “as ações correspondentes”.

Cabe notar, no entanto, que determinações como aquelas impostas pela China à Coreia do Sul e ao Japão não foram foram aplicadas a nenhum país ocidental. Pesquisadora da Universidade Fudan, em Xangai, Karin Vazquez, lembra que o vínculo do regime com Seul é muito distinta daquela mantida, por exemplo, com os Estados Unidos –tanto em termos econômicos quanto políticos. Agir de forma semelhante em relação aos americanos não seria percebido como reciprocidade, mas como uma afronta.

Além disso, criar mais dificuldades para a entrada de estrangeiros não só representaria uma espécie de retomada da política da Covid zero –flexibilizada de forma um tanto abrupta, depois de uma onda de protestos com poucos precedentes–, como contrariaria o que Vazquez descreve como uma tentativa do regime de propor uma agenda positiva ao se reconectar com o mundo.

“Toda a onda positiva da abertura da economia e das fronteiras iria por água abaixo, assim como o quanto o partido e Xi Jinping podem capitalizar em cima dela”, diz a pesquisadora.

Ela alerta que, mesmo assim, é possível que seja só uma questão de tempo até que a China use o princípio de reciprocidade para barrar visitantes de países impuseram restrições a cidadãos vindos de seu país. Mas isso representaria um enorme custo político –e os desgastes nessa área, que incluem mas não se limitam à pandemia, já tiveram grandes impactos na economia chinesa nos últimos anos.

O estremecimento das relações diplomáticas da China com Coreia do Sul e Japão não parece ter diminuído o otimismo dos mercados asiáticos quanto à reabertura das fronteiras. Antes da pandemia, chineses costumavam gastar cerca de US$ 250 bilhões por ano no exterior.

Escolhido para combate ao HIV: ‘Pensar em eliminar a Aids no Brasil’

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O médico Draurio Barreira, gerente da tuberculose na Unitaid (Central Internacional para a Compra de Medicamentos contra a Aids, malária e tuberculose), agência global ligada à OMS (Organização Mundial da Saúde), foi convidado para assumir o novo Departamento de Vigilância de IST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.

“Desejo voltar ao Brasil e contribuir com o processo de reconstrução”, afirma o médico, que atuou em programas de vigilância de doenças sexualmente transmissíveis no país na década de 1990.

“Penso na articulação de uma agenda interministerial que possa elevar a agenda de eliminação da Aids e das hepatites virais nas prioridades de governo”, acrescenta.

Para Barreira, “eliminação” é um termo possível e alcançável até 2030, conforme a meta proposta pela OMS. “Podemos ser o primeiro país em desenvolvimento a eliminar a tuberculose. Tenho muita clareza da factibilidade dessa meta de eliminação da doença como problema de saúde pública e da mesma maneira podemos pensar nas hepatites virais e na Aids”.

Ele sabe que as ações dos próximos anos podem devolver ao Brasil o papel de protagonista no enfrentamento à Aids e espera que o posto seja reconquistado.

“O Brasil tem condições como poucos de liderar o movimento sanitário de forma muito ousada porque, diferentemente de quase todos os países, tem um sistema de saúde que provê o acesso universal. Isso é muito raro”, finaliza.

O médico Fábio Mesquita chegou a ser cogitado para o cargo, mas no fim o escolhido foi Barreira.

Coordenador do Programa Nacional de Controle da Tuberculose até 2016, Barreira pediu afastamento do Ministério da Saúde para assumir o posto na agência em Genebra (Suíça), focada na inovação em saúde e no fornecimento de novas ferramentas para prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, principalmente Aids, tuberculose e malária.

“Meu ciclo agora, voltando do global para o nacional, tem foco no indivíduo afetado, em prover acesso à inovação para as populações mais vulneráveis e necessitadas”, afirma.

Um dos desafios, diz ele, é garantir o acesso às novas tecnologias da área. Cita como exemplo os testes rápidos para HIV que podem ser feitos pela própria pessoa -que no Brasil não avançam porque o diagnóstico no país é baseado no médico. “É preciso descentralizar, dentro dos protocolos de saúde, para que não só os profissionais mas a população que precisa possa fazer o seu próprio diagnóstico”, defende.

“Quando a prevenção for factível, é melhor prevenir do que tratar. Quando o tratamento for a solução, que seja acessível a todos. Hoje, há estratégias de teste como melhor forma de prevenção, no sentido de testar e prover tratamentos. Há profilaxia pré e pós-exposição. Temos um arsenal, agora precisamos impactar especialmente as populações mais vulneráveis”, diz

Barreira reconhece, porém, que não basta oferecer opções. É preciso saber o que as pessoas precisam e o que melhor se adapta à sua realidade.

“O primeiro passo de qualquer resposta nacional a uma doença é ter como interlocutor aquele que vai ser beneficiado pelas ações, então ouvir a sociedade civil, as comunidades afetadas e a academia de modo a oferecer o que as pessoas precisam, não o que imaginamos ser necessário. As balas mágicas não existem”.

Outro desafio é a necessidade de garantir mais recursos. Nesse sentido, uma das ações vislumbradas por Barreira é propor o enfrentamento a essas doenças como uma agenda intersetorial, mobilizando recursos financeiros e humanos de outras áreas.

“Tenho muita convicção de que é possível criar essa agenda. Para isso, há necessidade de recriar os órgãos de gestão participativa como tradicionalmente havia e que cada comissão possa transcender o campo específico de um departamento, de um ministério, para que seja uma agenda realmente transversal e de governo”, comenta o médico.

Campos: BR-356 registra pontos de alagamentos

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Foto: Arquivo/Ilustrativo

A BR-356, entre as localidades de Três Vendas e Sapucaia em Campos, registra pontos de alagamentos por conta cheia do rio Muriaé.

Apesar do alagamento, a estrada segue com tráfego livre nesta terça-feira (10).

Em nota, a Prefeitura de Campos informou que “A Secretaria Municipal de Defesa Civil informa que já tem ciência da informação e que uma equipe já está na localidade tomando as devidas providências”. 

Saiba como funciona a segurança de prédios do governo em capitais pelo mundo

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MILÃO, ITÁLIA (FOLHAPRESS) – A resposta do Distrito Federal aos ataques empreendidos contra os Três Poderes por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília, neste domingo (8), esteve no centro das discussões sobre o episódio.

Capitais pelo mundo enfrentam desafios por lidar com a concentração territorial do aparato do Poder Executivo, de casas legislativas e instâncias do Judiciário, sem contar órgãos internacionais e embaixadas. Não raro, essas cidades possuem status administrativos distintos e, em alguns casos, força policial própria.

Algumas sedes de governo têm ainda a dimensão de metrópole e são, ao mesmo tempo, importantes destinos turísticos. É o caso de Paris, que possui força policial única, subordinada ao gabinete do presidente -hoje, Emmanuel Macron. Roma também tem uma situação especial, com mais autonomia em relação a outras grandes cidades italianas, por ter, além de instituições nacionais e estrangeiras, o Vaticano dentro do seu perímetro urbano.

Nos EUA, a polícia de Washington mistura atribuições locais, distritais e federais. Quando o Capitólio foi atacado, em janeiro de 2021, por apoiadores do então presidente Donald Trump, ela passou a atuar quando a invasão já estava em andamento, uma vez que outra força de ordem é responsável pelo complexo.

PARIS (FRANÇA)

Na capital francesa, que tem pouco mais de 2 milhões de habitantes, mas faz parte de uma região metropolitana de 11 milhões, a segurança é realizada por um órgão específico, a Prefeitura de Polícia de Paris, criada em 1800.

Subordinada ao Ministério do Interior, “la PP” é responsável pela segurança da população e de prédios públicos, além de serviços de emergência e emissão de documentos. Também tem uma subdivisão de inteligência, para prevenção do terrorismo e de riscos em protestos e grandes eventos. Sua atuação se estende, além de Paris, às três áreas periféricas de Hauts-de-Seine, Seine-Saint-Denis e Val-de-Marne.

Um dos momentos mais críticos da atuação policial em Paris foi o auge dos protestos dos Coletes Amarelos, que no fim de 2018 envolveram atos de vandalismo contra prédios de patrimônio público, como o Arco do Triunfo. Primeiro acusada de falhar no policiamento, a corporação depois foi criticada pela reação violenta, que incluiu o uso de balas de borracha que teriam causado ferimentos graves, como a perda dos olhos, em dezenas de pessoas.

LONDRES (REINO UNIDO)

A capital da Inglaterra e do Reino Unido tem a própria força de segurança, o Metropolitan Police Service (serviço de polícia metropolitana). Também conhecido como Scotland Yard, foi criado em 1829 e tem como área de atuação a Grande Londres, com mais de 9 milhões de habitantes.

Além das atribuições corriqueiras de prevenção e repressão a crimes, é responsável por medidas nacionais de combate ao terrorismo e pela proteção de integrantes da família real e do governo, além de autoridades estrangeiras. Também faz a segurança do Palácio de Westminster, a sede do Parlamento.

Seu comandante responde tanto ao prefeito de Londres, encarregado de organizar a estratégia de policiamento, quanto ao ministro do Interior, devido às funções antiterrorismo. Há uma área, porém, de que o Met Police não cuida -a do centro financeiro, a City, jurisdição de uma força policial específica, especializada no combate a fraudes econômicas.

ROMA (ITÁLIA)

Além dos prédios do governo italiano, da Câmara e do Senado, da terceira instância do Judiciário e de embaixadas, a capital italiana, com quase 3 milhões de moradores, ainda abriga a cidade-Estado do Vaticano, sede da Igreja Católica. Tudo isso serviu de justificativa para que, em 2010, o status administrativo da cidade fosse modificado.

Chamada de Roma Capitale, a instituição conta com autonomia em temas administrativos e financeiros. A cidade conta com uma força policial própria, o Corpo de Polícia Local de Roma Capitale. Além da manutenção da segurança urbana, tem como atribuição a preservação do patrimônio histórico-artístico, com agentes subordinados ao prefeito.

Além disso, a área metropolitana, com 4,3 milhões de pessoas, conta com um órgão ligado ao Ministério do Interior, chamado de “prefettura”, responsável pela segurança pública. Foi esse órgão que, por exemplo, comandou o esquema de segurança do funeral do papa emérito Bento 16, que teve a participação de agentes policiais e militares.

WASHINGTON (EUA)

A capital americana, também o distrito federal de Columbia, tem desde 1861 um departamento policial com atribuições únicas. Além da segurança para uma cidade de menos de 700 mil pessoas, o DCPD, como é chamado, está subordinado a uma autoridade distrital, tem atribuições federais e subdivisões altamente especializadas. É um dos mais antigos do país.

Embora o DCPD possa investigar crimes em qualquer lugar da cidade, a segurança da sede do Congresso é responsabilidade de outra força de ordem, a United States Capitol Police. Cabe à Polícia do Capitólio, primariamente, zelar pelas instalações, pelos parlamentares e visitantes. No 6 de Janeiro, só quando apoiadores de Trump invadiram o local a polícia distrital foi chamada e se dirigiu ao prédio.

Em 1973, uma lei deu mais autonomia para o distrito de Columbia, retirando o Congresso de algumas decisões. Além de passar a ter um prefeito e uma câmara eleitos, Washington viveu uma fase de expansão e de fortalecimento de seus serviços. No entanto, o presidente dos EUA pode requerer, em situações de emergência, que a polícia metropolitana atue como agência federal de segurança por tempo limitado.

BUENOS AIRES (ARGENTINA)

A capital argentina é um distrito autônomo, federalizado e separado da província de mesmo nome (cuja capital é La Plata). Com 13 milhões de habitantes, a cidade recentemente viu a polícia metropolitana juntar forças com a seção local da polícia federal. Em 2017, passou a operar a Polícia da Cidade de Buenos Aires, responsável pela segurança urbana. Seu comandante é necessariamente um civil, nomeado pelo governo municipal.

Além dessa força, o país tem, desde 1991, o Sistema de Segurança Interior, que reúne presidente, governadores, integrantes do Legislativo, ministros do Interior, da Defesa e da Justiça e representantes das polícias e do Exército. Seu objetivo é determinar as políticas de segurança, controlar e apoiar as forças policiais para o seu cumprimento.