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Ministério da Justiça cria canal para receber denúncias de atos terroristas

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Denúncias de atos terroristas que tenham acontecido neste domingo, 8, em Brasília, poderão ser encaminhadas diretamente ao Ministério da Justiça por meio do e-mail [email protected]. O canal foi criado nesta segunda-feira, dia 9, pela pasta para concentrar pistas e informações.

Homem é baleado de raspão na cabeça no Parque Aeroporto, em Guarus

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Hospital Ferreira Machado, em Campos dos Goytacazes
Hospital Ferreira Machado, em Campos dos Goytacazes/Foto: ClickCampos

Na noite deste domingo (8) um homem de aproximadamente 30 anos foi baleado de raspão, no Conjunto Habitacional do Parque Aeroporto, em Guarus.

A vítima estava saindo da casa da sogra quando foi surpreendida pelos disparos. Um tiro o atingiu de raspão na cabeça. Os Bombeiros foram acionadas e socorrem a vítima para o Hospital Ferreira Machado (HFM).

Na unidade hospitalar, ele foi medicado, explicou toda a situação para a Polícia Militar e foi liberado. O caso foi registrado na 146ª Delegacia de Polícia de Guarus.

Papa Francisco atribui ataques em Brasília a enfraquecimento da democracia no mundo

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O papa Francisco lamentou nesta segunda-feira (9) as crises políticas que se espalham pelas Américas e citou nominalmente o Brasil, onde apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram a Esplanada dos Ministérios, vandalizando prédios públicos e afrontando instituições democráticas.

“Penso nas inúmeras crises políticas em vários países do continente americano, com sua carga de tensões e formas de violência que exacerbam os conflitos sociais”, disse Francisco em discurso perante o corpo diplomático do Vaticano.

“Penso especialmente no que aconteceu recentemente no Peru e nas últimas horas no Brasil”, acrescentou, em referência aos ataques em Brasília e aos protestos que se espalharam no país andino desde a tentativa de golpe de Estado do ex-presidente Pedro Castillo.

Para o pontífice argentino, é preocupante o “enfraquecimento, em muitas partes do mundo, da democracia.

Ainda no domingo (8), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se disse perplexa e pediu em nota a responsabilização dos organizadores e participantes dos ataques criminosos em Brasília.

O líder da Igreja Católica se soma a diversas lideranças mundiais que condenaram os atos golpistas. Chefes de Estado e de governo de dezenas de países manifestaram repúdio ao que chamaram de ataque e atentado contra a democracia e as instituições democráticas. A reação à insurreição de bolsonaristas também inclui mensagens de apoio e solidariedade ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Teto desaba em cima de piscina e provoca sete feridos nos Estados Unidos

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O teto de uma piscina em uma estância termal no estado norte-americano de Idaho desabou no sábado em cima dos banhistas, com sete pessoas a ficarem feridas e a serem encaminhadas para o hospital.

As vítimas têm idades entre os 9 os 70 anos de idade. Todas encontram-se estáveis e conscientes, de acordo com as autoridades do condado de Owyhee, num comunicado citado pela Associated Press.

Segundo contaram testemunhas no interior das termas Givens Hot Springs à televisão local KTVB-7, encontravam-se entre 15 a 20 pessoas no interior da água quando pedaços de madeira começaram a cair.

Here’s a look at the roof that collapsed on people at Givens Hot Springs, seven people were injured and had to go to the hospital. We spoke with the Givens family today. @IdahoNews6 pic.twitter.com/kAERpDb5mp

— Steve Dent (@idahodent) January 9, 2023

“Eu vi o primeiro pedaço de madeira a cair do teto. Ouvi  partindo e depois desabou tudo. Eu fui atingido e fiquei inconsciente, e caí dentro da água. Um bombeiro me salvou e o meu sobrinho me tirou da água. Mas foi assustador”, contou Lee Wilson, uma das vítimas no local.

Outra pessoa contou à televisão local que o incidente foi semelhante a um terremoto.

As autoridades desconhecem o que pode ter provocado a ruptura da estrutura. Apesar das temperaturas reduzidas a que a região está habituada, não havia neve acumulada no exterior do teto.

As termas permaneceram encerradas devido a “problemas estruturais”.

 

Protesto bloqueia a Marginal Tietê em São Paulo

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(FOLHAPRESS) – Um protesto bloqueou as pistas da Marginal Tietê, na capital paulista, na madrugada desta segunda-feira (9) e causou lentidão no trânsito. Por conta da ação, a rodovia Castello Branco (SP-280) chegou a registrar 3 quilômetros de congestionamento.

Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), houve ocupação total da pista local da Marginal Tietê, no sentido Ayrton Senna, na altura da Ponte dos Remédios. A PM foi acionada e, por volta das 7h, a pista central foi desocupada.

Foi colocado fogo em objetos como pneus, entre outros. Ainda não há informações sobre a causa dos protestos.

De acordo com a concessionária CCR ViaOeste, como reflexo do protesto houve mais de 3 quilômetros de congestionamento na rodovia Castello Branco (SP-280), na chegada às Marginais Tietê e Pinheiros.

Bolsonaristas bloqueiam agora a pista local da Marginal Tietê, no sentido Dutra, na altura da Ponte dos Remédios. Equipes da Polícia Militar estão no local. A via é uma das mais importantes da cidade de São Paulo. pic.twitter.com/YKTEEJBu7T

— Rádio BandNews FM (@radiobandnewsfm) January 9, 2023

Rio Muriaé transborda e chega a 48 cm acima da cota de transbordo

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Foto: Prefeitura de Itaperuna

O transbordamento do Rio Muriaé continua causando transtornos em Itaperuna, no Noroeste Fluminense. Por causa da cheia, a Defesa Civil do município interditou o trânsito na Av. Senador Francisco Sá Tinoco, conhecida como Beira Rio, na manhã deste domingo (8).

O nível do rio subiu 20 centímetros durante a madrugada, chegando a 4,48m, 48cm acima da cota de transbordo.

A previsão é que o nível do rio se estabilize e comece a baixar durante este domingo. A chuva acumulada nas últimas 24 horas é de 5 mm, de acordo com a Defesa Civil. Não há registros de desabrigados, desalojados ou qualquer outra ocorrência devido às chuvas.

A equipe da Defesa Civil continua monitorando as bacias dos rios Muriaé e Carangola, e também a previsão do tempo para as próximas horas, o que não afeta significativamente o município.

A cota de atenção do Rio Muriaé é de 2,90 metros, enquanto a de alerta é de 3,40 metros e a cota de transbordo é de 4 metros.

O número do WhatsApp da Defesa Civil é (22) 3824-6334. Também é possível cadastrar o serviço de alerta via SMS, pelo número 40199.

Fonte: g1

Abastecimento de água será interrompido em Venda Nova e Campo Novo

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Águas do Paraíba/Foto: Divulgação

Águas do Paraíba informou nesta segunda-feira (9) que o abastecimento nas localidades de Campo Novo e Venda Nova será interrompido, na terça-feira (10/01), das 8h às 17h, para realização de uma manutenção na Estação de Tratamento de Água (ETA) Campo Novo.

A intervenção visa manter a eficiência dos serviços. A concessionária solicita que a população faça uso consciente da água durante esse período.

Em caso de dúvida ou solicitação de caminhão-pipa, entre em contato pelos canais de relacionamento: WhatsApp (21) 97211-8064, aplicativo Cliente Águas, ou pelo 0800 772 0422.

Múcio diz que acampamentos golpistas serão desmobilizados

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MACEIÓ, AL (UOL/FOLHAPRESS) – O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou que, após os atos de terrorismos de bolsonaristas em Brasília neste domingo (8), não é mais possível “aturar” os acampamentos golpistas em frente aos quartéis-generais do Exército.

“Não tem como continuar assim, vamos tomar providência, não tem mais como aturar isso”, declarou José Múcio Monteiro em entrevista à TV Globo.
Múcio, que mantinha uma posição mais tolerante em relação aos atos antidemocráticos, destacou que agora esses grupos atuam como terroristas e, por esse motivo, serão todos desmobilizados.

Em pronunciamento, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que o governo do Distrito Federal mudou o esquema de segurança na véspera de atos golpistas para liberar pedestres na Esplanada dos Ministérios.

“Nos dias que antecederam esses episódios, inéditos no Brasil, houve uma preparação que se baseou nas responsabilidades constitucionais do governo do Distrito Federal. Não obstante, a esse entendimento, nós tivemos uma mudança de orientação administrativa ontem, em que o planejamento que não comportava a entrada de pessoas na Esplanada foi alterado na última hora”, declarou.

“Não houve comunicação da mudança de planejamento. Soube por um órgão de imprensa. Eu li, e [foi algo] para minha surpresa. Imediatamente questionei, e de manhã novamente por escrito. Disse que isso não parecia correto e tive a resposta que tudo estava tranquilo. Antes, eu não tinha autoridade sobre o aparato de segurança. Agora [com a intervenção] eu tenho” acrescentou, na sequência. Durante a coletiva, Dino afirmou que houve “anomalia” nas forças de segurança que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), terá de explicar se foi enganado e por quem.

INTERVENÇÃO FEDERAL

Quase três horas após os atos de terrorismo, o presidente Lula anunciou intervenção federal no DF até 31 de dezembro. Ele estava em Araraquara, no interior de São Paulo, quando comunicou a decisão à imprensa.

No pronunciamento, Lula criticou a gestão de Bolsonaro, chamou os manifestantes de “fascistas” e ressaltou que os responsáveis pelos protestos golpistas e seus financiadores sejam punidos.

Rússia, China, Alemanha e Reino Unido fazem coro a outros líderes e condenam ato golpista

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os premiês da Alemanha e do Reino Unido e porta-vozes da Rússia e da China fizeram coro nesta segunda (9) às críticas de outros líderes mundiais aos ataques golpistas realizados em Brasília neste domingo (8).

Em uma publicação nas redes sociais, o alemão Olaf Scholz se referiu aos atos como “imagens terríveis”. “Os ataques violentos contra as instituições democráticas são um atentado à democracia que não pode ser tolerado”, escreveu o premiê, expressando “profunda solidariedade” com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com o povo brasileiro.

O britânico Rishi Sunak também ofereceu ao petista e seu governo “total apoio do Reino Unido”. “Condeno qualquer tentativa de minar a transferência pacífica de poder e a vontade democrática do povo brasileiro”, publicou o premiê no Twitter, acrescentando que está “ansioso para fortalecer os laços estreitos” com o Brasil nos próximos anos.

A Rússia também condenou os ataques e afirmou que “apoia plenamente” o governo brasileiro. “Condenamos veementemente as ações dos instigadores do motim e apoiamos totalmente o presidente brasileiro Lula da Silva”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, a jornalistas.

A China, por meio de seu Ministério das Relações Exteriores, disse que “acompanha de perto e se opõe firmemente ao ataque violento contra as autoridades federais”. Wang Wenbin, porta-voz da diplomacia, afirmou ainda que Pequim “apoia as medidas tomadas pelo governo brasileiro para acalmar a situação, restaurar a ordem social e preservar a estabilidade nacional”.

No domingo, milhares de bolsonaristas romperam barreiras policiais e invadiram o Congresso, o palácio presidencial e o Supremo Tribunal Federal em Brasília, quebrando janelas, vandalizando gabinetes e destruindo obras de arte.

As autoridades brasileiras rapidamente iniciaram suas investigações, com Lula prometendo que golpistas serão punidos. “Acreditamos que, sob a liderança do presidente Lula, o Brasil manterá a estabilidade nacional e a harmonia social”, afirmou Wang, referindo-se ao país como “parceiro estratégico” de Pequim.

Polícia Civil prende executores de traficante que causou prejuízo financeiro à organização criminosa em Guarus

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146ª DP/Foto: ClickCampos
146ª DP/Foto: ClickCampos

Policiais civis da 146ªDP (Guarús), com apoio de policiais militares, prenderam dois homens em flagrante pelo crime de homicídio. Eles foram capturados após ação integrada de inteligência.

De acordo com os agentes, a vítima era integrante de uma organização criminosa atuante no tráfico de drogas. Os autores teriam executado a vítima por ter causado prejuízo à organização criminosa.

Os policiais apreenderam a arma utilizado no crime, bem como o vídeo que registrou o momento da execução da vítima. Após as formalidades de praxe, eles foram encaminhados ao sistema prisional.

Campos: Rio Paraíba do Sul atinge cota de 9,02

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Foto: Reprodução Ascom

Em razão do grande volume de água que vem sendo recebido à montante da sua calha principal e de seus principais afluentes, como os rios Pomba, Muriaé e Piabanha, o Rio Paraíba do Sul vem tendo uma taxa de elevação de 3 a 5 centímetros por hora, atingindo a cota de 9,02 às 8h deste domingo (8). A Defesa Civil informa que esta cota não atinge a área do dique que desabou na Avenida XV de Novembro, no Centro. A Secretaria de Obras e Infraestrutura solicitou à Secretaria de Estado das Cidades que as obras sejam realizadas em 24 horas.

O Setor de Monitoramento alertou na última quarta-feira (4) sobre a possibilidade de chuvas significativas não somente em Campos, como nas regiões de influência hídrica para o município. Em Campos houve, até o momento, registro de chuvas fracas a moderadas, porém em regiões de grande significância para a bacia do Rio Paraíba do Sul, houve precipitações volumosas.

Há possibilidade de novas chuvas nas regiões de influência hídrica para o Paraíba nos próximos momentos e devido a continuação do recebimento de considerável volume de água é esperada uma continuação de taxa de elevação entre 2 e 5 centímetros, por hora, para as próximas horas.

A Defesa Civil está monitorando de forma ininterrupta todo o cenário hídrico e elaborando estratégias de ação de acordo com a mudança do quadro.

Fonte: Ascom

Grande quantidade de maconha é apreendida pela PM em Guarus

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Foto: Divulgação Polícia Militar

Na manhã deste domingo (8) uma grande quantidade de maconha foi apreendida pela Polícia Militar, em uma área de mata, na Rua Rio Grande do Sul, no Parque Aldeia II, em Guarus.

De acordo com a PM, os agentes receberam denúncias de que os traficantes estariam usando a mata na região para guardar as drogas. A guarnição foi até o local e durante a varredura foram apreendidas 866 buchas de maconha, cerca de cinco quilos da droga.

Diante dos fatos, todo o material foi apreendido e encaminhado para a 146ª Delegacia de Polícia de Guarus, onde o caso foi registrado.

Homem é assassinado com vários tiros de fuzil em Guarus

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Foto: Divulgação Polícia Militar

Na tarde deste domingo (8) um homem, identificado como Rafael Fernandes, foi assassinado em um local conhecido como “Casinhas do Nolita”, no Parque Santa Rosa, em Guarus.

De acordo com a Polícia Militar, a vítima estava dentro do veículo modelo Classic, de cor preta, quando foi atingida por disparos de fuzil. Ainda de acordo com a PM, foram cerca de 42 disparos.

O homem não resistiu aos ferimentos e morreu na hora. O corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) de Campos e o caso foi registrado na 146ª Delegacia de Polícia de Guarus. Ainda não há informações sobre os autores e a motivação do crime.

Foto: Reprodução Redes Sociais

‘Desejo descansar, mas não posso parar’, diz cacique Raoni

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(FOLHAPRESS) – O cacique Raoni Metkerie, uma das mais importantes lideranças indígenas do mundo, deseja descansar. Diz, no entanto, que sente o dever de seguir sua luta enquanto não encontrar outro nome capaz de ocupar o seu espaço.

Não se sabe a data exata em que o pajé caiapó nasceu, apenas que foi no início da década de 1930, em Kapot, Mato Grosso, na região do Xingu -ele tem, portanto, cerca de 90 anos.

Desde o contato com o homem não indígena, na década de 1950, ele passou a ser uma figura reconhecida mundialmente como defensor do meio ambiente e dos direitos dos povos originários.

Ganhou notoriedade nas décadas de 1980 e 1990, na luta pela construção do Parque do Xingu e contra a construção da usina de Belo Monte, no Pará, que acabou se concretizando no governo de Dilma Rousseff (PT).

Em sua trajetória, ele conheceu autoridades como reis, presidentes e papas, foi tema de documentários e livros e esteve entre os nomes cotados para receber o Nobel da Paz.

No primeiro dia de 2023, foi uma das oito pessoas que subiram a rampa do Palácio do Planalto e entregaram a faixa presidencial ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Eu estava lá representando a coletividade, o bem viver. Pedi para Lula priorizar a demarcação de terras e a retirada dos invasores, e peço que nossos parentes continuem firmes [na resistência]”, disse Raoni à Folha, em conversa traduzida do caiapó por seu neto Patxon.

A presença na cerimônia e a reunião com Lula dias antes aconteceram por intermédio da deputada Joenia Wapichana (Rede-RR), que será a próxima presidente da Funai, marcam o contraste da relação que o pajé tinha com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em sua primeira vez na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Bolsonaro atacou o cacique e afirmou que ele era “peça de manobra” de líderes de outros países.

Raoni, por sua vez, denunciou o ex-presidente ao tribunal de Haia por crimes ambientais, em 2021.

Durante a pandemia, o cacique viu sua esposa, Bekywiká Metukitire, morrer após sofrer um infarto e, dias depois, contraiu Covid.

Os caiapós não gostam de falar sobre a morte –quando um parente os deixa, fazem um ritual de luto que tem duração indeterminada, acaba quando os anciões da aldeia decidirem que é a hora certa. Retiram as as pinturas do corpo e os adornos, cortam os cabelos e ficam totalmente reclusos, sem falar com ninguém.

Após o período isolado, o encontro com Lula marca a retomada, aos poucos, da agenda ativista do cacique, que, mesmo com seus cerca de 90 anos, ainda pretende voltar a viajar para outros países –antes, diz, precisa cuidar de sua saúde, que ainda não está totalmente recuperada da Covid.
Apesar dos planos, Raoni admite estar cansado.

“Desejo descansar, mas sempre acontecem ataques e ameaças contra os indígenas e por isso não posso parar de trabalhar e me encontrar com autoridades. Queria que alguém fizesse esse trabalho, mas não há, tenho que continuar”, diz.

Seu filho e sucessor natural morreu em 2004, vítima de um acidente de carro. Por isso, Raoni pensa em como passar o bastão do seu legado. Ele tenta preparar para a função sua filha, Kokona. No entanto, a escolha esbarra na tradição de seu povo segundo a qual a sucessão de liderança deveria ir para um filho homem.
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Folha – Qual o saldo do governo Bolsonaro para os povos indígenas?

Raoni Metkerie – O mandato do presidente Bolsonaro não foi bom para nós, indígenas, porque ele atacava nosso trabalho de cuidar e proteger nossa terra dos homens brancos. Ele ameaçava entregar nossa terra a madeireiras, mineradoras e ao agronegócio. Não foi bom para a população indígena [ele] incentivar invasões e desmatamento.

Folha – E o que significou para o senhor passar a faixa para o presidente Lula?

Raoni Metkerie – Eu estava lá representando a coletividade, o bem viver. Pedi ao Lula para priorizar a demarcação de terras e a retirada dos invasores, e peço que nossos parentes continuem firmes [na resistência].

Folha – Sobre o que o senhor e o Lula conversaram no encontro que aconteceu dias antes da posse?

Raoni Metkerie – Conversamos sobre vários assuntos, um deles foi a preservação da floresta nos territórios indígenas, o desmatamento em terras indígenas. Conversamos também sobre o Ministério dos Povos Indígenas e os órgãos indígenas, que acertamos que vão ter indígenas no comando.

Folha – Qual a importância do Ministério dos Povos Indígenas?

Raoni Metkerie – Esse novo ministério é muito importante, vai ser bom para nós e para vocês brancos também, porque vamos trabalhar dentro do governo para atender à demanda indígena de forma correta. Espero que daqui para frente haja mais respeito tanto do homem branco com os indígenas como dos indígenas com o homem branco.

Folha – O senhor está recuperado da Covid?

Raoni Metkerie – Não estou 100%, eu sinto um pouco de cansaço ainda. Quando eu caminho, volto e sinto cansaço, então acredito que não estou totalmente recuperado

Folha – Como foi o seu processo de luto pela morte de sua esposa?

Raoni Metkerie – Fiquei em reclusão. Não podia falar com ninguém, em público, mas mesmo assim eu escutava as falas do Bolsonaro. Ele falou coisas ruins sobre nós. Agora, meu luto se encerrou, me pintei novamente, posso ter contato social, e por isso fui à posse do presidente Lula. Nós conversamos e acredito que será um bom trabalho para os povos indígenas. De proteção, apoio às comunidades e respeito. Ele me disse que vai trabalhar para isso.

Folha – Agora que o senhor deixou o seu luto, pretende voltar a fazer viagens internacionais?

Raoni Metkerie – Eu estou esperando que eu melhore logo, fique 100%, para ter uma vida saudável. Se eu estiver em condições de viajar, quero ir, inclusive encontrar com o presidente [da França, Emmanuel] Macron para continuarmos com nossa articulação. Desde que fiquei doente e depois no luto, eu não pude viajar e pensei muita coisa, lembrava-me dele. Estou me esforçando para me recuperar e poder viajar.

Folha – Como o senhor vê o momento que o país vive atualmente?

Raoni Metkerie – O Bolsonaro falava muita coisa atacando indígenas. Muitos dos meus parentes me falavam que se sentiam tristes, ameaçados, não contentes com essas atitudes do governo. Falava para eles que iria conversar com o novo governo para termos atenção e garantia de apoio às comunidades indígenas. Por isso, fui a Brasília na posse.

Estou pensando nos povos. Vou voltar [a Brasília] novamente e conversar novamente para demarcar terras, porque as comunidades, sem terra, não têm onde ter vida, com alegria e saúde, para viver em paz.

Folha – O senhor já tem mais de 90 anos. Quando vai parar e descansar?

Raoni Metkerie – Desejo descansar, mas sempre acontecem ataques e ameaças contra os indígenas e, por isso, não posso parar de trabalhar e me encontrar com autoridades. Eu queria que alguém fizesse esse trabalho, para eu descansar, mas como não existe, preciso, enquanto eu puder, fazer o trabalho de me reunir com autoridades e cobrar, pelo bem viver das comunidades indígenas.

Folha – Pensa em algum sucessor?

Raoni Metkerie – Estou organizando uma assembleia de lideranças na minha terra. Nesse encontro, quero apresentar mais nomes para a comunidade indígena conhecer essas pessoas, unir-se em volta delas, apoiar, para ver se alguém consegue levar adiante esse meu trabalho.

Folha – O que traz tristeza ao senhor atualmente?

Raoni Metkerie – Em muita coisa eu consegui ter sucesso na vida. A usina de Belo Monte, eu e meu amigo Sting [cantor de rock] trabalhamos e nos posicionamos contra, e conseguimos mobilizar a opinião pública para parar a construção na época. Depois, as pessoas foram enganadas com promessas de uma boa vida e aceitaram a construção. Isso me deixa triste. A gente não queria que a usina barrasse o rio Xingu.

Outra situação que me deixa mais triste ainda é a falta de terra para as comunidades indígenas que não têm território demarcado, que vivem abandonadas, sem proteção. Aquelas que são invadidas por garimpeiros e madeireiros, que ameaçam famílias, matam lideranças. Isso me deixa triste, isso tem que parar, é inaceitável.

Folha – Por que, mesmo após tantos anos de ativismo da sua parte, isso que o senhor diz ser inaceitável continua acontecendo?

Raoni Metkerie – O homem branco tem que pensar bem e parar de destruir a floresta, extrair madeira, garimpar, destruir os territórios.

Eu sou pajé, tive sonhos, visões, em que espíritos me falaram que, se não protegermos o nosso planeta, nós vamos ter consequências graves.

Falo ao governo, a autoridades, aos não indígenas, mas as pessoas não escutam, não acreditam no que eu falo. Queria que o homem branco tivesse consciência para cuidar da nossa terra. Porque podem vir catástrofes, ventos fortes e coisas ruins se a gente não proteger nosso território.

Folha – O que o senhor vê nos seus sonhos?

Raoni Metkerie – Tenho várias visões. Sonhei com seres e um deles me falou que eu ia passar por uma doença que me faria ficar muito velho. Um deles me mostrou o seu poder de vento e eu vi o vento derrubando árvores. Eu segurei a árvore e pedi para ele parar com aquilo. Ele parou, mas me disse que, se o ser humano continuar o que está fazendo, ele soltará aquele vento no mundo. Debaixo da terra eu sonhei com um ser que soltava água pela boca e ele me avisou que uma grande inundação pode acontecer. Já tive muitas visões e experiências como pajé. Eu as compartilho porque acho que as pessoas têm que cuidar do mundo em que vivemos.

Raio-X Raoni Metuktire

O pajé caiapó (tribo que habita entre o norte de Mato Grosso e o sul do Pará) nasceu na década de 1930 –não se sabe ao certo o ano– e vive na Terra Indígena Capoto Jarina, às margens do rio Xingu. Atualmente, é uma das lideranças mais importantes do mundo na defesa do meio ambiente e dos povos indígenas e chegou a ter o nome cotado para o Nobel da Paz.

Rússia retoma grandes ataques na Ucrânia após cessar-fogo marcado por suspeitas

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após suspeitas e trocas de acusações ligadas à declaração unilateral de cessar-fogo para o Natal ortodoxo, a Rússia encerrou oficialmente a trégua neste domingo (8) e voltou a empreender ataques à Ucrânia. A maior parte das ações foi registrada na província de Donetsk -que compõe, junto com Lugansk, o Donbass, leste russófono ucraniano.

Dado que a guerra de versões que caracteriza a guerra de quase 11 meses envolveu até o período de cessar-fogo, era de se esperar que o final dele repetisse a lógica. O Ministério da Defesa russo afirmou ter matado mais de 600 soldados ucranianos ao bombardear dois dormitórios universitários que serviriam de residência temporária para as tropas em Kramatorsk -como revide a um ataque na véspera do Ano-Novo que matou 89 reservistas russos em Makiivka.

Testemunhas afirmam, porém, que os mísseis não parecem ter atingido os edifícios, mas sim locais próximos, onde surgiram grandes crateras. Embora um dos prédios tivesse janelas quebradas, o outro estava intacto. Além disso, não havia indícios claros de mortes nos locais, como corpos ou rastros de sangue -ou mesmo sinais de soldados estavam abrigados neles.

Kiev não se pronunciou, e um porta-voz militar no leste desmentiu a alegação russa de mortes em massa. Em entrevista à Suspilne News, Serguii Tcherevati afirmou que o comunicado da Defesa do Kremlin era uma tentativa de mostrar uma resposta à altura às baixas recentes. Antes, o prefeito de Kramatorsk havia afirmado que os bombardeios na cidade de madrugada não tinham levado a óbitos.

As únicas duas mortes oficialmente registradas pelas Forças Armadas ucranianas no período ocorreram em outras localidades: Soledar, também em Donetsk, e Kharkiv. O porta-voz do gabinete presidencial Cirilo Timoshenko afirmou que outras oito pessoas ficaram feridas em ataques no Donbass.

Ainda houve explosões na cidade de Zaporíjia, no sul, e nas ruas praticamente desertas de Bakhmut. A cidade, que segundo o fundador do grupo Wagner -empresa militar privada russa que muitos descrevem como mercenarismo- é cobiçada por possuir vias subterrâneas que poderiam armazenar tropas e tanques, foi alvo de bombardeios ao longo de todo o sábado (7), quando a trégua anunciada pelo Kremlin deveria estar em vigor.

“Apesar do chamado ‘cessar-fogo’ declarado pelos ocupantes russos, o inimigo lançou nove mísseis, realizou três ataques aéreos e disparou 40 projéteis”, afirmou o Ministério da Defesa ucraniano em um comunicado, acrescentando que a infraestrutura civil foi afetada.

A pausa visava celebrar o Natal da Igreja Ortodoxa, comemorado na data de acordo com o antigo calendário juliano -a sugestão teria vindo de um dos mais influentes aliados de Vladimir Putin, o patriarca Cirilo. Ela foi recebida com ceticismo, porém, tanto pela Ucrânia quanto por aliados. Volodimir Zelenski classificou-a de diversionismo militar e se recusou a aderir à trégua, e autoridades ocidentais chamaram a proposta de hipócrita.

Kiev segue uma denominação ortodoxa própria, nascida de um cisma temperado pela disputa com Moscou em 2019. Neste ano, ela permitiu que o Natal fosse comemorado em 25 de dezembro, mas parte da população respeitou a tradição original, comparecendo a igrejas e catedrais em massa no sábado.

Também neste fim de semana, a Ucrânia teria bombardeado duas termelétricas em cidades ocupadas pela Rússia em seu território: Zuhres, também em Donetsk, e Novii Svit, na Crimeia. Segundo informações da agência de notícias russa Tass, a investida em Novii Svit resultou na morte de uma mulher.

A guerra também se intensificou em Lugansk. Segundo o governador da província, Serhii Gaidai, os russos estão deslocando soldados de Bakhmut para a cidade ocupada de Kreminna. “Esperamos uma intensificação das hostilidades”, disse, destacando que a solidificação do gelo causado pela queda das temperaturas para até -17°C torna mais fácil mover os equipamentos pesados ucranianos.

Após perder terreno no nordeste e no sul do país, recuando ante avanços ucranianos, Moscou tem reforçado uma linha que, ao que tudo indica, é a fronteira que gostaria de ver absorvida em seu território. Do ponto de vista legal russo, ilegal internacionalmente, isso já está colocado pela anexação formal após referendos farsescos em setembro de quatro regiões ucranianas.

Zelenski afirma que só se sentará à mesa com Putin quando todas as áreas de seu país forem liberadas. O nó dessa assertiva é que ele inclui aí a Crimeia, anexada em 2014, e as áreas do Donbass sob controle russo desde aquele ano, na esteira da guerra civil que se seguiu à derrubada de um governo pró-Moscou em Kiev.

Enquanto as negociações de paz não avançam, a Rússia estreita laços militares com Belarus. As duas nações aumentaram seus treinamentos militares conjuntos em meio à especulação de que Moscou deve usar a ditadura vizinha como ponto de partida para um novo ataque à Ucrânia pelo norte.

Na semana passada, o ditador belarusso, Aleksandr Lukachenko, acompanhou pessoalmente a chegada de mais um trem com blindados e soldados russos que chegava a uma base próxima da fronteira do país com a Ucrânia. Minsk nega que entrará na guerra.

Em meio às batalhas, Rússia e Ucrânia realizaram uma troca de prisioneiros no fim de semana, quando 50 soldados de cada país envolvido no conflito retornaram às suas respectivas tropas.

Vacinação contra a covid-19 não chegou a mais de 70% dos africanos

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Desde que a pandemia de covid-19 foi declarada, em 2020, 13 bilhões de doses de vacinas contra a doença foram aplicadas e mais de 60% da população mundial está imunizada com duas doses ou dose única, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Só em doses de reforço, o número passa de 2 bilhões de injeções, e países como o Brasil já administram a quinta dose em populações vulneráveis.

No continente africano, porém, o número de doses aplicadas contra a covid-19 é de apenas 800 milhões, em uma população de quase 1,4 bilhão de pessoas, o que faz com que somente uma em cada quatro tenha o esquema básico de proteção, sem doses de reforço, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) da África, articulados pela União Africana.

Mais de 70% da população do continente não recebeu nenhuma dose, segundo a organização, o inverso da meta da OMS para 2022, que era vacinar 70% da população de cada país com o esquema primário. Os parcialmente vacinados (esquema básico incompleto) somam 29%, os que completaram a primeira etapa de vacinação chegam a 25,6%, e os que receberam alguma dose de reforço são apenas 3,1%.

A vacina mais usada no continente africano é a Janssen (33%), cujo esquema é de dose única. Completam o top 5: Pfizer (22%), AstraZeneca (17%), Sinopharm (15%) e Sinovac (7,2%). Segundo a OMS, mais de 60% das doses fornecidas aos países da África veio do Covax Facility, consórcio internacional em prol da vacinação em países de renda média e baixa.

Com diferentes realidades para seus 1,391 bilhão de habitantes em 55 nações e territórios, a África tem países como Marrocos, que vacinou 63% da população, e a Eritreia, que ainda não chegou a 1%.

A rede continental informa que, de modo geral, os esforços para democratizar a vacinação não foram suficientes para garantir que a maior parte do continente atingisse a meta da OMS, já que somente Seychelles, Ilhas Maurício e Libéria estão com coberturas vacinais superiores a 70%. Mesmo as potências econômicas do continente, África do Sul, Nigéria e Egito, não chegaram a 40% da população com duas doses ou dose única.

Pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e responsável pela cooperação com o continente africano no Centro de Relações Internacionais em Saúde da fundação, o biólogo Augusto da Silva lembra que a desigualdade marcou o acesso à imunização em todo o mundo e explica que dificuldades logísticas e econômicas fizeram com que muitas doses que chegaram aos países do continente não fossem aplicadas.

“As vacinas chegaram muito tarde ao continente africano, e depois, houve muitos problemas logísticos dentro dos países. A imunização exige muita logística, e muitos desses países não tinham dinheiro para custear essa logística”, afirma Silva, que nasceu em Guiné Bissau e mora no Brasil há 10 anos.

Dados do CDC Africa apontam que os países do continente receberam pouco mais de 1 bilhão de vacinas, o que ainda é insuficiente para a população de mais de 1,3 bilhão de pessoas. Mesmo assim, o pesquisador afirma que o problema central não é a falta de vacinas, mas a falta de condições para realizar campanhas de vacinação de larga escala.

“Mesmo se tivessem 3 bilhões de vacinas, ia acontecer o mesmo fenômeno, porque o problema é vacinar as pessoas”, explicou.

O biólogo destaca que parte do problema está no alto endividamento de grande parte dos países do continente, que levou à assinatura de programas de ajuste estrutural com o Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional. Esses contratos fazem com que aumentos de gastos e deslocamentos de recursos no orçamento precisem ser negociados com os credores. “Essas negociações atrasaram muito”, diz Silva. “Quando você está sob esse ajuste, não pode nem contratar pessoal”.

Em outubro do ano passado, a Organização Mundial da Saúde alertou que, além de ser baixa, a cobertura vacinal contra a covid-19 estava avançando de forma mais lenta no continente. Entre julho e setembro, o número de doses aplicadas por mês caiu em 50%. Na época, o diretor regional da OMS na África, Matshidiso Moeti, relacionou que a queda no número de infecções contribuiu para que menos pessoas buscassem as vacinas.

“Depois de um início difícil, a parceria Covax garantiu um fluxo constante de vacinas covid-19 para a África”, disse Moeti. “Agora, somos vítimas do nosso próprio sucesso. Como as vacinas ajudaram a reduzir o número de infecções, as pessoas não temem mais a covid-19 e poucas estão dispostas a se vacinar”.

Apesar do menor acesso às vacinas, o continente africano foi o que registrou menos casos e óbitos por covid-19. Desde o início da pandemia, foram 175 mil mortes, entre as mais de 6,6 milhões de vítimas registradas em todo o mundo. As Américas e a Europa, por exemplo, somaram mais de 2 milhões de óbitos cada. Essa discrepância chamou a atenção de pesquisadores, lembra Augusto da Silva, que explica as principais causas levantadas.

“Primeiro, a população é mais jovem [a covid-19 tem mais risco de agravamento em idosos]. Além disso, muitos países não têm muito contato, não têm grandes ligações com outros países, devido a deficiências no sistema de transporte aéreo e portuário”, explicou.

O pesquisador reconhece que pode haver algum nível de subnotificação, mas não o suficiente para igualar a proporção de mortos de outras regiões do planeta. “Se fosse só subnotificação, veríamos pessoas a morrer nas ruas”.

Se o cenário epidemiológico já era melhor do que a média global, os números ficaram ainda mais baixos no segundo semestre de 2022. A incidência de novas infecções por covid-19 caiu até cerca de 5 mil por semana em todo o continente africano no início de outubro. Em novembro houve um aumento, atingindo 12 mil por semana, mas novamente o número de infecções caiu abaixo de 10 mil em dezembro, mês em que toda a África teve menos de 200 mortes, enquanto a Europa superou 15 mil.

Se, por um lado, a redução da percepção de risco caía, por outro, a população e os governos no continente lidavam simultaneamente com outras emergências de saúde pública. Surtos de poliomielite voltaram a ser registrados no Malawi e em Moçambique em 2022, Uganda  declarou emergência por casos de ebola, e Gana registrou uma inédita epidemia do vírus de Marburg.

“A resposta a múltiplas emergências de saúde pública também está afetando o desenrolar da vacinação contra a covid-19. Surtos de poliomielite, sarampo, febre amarela e agora o ebola mudaram as prioridades nos países afetados”, avalia a OMS.

Deputados americanos pedem expulsão de Bolsonaro

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os deputados americanos Alexandria Ocasio-Cortez e Joaquin Castro, filiados ao Partido Democrata de Joe Biden, pediram em publicações no Twitter que Jair Bolsonaro (PL) deixe os Estados Unidos, citando os ataques à democracia empreendidos por apoiadores do ex-presidente do Brasil em Brasília neste domingo (8).

Bolsonaro saiu do Brasil no último dia 30 de dezembro, antes do fim de seu mandato. Rompendo uma tradição democrática, decidiu não passar a faixa para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e se instalou na região de Orlando, próximo aos parques da Disney.

Segundo Gustavo Ferraz de Campos Monaco, professor titular de direito internacional privado da Faculdade de Direito da USP, dois caminhos poderiam resultar na saída compulsória do político dos EUA: deportação e extradição.

O processo de extradição depende de diferentes variáveis. Monaco explica que ele deve, primeiro, ser solicitado pelo Judiciário brasileiro e, então, encaminhada pelo governo federal ao americano -que pode ou não aceitá-lo.

A extradição só pode acontecer caso exista um acordo específico entre os dois países envolvidos, o que é o caso de Brasil e EUA, e depende de fatores como reciprocidade de penas, explica o professor.

A deportação, por sua vez, é um mecanismo mais rápido e depende exclusivamente da vontade do Estado no qual o ex-presidente agora se encontra. Nesse caso, a decisão não precisa estar ancorada em nenhuma premissa ou pressuposto, segundo Monaco. Seguindo essa hipótese, caso tenha usado seu passaporte diplomático para entrar nos EUA, o ex-presidente teria 72 horas para deixar o país.

É preciso ponderar também que ambos os processos, no caso de um ex-presidente como Bolsonaro, poderiam trazer um desgaste diplomático para Washington.

Deputada por Nova York, Alexandria Ocasio-Cortez afirmou, em sua conta de Twitter, que os EUA deveriam parar de “conceder refúgio a Bolsonaro” na Flórida.

“Cerca de dois anos depois de o Capitólio dos EUA ser atacado por fascistas, vemos movimentos fascistas no exterior tentando fazer o mesmo no Brasil’, afirmou ela.

A mensagem foi publicada depois da invasão da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na tarde deste domingo (8). Os golpistas invadiram áreas do Congresso Nacional, do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal), espalharam atos de vandalismo e depredação e entraram em confronto com a PM.

Mensagem semelhante à de AOC foi publicada pelo deputado democrata Joaquin Castro, do Texas, também na rede social. Nela, o deputado presta apoio ao governo brasileiro e afirma que “Bolsonaro não deve receber refúgio na Flórida, onde se esconde da responsabilidade por seus crimes”. O ex-presidente é alvo de investigações, mas não foi formalmente denunciado na Justiça brasileira.

“Terroristas domésticos e fascistas não podem usar a cartilha de Trump para minar a democracia”, disse Castro.

Os congressistas americanos foram só dois dos muitos políticos que compararam os atos deste domingo em Brasília com o ocorrido em Washington há, coincidentemente, dois anos atrás.

Em 6 de janeiro de 2021, a invasão do Capitólio foi insuflada por um discurso do então presidente Donald Trump, levando manifestantes a invadirem o prédio do Legislativo americano, em uma tentativa de impedir a certificação da vitória de Joe Biden na eleição de 2020 -o republicano e seus seguidores sustentam até hoje o discurso mentiroso de que o pleito foi fraudado.

O maior ataque recente à democracia americana foi classificado por muitos como uma tentativa de golpe de Estado e se tornou alvo de uma série de investigações, do Departamento de Justiça, do FBI e do próprio Congresso. O ataque resultou na morte de cinco pessoas, entre os quais um policial.

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Understanding the Concept of Innovations

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Innovation is mostly a process of creating, implementing, and reinforcing fresh ideas. Invention isn’t restricted to technology; it could happen consist of areas. This really is so why understanding the concept of innovations is very important for any business.

Invention can be found in homeowners, communities, basic government, and corporations. It can be a variety of items, such as a new product, a new service, or technical tinkering. However , there are several key elements which make an innovation successful.

Technology can take various varieties, but it should be a structured, repeatable method. In order to be effective, it must be lasting, encourage employee participation, and add value to existing products.

Innovation may be a vital aspect to the achievement of a organization. Companies sometimes fail to have ideas to marketplace because they avoid provide the tools and information needed to use them. But if you understand the concept of innovative developments, you can make your company stronger.

Many businesses think of innovative developments as https://onlineaudit.org/science-and-innovation-audits/ a pattern. Some even latch onto creativity as a way to gain a competitive edge. These companies do not have the time or lifestyle to fully use the ordinaire brain power of their very own employees.

Invention happens in all industries, regardless of size. One of the most successful businesses will take their choices and turn them into valuable products and services that can please their customer and meet the requirements.

Innovation may be achieved through creativity and collaboration. Businesses should establish a culture that allows people to truly feel valued and appreciated. They must also make a culture of curiosity.

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