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Investigação de morte de Nahim é mantida em segredo de Justiça

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As investigações sobre a morte do cantor Nahim seguem em segredo de Justiça. O cantor foi encontrado morto em sua residência, em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo, em 13 de junho. Desde então, a Polícia vem investigando o caso.

 

Na ocasião da morte, a Polícia Civil informou à Folha que Nahim havia caído da escada. “Policiais militares foram acionados para atender a ocorrência e, no local, apuraram que a vítima estava sozinha em casa, quando caiu da escadaria da residência”. Mas, ainda segundo a nota, o corpo fora encaminhado ao IML e o caso fora registrado como morte suspeita no 1º DP de Taboão da Serra.

Posteriormente, Andrea Andrade, sua ex-mulher, solicitou que a investigação fosse mantida em segredo de Justiça. A informação foi confirmada ao F5 pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Contudo, ela veio às redes sociais nesta quarta-feira (21) para informar que as conclusões já estão prontas e que requisitou a quebra do sugilo, mas não teve seu pedido atendido.
“O juiz indeferiu a retirada do segredo de Justiça para preservar a imagem do Nahim, para preservar a investigação, para dar-se conclusão ao laudo”, disse a ex-A Grande Conquista no Instagram.

Andreia também voltou a falar de Noelle, filha do falecido cantor. No dia do velório, ela proibiu que a herdeira fosse ao velório do pai, já que Nahim nunca havia realizado o sonho de conhecer os netos, devido a desacordo com a filha.

“Agora também não adianta a filha dele vir. Quero deixar bem claro que não venha, porque não vai entrar. Não vai ver o pai, não vai se despedir do pai. A partir do momento que ela considerou que ela não tem pai, também não venha. Esteja avisada, nem perca tempo”, disse Andreia em entrevista ao SBT.

Nesta quarta, ela voltou a mencionar Noelle e disse que a filha de Nahim contratou advogado do cantor: “Se ela não quis saber do pai no enterro, que interesse tem agora? E por que esse advogado se alinhou a ela, sendo que foi contra a mãe?”.

Nahim Jorge Elias Júnior ficou famoso na década de 1980, quando conquistou o público em programas de auditório e venceu o quadro “Qual é a Música?”, do extinto Programa Silvio Santos. Em 1984, Nahim foi jurado no Cassino do Chacrinha, na TV Globo.

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Homem é preso durante live em que ironizava fuga da justiça

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O Corpo Nacional de Polícia da Espanha deteve, em Valência, um homem, enquanto ele ria e se vangloriava, numa transmissão ao vivo nas redes sociais, de ser foragido da justiça. 

 

O homem, de 28 anos, tinha cinco ações judiciais em curso, duas delas para ir para prisão. 

Em um vídeo transmitido ao vivo nas redes sociais, o suspeito contou que deveria apresentar-se a uma unidade prisional naquela tarde, mas que não tencionava fazê-lo. 

Quando um usuário lhe perguntou se iria para a prisão, respondeu: “Acho que não, e ainda menos com este calor”, disse.

“Eles que me procurem, é para isso que pagam à polícia. Deixem eles trabalhar e deixem eles me procurar”, disse, em tom jocoso, enquanto se encontrava num banco de jardim de uma praça. 

Agentes em serviço de prevenção acabaram se deslocando ao local onde estava o homem, envolvido em crimes de roubo com violência e condução imprudente e roubo com força e violação de pena, bem como agressão a um agente da polícia.

Quando o homem viu os agentes chegarem, tentou fugir, mas acabou sendo preso. Segundo a Efe, o homem resistiu e ainda feriu um dos agentes e, além disso, dezenas de pessoas residentes na região começaram a se aproximar dos policiais para tentar impedir a detenção – sem sucesso.

A Polícia partilhou um vídeo sobre este caso, que pode ver na galeria acima.

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Morre Sphen, o famoso pinguim gay que adotou duas crias com o parceiro

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Sphen, um pinguim que ficou famoso por ter formado casal com um outro pinguim do sexo masculino e até criar filhotes com o parceiro, na Austrália, morreu aos 11 anos, em Sydney, anunciou o Sealife Aquarium.

 

De acordo com a AFP, o casal estava junto há seis anos e criou dois filhos ‘adotados’ com sucesso, um em 2018 e outro em 2020.

O Sphen e Magic ficaram mundialmente conhecidos em 2018 depois de a sua história de amor ser contada ao mundo e estes terem se tornado ícones LGBTQIA+ um pouco por todo o planeta – e terem até inspirado um carro alegórico do desfile do Mardi Gras de Sidney e aparecido na série ‘Atípico’ da Netflix.

Sphen, que era o membro mais velho do casal, estava prestes a completar 12 anos quando morreu de causas naturais no início de agosto, o que é considerado uma longa vida em cativeiro.

Após a sua morte, a equipe do aquário levou Magic, de oito anos, a ver o corpo do parceiro para ajudar a entender que Sphen não voltaria. “Ele começou a cantar imediatamente, o que foi lindo, porque todos os outros pinguins o acompanharam”, adiantaram os responsáveis.

Magic enfrenta agora a primeira época de reprodução sem Sphen, o que faz com que os tratadores estejam ainda mais atentos a ele.

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Medina e Italo garantem vaga nas oitavas de final em Fiji; Yago vai disputar a repescagem

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Gabriel Medina e Italo Ferreira se garantiram, nesta quarta-feira, nas oitavas de final da nona etapa do Circuito Mundial de Surfe, em Cloudbreak, em Fiji, que é classificatória para o Finals, em Trestles, entre os dias 6 e 14 e setembro, quando se reunirão os cinco melhores do ranking em busca do título mundial. Yago Doria vai disputar a repescagem.

 

Medalha de bronze nos Jogos de Paris-2024, Medina (17,67) contou com boas ondas, ao contrário da semifinal olímpica e deu show, não tendo problemas para eliminar Crosby Colapinto (9,96) e Connor O`Leary (8,54). O tricampeão mundial chegou para a etapa em oitavo lugar no ranking e precisa de um bom resultado para ficar entre os cinco primeiros.

Quarto colocado no ranking, Italo Ferreira (10,07) teve de se esforçar mais para superar Leonardo Fioravanti (8,56) e Ramzi Boukhiam (3,66). Já Yago Doria (11,03) , sexto do mundo, teve uma bateria muito disputado, mas acabou levando a virada do americano Jake Marshall (11,93). Liam O’Brien ficou com 9,00. Agora o brasileiro vai tentar seguir na competição ao disputar a repescagem.

Outras baterias: Jack Robinson 11,00 x Ryan Callinan 10,83 x Imaikalani DeVault 7,90; Barron Mamiya 10,20 x Griffin Colapinto 9,83 x Kelly Slater 7,07; John John Florence 14,57 x Tevita Gukilau 6,97 x Kanoa Igarashi 6,80; Ethan Ewing 12,04 x Cole Houshmand 11,67 x Seth Moniz 5,67 e Rio Waida 12,83 x Jordy Smith 12,13 x Matthew MacGillivray 7,74.

Incêndios: governo vai concentrar ações em 21 municípios da Amazônia

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O governo federal, em articulação com os governos dos estados da Amazônia Legal, vai montar frentes de atuação em três regiões que registram a maior das queimadas e incêndios florestais no bioma neste momento. A medida foi anunciada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), após reunião, no Palácio do Planalto, em Brasília, que contou com a presença de governadores e representantes do nove estados da Amazônia Legal, além do Mato Grosso do Sul.    

“Nós temos 21 municípios que concentram 50% de todos os focos de incêndios na Amazônia. E nós estamos separando em três regiões onde a gente quer instalar frentes multiagências interfederativas, ou seja, com órgãos federais e estaduais, e vamos chamar também órgãos municipais, para gente atuar sobre essas novas ignições de incêndio”, afirmou André Lima, secretário extraordinário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial no MMA.

Segundo Lima, as três áreas prioritárias são as regiões entre Porto Velho, em Rondônia, e Humaitá, no Amazonas, na abrangência da BR-319; a região de Apuí, no Amazonas, por onde passa a BR-230, que é a Rodovia Transamazônica; além da região de Novo Progresso, no oeste do Pará, abrangida pela BR-163. Nessas localidades, serão instaladas bases multiagências, envolvendo órgãos federais, entre eles o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), além da Polícia Federal, polícias estaduais e outras agências estaduais.

Segundo o governo, já existem cerca de 360 frentes de incêndios em atuação no Norte do país, com mais de 1,4 mil brigadistas. De janeiro até agora, foram registrados mais de 59 mil focos de incêndio na Amazônia, o pior número desde 2010. O resultado disso é que a fumaça das queimadas atinge cidades de dez estados, que registraram o céu cinza e a diminuição na qualidade do ar.

Imagens obtidas pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos mostram a concentração do monóxido de carbono sobre uma faixa que se estende do Norte do Brasil até as regiões Sul e Sudeste, passando sobre o Peru, Bolívia e Paraguai. Na última semana, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) fez um alerta sobre os cuidados necessários para a saúde nesses casos.  

De acordo com o MMA, a organização dessas frentes, que deve ocorrer ao longo das próximas semanas, será conduzida pelo Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional Nacional (Ciman), cuja competência é buscar soluções conjuntas para o combate aos incêndios florestais.

Após a reunião com os governadores, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou que a maior parte dos focos de incêndio estão sendo combatidos em áreas sob responsabilidade do governo federal, mas que o auxílio se estende para outras áreas sob responsabilidade dos estados.  

“O governo federal tem responsabilidade sobre as unidades de conservação, terras indígenas e assentamentos. E temos ali algo em torno de 60% dos processos de combate aos focos de incêndio [na Amazônia], sob a nossa responsabilidade. A outra parte, cerca de 40%, é de responsabilidade dos estados. Mesmo assim, o governo federal, na lógica de que o fogo não é estadual nem municipal, que nosso foco comum é combater os incêndios, estamos com presença em 74% das frentes de incêndio. Ou seja, o governo federal tem um esforço para além daquilo que são suas responsabilidades obrigatórias”, afirmou.

Um das das novidades das novas frentes de combate aos incêndios, destacou a ministra, é a atuação da polícia para punir a prática de incêndios ilegais na região. “Com esse esforço, esperamos que essas frentes que estão sendo agora organizadas nesse formato nos ajudem a aumentar nossa capacidade de dissuadir, porque haverá investigação da Polícia Federal”, afirmou.    

Como não tem havido novas autorizações de manejo do fogo na Amazônia, os novos focos de incêndio no bioma são ilegais. “Não tem havido novas autorizações de fogo. A maioria dos estados proibiu e os que não proibiram, estamos demandando que proíbam. Novas ignições são ilegais, algumas criminosas e outras, são irregularidades”, apontou o secretário André Lima, do MMA.

 

Beyoncé ameaça notificar campanha de Trump por uso indevido de música

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Beyoncé ameaçou emitir uma notificação judicial, chamada nos EUA de “cease and desist”, contra a campanha de Donald Trump por uso indevido de uma música. O ato jurídico corresponde a uma espécie de liminar para que o candidato pare imediatamente de usar a faixa.

 

A música “Freedom”, que faz parte do álbum “Lemonade”, lançado em 2016 pela cantora, foi usada sem permissão como trilha sonora de um vídeo publicado por Steven Cheung, assessor de campanha de Trump.

No vídeo, postado no X na última terça-feira (20), o candidato republicano aparece desembarcando de seu avião no Michigan ao som de Beyoncé. A faixa é a mesma utilizada por Kamala Harris em vários de seus comícios – com permissão da artista.

Segundo a Rolling Stone americana, os advogados de Beyoncé ameaçaram notificar a campanha de Trump. Após a publicação da notícia, nesta quarta-feira (21), o vídeo foi apagado das redes sociais. A cantora não se pronunciou publicamente a respeito.

Beyoncé já declarou apoio ao partido democrata, de Kamala, em várias ocasiões, incluindo em 2013, quando cantou o hino nacional na posse de Obama. Em 2020, apoiou publicamente a candidatura de Joe Biden.

Já a mãe de Beyoncé, Tina Knowles, é apoiadora assumida de Kamala. A estilista, de 70 anos, postou uma foto com a candidata democrata há cerca de um mês em seu perfil no Instagram, comemorando a oficialização da candidatura.

No início deste mês, a campanha de Trump foi criticada por Céline Dion por usar seu hit “My Heart Will Go On” em um comício em Montana.

“Hoje, a equipe de gerenciamento de Céline Dion e sua gravadora, Sony Music Entertainment Canada Inc., tomaram conhecimento do uso não autorizado de Celine Dion cantando ‘My Heart Will Go On’ em um comício de campanha de Donald Trump e JD Vance em Montana”, disse um comunicado compartilhado nas redes sociais da artista.

Abel elogia Palmeiras, diz ter ‘orgulho’ do grupo e encara a eliminação de ‘cabeça erguida’

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O técnico Abel Ferreira só teve elogios ao time do Palmeiras, apesar da eliminação nas oitavas de final da Copa Libertadores, depois do empate, por 2 a 2 com o Botafogo, nesta quarta-feira, no Allianz Parque.

 

“Vivo de futebol, mas não vivo só do futebol. Orgulho. Fica mais uma vez a demonstração daquilo que peço aos jogadores. Há três resultados no futebol, há coisas que não controlamos”, disse Abel, em entrevista coletiva.

“Não controlamos a bola bater na trave no último segundo; ou se bateu na mão do Gómez; se no melhor momento sofremos dois gols porque nosso aniversário foi letal e foi melhor de 15 minutos dentro dos 90”, continuou o treinador.

Abel afirmou que a sequência de jogos foi difícil para o Palmeiras. “Disse isso no final aos meus jogadores: mês de agosto difícil, com sorteio difícil, caímos de forma digna contra o Flamengo com todas as vicissitudes que tiveram no jogo. Contra o Botafogo caímos com sentimento de orgulho. Tristes, mas de cabeça erguida.”

Mais uma vez o comandante alviverde destacou que o futebol premia a eficácia de um time. “Fizemos 11 finalizações e eles 3 (no primeiro tempo), no segundo tempo nós 15 e eles 5. Futebol é eficácia e felicidade, isso entra no jogo, não só competência e lado emocional. Para além da qualidade do nosso adversário, nós não fomos felizes, apesar dos três gols e ter um gol anulado. As regras são claras, quando bate na mão antes do marcador fazer o gol, tem que ser anulado. É aceitar, estamos fora da Copa contra o Flamengo, estamos fora da Libertadores contra o Botafogo, agora vamos lutar até o fim pelo objetivo que nos resta neste ano.”

Blinken conclui viagem ao Oriente Médio sem avançar em plano de cessar-fogo

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O secretário de Estado americano, Antony Blinken, concluiu nesta quarta-feira (21) seu giro mais recente pelo Oriente Médio -o nono desde o início da guerra Israel-Hamas, em outubro passado.

 

A viagem, que incluiu passagens por Israel, Egito e Qatar, tinha sido descrita pelo chefe da diplomacia dos Estados Unidos como “a melhor e talvez última oportunidade” para alcançar um cessar-fogo. Mas as conversas seguem travadas, com o Estado judeu e o Hamas acusando-se mutuamente de impedir o progresso das negociações.

A trégua se tornou ainda mais urgente depois que que Israel matou o líder da ala política do Hamas, Ismail Haniyeh, durante uma visita dele a Teerã no final do mês passado. O Irã prometeu retaliar, o que implica grandes riscos de uma regionalização da guerra -os EUA acreditam que uma pausa nos combates na Faixa de Gaza poderia evitar uma conflagração.

Blinken insiste que o impasse pode ser resolvido em breve. “Isto é algo que tem que ser feito, e tem que ser feito nos próximos dias”, disse.

Na segunda, ele tinha saído de uma reunião de três horas com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, afirmando que o líder tinha concordado com a proposta para a trégua apresentada na semana passada.

Mas autoridades de Israel e do Hamas familiarizadas com as negociações disseram ao jornal The New York Times que o plano de Washington não indica soluções para as principais divergências entre Tel Aviv e os terroristas palestinos.

Na terça, o Hamas publicou um comunicado em que chamou o novo plano americano de “um retrocesso” em relação àquele com que tinham concordado no início de julho. Integrantes do grupo acusam Israel de ter voltado atrás em várias concessões, e vice-versa.

O único cessar-fogo na guerra até o momento ocorreu em novembro passado. A pausa de sete dias resultou na libertação de 105 do total de 250 pessoas sequestradas pelo Hamas nos ataques de 7 de outubro. Em troca, os israelenses libertaram 210 mulheres e crianças palestinas que estavam em suas prisões.

O acordo apresentado por Washington prevê que o Exército de Israel tenha permissão para continuar a patrulhar uma área conhecida como Corredor Filadélfia, uma zona-tampão de 14 quilômetros de extensão e 100 metros de largura que separa Gaza do Egito.

Tel Aviv afirma que a área, que as suas tropas capturaram em maio, está cheia de túneis que são usados para abastecer os terroristas com armamentos e outras mercadorias contrabandeadas.

Mas tanto o Egito quanto o Hamas argumentam que a saída das forças israelenses de lá é um pré-requisito para qualquer acordo -Cairo por acreditar que a ocupação da área representaria uma ameaça à sua segurança nacional, a facção por exigir uma retirada completa dos soldados do Estado judeu de Gaza.

A falta de progresso nas negociações é motivo de desespero para os que vivem na Faixa de Gaza, que sofrem com uma grave crise humanitária. A ONG Oxfam calcula que 1,1 milhão de pessoas (ou quase metade da população original do território palestino, de 2,3 milhões de pessoas) enfrenta situação de fome extrema, e a UNRWA, agência da ONU para refugiados palestinos, estima que mais de 80% dos habitantes locais tenham sido forçados a se deslocar internamente desde o início da guerra.

“Para onde iremos? Para onde iremos?” questionou Aburakan, 55, em uma mensagem de texto enviada à agência de notícias Reuters. Originalmente morador da Cidade de Gaza, a maior da faixa, localizada no norte do território, ele se mudou cinco vezes desde o início do conflito, e hoje vive em Deir Al-Balah.

“Sentimos que eles estão nos cercando. Infelizmente, podemos morrer antes de ver o fim desta guerra. Todo esse discurso de cessar-fogo é uma farsa”, completou.

A ausência de um horizonte para o conflito também tem atormentado as famílias dos 71 reféns que seguem nas mãos de Hamas e que segundo o Exército israelense ainda estão vivos (calcula-se que a facção ainda tenha em sua posse corpos de 39 reféns mortos ao longo do conflito.

Na terça (20), as tropas resgataram os corpos de seis reféns, incluindo o de uma pessoa que elas acreditavam estar viva. Ao todo, cerca de 250 pessoas foram sequestradas pelos terroristas nos ataques de 7 de outubro, e outras 1.200 foram mortas.

Brasil tem 3,5 vezes mais alunos com deficiência do que indicam dados oficiais

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma nova pesquisa aponta que os dados oficiais do Brasil sobre estudantes com deficiências estão subestimados. Em vez de 3,7% dos alunos da educação básica, como registra o Censo Escolar mais recente, seriam 12,8%, de acordo com o levantamento.

 

Como o número total de estudantes brasileiros na educação básica é de cerca de 47,3 milhões, seriam, portanto, mais de 6 milhões com algum tipo de deficiência ou transtorno de aprendizagem, e não perto de 1,8 milhão, como mostrado nos dados oficiais.

Dessa forma, são quase 4,3 milhões de crianças e jovens não contabilizados em políticas públicas ligadas à educação especial e inclusiva, que devem envolver, por exemplo, a formação de educadores, a contratação de profissionais especializados para dar assistência aos alunos e a adaptação da infraestrutura escolar.

O estudo foi realizado pela Equidade.info, iniciativa ligada à Escola de Educação da Universidade de Stanford, dos Estados Unidos, com apoio do Stanford Lemann Center, que desenvolve pesquisas de políticas públicas para a educação brasileira, e da Fundação Itaú. A supervisão é de dois pesquisadores e professores de educação de Stanford, o brasileiro Guilherme Lichand e a norte-americana Elizabeth Kozleski.

A porcentagem de estudantes brasileiros com deficiências ou transtornos de aprendizagem levantada pela pesquisa, de 12,8%, é semelhante à dos Estados Unidos (12%) e está mais próxima à média internacional, segundo Lichand. Para ele, isso também torna a porcentagem da pesquisa mais factível do a oficial.

A disparidade entre o estudo e o Censo Escolar se explica, de acordo com Lichand, pelas diferentes metodologias aplicadas. No caso do censo, são as próprias escolas, 180 mil no total, que reportam os alunos com deficiências. Já a pesquisa realizou entrevistas com os próprios estudantes, além de professores e gestores, a partir de uma amostra representativa da realidade da educação pública e privada no Brasil.

“A pesquisa constatou que, em 80% das escolas, os questionários do Censo Escolar são preenchidos por um secretário ou uma secretária do diretor ou diretora da escola, sem que ninguém seja consultado, nem os alunos nem seus familiares”, diz Lichand.

“E, normalmente, esse funcionário só reporta os casos de estudantes que já tenham algum laudo médico. Não há nenhuma regra que diga que seria necessário um laudo para se reportar ao Censo, mas, na prática, é isso que acontece”, afirma o pesquisador.

Ficam de foram dos dados oficiais, desse modo, alunos com deficiência que ainda não têm um laudo, o que não é raro, considerando a realidade de famílias mais vulneráveis de escolas públicas. Além disso, existem várias dificuldades enfrentadas pelos estudantes que não seriam, necessariamente, passíveis de um laudo, mas que podem impactar significativamente o seu aprendizado e exigiriam atenção da escola, como a dificuldade de se escutar o professor ou de enxergar a lousa, por exemplo.

Alguns números ilustram bem esse aspecto. De acordo com o levantamento, 21% dos alunos relatam possuir alguma dificuldade para escutar o professor, mesmo quando estão sentados próximos a ele e com a sala em silêncio.

Já 5% dos alunos dizem que têm muita dificuldade ou que não escutam de jeito nenhum o professor. São 42% os que precisam perguntar a colegas o que o professor disse. E dois terços afirmam não ter apoio da escola para lidar com isso.

O problema de de enxergar a lousa é semelhante: 25% relatam ter alguma dificuldade para isso, mesmo quando estão sentados nas primeiras fileiras e usam óculos. São 5,7% os que dizem ter muita dificuldade ou não conseguem de jeito nenhum enxergar o quadro. E 73% afirmam não ter recebido apoio na escola para contornar essa dificuldade.

Além dos desafios físicos, a pesquisa questionou aos alunos se eles têm problemas de comunicação, compreensão e sociabilização, e 8,6% disseram que sim. Desses, 62% responderam que não recebem ajuda na escola para lidar com isso.

Adversidades como essas não são contabilizadas pelo Censo, segundo Lichand. “O Censo só contempla dez categorias de deficiências, e metade delas categorias é física, é um recorte imperfeito”, afirma. “Há muitos desafios não contabilizados pelo Censo, como a dislexia, que, internacionalmente, atinge 5% dos alunos.”

Para o pesquisador, um dos grandes problemas desses dados oficiais é que, no Brasil, há “uma visão medicalizada das deficiências e dos transtornos de aprendizagem”. “Essa abordagem essencialmente médica é restrita e desconsidera uma série de dificuldades dos alunos, o que negligencia o direito à aprendizagem”, afirma. “Em muitos países, a abordagem dos desafios dos estudantes passou a ser mais social, o que ajuda as escolas a se prepararem para atender necessidades específicas”.

A pesquisa foi realizada entre abril e maio deste ano, com uma amostra de 160 escolas públicas e privadas de todos os estados brasileiros. Foram entrevistados 2.889 estudantes, 373 professores e 222 gestores escolares. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos, com confiança estatística de 95%.

Os questionários, segundo Lichand, foram elaborados a partir de modelos internacionais considerados referência nessa área, com adaptações para as diferentes necessidades dos alunos -no caso de deficiência intelectual, excepcionalmente, a pesquisa levantou o número de alunos com a escola, o que fez com que, nessa categoria, o resultado se assemelhasse ao do Censo (em torno de 3%).

“Realizamos diversas adaptações de perguntas, a depender da condição do estudante, como a utilização de imagens para auxiliar os mais novos ou aqueles que apresentam transtorno ou déficit de aprendizado”, conta Marta Vitório Barreto Dantas, pesquisadora do Equidade.info que atuou em escolas de Sergipe.

Da mesma forma que a escola tem que respeitar e se adequar às necessidades de cada estudante, os pesquisadores precisaram atuar com sensibilidade, conta Marta.

“Muitas vezes, realizei entrevistas deitada com o tronco na mesa, porque o aluno estava nessa mesma posição, e isso o deixava mais confortável”, diz.

“Quando percebia estar diante de estudantes com hiperatividade, antes de iniciar o questionário, eu lhes fazia perguntas sobre coisas triviais do dia para ter uma noção do estado emocional em que estavam e tentar deixá-los mais à vontade.”

No Brasil, no entanto, os professores não são preparados para esse tipo de atuação, e a falta de políticas de formação contínua para a educação inclusiva se coloca como um dos principais desafios. Praticamente a metade dos docentes (49%), segundo a pesquisa, diz não se sentir preparada para lidar com deficiências múltiplas dos alunos.

 

Real Madrid está decepcionado com o comportamento de Rodrygo, diz jornal

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Após apagar postagem em que se incluía em trio de ataque ‘dos sonhos’ do Real Madrid, Rodrygo teria deixado o clube espanhol decepcionado com seu comportamento. De acordo com o jornal Sport, as atitudes recentes do atacante têm deixado a direção do clube “descontente” – e começado a desestabilizar o vestiário.

 

“Falaram do trio Bellingham, Mbappé e Vini, mas a essa sigla vão ter que adicionar o R de Rodrygo”, diz parte da postagem que foi publicada pela equipe de comunicação do atleta e apagada logo depois. A sigla BMV, em referência a Jude Bellingham, Kylian Mbappé e Vinícius Júnior, exclui a participação do camisa 11 do Real Madrid – mesmo que o brasileiro seja titular.

O posicionamento sobre o trio BMV não foi o primeiro caso recente polêmico de Rodrygo no Real Madrid. Em maio, antes da decisão da Liga dos Campeões, ele afirmou que o “Manchester City era o melhor time do mundo”. “Sendo sincero, sabíamos que eles (Manchester City) eram melhores. Para mim é a melhor equipe do mundo, a que joga o melhor futebol”, afirmou o atacante.

O nome de Rodrygo também esteve ligado a outros clubes na última janela de transferências. O atacante afirmou que “tudo poderia acontecer”, mas reafirmou o desejo de permanecer na Espanha – como ocorreu, mesmo com a chegada de Mbappé, mais um nome para reforçar o ataque da equipe.

Carlo Ancelotti admira a qualidade de Rodrygo, que chegou ao clube em 2019, e quer evitar que o atacante deixe o clube no futuro. Além do Sport, outros periódicos espanhóis destacaram a polêmica com o trio BMV – ou BMVR. O Marca, em sua manchete “Com a R”, afirmou que Rodrygo “reivindicou sua importância” junto ao elenco e ressaltou a união do grupo.

“Temos o quarteto ofensivo e todo o restante do time. Cada um tem a sua importância nos jogos e vai mostrar o seu valor nas diversas competições que vamos disputar. A semana cheia vai ser de muito trabalho até a próxima partida no Bernabéu”, afirmou Rodrygo, após empate por 1 a 1 com o Mallorca na estreia do Campeonato Espanhol.

No lance em que balançou a rede pelo Real Madrid diante do Mallorca, Rodrygo movimentou o placar ao completar jogada que teve a participação de Mbappé, Bellingham e Vini Jr.

Justiça de MG determina suspensão de atividades de mineradora na Serra do Curral

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BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – A Justiça de Minas Gerais determinou a suspensão imediata das atividades de extração e de transporte de minério de ferro da Empabra (Empresa de Mineração Pau Branco) na mina Corumi. Ela fica localizada na região da Serra do Curral, cartão-postal de Belo Horizonte, e que tem parte de sua área sob proteção ambiental.

 

A decisão de segunda-feira (19) atendeu a uma ação civil pública ajuizada pelo (MPMG) Ministério Público de Minas Gerais), que apontou exploração minerária predatória e ilegal por parte da empresa. A empresa também teria descumprido um termo de transação civil junto ao órgão, de acordo com a Promotoria.

Procurada, a Empabra não retornou às tentativas de contato.

A decisão da juíza Moema Miranda Gonçalves, da 9ª Vara Cível de Belo Horizonte, definiu uma multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento das medidas impostas.

Ela também proibiu o tráfego de caminhões com carregamento de minério no local e determinou que a Empabra elabore, em até 30 dias, um plano de fechamento de mina.

“É possível concluir pela inviabilidade do prosseguimento de qualquer atividade na mina Corumi que não seja com o propósito de recuperação da área degradada pelas atividades da mineradora”, diz a decisão.

No processo, a juíza afirma, com base em um relatório da prefeitura da capital mineira, que, em maio de 2016, a empresa havia extrapolado o limite de extração de 4 milhões de toneladas de minério de ferro que havia sido acordado com o MPMG.

Em maio deste ano, a empresa já havia sido interditada pela prefeitura por não poder atuar no local. No ano passado, a ANM (Agência Nacional de Mineração) havia autorizado a Empabra a comercializar o minério já lavrado e estocado.

A Serra do Curral tem sua face norte voltada para Belo Horizonte, no extremo sul da capital. Essa parte já passou por tombamento municipal. Na região está, por exemplo, o parque das Mangabeiras, um dos maiores do município.

Outros pontos da serra, porém, não são protegidos e abrigam áreas que pertencem a mineradoras. De acordo com ambientalistas, a ação das empresas no local pode afetar o abastecimento de água para Belo Horizonte.

Em novembro do ano passado, o TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) realizou uma audiência pública para discutir o tombamento da parte da serra que ainda não está sob proteção.

As críticas às atividades das mineradores na região ganhou nova dimensão após a reação de ambientalistas e artistas contrários à autorização dada em abril de 2022 pelo governo Romeu Zema (Novo) a outra mineradora, a Tamisa, a explorar uma área na Serra do Curral.

Após um vaivém jurídico, o TJMG proibiu a mineração na área autorizada pelo Copam para a Tamisa e a Justiça Federal confirmou a decisão.

 

Luisa Mell afirma que não será candidata a vereadora em São Paulo

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Não será em 2024 que Luisa Mell se dedicará à carreira política. Cotada para disputar o cargo de vereadora, a ativista afirma que não está mais em seus planos participar de uma eleição.

 

Pelas redes sociais, a ativista, que trabalha com a causa animal há 22 anos, reforçou que não será candidata nas eleições por conta de outras prioridades.

“Cada vez mais fica evidente para mim a importância da política para mudanças importantes. Porém, neste momento, não conseguiria me dedicar apenas à cidade de São Paulo, visto que estou com muitos projetos importantes para os animais em várias regiões do país”, disse.

“Lutarei sempre pelos animais. Jamais medi ou medirei esforços para defender quem não tem voz”, emendou Mell.

No começo do ano, a ativista chegou a conversar com lideranças partidárias para discutir o início de uma carreira na política.

Ela tratou do tema com representantes do União Brasil e do PSB. Nas conversas, foi discutida uma possível candidatura a vereadora na capital paulista. No União, ela era vista como uma aposta forte para puxadora de votos da sigla em São Paulo.

Ao Painel, Luisa afirmou que ainda não havia tomado uma decisão a respeito da candidatura.

Em 2023, ela venceu a pesquisa “O Melhor da Internet” na categoria influenciadora pet, lembrada por 17% dos entrevistados pelo Datafolha.

Jogos Paralímpicos de Paris terão maior equipe de refugiados da história

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os Jogos Paralímpicos de Paris, que acontecem entre 28 de agosto e 8 de setembro, terão uma equipe de refugiados composta por oito atletas e um corredor-guia de cinco países. É a maior equipe de refugiados na história das Paralimpíadas -foram dois na Rio-2016 e seis em Tóquio-2020.

 

O Irã e o Afeganistão são os que têm o maior número de representantes, com três e dois atletas cada, respectivamente.

Os atletas competirão em seis modalidades -paratletismo, halterofilismo, tênis de mesa, taekwondo, triatlo e esgrima em cadeira de rodas.

A equipe paralímpica de refugiados competirá sob a bandeira do Comitê Paralímpico Internacional e será a primeira a marchar na cerimônia de abertura, que acontecerá ao longo da Champs-Elysees e na Place de la Concorde.

O paratletismo e o taekwondo têm dois representantes cada.

Na arte marcial de origem sul-coreana, ambos os paratletas são nascidos no Afeganistão -Zakia Khudadadi, que foi campeã europeia na categoria até 47 kg em 2023, e Hadi Hassanzada.

“Crescendo no Afeganistão, enfrentei um mundo onde a deficiência nem sempre era compreendida”, disse Zakia, que fez sua estreia nas Paralimpíadas em Tóquio-2020. “O esporte tem sido como uma luz e um milagre na minha vida.”

No paratletismo, compete pela equipe de refugiados o velocista Guillaume Junior Atangana, de Camarões. Ele ficou em quarto nos 400m na categoria T11 (deficientes visuais) em Tóquio-2020 e correrá na capital francesa ao lado do corredor-guia camarônes também refugiado Donard Ndim Nyamjua.

Também compete no paratletismo pela equipe de refugiados o iraniano Salman Abbariki, no arremesso de peso. Ele foi ouro na modalidade nos Jogos Paralímpicos Asiáticos de 2010.

O sírio Ibrahim Al Hussein competiu na natação paralímpica na Rio-2016 e em Tóquio-2020 e, na França, participará do triatlo. Nos Jogos do Rio, ele foi o porta-bandeira da equipe paralímpica de refugiados na cerimônia de abertura.
“Nada é impossível. Com persistência e perseverança, você pode superar até as dificuldades mais difíceis”, afirmou Al Hussein.

Também estará nas Paralimpíadas de Paris o iraniano Hadi Darvish, no halterofilismo. Ele foi bronze na Copa do Mundo de Tbilisi, em junho, na categoria até 80 kg.

Também do Irã, Sayed Amir Hossein Pour competirá no tênis de mesa. Ele ganhou duas medalhas de ouro nos Jogos Paralímpicos da Juventude em 2021, no Bahrein.

Já Amelio Castro Grueso, da Colômbia, participará do torneio de esgrima em cadeira de rodas. Ele conquistou o bronze no Campeonato Americano de Esgrima em Cadeira de Rodas no Brasil, em maio.

“O conselho que eu daria a todos é nunca parar de sonhar e que não importa quão difícil seja sua vida ou o momento que você esteja enfrentando, não desista, continue lutando”, disse Grueso.

O Comitê Paralímpico escolhe os membros da equipe a partir de consultas junto às respectivas federações internacionais e com base em uma série de critérios, incluindo o desempenho atlético.

O status de refugiado dos atletas, determinado pelo país anfitrião, também precisa passar pela verificação da Acnur (Agência da ONU para Refugiados).

“Infelizmente, existem mais de 120 milhões de pessoas deslocadas à força em todo o mundo. Muitas vivem em condições terríveis. Esses atletas perseveraram e demonstraram uma determinação incrível para chegar a Paris-2024 e dar esperança a todos os refugiados do mundo”, declarou Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional.

“Não importa quão difíceis sejam suas circunstâncias, esses atletas encontraram uma maneira de competir no mais alto nível do esporte paralímpico. Com esses oito atletas e um guia, temos a equipe paralímpica de refugiados mais forte e mais bem preparada da história”, afirmou Nyasha Mharakurwa, chefe da equipe paralímpica em Paris-2024. Ele representou o Zimbábue no tênis em cadeira de rodas nos Jogos Paralímpicos de Londres-2012.

Nos Jogos Olímpicos de Paris, a equipe de refugiados também foi a maior em uma edição do evento esportivo, com 36 atletas de 11 países. A boxeadora de origem camaronesa Cindy Ngamba foi a primeira atleta do time de refugiados a conquistar uma medalha, com o bronze em Paris-2024.

Aeroporto do Japão cancela voos após tesoura sumir de loja

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Mais de 200 voos atrasaram e 36 deles foram cancelados no Novo Aeroporto de Chitose, no Japão, após uma tesoura sumir de uma loja localizada ao lado de um portão de embarque. Horas depois, o aeroporto chegou a fechar por medo de algum ataque dentro de um avião. O caso aconteceu no último sábado (17).

 

Segundo a BBC, enormes filas foram criadas depois que a equipe de segurança precisou rever protocolos e refazer os controles de segurança.

Só depois de algumas horas que os voos foram retomados, embora a tesoura só tenha sido encontrada no dia seguinte. Ela estava na mesma loja e foi achada por um funcionário.

O Ministério da Terra, Infraestrutura, Transporte e Turismo solicitou que o aeroporto de Hokkaido investigue a causa para evitar que algo do tipo ocorra novamente.

“Estamos cientes de que este também é um incidente que pode estar ligado a sequestro ou terrorismo, e trabalharemos novamente para garantir uma conscientização completa do gerenciamento”, disse o aeroporto.

Dona de áreas de 51 favelas, CDHU quer que moradores paguem por regularização

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Na viela onde carros não passam, a casa de paredes sem reboco espremida entre construções vizinhas é resultado do trabalho solitário de Madalena de Souza, 75. “Aqui fomos só eu e Deus que fizemos”, diz, escorando-se na porta do sobrado que ela não pode chamar de seu.

 

Assim como Madalena, cerca de 800 famílias vivem irregularmente há quase duas décadas em uma área que pertence à CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), órgão do governo de São Paulo.

A comunidade Vila Sílvia cresceu colada ao muro do conjunto residencial construído em sistema de mutirão pela companhia estadual no Cangaíba, na zona leste da capital paulista. No local, casas de alvenaria de até quatro andares quase se equiparam em altura aos prédios de cinco pavimentos do condomínio.

Não é um caso isolado. Outras 50 favelas que somam mais de 100 mil habitantes estão consolidadas em terrenos da CDHU na região metropolitana de São Paulo.

Objetos de ações de reintegração de posse que se arrastam na Justiça sem perspectiva de solução, essas áreas são alvo de uma nova proposta de regularização.

Em troca da posse de aproximadamente 25 mil imóveis em terrenos avaliados em R$ 1,5 bilhão, a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) exigirá projetos e obras de urbanização a serem pagos com recursos obtidos pelos próprios moradores.

Para isso, entidades representativas dessas comunidades deverão contratar empresas especializadas ou obter apoio de outros órgãos públicos.

A CDHU avaliará os planos e prestará apoio técnico, mas não colocará dinheiro na empreitada, diz o edital que será oficialmente apresentado ao Conselho Estadual de Habitação nesta quinta-feira (22).

Contratações diretas de projetos privados de urbanização, sem participação do setor público, ganharam tração com a aprovação em 2017 da Lei 13.465. É a legislação do governo do então presidente Michel Temer (MDB) que dá respaldo ao chamado Reurb, sigla para Regularização Fundiária Urbana.

Apesar de ser crítica ao regramento e à proposta da gestão Tarcísio, a coordenadora do LabCidade da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Isadora Guerreiro, diz que é grande a chance de adesão popular ao Reurb.

“A família prefere pagar para finalmente ter a posse, demonstrando certo afastamento da percepção de que o direito à habitação é dever do Estado”, afirma a professora.

“Há uma dimensão política e populista nisso: o estado joga a responsabilidade para as famílias e elas ainda serão eternamente gratas ao Tarcísio”, completa Isadora.

Críticas rebatidas pelo governo com o argumento de que cabe à CDHU buscar equilíbrio entre o direito de moradores das ocupações e o de famílias que não recorrem às invasões enquanto esperam por uma unidade, diz o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Cardinale Branco.

Caso a CDHU custeasse a regularização fundiária e urbanização, além de abrir mão da disputa judicial pelos terrenos, o governo sinalizaria certo estímulo às ocupações de áreas públicas como forma de “furar a fila” da habitação, avalia o secretário.

Livrar-se de um engodo que há décadas consome recursos, conferindo uma marca negativa à CDHU, é também um bônus almejado pela proposta de regularização. “Uma companhia de habitação não pode ser dona de 50 favelas”, afirma Branco.

Estimativas da CDHU apontam que cada moradia regularizada teria custo entre R$ 30 mil e R$ 50 mil. Dinheiro que não necessariamente dependerá da arrecadação direta dos moradores. Financiamento, doações privadas e recursos públicos, desde que não sejam da CDHU, são admitidos pelo edital. O valor poderia vir, por exemplo, do governo federal, da prefeitura ou de emendas parlamentares, entre outras hipóteses.

Desocupação de áreas de risco, obras de saneamento, pavimentação de ruas e vielas, liberação de acessos e construção de espaços públicos serão contrapartidas requeridas.

“E se eu disser que nós já estamos fazendo tudo isso aqui, sem nem saber deste edital?”, afirma Paulo Henrique Evaristo, 41, líder comunitário da Vila Silvia.

Mais conhecido como Jambo, ele recebeu a Folha de S.Paulo na sede do Instituto Filhos do Gueto, do qual é presidente. Informado pela reportagem sobre a publicação do chamamento público, afirmou que as comunidades têm capacidade de organização para aderir ao programa e até mesmo custear a regularização.

Para reforçar seu ponto de vista, mostrou vielas pavimentadas pela Sabesp, em acordo feito com a comunidade durante obras de saneamento do bairro, além da praça com chão cimentado e cercada por grades. No local, onde uma das casas tem piscina na cobertura, crianças pedalam bicicletas doadas por empresários locais, sob supervisão de uma recreadora paga pela associação.

Jambo diz que a titularidade dos imóveis é o que falta para que a comunidade sinta segurança em promover mais benfeitorias. “Quem não quer ter a sua moradia digna? Isso muda o jogo”, afirma.

Em um dos corredores, a dona de casa Marta Alves, 58, confirma a disposição da comunidade em fazer o necessário pela regularização. “Se precisar, a gente paga”, afirma. “Eu não falo só por mim, pode bater em qualquer porta e perguntar”, diz Marta.

Do outro lado do muro, a síndica do conjunto da CDHU, Juscileide de Carvalho, 52, diz esperar que a proposta resolva problemas criados pela ausência do estado ao longo de anos. O mais visível deles está no muro escorado com madeiras atrás dos prédios. “As caixas de esgoto da comunidade que romperam vazaram e enfraqueceram a estrutura”, diz.

Leide, como é conhecida, integra a Pastoral de Moradia Leste 2, movimento ligado à Igreja Católica responsável pela construção em sistema de mutirão da maior parte das unidades onde vivem mais de 2.400 famílias. “É importante organizar [a ocupação na área da CDHU] para que a gente também não sofra as consequências.”

A CDHU diz que problemas como os danos ao muro que separa o condomínio é o tipo de questão que poderá ser resolvida pela comunidade que aderir ao programa.

 

Ana Castela diz que não vai abandonar funk ‘jamais’ após gravar modões

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BARRETOS, SP (FOLHAPRESS) – Ana Castela, artista mais ouvida do Brasil no Spotify, disse que não vai parar de cantar funk. Cantora sertaneja de Mato Grosso do Sul, ela ascendeu à fama com um estilo que mistura as batidas dançantes com um discurso sobre o estilo e a vida rural.

 

Mas nos últimos meses, Castela apostou em gravações de clássicos do sertanejo raiz, os modões, no primeiro volume do EP “Herança Boiadeira”. A obra inclui versões de “Mercedita”, parceria com a cantora Perla, “Cachaceiro”, com Eduardo Costa, “As Andorinhas”, com o Trio Parada Dura, e “Tentei te Esquecer”, com Matogrosso & Mathias.

“Abandonar o funk jamais”, ela disse à Folha depois de seu show na 69ª Festa do Peão de Boiadeiro, que acontece em Barretos, no interior de São Paulo, até o próximo domingo (1º). Castela cantou no último sábado (17), mas ficou na cidade para curtir o evento, e chegou até a subir no palco de Edson & Hudson no domingo.

“Funk é o que me projetou nacionalmente e também é o que eu gosto de escutar”, ela afirmou. “Mas minhas raízes são o modão, que também amo, e faz parte da minha história. Então, também sempre vou cantar modão.”

Castela chegou ao posto de música mais ouvida do Brasil pela primeira vez em 2022, com “Pipoco”, um funk exaltando o estilo country e chamado de agronejo naquela época. A música, parceria dela com a MC Melody e o DJ Chris no Beat, botou o nome da cantora, então com 18 anos, no mapa.

Agora aos 20, a Boiadeira diversificou seu estilo. Canta também sofrências e músicas românticas, caso de “Fronteira”, sucesso em que faz um dueto com o namorado, o também cantor sertanejo Gustavo Mioto, além de fazer parcerias com gente como Gusttavo Lima, Luan Santana e Zé Neto & Cristiano –todos eles entre os nomes mais populares do gênero, e do Brasil, atualmente.

Uma música do ano passado, “Seu Quadro”, tem levada de reggaeton, o ritmo latino que está em alta ao redor do mundo e Castela diz que é uma influência sua. “Sempre que possível, vou incluir, porque também gosto muito. Meu empresário, Rodolfo [Alessi], me apresenta várias músicas [do gênero], e gosto demais. Já lancei outras duas nesse estilo -‘Me Gusta’ e ‘Saudades’.”

No show que fez em Barretos, Castela cantou os modões -caso de “Minha Herança”, em que fala sobre suas raízes da roça-, as românticas -caso de “Solteiro Forçado”, um dos seus grandes sucessos- e os funks, caso de “Ram Tchum”, parceria com Dennis DJ e MC GW.

Tudo o que já sabemos sobre A Fazenda 16, reality da Record

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A menos de um mês de sua estreia, A Fazenda 16 (Record) já teve algumas informações divulgadas. A Fazenda 16 entra no ar na terceira semana de setembro.

 

O reality está com sua estreia marcada para o dia 17/09. Essa edição terá um número recorde de participantes. Agora, serão 24 pessoas disputando o prêmio.

20 participantes entram direto da casa e quatro serão escolhidos do Paiol. Dessa vez, a dinâmica será um pouco diferente.

Das oito pessoas do Paiol, o público escolherá quatro para subirem para a sede, independente do sexo. Ou seja, podem não ser dois homens e duas mulheres.

O Paiol será composto por seis ex-participantes de realities e dois influenciadores do Kwai.

Adriane Galisteu volta para sua 4ª temporada no comando da atração. Mais uma vez, A Fazenda deve ficar no ar até meados de dezembro.

DICAS DO ELENCO

Diretor da atração, Rodrigo Carelli já deu dicas relacionadas a alguns membros do elenco -que, segundo ele, já está fechado.

Segundo o diretor, foram selecionados um atleta, famosos que ganharam notoriedade por seus relacionamentos complicados e subcelebridades de barracos na internet.

Uma das futuras peoas da Fazenda 16 teve apenas um registro profissional na sua carteira de trabalho. E ela já teve um affair com um cantor amado pelo Brasil.

A moda uniu a futura peoa a um cantor. Após este affair, ela teve uma gravidez polêmica.

 

Napoli anuncia a contratação de ex-são-paulino David Neres por duas temporadas

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O Napoli ganhou um reforço importante para o seu ataque. David Neres, revelado pelo São Paulo, foi anunciado de forma oficial pelo clube italiano nesta quarta-feira. O jogador que assinou por duas temporadas, foi contratado junto ao Benfica.

 

Para contar com o atleta, Antonio De Laurentis, presidente do clube italiano, desembolsou o valor de 30 milhões de euros (algo em torno de R$ 182 milhões). Quem vai lucrar com esse desfecho é o São Paulo. Por ter formado o atleta, a equipe paulista vai receber 840 mil euros (cerca de R$ 5 milhões) por causa do repasse do mecanismo de solidariedade da Fifa.

No site oficial do clube, a contratação de Neres é anunciada com um “Bem-vindo”. O jogador é um pedido do técnico Antonio Conte que busca um homem de velocidade para compor o setor ofensivo.

“Agora precisamos entender quais são as condições do Neres, que ainda não treinou com o restante do elenco”, afirmou o treinador em entrevista à Gazzeta dello Sport. Ele espera poder ter o brasileiro á disposição já para a rodada do fim de semana.

Após uma estreia frustrante, quando perdeu para o Verona por 3 a 0, pelo Campeonato Italiano, o Napoli vai a campo neste domingo em busca da reabilitação no torneio diante do Bologna.

Rússia e Ucrânia se enfrentam em mega-ataque de drones

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com o esforço de Kiev na invasão da região russa de Kursk pressionando Moscou, mas expondo o leste da Ucrânia a um colapso militar, os rivais viveram uma das maiores trocas de fogo usando drones desde que Vladimir Putin lançou sua invasão em 2022.

 

A Rússia disse ter abatido 45 drones durante a madrugada desta quarta (21, noite de terça no Brasil) em cinco regiões do país. A capital, Moscou, foi objeto de um dos maiores ataques na guerra, com 11 aparelhos derrubados.

Três dos quatro aeroportos da cidade ficaram fechados até o começo da manhã por medida de segurança. Ainda que os números não sejam aferíveis, não há relatos de estragos na capital -desde que tais ações começaram, no fim de 2022, as defesas aéreas moscovitas foram reforçadas, e as explosões de abate foram registradas em regiões afastadas do seu centro.

Houve ao menos uma morte em decorrência do ataque, segundo o governo por causa de destroços, justamente em Kursk.

Já Kiev, que costuma dar uma igualmente pouco confiável relação entre ataques e abates, disse ter derrubado 50 de 69 drones em todo o país. Também foram empregados dois mísseis balísticos, que atingiram alvos, e um de cruzeiro, que foi interceptado segundo os militares.

É um ataque grande, ainda que não esteja entre os maiores já feitos neste conflito, mas a intensidade da troca de drones é inédita. A lógica russa é de desgaste de defesas aéreas, enquanto a Ucrânia busca atingir alvos simbólicos ou com valor econômico, como refinarias.

O ataque a Moscou, principalmente, tem um caráter mais psicológico, no momento em que Putin tem de enfrentar forças rivais no próprio solo, algo que não acontecia na Rússia desde que os tanques nazistas cruzaram as fronteiras soviéticas em 1941.

Em Kursk, os ataques ucranianos seguem pontuais, com ao menos uma bateria antiaérea russa destruída segundo os invasores. Mas a ofensiva, iniciada há duas semanas, perdeu por ora o fôlego inicial: os ganhos territoriais estacionaram, restando saber se para uma segunda fase ou por exaustão.

A humilhação militar na região obrigou uma reação de Moscou que, se foi lenta, acabou por estruturada nesta semana. Mais importante para o curso da guerra, a aparente concentração de recursos de primeira linha por Kiev na ação incentivou Moscou a pressionar ainda mais o leste do país.

Nesta quarta, o Ministério da Defesa russo confirmou o controle de Jelane, cidadezinha próxima de Pokrovsk, principal objetivo da atual ofensiva russa por seu um centro logístico e entroncamento ferroviário importante.

O presidente Volodimir Zelenski já disse que a situação é difícil na região, e a evacuação dos cerca de 60 mil moradores da cidade está em curso. Se cair, o território restante da província de Donetsk em mãos de Kiev será cortado em dois, e há o risco de um colapso militar da defesa da Ucrânia por lá.

Com isso, a surpreendente ação em Kursk ganha a roupagem de uma cartada arriscada para Zelenski. A própria narrativa de Kiev é errática: ora a ação visa proteger a região vizinha de Sumi e obrigará uma zona-tampão, ora não há pretensão territoriais, e sim a vontade de forçar os russos a negociar.

A última opção, que foi identificada publicamente por Putin, vai em linha com as tratativas que vinham ganhando corpo nas últimas semanas. Com a ação, contudo, ficará difícil para o Kremlin topar uma negociação -a ideia de que não controla uma fração, ainda que mínima, de seu país é fatal para a imagem construída pelo russo em 25 anos de poder.

A linha-dura dá suas mensagens, também. O ex-presidente Dmitri Medvedev, que ocupa um cargo lateral no Conselho de Segurança do país, disse nesta quarta no Telegram que agora só há espaço para derrota total do vizinho. É um exagero típico, mas que reflete parte da opinião dos grupos dominantes.

Na frente política, Putin recebeu nesta quarta o premiê chinês, Li Qiang, para conversas. Pequim vinha capitaneando as conversas principais sobre um cessar-fogo, apesar de seu posto de principal aliada de Moscou criar resistências no Ocidente.

Já Zelenski receberá pela primeira vez nesta semana Narendra Modi, o premiê indiano que havia visitado Putin no mês passado. A Índia é uma aliada da Rússia, e se absteve de condenar a invasão de 2022. Mas seus laços com o Ocidente e a rivalidade com a China, amparados no seu poderio econômico e militar, lhe dão um status de neutralidade para buscar influir na crise.

Brasil tem recorde de cidades com só um candidato a prefeito; RS lidera ranking

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As eleições de 2024 registraram recorde no número de candidaturas únicas nos municípios desde o ano 2000. De todas as cidades brasileiras, 214 apresentam apenas um candidato a prefeito neste ano, número puxado pela liderança do Estado do Rio Grande do Sul.

 

O levantamento foi feito pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI), da FSB Holding, a partir dos dados coletados do portal de estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A pesquisa foi obtida pelo Broadcast Político.

De acordo com os dados, cerca de 108 municípios tiveram, em mais de uma vez, apenas um candidato concorrendo à prefeitura entre 2000 e 2024. Ao longo desses anos, o Rio Grande do Sul também lidera entre os Estados com maior número de chapa única – cenário que se repete em 2024.

Entre 2000 e 2024, o território gaúcho foi o que mais apresentou cidades que repetem a candidatura única. Segundo o levantamento, 36 cidades gaúchas tiveram, em mais de uma eleição, apenas um candidato concorrendo. O ranking de repetição é seguido pelo Paraná, com 15 municípios; São Paulo, com 12, e Minas Gerais, com 11.

O município de Mato Queimado (RS) é a cidade que lidera com o maior número de eleições com apenas um candidato à prefeitura. A história repetiu-se na cidade por 20 anos, entre 2000 e 2020. Nas eleições de 2024, porém, em vez de um candidato, haverá dois nomes disputando o pleito.

Segundo a pesquisa, o pleito de 2024 será a eleição que mais registrou chapa única desde 2000. São 214 municípios com apenas um candidato a prefeito. Esse número representa mais que o dobro do registrado em 2020, que foi de 106 municípios. O ano que teve menor número de cidades com chapa única foi 2004, com 80 cidades, seguido de 2016, com 95 municípios.

Em 2024, o Rio Grande do Sul se destaca como o Estado que mais registra candidaturas de chapa única nas eleições, com 43 cidades. Em segundo lugar, está Minas Gerais, com 41 candidatos desse perfil.

Para o sócio-diretor do IPRI Marcelo Tokarski, “uma disputa eleitoral pressupõe debate de ideias para que os cidadãos de cada município reflitam sobre as propostas apresentadas pelos candidatos em áreas importantes como educação, saúde, transporte, saneamento.”. “Em cidades em que apenas um único candidato concorre, a população perde essa oportunidade por não haver múltiplas propostas a serem analisadas”, avaliou Tokarski.

“Muito da beleza do debate eleitoral está nesse embate saudável para os brasileiros escolherem quais as proposições que mais acreditam para aumentar sua qualidade de vida”, acrescentou.