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Esposa de Nissim Ourfali resgata meme com nova versão em festa de casamento

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Nissim Ourfali ficou conhecido nas redes em 2012, ao criar uma paródia da música “What Makes You Beautiful”, do grupo One Direction. No vídeo, o adolescente convidava os amigos para seu Bar Mitzvá, celebração judaica que marca o 13° aniversário dos meninos seguidores da religião. Quase 12 anos depois, ele volta a viralizar na internet com um registro de um casamento.

Nas imagens, publicadas originalmente no X (antigo Twitter), uma mulher que se identifica como Noemi Ourfali diz ser a esposa de Nissim. Ela canta uma nova versão da paródia e diverte os convidados da festa. Na letra, a noiva conta conheceu o marido “na Baleia”, numa referência à praia do litoral de São Paulo em que foi ilustrado Nissim em cima de uma figura do animal no viral original.

Noemi faz elogios ao marido e à família Ourfali, comenta que nasceu na Suiça e ama o Brasil. Os convidados acompanham a música dançando e pulando com o revival do meme. Nissim não aparece nas imagens e também não há informações sobre quando o vídeo foi gravado.

Lembram do Nissim Ourfali? Casou. Amei a música que a esposa dele cantou no casamento.

Genial! pic.twitter.com/5bv57LgzvD

— Marcelo Feller (@FellerMarcelo) April 12, 2024

Apesar da popularidade, o vídeo trouxe problemas para Nissim e a família. Eles foram alvos de intolerância religiosa e até ameaçados de morte nas redes. Hoje, o rapaz prefere manter a maioria das redes sociais fechada. No LinkedIn, ele se apresenta como analista de plano financeiro e formado na Universidade de Babson, em Wellesley, Massachusetts, Estados Unidos. Nissim afirma ainda que fala inglês fluente e um pouco de hebraico.

 

Hamas considera ataque iraniano "direito natural e resposta merecida"

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O movimento islâmico Hamas considerou neste domingo (14) a resposta iraniana, com mais de 300 drones, mísseis balísticos e de cruzeiro lançados sábado (13) contra Israel, como “um direito natural e uma resposta merecida”.

“Nós, no Movimento de Resistência Islâmica [Hamas], consideramos a operação militar levada a cabo pela República Islâmica do Irã contra a entidade ocupante sionista como um direito natural e uma resposta merecida ao crime de ataque ao consulado iraniano em Damasco”, a 1º deste mês, referiu, num comunicado, o Hamas, movimento apoiado por Teerã.

O Hamas também apelou ao resto dos países árabes, “aos povos livres do mundo e às forças de resistência da região” para continuarem a apoiar “a liberdade e independência” do povo palestino, em referência à guerra que Israel continua que se alastrou na Faixa de Gaza e já provocou a morte de mais de 33,6 mil pessoas em pouco mais de seis meses.

“Pedimos a todas as forças da nação que continuem a apoiar a resistência e a operação Al Aqsa Flood”, disse, referindo-se ao nome oficial dado aos ataques perpetrados em 7 de outubro de 2023 contra Israel, conforme foi noticiado pelo jornal palestino Filastin, associado ao Hamas.

No total, sete membros da Guarda Revolucionária e seis sírios morreram no atentado bombista ao consulado iraniano em Damasco, pelo qual, como é habitual neste tipo de casos, Israel não assumiu a responsabilidade.

Tal como relatado hoje pelo Exército israelense, dos cerca de 170 drones (aeronaves não tripuladas) que o Irã lançou antes da meia-noite, nenhum atingiu o território israelense e 25 dos cerca de 30 mísseis de cruzeiro e quase todos dos mais de 120 mísseis balísticos também foram interceptados.

Segundo o porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, “99% das ameaças lançadas contra o território israelita foram interceptadas, uma conquista estratégica muito significativa”.

Em conferência de imprensa, Hagari disse que o ataque representou “mais de 300 ameaças de vários tipos” e confirmou vários lançamentos, sem especificar números, provenientes dos “territórios do Iraque e do Iêmen”.

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Papa pede para nações evitarem espiral de violência no Oriente Médio

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O papa Francisco pediu para Irã e Israel evitarem passos que possam alimentar uma “espiral de violência” no Oriente Médio, em fala aos peregrinos neste domingo (14), na praça São Pedro. O pontífice disse que estava acompanhando as notícias do ataque com drones e mísseis do Irã a Israel com um sentimento de preocupação e dor.

“Faço um apelo sincero para uma interrupção de qualquer ação que possa alimentar uma espiral de violência com o risco de arrastar o Oriente Médio para um conflito ainda maior”, disse.

“Ninguém deve ameaçar a existência de outros. Todas as nações devem se posicionar, ao contrário disso, pela paz, e ajudar israelenses e palestinos a viverem em dois estados, lado a lado, em segurança”, acrescentou.

O papa pediu um cessar-fogo em Gaza e negociações para permitir a prestação de ajuda humanitária ao seu povo e para ajudar a libertar reféns israelenses capturados pelo Hamas desde o ataque a Israel em 7 de outubro. “Chega de guerra, chega de ataques, chega de violência. Sim ao diálogo, sim à paz”, disse.

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Netanyahu e Biden falaram ao telefone sobre ataque do Irã a Israel

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Segundo o gabinete do chefe do Governo israelita, Netanyahu telefonou a Biden após uma reunião do Gabinete de Guerra que acompanhou o ataque sem precedentes do Irã, que lançou centenas de ‘drones’ e mísseis para atingir o território israelita.

Joe Biden já tinha manifestado numa mensagem na rede social X o “compromisso férreo” dos Estados Unidos da América com a defesa de Israel contra ataques do Irã ou dos seus parceiros.

Sobre o conteúdo da conversa, o gabinete do primeiro-ministro não revelou detalhes.

A estação de notícias Canal 12 relatou que o Gabinete de Segurança de Israel autorizou o Gabinete de Guerra a decidir como o país irá responder ao ataque de Teerã.

Já hoje, pelas 04h00 locais, o Exército autorizou a população a sair dos refúgios e abrigos, depois de confirmar o abate de mais de 200 mísseis, foguetes e ‘drones’ lançados pelo Irã, a maior parte ainda fora do espaço aéreo israelita.

Vão manter-se em vigor restrições à concentração de pessoas em espaços públicos, bem como proibição de excursões escolares, numa época em que os alunos estão em férias de Páscoa.

O Irã lançou no sábado à noite um ataque com ‘drones’ contra Israel “a partir do seu território”, confirmou o porta-voz do exército israelita num discurso transmitido pela televisão.

Numa mensagem na rede social X, a missão iraniana junto da ONU alegou que, “de acordo com o artigo 51.º da Carta das Nações Unidas sobre a legítima defesa, a ação militar do Irã foi uma resposta à agressão do regime sionista” contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco.

As tensões entre os dois países subiram nas últimas semanas, depois do bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, no dia 01 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

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Gosto por facas, acompanhante e doença aos 17 anos; o atacante de Sydney

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A Polícia de Nova Gales do Sul identificou o autor do ataque à faca, que no sábado provocou seis mortos e 12 feridos graves, incluindo uma criança, num centro comercial de Sydney. O homem, Joel Cauchi, de 40 anos, tinha uma doença mental, o que afastou uma eventual motivação terrorista, e foi mortalmente abatido por uma agente da polícia. 

As autoridades acreditam que Joel Cauchi, de Queensland, tinha se mudado para Nova Gales do Sul apenas um mês antes do ataque. O Guardian Australia escreve que o atacante não tinha morada fixa em Sydney e a polícia acredita que ele não conhecia nenhuma das vítimas.

O homem tinha alugado uma unidade de armazenamento “muito pequena” em Sydney, que a polícia revistou durante a noite, contudo, não foi revelado o que foi encontrado.

Já a estação australiana Nine News informa que Joel já tinha tentado  aceder a armas anteriormente e tinha se anunciado, em publicações nas redes sociais, como acompanhante masculino.

Em dois grupos de Facebook, em 2020, o homem mostrou-se à procura de “pessoas que disparam armas, incluindo armas de mão, para se encontrarem, conversarem e conhecerem”.

“Por favor, enviem-me mensagem privada se puderem me ajudar! A propósito, vivo em Brisbane”, publicou Cauchi.

Além disso, tinha também criado um perfil num site online de acompanhantes, onde solicitava trabalho sexual. No perfil, que entretanto foi retirado, descrevia as suas características físicas e o tipo de trabalho para o qual estava disponível. “Sou um homem de 39 anos, atlético e bem apessoado”, lia-se.

A polícia está agora investigando a “vida que antecedeu o dia de ontem”, acreditando que o suspeito tinha um “estilo de vida itinerante” de dormir na rua e um longo histórico de problemas de saúde mental.

O comissário adjunto da polícia de Queensland, Roger Lowe, disse que o suspeito foi “controlado na rua” pela polícia na Gold Coast em dezembro de 2023, mas nunca foi preso ou acusado criminalmente em Queensland. Acredita-se que o suspeito tinha interesse em facas, o que também teria motivado um incidente ocorrido no início de 2023, em que Cauchi chamou a polícia depois da família ter lhe retirado as facas.

Joel Cauchi foi diagnosticado com doença mental aos 17 anos.  “Este senhor foi diagnosticado com uma doença mental aos 17 anos de idade e tem recebido tratamento ao longo dos anos”, disse Lowe. “De acordo com as nossas investigações… nos últimos anos, a sua saúde mental tinha vindo a deteriorar-se”, acrescentou.

A família do atacante só tinha contato periódico com o filho e contactou a polícia depois de ver as imagens do incidente, segundo Lowe.

A Comissária da Polícia de Nova Gales do Sul, Karen Webb, indicou que “esta será uma investigação ativa durante muitos dias e talvez semanas”, enquanto se identifica “não só os movimentos do agressor”, “não só” o dia de ontem, “mas as horas, os dias, as semanas, a sua vida até” ao momento do ataque.

Dias antes do ataque, o homem tinha regressado ao Facebook, onde tinha procurado encontrar-se com outras pessoas. “Olá, estou surfando em Bondi esta tarde, se alguém quiser encontrar lá para surfar!”, escreveu. “Olá, estou à procura de um falante fluente de sueco para um intercâmbio linguístico”, dizia outra publicação.

Recorde-se que Joel Cauchi matou cinco mulheres e um homem. Questionado sobre se a polícia tinha alguma informação que sugerisse que ele tinha como alvo mulheres, as autoridades disseram que vão “investigar todas as possibilidades”, embora nenhuma informação “sugira que o crime tenha sido motivado por qualquer razão particular, ideológica ou outra”. 

O ataque com uma faca num movimentado centro comercial de Sydney, na Austrália, provocou seis mortos e vários feridos, entre os quais um bebê de nove meses, tendo o agressor sido abatido pela polícia.

Este tipo de ataque é raro na Austrália. Em novembro de 2018, um indivíduo armado com uma faca matou uma pessoa e feriu outras duas numa rua de Melbourne antes de ser morto a tiros pela polícia. O crime foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI).

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Israel intercepta drones em Jerusalém, e Irã diz para EUA ficarem de fora

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GUILHERME BOTACINI
BOA VISTA, SP (FOLHAPRESS) – Os drones lançados neste sábado (13) pelo Irã em direção a Israel chegaram a Jerusalém no início da madrugada, cerca de 20h em Brasília. O sistema de defesa aérea israelense entrou em ação, e relatos locais falam sobre interceptações dos armamentos.

Sirenes soaram em várias cidades do país além de Jerusalém. As Forças de Defesa de Israel afirmam que alertas foram ligados no sul do país, em Shomron, na Cisjordânia ocupada, no área do mar Morto, no norte do país e na região do Neguev.

Jornalistas da Reuters em Israel disseram ter ouvido estrondos do que a imprensa local identificou como interceptações dos drones. O serviço de ambulâncias israelense afirmou que um menino de 10 anos ficou ferido, mas não deu mais detalhes sobre como o incidente ocorreu.

Ao mesmo tempo, o perfil no X da missão do Irã nas Nações Unidas afirmou que o ataque foi conduzido em legítima defesa após a destruição da embaixada de Teerã em Damasco, na Síria, atribuída a Tel Aviv.

“O assunto pode ser considerado concluído. No entanto, se o regime israelense cometer outro erro, a resposta do Irã será consideravelmente mais severa. É um conflito entre Irã e o regime de Israel, do qual os Estados Unidos devem ficar de fora”, escreveu o perfil da representação.

Funcionários de segurança e defesa dos Estados Unidos afirmam, sob anonimato a veículos como o New York Times e o Washington Post, que forças americanas no Oriente Médio também participam da derrubada de drones lançados a Israel.

“De acordo com nosso compromisso firme com a segurança de Israel, forças de Israel na região. Nossas forças continuam a providenciar apoio de defesa e a proteger forças dos EUA”, afirmou um funcionário do Departamento de Defesa ao New York Times.

A publicação de Teerã, feita pouco depois do início dos ataques e antes mesmo de os drones chegarem a Jerusalém, e mesmo o fato de que a ofensiva foi prontamente identificada e anunciada pelo regime iraniano, demonstram estratégia que não parece sugerir o desejo de escalar o conflito, mas de mostrar que o país persa consegue e está disposto a reagir a ataques e ações que julgue provocativas.

Há, no entanto, incerteza quanto a eventual resposta de Israel e mesmo a ataques adicionais de aliados iranianos que possam aprofundar o conflito maior já vivido pelo Estado judeu na Faixa de Gaza contra o Hamas, aliado do Irã, e espalhá-lo pela região.

“Esta é uma escalada severa e perigosa. Nossas capacidades defensivas e ofensivas estão no mais alto nível de prontidão diante deste ataque em larga escala do Irã”, disse o porta-voz militar de Israel, Daniel Hagari. O Exército também afirmou que mísseis foram lançados, mas não fala sobre interceptações específicas desse tipo de armamento.

O Ministério das Relações Exteriores do Irã afirmou em comunicado que Teerã não hesitará em tomar novas medidas para salvaguardar seus interesses contra agressões.

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Ataque contra Israel celebrado efusivamente no Teerã; veja as imagens

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Os iranianos saíram às ruas, na madrugada deste domingo, para celebrar o ataque contra Israel, como retaliação ao bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, no dia 1 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

As imagens divulgadas pelas agências internacionais mostram um ambiente de festa no centro de Teerã. Os iranianos gritaram slogans contra os Estados Unidos e Israel e exibiram imagens do líder supremo do Irã, ‘ayatollah’ Ali Khamenei, e do falecido general iraniano Qessam Soleimani, comandante da força de elite iraniana al-Quds,  assassinado em 2020, no Iraque, por ordem do então presidente dos Estados Unidos Donald Trump. 

Pode ver as imagens na fotogaleria acima.

O chefe das forças armadas iranianas disse hoje que o ataque realizado durante a noite contra Israel “alcançou todos os seus objetivos”, especificando que nenhum centro urbano ou econômico foi alvo de ‘drones’ (aeronaves não tripuladas) e mísseis.

O general Mohammad Bagheri afirmou que os dois locais mais visados foram “o centro de inteligência que forneceu aos sionistas as informações necessárias” para o ataque que destruiu o consulado iraniano em Damasco no dia 1 de abril, bem como “a base aérea de Novatim, de onde descolaram os aviões de caça israelitas ‘F-35’ que bombardearam as instalações diplomáticas do Irã na capital síria.

Por seu lado, o comandante em chefe da Guarda Revolucionária do Irã, general Hossein Salami, advertiu hoje que Teerã contra-atacará de forma “mais severa que os bombardeamentos” de sábado à noite se Israel iniciar uma ofensiva contra interesses ou cidadãos iranianos em qualquer parte do país.

Israel, que vinha alertando há vários dias que a retaliação iraniana era iminente, planeja agora uma “resposta significativa” ao ataque iraniano, disse um funcionário que pediu anonimato à estação de televisão Channel 12. 

O Exército israelita afirmou que, dos cerca de 170 ‘drones’ que o Irã lançou antes da meia-noite, nenhum chegou ao território israelita; e também teria interceptado 25 dos cerca de 30 mísseis de cruzeiro e quase todos os “mais de 120” mísseis balísticos.

O ministro da Defesa do Irã, Mohammad Reza Ashtiani, avisou sábado à noite que qualquer país que permita a utilização do seu espaço aéreo ou território para realizar ataques contra solo iraniano receberá uma resposta forte.

O ataque iraniano ocorreu como retaliação ao bombardeamento atribuído por Teerã a Israel, ao consulado do Irã em Damasco. Vale lembrar que entre os mortos estava o líder do ramo da Força Quds para a Síria e o Líbano, o Brigadeiro-General Mohamed Reza Zahedi.

O líder supremo do Irã, ‘ayatollah’ Ali Khamenei, insistiu repetidamente nas últimas semanas que “o regime sionista deve ser e será punido”, ameaças que foram repetidas por praticamente todos os altos funcionários do país após o ataque em Damasco.

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Frentista que teve pênis decepado aceita voltar com ex, presa pelo crime

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O frentista Gilberto Nogueira de Oliveira, 39 anos, aceitou reatar o relacionamento com a cozinheira Daiane dos Santos Farias, de 34 anos, cerca de três meses depois dela ser presa por decepar o pênis dele, em Atibaia, interior de São Paulo. A informação foi divulgada pelo blog True Crime, de O Globo, que teve acesso a uma carta que Gilberto escreveu perdoando Daiane e entrevistou o homem.

O crime aconteceu em dezembro do ano passado, quando Daiane descobriu que Gilberto estava tendo um caso com a sobrinha dele, de 15 anos. Ela usou uma navalha para decepar o pênis do companheiro e ainda jogou o membro na privada de deu descarga.

Gilberto passou por várias cirurgias, mas segue em recuperação. Ele ganhou uma prótese peniana de presente de um urologista, mas aguarda a completa cicatrização dos ferimentos para passar pela implantação. Ele ainda vive com dores e usa uma sonda para urinar.

[Legenda]© Reprodução / Redes Sociais  

Daiane está presa na Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu e da cadeia começou uma correspondência com Gilberto, iniciada por ele em março, narrando as dificuldades pelas quais está passando. Ela pediu perdão e quis saber se Gilberto aceitaria reatar a relação.

Em resposta, Gilberto diz que a perdoou e afirma que está disposto a voltar. Manifesta ainda desejo de visitar Daiane na cadeia e se oferece para pagar as despesas dela com a defesa, cerca de R$ 40 mil. Para O Globo, Gilberto contou que ficou comovido com a situação que Daiane vive na prisão e diz que fez uma “profunda reflexão”, concluindo que sua traição foi a origem de todos os problemas da família.

“Se não tivesse tido relações sexuais com a minha sobrinha no dia do aniversário da minha companheira, nada disso teria acontecido. Daiane é uma mulher maravilhosa, amorosa, que me ama. Ela não merecia ser traída dessa forma. Foi exposta para todo país. (…) Não me importo com o que os outros pensam. O que realmente importa é o que sinto por ela”, diz. Na carta, ele fala mais. “Tenho consciência de que foi a partir desse deslize que a nossa desgraça começou. Assim como você, também acredito que tudo isso que estamos passando seja um propósito de Deus. Se pudesse, acredite em mim, eu trocaria de lugar com você, pois eu te amo muito além da tragédia que aconteceu em nossa vida”.

Gilberto ainda pediu para depor como testemunha de defesa no julgamento de Daiane, mas como é vítima, isso não é permitido. 

“Tudo que desejo é que minha princesa saia da prisão totalmente livre e retorne para casa. Quando os portões da penitenciária se abrirem, estarei lá de braços abertos para recebê-la”, diz Gilberto. 
 
 

 

Salman Rushdie fala sobre facadas em 1ª entrevista para a TV após atentado

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O escritor Salman Rushdie, que em 2022 foi esfaqueado no pescoço e no abdômen durante uma palestra nos Estados Unidos, descreveu como foi o atentado em sua primeira entrevista a um canal de TV desde o acontecido.

Em agosto daquele ano, Hadi Matar, de 24 anos, invadiu o palco da Chautauqua Institution, localizado na cidade de mesmo nome a cerca de sete horas de carro de Nova York, e esfaqueou o escritor de então 75 anos. Ele recebeu cerca de 10 golpes.

“Confesso que às vezes imaginei meu assassino surgindo em algum fórum público ou outro e vindo atrás de mim exatamente dessa maneira. Então, meu primeiro pensamento quando vi essa forma assassina correndo em minha direção foi: ‘Então é você'”, disse na entrevista para o programa “60 Minutes” na CBS.

O ataque, cometido por um jovem americano de origem libanesa suspeito de simpatizar com os xiitas do Irã, fez com que o autor perdesse a visão de um olho e ficasse no hospital por seis semanas.

“Um dos cirurgiões que salvou minha vida me disse: ‘Você teve muito azar e depois teve muita sorte’. Eu disse: ‘Qual é a parte da sorte?’ e ele disse ‘Bem, a parte da sorte é que o homem que atacou você não tinha ideia de como matar um homem com uma faca'”, contou.

O escritor está prestes a lançar seu livro “Knife: Meditations After an Attempted Murder” -ou faca: meditações após uma tentativa de homicídio”, que fala sobre o ocorrido. Ele sofria ameaças de morte desde a publicação de “Os Versos Satânicos” nos anos 1980.

O livro, que faz um relato ficcional da vida do profeta Maomé, incomodou o líder supremo do Irã, Aiatolá Ruhollah Khomeini, que emitiu em 1989 uma fatwa, ou sentença de morte, pedindo a execução de Rushdie e oferecendo US$ 2,5 milhões por sua cabeça. A fatwa foi revogada há 25 anos.

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Motorista de ambulância é detido após furtar idosos que levou ao hospital

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Um motorista de uma ambulância, de 38 anos, foi detido por suspeitas de ter furtado uma bolsa com 230 euros e joias avaliadas em 4.500 euros de um casal de turistas septuagenários quando fazia o seu transporte para o hospital regional de Villajoyosa, em Alicante, Espanha.

De acordo com a Guardia Civil, em comunicado divulgado na sexta-feira (12), e citado pelo Periódico de Ibiza y Formentera, o incidente ocorreu em 28 de janeiro, quando um casal que estava de férias num hotel em Benidorm teve de ser transportado para o hospital.

Preocupados com a segurança dos seus pertences, decidiram levar consigo uma mala que continha joias e dinheiro. No entanto, ao receber alta hospitalar, o homem descobriu que a mala e o seu conteúdo tinham desaparecido, pelo que fizeram uma denúncia.

No decurso da operação, batizada ‘Prémio Joia’, os agentes chegaram à conclusão de que os fatos poderiam ter ocorrido durante a transferência do casal de ambulância, tendo sido apurado o envolvimento do motorista. O homem acabou por ser detido em 14 de fevereiro.

As joias furtadas foram apreendidas e devolvidas aos legítimos proprietários.

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Motociclista morre após sofrer grave acidente na BR-101, em Campos

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Um homem de 55, que não teve seu nome divulgado, morreu após sofrer grave acudiremos na noite desta sexta-feira (12), no KM 47 da BR-101, próximo ao distrito de Travessão, em Campos.

O motociclista estava vindo de Travessão, pilotando uma motocicleta Honda CG, quando atravessou uma via e foi atingido por um caminhão. De acordo com a Arteris Fluminense, concessionária que administra a rodovia, o caminhoneiro não ficou para prestar socorro.

O trânsito foi bloqueado por mais de duas horas após o acidente. Após a perícia, o corpo foi levado ao Instituto Médico Legal de Campos (IML), e o acidente foi registrado na 146ª DP/ Guarus.

Cresce o número de infecções respiratórias virais em crianças em Campos

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O número de crianças com arboviroses, como dengue, e síndromes respiratórias (gripe, bronquiolite e pneumonia, principalmente) tem crescido consideravelmente nas unidades de urgência e emergência de Campos. Na Clínica da Criança, por exemplo, da última segunda-feira (8) a esta quinta-feira (11), foram registrados 806 atendimentos. Para elevar a capacidade de assistência durante períodos de maior demanda por esses serviços de saúde, a unidade implementou o protocolo de febre, que visa reduzir o tempo de espera, proporcionando um cuidado mais eficiente aos pequenos e acolhedor para as famílias.

‌A diretora da unidade, a pediatra Jodinéa Cesário, explica que o período é desafiador devido à sazonalidade, pois favorece a disseminação desses microrganismos através das vias respiratórias e, no caso da arboviroses (dengue, zika e chikungunya), em virtude da proliferação do Aedes aegypti. Apesar da demanda crescente, ela enfatiza que toda equipe médica está trabalhando para oferecer o melhor atendimento possível aos pacientes.

‌“Estamos presenciando, nos últimos dias, um aumento considerável no fluxo dos atendimentos na nossa unidade. Isso está relacionado à sazonalidade, onde as infecções de vias aéreas superiores, como pneumonia, bronquiolites, síndromes gripais e sinusites, são muito comuns no outono. Para melhorar o atendimento, há um mês iniciamos o protocolo de febre, o que diminuiu consideravelmente o tempo de espera. Então, a criança passa pela triagem, é medicada e permanece em observação até a melhora do quadro clínico e ser reavaliada pelo médico”, explicou a diretora, acrescentando que, crianças portadoras de Transtorno Espectro Autista (TEA), têm prioridade no atendimento, como é preconizado pelo Ministério da Saúde.

‌Jodinéa também reforça a importância da imunização. Ela pontua que a vacinação já tem sido amplamente comprovada como a melhor medida preventiva, reduzindo significativamente a incidência e a gravidade das infecções das vias respiratórias, como gripes, resfriados e suas complicações: sinusites, faringo-amigdalites, otites e pneumonias, além de prevenir exacerbações das doenças alérgicas respiratórias pré-existentes.

‌“É fundamental que os pais e responsáveis mantenham as vacinas de seus filhos em dia. Estamos em campanha contra a Influenza, que previne a gripe, e, além disso, a vacinação contra a Covid-19 também é essencial para proteger a saúde das crianças”, aconselhou.

‌ATENDIMENTO – Com a filha Ana Clara, de 4 anos, com suspeita de dengue, a cuidadora Ellen Alves, 30, esteve na Clínica da Criança nesta quinta-feira (11) em busca de atendimento. “Ela começou com febre, vômito e muita dor nas pernas. Cheguei aqui e logo fui atendida. A médica passou a medicação e ela veio para o soro. Agora, estou aguardando o resultado do exame”, disse a mãe que é moradora do Parque Boa Vista.

Outra que também buscou atendimento para a filha, a pequena Elloá, de apenas 17 dias, foi a dona de casa Bruna Karla, de 29 anos. “Ela está com quadro de bronquiolite e vai ter que ser internada. Gostei muito do atendimento. Foi bem rápido”.

A Clínica da Criança, em Guarus, inaugurada em 20 de abril de 2022, pelo prefeito Wladimir Garotinho, é uma referência em emergência pediátrica e conta com 20 leitos para internação, três consultórios de atendimento médico, além de cinco pediatras de plantão 24h, todos os dias.

Irã apreende navio português que diz ser ligado a Israel

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Um cargueiro com bandeira portuguesa foi alvo de um ataque atribuído ao Irã perto do Estreito de Ormuz, entre os Emirados Árabes Unidos e o Irã.

O incidente foi reportado pela agência de operações comerciais marítimas do Reino Unido (UKTMO), cuja fonte compartilhou com a Associated Press o vídeo do ataque.

Ainda de acordo com a Associated Press, no vídeo veem-se militares descendo de um helicóptero e tomando de assalto o navio de carga junto ao estreito de Ormuz (entre o golfo de Omã e o golfo Pérsico).

A UKTMO afirmou que imagens mostram que pelo menos três indivíduos teriam tomado “rapidamente” de assalto o navio de carga.

A agência norte-americana tinha inicialmente informado que o navio envolvido no ataque deveria ter sido o MSC Aries, de bandeira portuguesa e associado à empresa internacional Zodiac Maritime, parte do grupo do bilionário israelita Eyal Ofer.

A Zodiac recusou-se a comentar e remeteu as questões para ao MSC, que também ainda não respondeu.

Mais tarde, a agência de notícias estatal iraniana IRNA reconheceu o assalto a um navio junto ao estreito de Ormuz, que se suspeitava ter sido realizado pela Guarda Revolucionária, força paramilitar iraniana que promoveu assaltos semelhantes no passado.

Posteriormente, a agência de notícias Tasmin, associada à Guarda Revolucionária, confirmou que o navio assaltado foi o MSC Aries, referindo-se ao mesmo como um barco “associado ao regime sionista”.

O MSC Aries foi localizado pela última vez perto de Dubai em direção ao Estreito de Ormuz, na sexta-feira (12). O navio desligou os seus dados de rastreio, o que é comum em navios afiliados a Israel que circulam pela região.

Lembrando que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse, na sexta-feira, que está à espera de que um eventual ataque do Irã a Israel possa acontecer brevemente.

“Não quero dar informações que não sejam seguras, mas a minha expetativa é que seja mais cedo do que tarde”, afirmou o líder norte-americano aos jornalistas, citado pela agência France-Presse, quando confrontado sobre um possível ataque.

Tudo começou há alguns dias quando um ataque em Damasco, na Síria, matou várias pessoas, entre as quais um general iraniano. Teerã prometeu uma resposta, acusando Telaviv de ter realizado o ataque.

Por consequência, na terça-feira, o chefe da Marinha da Guarda Revolucionária Iraniana, Ali Reza Tangsiri, advertiu que o Irã pode bloquear o Estreito de Ormuz, por onde passa 20% do tráfego marítimo de petróleo bruto, se o “inimigo” pressionar o país persa.

“Podemos fechar o Estreito de Ormuz, mas não o fazemos. No entanto, reveremos a nossa política se o inimigo nos pressionar”, disse Tangsiri à agência noticiosa estatal ISNA. No Irã, o termo “inimigo” é frequentemente utilizado para designar os Estados Unidos ou Israel.

[Notícia atualizada às 11h10]

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Brasileiro é preso nos EUA por 12 acusações de pedofilia

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um brasileiro de 53 anos foi preso acusado de pedofilia na cidade de Revere, em Massachusetts, região nordeste dos Estados Unidos, segundo um comunicado do grupo americano ERO (Operações de Execução e Remoção, na sigla em inglês) emitido nesta sexta-feira (12).

O ERO Boston afirma que o homem é acusado de 12 crimes sexuais contra crianças. Ele foi preso próximo à sua casa no dia 28 de março.

Este cidadão brasileiro foi acusado de crimes horríveis e perturbadores”, disse o diretor responsável pela prisão, Todd M. Lyons. “Este não é o tipo de pessoa com quem queremos que as crianças de nossos bairros interajam livremente.”

O nome do homem não foi divulgado, e as fotos da prisão mostram o seu rosto borrado.

Ele vivia ilegalmente nos Estados Unidos e ingressou no país, pela primeira vez, em setembro de 2001 com autorização para permanecer no país até março do ano seguinte. Porém, ele não deixou o local e ficou lá até 2007, quando foi encontrado pelo ERO.

De acordo com o grupo americano, na época ele foi detido, colocado em procedimentos de remoção, pagou uma fiança e saiu da custódia em abril de 2007. Em 2008, um juiz de imigração do Departamento de Justiça em Boston concedeu ao cidadão brasileiro a saída voluntária dos Estados Unidos para o Brasil.

Na ocasião, ele teve até junho de 2008 para deixar o país, o que ele cumpriu. Porém, o brasileiro retornou aos Estados Unidos “em uma data e local desconhecidos sem ser inspecionado, admitido ou liberado por um oficial de imigração dos EUA”, diz o ERO.

Em 2021, ele voltou a ser preso por acusações de agressão indecente e estupro de uma criança na cidade de Middlesex, também em Massachusetts. Em abril de 2022, o brasileiro foi acusado pelo Tribunal Superior do Condado de Middlesex de 12 casos de crimes sexuais envolvendo crianças.

“O Tribunal Superior do Condado de Middlesex não honrou o pedido do ERO e liberou o não cidadão brasileiro da custódia em 23 de novembro de 2022”, diz o comunicado do ERO Boston.

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Defesa Civil interdita escola em Campos por infestação de cupins

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Na manhã desta sexta-feira (12), o Colégio Estadual José Francisco de Salles, localizado no bairro Parque Aurora, em Campos, foi interditado pela Defesa Civil Municipal por conta de uma infestação de cupins no telhado do prédio.

“Equipes de engenharia da Secretaria de Estado de Educação farão uma vistoria na unidade na próxima segunda-feira (15), a fim de determinar o modo mais rápido para reparo do telhado e normalização das aulas presenciais. Ainda não há qualquer decisão sobre mudança de espaço físico, mas essa opção não foi descartada. É necessário aguardar a vistoria dos engenheiros para definir tal ponto, bem como se o reparo poderá ser feito pela própria unidade escolar, em caráter emergencial, ou se precisará do apoio da Empresa de Obras Públicas – Emop. A Defesa Civil Municipal já interditou o espaço, porém o laudo de vistoria do órgão ainda não foi emitido. A Seeduc está empenhando todos os esforços para resolver a questão no menor tempo possível e destaca que não haverá prejuízo aos 980 alunos, pois todo o conteúdo pedagógico previsto será reposto.”

Uma equipe técnica da Defesa Civil foi acionada até o local e alegou que a escola foi interditada por não apresentar condições de uso. O laudo da vistoria ainda está sob análise.

A Secretaria de Estada de Educação informou que uma nova vistoria está prevista para acontecer na próxima semana e que os dias letivos perdidos serão repostos a partir de um planejamento pedagógico feito pela escola.

Milei anuncia fim de relacionamento com Fátima Florez

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VITÓRIA DE GÓES
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou nesta sexta-feira (12), através de sua conta no X, que se separou de sua namorada Fátima Florez. No breve pronunciamento, Milei diz que seria difícil continuar com o relacionamento por conta dos compromissos profissionais de ambos.

O relacionamento chega ao fim oito meses após vir a público. Segundo o presidente argentino, Fátima, que é a atriz e humorista, tem recebido ofertas de emprego para trabalhar nos Estados Unidos e na Europa. Isso, somado ao dever do mesmo no meio político, acabou levando os dois a viverem separados.

“Por isso decidimos terminar nosso relacionamento e manter um vínculo de amizade dado o que sentimos um pelo outro e o quanto nos amamos, nos respeitamos e nos admiramos.”, explicou Milei, em seu perfil oficial no X.

Desde que assumiram o relacionamento, durante as eleições argentinas, a atriz já havia declarado que mesmo em um futuro governo de Milei ela não teria um papel ativo e que seu foco era a sua carreira artística.

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Crise no Haiti tem raízes na relação neocolonial com potências globais

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A tragédia social, política e econômica que o Haiti vive é, em parte, consequência das relações neocoloniais que a comunidade internacional, liderada pelas potências europeias e estadunidense, forjaram com o pequeno país do Caribe que, mais uma vez, se depara com a eminência de uma nova intervenção internacional.

Essa avaliação é do haitiano e doutor em antropologia social Handerson Joseph, uma das principais referências, no Brasil, em estudos sobre o Caribe e imigrações. “A estabilidade e governabilidade política e econômica do Haiti são incompatíveis com os interesses estrangeiros”, acrescentou.

Diferentemente do colonialismo, quando o controle de uma nação por outra ocorre de forma direta, inclusive com presença militar permanente, o neocolonialismo costuma ser usado para se referir a relações de dominação mais sutis, que operam por meio de relações econômicas desiguais e influência política.

Para Joseph, as relações da elite política haitiana com interesses estrangeiros obstruem as possibilidades de melhora. “As constantes disputas pelo poder político e econômico de uma pequena oligarquia no país, que por sua vez está aliada aos interesses estrangeiros, talvez seja o maior entrave para a estabilidade do país”, destacou.

O antropólogo considera que as intervenções internacionais no Haiti aumentam a relação de dependência com a comunidade internacional. “O foco delas geralmente é na militarização e no policiamento e não na reestruturação das instituições estatais”, afirmou.

Ainda segundo o professor haitiano radicado no Brasil, a imprensa apresenta o país caribenho com uma visão “simplista” e “estigmatizadora”. Sem indicar as causas da situação atual, a mídia “pouco ajuda a compreender as táticas e as técnicas, internas e externas, de destruição sistemática de um Estado-nação assumidamente negro”.

Natural de Porto Príncipe, capital do Haiti, Handerson migrou para o exterior após concluir o ensino médio, em 2002. Ele estudou em Paris, no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, e atualmente é professor de antropologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

A família haitiana de Joseph vive entre o Haiti e diversos outros países, como Estados Unidos, Brasil, Canadá e França, situação comum a tantas outras famílias haitianas que migram para viver na diáspora. Handerson Joseph ainda integra o corpo docente do curso de mestrado em antropologia da Universidade do Estado do Haiti (UEH).

A maior parte de Porto Príncipe é controlada por grupos de gangues e o país experimenta uma violência sem precedentes em sua história moderna, segundo o chefe dos Direitos Humanos das Nações Unidos, Volker Turk.

Além disso, o Haiti vive “uma das crises alimentares mais graves do mundo” com quase metade da população (4,3 milhões de 11,7 milhões de habitantes) vivendo em situação de “fome aguda”, segundo o Programa Mundial de Alimentos (PMA).

Devido ao agravamento da situação de segurança, o Brasil realizou, na última quarta-feira, uma operação com helicóptero para retirar sete brasileiros do Haiti.

Para Handerson Joseph, essa situação é fruto de uma longa história de cercos internacionais que começou com a independência do país, em 1804, quando os haitianos derrotaram os impérios inglês, espanhol e francês e consolidaram a 1ª revolução de ex-escravizados vitoriosa da história da humanidade.

Confira a entrevista completa abaixo:

Agência Brasil: Como o senhor avaliou a criação do Conselho Presidencial de Transição que permitiu o anúncio de renúncia do então primeiro-ministro Ariel Henry?
Handerson Joseph: O Conselho Presidencial de transição foi criado com o objetivo de restaurar a paz, a união e organizar as eleições no país, porém não está em funcionamento pelos entraves burocráticos e jurídicos criados por representantes políticos.
Se já está difícil o início do funcionamento do Conselho, que é um grande acordo político, integrando representantes dos principais partidos do país, incluindo os da situação e os da oposição, além de membros da sociedade civil e do setor privado, imagine para chegar em projetos nacionais em prol dos interesses da população haitiana.
A meu ver, a implementação do Conselho pode contribuir momentaneamente no restabelecimento da segurança pública e na organização das eleições no país, mas não garante necessariamente a solução da crise endêmica – que tem raízes mais profundas e históricas – que exige uma reforma constitucional, das instituições estatais e do sistema educacional, a restauração da justiça e do Estado de direito, e o desenvolvimento socioeconômico.

Agência Brasil:  Como podemos explicar o motivo do Haiti, após diversos tipos de intervenções ao longo das décadas, não se estabilizar politicamente?
Handerson Joseph: Infelizmente, essa não é uma situação nova, porém os eventos recentes trazem à tona as questões históricas cada vez mais complexas, como por exemplo, as disputas pelo poder político, as incertezas e as manipulações de resultados de eleições no país, a degradação da economia nacional, as denúncias de corrupção dos governos, todos eles estão na origem do processo de desestabilização do mundo social haitiano ao longo das décadas.
As intervenções também têm um impacto grave no funcionamento das instituições haitianas. Cada uma delas foi abismando a relação de dependência política e econômica do país com a comunidade internacional, e o foco delas geralmente é na militarização e no policiamento e não na reestruturação das instituições estatais.
Foi em uma dessas intervenções na década de 1990, no governo do ex-presidente Jean Bertrand Aristide, que as Forças Armadas haitianas foram destituídas. Hoje, as forças de segurança não dão conta do caos instalado pelas gangues.
As intervenções não fizeram contribuições efetivas em prol das mudanças estruturais estatais, notadamente no fortalecimento das instituições e na formação das Forças de segurança nacional.

Agência Brasil: Como avalia a atuação da dita comunidade internacional ao longo do tempo nas sucessivas crises do Haiti? De que forma essa atuação contribuiu para o momento atual?
Handerson Joseph: A atuação da comunidade internacional ao longo do tempo no Haiti criou relações forjadas através de práticas neocoloniais e neoliberais, tendo gerado dependência econômica e política do país. Essas práticas deixaram raízes profundas nas instituições haitianas, a ponto de terem conseguido a destituição das Forças Armadas do país na década de 1990 na ocasião de uma das intervenções internacionais no país.
Esse é um dos exemplos que faz com que o Haiti e sua população não consigam sair dessa crise de violência atual. Agora, a própria comunidade internacional que durante anos contribuiu para a desestabilização econômica e sociopolítica, para o enfraquecimento das instituições estatais e para a destituição das Forças Armadas do país, é a mesma que hoje diz que “o povo haitiano deve resolver seu problema”. É praticamente jogar o país em um abismo que [a comunidade internacional] ajudou a construir.
Frente a tudo isso, percebe-se que a estabilidade e governabilidade política e econômica do Haiti é incompatível com os interesses estrangeiros.

Agência Brasil: O que tem bloqueado o caminho do país para um regime democrático estável? Há algum episódio, em especial no passado relativamente recente, que seja mais significativo para explicar a manutenção da desestabilização política do Haiti?
Handerson Joseph: A meu ver, não há um evento específico responsável pela situação atual do país, senão uma sequência de fatos sócio-históricos e políticos. As constantes disputas pelo poder político e econômico de uma pequena oligarquia no país, que por sua vez está aliado aos interesses estrangeiros, talvez seja o maior entrave para a estabilidade do país. Os interesses dessa oligarquia são incompatíveis com a luta democrática no país.
A provocação e o financiamento de conflitos entre diferentes grupos políticos e o processo de armamento de gangues fazem parte da gramática de desestabilização política e da precarização da soberania nacional haitiana, que por sua vez impede o alcance de um regime democrático no país. A destruição das instituições estatais revela uma das faces mais perversa do processo (anti)democrático do país.

Agência Brasil: O que pensa da cobertura midiática nacional e internacional a respeito dos últimos acontecimentos no Haiti? O que a imprensa deveria abordar para contribuir com o entendimento da situação haitiana?
Handerson Joseph: Os meios de comunicação têm um papel importante na divulgação e na internacionalização da situação que a sociedade haitiana vivencia, informando e expondo a escalada de violência pela qual, principalmente as camadas populares haitianas, têm sido submetidas, causando deslocamentos forçados estimados em quase 400 mil pessoas a nível local, nacional e internacional.
No entanto, algumas abordagens estigmatizadoras e reducionistas, que focam exclusivamente na extrema pobreza em que boa parte da população haitiana vive, sem explicar as causas da decadência socioeconômica – como por exemplo a primeira dívida internacional paga pelo governo haitiano Jean Pierre Boyer para a França reconhecer oficialmente a independência do país e os embargos econômicos estadunidenses – servem para ilustrar como, historicamente, desde a sua independência, o país enfrenta o sistema (neo) colonial que interfere na complexa relação intrínseca entre a destruição econômica, política e estatal do país.
Assim, a visão simplista e preconceituosa de Estado fracassado, de país sem Estado, pouco ajuda a compreender as táticas e as técnicas (internas e externas) de destruição sistemática de um Estado-nação assumidamente negro. Como diria o sociólogo haitiano Laënnec Hurbon, “as práticas coloniais constituem um habitus da comunidade internacional no Haiti desde, pelo menos, o ano da ocupação americana em 1915”.
Para Hurbon, essas práticas contribuíram diretamente na transformação do Estado em um Estado de bandidos (Etat de bandits) ou de bandido legal (bandit légal), referindo-se a alguns grupos políticos e de gangues que ampliam cada vez mais o controle dos territórios locais e nacionais, semeando a insegurança, tocando o terror na população e queimando cárceres, hospitais, farmácias, escolas, bibliotecas, delegacias policiais e prédios públicos, além de casas e pequenos comércios sem projetos nacionais em prol da população.

Agência Brasil: A revolução haitiana foi um importante marco na história da humanidade e representou uma ruptura com o colonialismo e a primeira ruptura com a escravidão nas Américas. Acredita que existe uma relação entre a vitoriosa revolução dos ex-escravizados, em 1804, e a situação atual do país?
Handerson Joseph: O Artigo 4 da Primeira Constituição do Haiti, diz o seguinte: “Todo ser humano é um ser humano, independentemente de sua cor, deve ser admitido em qualquer emprego. A lei é a mesma para todos, seja para punir, seja para proteger”. Aí estão as bases pragmáticas dos direitos do ser humano universal. Esse ideal democrático e de igualdade contrariou as lógicas e as práticas colonialistas, questionando e subvertendo a ordem colonial.
A Revolução haitiana, para além de dar origem ao Haiti, a primeira república negra do mundo, deu origem a uma nova forma de humanidade livre da escravidão. Aí está a relevância profunda da Revolução haitiana antiescravagista e anticolonial.
No entanto, o isolamento político e econômico internacional imposto ao país depois da Revolução foi uma estratégia para sua destruição, visto que isso serviria para o enfraquecimento do país e também para que outros países não seguissem o exemplo da luta anticolonial travada pelo Haiti.
Porém, após a Revolução, os embargos já mencionados desde a independência fizeram com que o país enfrentasse vários conflitos, causando instabilidades políticas e econômicas, bem como as duras repressões e recessões de parte do imperialismo euro-norteamericano que imperam no país até os dias atuais.

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Quatro jovens desaparecidas em circunstâncias diferentes são achadas mortas no Ceará

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ALÉXIA SOUSA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil do Ceará investiga a morte de quatro jovens, entre elas duas primas, que estavam desaparecidas nas cidades de Tianguá e Itarema, no interior do estado.
As vítimas, que têm entre 15 e 18 anos, foram encontradas mortas, com marcas de violência, na quarta sexta (5) e na quarta (10).

Dois adolescentes de 15 anos foram apreendidos na quarta-feira, por suspeita de envolvimento em ao menos três mortes, de acordo com a Secretaria Estadual da Segurança Pública e Defesa Social. O nome dos suspeitos não foi divulgado.

Os investigadores apuram se há relação entre os assassinatos ocorridos em menos de uma semana.

Testemunhas contaram à polícia que as duas primas sumiram em diferentes circunstâncias em 1º de abril, em Tianguá. A primeira teria sido vista pela última vez em um mototáxi no bairro Santo Antônio. A segunda desapareceu depois de deixar a casa do namorado no bairro Córrego, também em um mototáxi.

Os corpos das primas foram localizados enterrados juntos em uma cova em um sítio na zona rural da cidade, na quarta-feira.

Também em Tianguá, a polícia encontrou no último dia 5 o corpo de outra vítima nas proximidades de um campo de futebol. A jovem estava desaparecida desde o dia 23 de março, após ser levada da casa da namorada por dois homens.

Nos três casos, as vítimas foram encontradas com sinais de violência. A polícia ainda aguarda o laudo da Pefoce (Perícia Forense do Estado do Ceará) para determinar as causas das mortes.

As três mortes em Tianguá são investigadas a partir da apreensão dos dois adolescentes suspeitos, que estariam envolvidos nos crimes. Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Ceará, os suspeitos foram levados para a Delegacia Regional de Tianguá, onde um ato infracional análogo ao crime de homicídio foi registrado contra eles.

A quarta vítima sumiu no último domingo (7) no Loteamento Novo, em Itarema, depois de sair de casa para ir à praia. A polícia localizou o corpo dela na quarta-feira na zona rural do município de Acaraú, vizinho ao que ela morava.

Nenhum suspeito foi preso, e o caso é investigado pela Delegacia Regional de Acaraú.

Ainda não há informação sobre o que teria motivado os assassinatos.

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Homem fica ferido após acidente na BR-101, em Campos

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Um homem, que não teve sua identidade divulgada, ficou ferido após sofrer um acidente na noite desta sexta-feira (12), na localidade de Tapera, em Campos.

De acordo com a polícia, o acidente envolveu um Pálio e uma moto, e causou lentidão no trânsito sentido centro.

A vítima foi socorrida e encaminhada para o Hospital Ferreira Machado.

Navio ligado a Israel é apreendido por forças do Irã, em possível retaliação iraniana

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um navio porta-contêineres de Israel foi apreendido por forças do Irã após um ataque por helicóptero neste sábado (13). A ação, confirmada pela agência de notícias iraniana Tasnim, é uma possível retaliação a Israel pelo bombardeio contra a seção consular de sua embaixada em Damasco, capital da Síria. Este ataque, em 1º de abril, matou sete integrantes da Guarda Revolucionária iraniana, incluindo dois generais. Teerã atribuiu a autoria a Tel Aviv, que não confirmou envolvimento, mas continuou a ser responsabilizado.

Na quarta (10), o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, reiterou que Israel seria “castigado”. E o movimento libanês Hezbollah, apoiado pelos iranianos, anunciou que o disparo de “dezenas de foguetes” contra posições israelenses nesta sexta fez parte de uma resposta aos ataques de Tel Aviv no sul do Líbano.

Para os governos israelense e americano, o risco de uma escalada regional da guerra em Gaza aumentou. A Casa Branca havia afirmado que as ameaças de um ataque do Irã contra Israel eram “críveis” e “reais”. Pouco depois, os EUA anunciaram, sem entrar em detalhes, o envio de reforços ao Oriente Médio.

O presidente americano, Joe Biden, reforçou seu apoio veemente a Israel. O movimento se deu após as tensões entre o democrata e o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, por divergências em relação à guerra em Gaza, especialmente quanto ao estabelecimento de um novo cessar-fogo no conflito e a dificuldades para a entrada de ajuda humanitária no território palestino.

Biden disse acreditar que o Irã atacaria Israel no curto prazo e alertou Teerã para não prosseguir com a eventual ofensiva. “Minha expectativa é que [o ataque] seja mais cedo ou mais tarde”, disse. Questionado sobre a mensagem que gostaria de transmitir a Teerã, respondeu: “Não o faça! Ajudaremos Israel a se defender, e o Irã vai fracassar.”

Desde quinta (11), o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, estava em contato com o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, sobre os preparativos para um ataque iraniano contra Israel. “Se o Irã atacar de seu território, Israel vai responder e atacar o Irã”, alertou o chanceler israelense, Israel Katz.

Gallant afirmou ainda que Israel e EUA estão lado a lado frente à ameaça.

“Nossos inimigos pensam que podem separar Israel e EUA, mas é justamente o contrário: estamos nos unindo e fortalecendo nossos laços”, disse.

Países como EUA, Índia, França, Alemanha e Rússia alertaram seus cidadãos contra viagens à região, que já está sob tensão por causa da guerra em Gaza, iniciada há mais de seis meses. Os militares israelenses disseram que não tinham emitido novas instruções para os civis, mas que suas forças estavam em alerta máximo e preparadas para uma série de cenários.

Antes do ataque deste sábado (13), autoridades iranianas e diplomatas dos EUA disseram que o Irã sinalizou a Washington o desejo de evitar uma escalada. Segundo o jornal Financial Times, militares do país persa disseram a aliados e nações ocidentais que a retaliação seria feita de maneira “calibrada” para evitar um “conflito regional total”.

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